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terça-feira, 17 de agosto de 2021

AULA ESPETÁCULO DE ARIANO SUASSUNA NO TEATRO NACIONAL, EM BRASÍLIA

Por TV Senado
 https://www.youtube.com/watch?v=BfXtmjvyctQ&ab_channel=TVSenado

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ARIANO SUASSUNA

 

https://www.youtube.com/watch?v=v3TcIw3Dnnk&ab_channel=TribunaldeContasdaUni%C3%A3o

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OS MAIS VELHOS ME DIZIAM...

*Rangel Alves da Costa

 

Os mais velhos me diziam... Oh quanta coisa maravilhosa os mais velhos me diziam...

E quanta coisa eu ainda quero ouvir antes que me torne apenas um velho esperando que alguém chegue para ouvir minhas memórias distantes.

Eu sempre gostei das palavras antigas, das vozes envelhecidas, dos dizeres de baús e relembranças carcomidas de tempo.

Memórias cheias de teias de aranha, proseados desgastados de estrada, assuntos empoeirados e ditos enferrujados.

Olhares que me miram como se o cansaço das vistas pouco reconhecessem o que sou e o que faço ali.

E descobri que quase nada sou, mas tudo passo a ser quando uma pergunta desponta: Você é filho de Alcino?

Quando respondo que sou, então tudo muda. Então a colcha de retalhos é aberta e os pedaços costurados surgem em cores maravilhosas.

E então os causos e causos retomam seu lugar no mundo para dizer do passado, de um tempo muito diferente daquele vivenciado.

“Já fui vaqueiro, mas de um tempo de cavalo tangendo boiada, e de passar três dias no meio do mato caçando uma rês teimosa...”.

“Já comi olho de macambira e bebi da água juntada em folha grande no meio do mato...”.

“Já fui perguntado por volante se eu ajudava cangaceiro, e então eu tinha que mentir. Dizia que não ajudava, quando ajudava sim...”.

“Já avistei cobra já de bote pronto na beira da estrada, então me lembrei de uma reza forte que minha avó me ensinou e fiz a bicha ficar parada lá feito pedra...”.

“Cavei cacimba e dividi com o bicho a mesma caneca. Sede não se mata com água de cacimba, mas a gente vai enganando a morte pela precisão de beber...”.

“Dizem que café quente com chuvisco num dá certo não, pois estupora. Mas dá certo sim, bastando se benzer depois de abrir a porta pra sair...”.

“É verdade essa história de que caipora castiga quem entra no mato sem levar pedaço de fumo. Eu nunca fui castigado não, pois com essas coisas eu nunca brinquei e em toda caçada que fazia eu levava o desejo da mata. Mas conheço gente que não só tomou relepada sem saber de quem apanhava como ficou sem saber tomar o caminho de casa...”.

“No meio do mato ninguém nunca tá sozinho não. Sempre tem um olho desconhecido vigiando cada passo que dá...”.

“Certa vez, dei uma relepada num lobisomem e no outro avistei a mesma relepada no ombro de Totoinho Torquato. O lobisomem era ele...”.

E assim vou ouvindo histórias, causos e proseados, e assim vou enchendo meu embornal desses frutos cultivados nos doces campos do tempo.

 
Escritor
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UM HOMEM DE CONSCIÊNCIA - MONTEIRO LOBATO

 Por Monteiro Lobato

Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.

Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. e por muito tempo não quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor.

Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o deperecimento visível de sua Itaoca.

- Isto já foi muito melhor, diz consigo. Já teve três médicos bem bons __ agora só um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando ...

João Teodoro entrou a incubar a idéia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.

- É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.

Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada...

Ser delegado numa cidadinha daquelas é coisa seríissima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado - e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca! ...

João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada botou-as num burro, montou no seu cavalinho magro e partiu.

Antes de deixar a cidade foi visto por um amigo madrugador.

- Que é isso, João? Para onde se atira assim de armas e bagagens?

- Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.

- Mas, como? Agora que você está delegado?

- Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus.

E sumiu.

Lobato, Monteiro. Um homem de consciência. In Cidades Mortas. 12ª edição. São Paulo, Brasiliense, 1965. p. 185-6.

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“CASAMENTO DE VIRGÍNIA, FILHA DO MAJOR ZÉ INÁCIO DO BARRO COM O PERRERÃO".

Por LUÍS BENTO - JATI 17/08/21/.

Em pleno apogeu da sua vida Cangaceira, major Zé Inácio casou a filha "Virgínia Amélia de Sousa Pereira com José Simplício Perreira da Silva, o Perrerão", que após o casamento, residiram por longas datas na fazenda Malhada Grande no município de São José do Belmonte-Pe, divisa com JATI- Ce. O major convidou todos os coronéis do Cariri para a festa nupcial. O coronel Franco Neves de Jardim foi convidado, deslocando-se a cavalo para o Barro.

Posteriormente, o coronel Franco Neves contou aos filhos a aventura que foi aquela festa, chovendo a noite toda, com trovões e relâmpagos, iniciando-se a noite com um raio fulminando uma frondosa árvore da frente da casa. Foi um "Deus nos acuda", com gente correndo, gente chorando e gente ligeiramente ferida! Assim, a estrela daquela noite de bodas não foi a noiva, mas a trovoada. Nos cantos da casa o povo comentava baixinho, achando que era castigo de Deus contra o "major-cangaceiro-coiteiro", que tinha grandes pecados a reparar.

É o caso de se dizer: "Tal vida, tal morte". O major Zé Inácio do barro, de tão macabra crônica do Cariri, morreu como viveu, violentamente, Sim. TAL VIDA, TAL MORTE.

OBS: José Simplício Pereira da Silva, " o Perrerão ", era pai de José Pereira de Souza, popularmente conhecido por todos os Jatiense por: " ZÉ PEREIRA ".

Fonte: Napoleão Tavares Neves

Cariri: Cangaço, Coiteiros e Adjacências. Pág 86.

https://www.facebook.com/luis.bento.39142/posts/1007456573352394

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REVOLTAS RURAIS DA PRIMEIRA REPÚBLICA

Por  Wendell Costa. HISTÓRIA.

https://www.youtube.com/watch?v=ErjvlyhaIgo&ab_channel=WendellCosta.HIST%C3%93RIA.

Assista à aula com o professor Wendell Costa sobre os movimentos rurais da Primeira República (Guerra de Canudos, Guerra do Contestado e o movimento do cangaço).

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REVOLTA DE CANUDOS E O CANGAÇO - BRASIL ESCOLA

Por Brasil Escola

https://www.youtube.com/watch?v=xbC-lF3fwn8&ab_channel=BrasilEscola

A aula discutirá dois movimentos sociais importantes do Nordeste, Canudos e Cangaço. Os fatores que colaboraram para esses movimentos e suas características serão priorizados na análise. *Crédito da imagem: Benjamin Abrahão. Lampião, Maria Bonita e outros cangaceiros, 1936. Sertão nordestino, nas proximidades do rio São Francisco / Acervo IMS. 

Quer saber mais sobre o tema? Brasil Escola A Guerra de Canudos - http://brasilesco.la/g173 Guerra de Canudos - http://brasileiresco/b8241 Cangaço - http://brasilesco.la/b119047 Mundo Educação Guerra de Canudos - http://mundoeducacao.com/historiadobr... Euclides da Cunha - http://mundoeducacao.com/literatura/e... História do Mundo Cangaço - http://www.historiadomundo.com.br/ida... Alunos Online A Guerra de Canudos - http://alunosonline.com.br/historia-d... Lampião e Maria Bonita - http://alunosonline.com.br/historia-d... A exposição macabra no fim do Cangaço - http://alunosonline.com.br/historia-d... Escola Kids Guerra de Canudos - http://escolakids.com/historia/guerra... O fenômeno do Cangaço - http://escolakids.com/historia/o-feno... Siga-nos: Brasil Escola: http://www.brasilescola.com/ Facebook: http://www.facebook.com/brasilescola/ Instagram: http://www.instagram.com/brasilescola...

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CANGAÇO E EU - KYDELMIR DANTAS - PARTE 2

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=LuFbplpJmf4&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Cangaço e eu - Kydelmir Dantas - Parte 2 Kydelmir Dantas vai nos falar sobre sua vida no mundo do cangaço. 

Link desse vídeo: https://youtu.be/LuFbplpJmf4

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