Seguidores

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

PEQUENO NÃO EXISTE, GRANDE SÓ DEUS...

Por Luitgarde Barros




A Lucidez desconcertante da incomparável Luitgarde Barros; uma reserva dentre os melhores pesquisadores das coisas do sertão; nessa entrevista ao Conselheiro Cariri Cangaço, documentarista Aderbal Nogueira, Luit nos traz um recorte sobre as ligações de Padre Cícero, Floro Bartolomeu e o poder central da república com a famosa Patente "concedida" a Virgulino Lampião em 1926 em Juazeiro do Norte, Ceara. Vale a pena ver...

Fonte YouTube
Canal Aderbal Nogueira


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

OS GRANDES INIMIGOS DE LAMPIÃO - PARTE I.


Por Geraldo júnior

Nesse documentário traremos fatos e depoimentos a respeito dos irmãos Batoque e Zé Guedes que no passado fizeram parte da mais temida e implacável Força Policial Volante que se tem notícia na história cangaceira. Os Nazarenos, como assim eram chamados os membros dessa Força, eram em sua grande maioria filhos do então povoado de Nazaré distrito de Floresta no estado de Pernambuco. O que motivou a origem do apelido dos maiores inimigos de Lampião.

Esse trabalho que foi idealizado e produzido pela minha querida e saudosa amiga Mabel Nogueira (Mabel Cristine Nogueira Sousa) trás os depoimentos das senhoras: Maria José dos Santos Araújo "Dadá" e Luzia Ana dos Santos "Luzia Guedes", filhas do Nazareno Zé Guedes e sobrinhas do afamado rastejador Batoque.

O documentário conta ainda com o depoimento do senhor Domingos Nogueira, que fala a respeito dos acontecimentos que levaram Zé Guedes e Batoque a ingressarem na Força Nazarena. Formidável é a palavra mais adequada para definir esse trabalho.



http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O PUNHAL SANGRADOR


Por Sálvio Siqueira

O sangramento das pessoas na época do cangaço diferencia-se de outros tipos dessa mesma execução.

Citando como exemplo, aqueles que foram condenados à morte no final da Guerra de Canudos, sua garganta era cortada horizontalmente. O executor da pena, o carrasco, posicionava-se por trás da vítima e, colocando os dedos polegar e maior de todos nos orifícios da narina da mesma, forçava para até que a cabeça fica-se totalmente para trás e sua face para cima, em direção as nuvens. Em seguida, com uma faca afiada na outra mão, fazia com que a lâmina começa-se a fazer uma incisão junto a uma das jugulares, artéria e veia, passando pela traqueia e findava seu percurso depois da outra artéria e veia do pescoço (artérias Carótidas e veias Jugular esquerda e direita respectivamente).


A forma, maneira, do sangramento no cangaço foi ímpar. Diferentemente daquela descrita acima, era usado um punhal de lâmina longa, o qual era penetrado na ‘saboneteira’ da vítima, esse local é uma pequena saliência entre o músculo Trapézio e o osso da Clavícula, do seu lado esquerdo. A Lâmina longa, exclusiva para sangrar, tinha 65 cm de comprimento mais o cabo, que tinha por volta de 15 cm, ficando o instrumento completo com, mais ou menos, 80 cm de comprimento.


Conselheirista, ao lado de membros do Exército, não se curvou frente à morte, em 1897



ABAIXO, MOSTRAREMOS MAIS OU MENOS COMO SE DAVA A AÇÃO DEMONSTRADA PELO PESQUISADOR/ESCRITOR FEDERICO PERNAMBUCANO DE MELLO, SENDO QUE, A POSIÇÃO EM A MÃO SEGURA A ARMA BRANCA, EM NOSSO ENTENDER, ESTÁ ERRADA. (Mais lógico e permitindo uma maior força empregada é segurar o cabo com o polegar para cima, pois a força exercida será no sentido vertical para baixo)



http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O BATISMO DE BALÃO.

Por João Filho de Paula Pessoa

Após a morte de Lampião em 1938, alguns cangaceiros se entregaram, dentre estes o cangaceiro Balão, que sobreviveu à emboscada de Angicos. Ao se entregar, já preso, da cadeia pediu para falar com um padre, sendo atendido pelo Pe. Lima a quem pediu para ser batizado, vez que, sua família era Crente e Lampião somente o aceitou no bando, após este prometer se batizar, e embora Lampião já estivesse morto, queria cumprir sua promessa. 

Assim o Padre o batizou, tendo como padrinho o delegado. Algum tempo depois Balão foi anistiado e morreu idoso. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 07.10.2019



http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LOCALIZADA E IDENTIFICADA A SUPOSTA COVA DO CANGACEIRO SABINO DAS ABÓBORAS.

Por Geraldo Júnior

Embora não existam provas concretas, existem fortes indícios de que no local apontado e apresentado no vídeo pelo pesquisador cearense Luis Bento (Luis Carolino) esteja realmente enterrado o famoso cangaceiro Sabino das Abóboras "Sabino Gomes de Góis" ou "Sabino Gore", que foi um afamado chefe cangaceiro que juntou-se ao bando de Lampião e esteve presente em alguns importantes eventos da primeira fase do cangaço lampiônico, tais como; a ida de Lampião ao Juazeiro do Norte no estado do Ceará (Março de 1926), onde os cangaceiros se incorporaram aos Batalhões patrióticos formados para combater a Coluna Prestes-Miguel Costa, que naquele período marchava pelo Nordeste e foi um dos lideres durante a tentativa de invasão à cidade de Mossoró no estado do Rio Grande do Norte em junho de 1927. Entre outros.

Lampião e seu bando estavam acoitados nas terras da fazenda Piçarra (Porteiras/CE) de Antônio da Piçarra, no mês de março de 1928, quando foram atacados de surpresa por uma Volante pernambucana comandada pelo Tenente Arlindo Rocha, auxiliado pelo Nazareno Mané Neto e seu grupo, ocasião em que Sabino foi ferido gravemente por um tiro disparado, tendo que ser executado pelo cangaceiro Mergulhão I (Antônio Juvenal), dias depois. Execução que teve o consentimento de Lampião, devido a grave situação em que o filho bastardo do coronel Marçal Florentino Diniz, se encontrava. Em relação a data do ocorrido há discordância entre estudiosos, sabe-se que o episódio aconteceu no mês de março de 1928, quanto ao dia não há unanimidade.

O renomado escritor e pesquisador Napoleão Tavares Neves em seu livro CARIRI - CANGAÇO, COITEIROS E ADJACÊNCIAS na página 51 diz que embora o local da cova de Sabino das Abóboras seja desconhecido o coronel Né da Carnaúba (Manoel Pereira Lins) dono da fazenda Carnaúba no Pajeú pernambucano, desconfiava que o cangaceiro havia sido enterrado nas terras entre Macapá (Atual Jati) e o sítio Baião, possivelmente por possuir alguma informação privilégiada a respeito do assunto. Outro fato que desperta a desconfiança de que no local esteja enterrado o cangaceiro é o apontamento da cova por populares locais, cuja história que tem sido passada de geração em geração.

Breve estarei publicando o vídeo no canal CANGAÇOLOGIA (YouTube).

Espero que assistam e tirem suas conclusões.

Filmagem / entrevista: José Francisco Gomes de Lima.

Geraldo Antônio De Souza Júnior


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

AGENDE SUA VISITA NO MUSEU DO CANGAÇO - NAS PEGADAS DE LAMPIÃO

Por Anildomá Willans

É um roteiro turístico no coração da caatinga, onde a história pulsa em cada vereda e as batidas das alpercatas dos cangaceiros continuam aceleradas com a pressão do sol causticante do sertão. 

É nesse ambiente que está o palco dos primeiros capítulos da vida do Rei do Cangaço, onde teve início sua saga pelo Nordeste. Venha mergulhar conosco nessa história que inspira historiadores e pesquisadores do mundo todo, mas só nós somos testemunhas. 

NAS PEGADAS DE LAMPIÃO, a origem da saga.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O BISONHO QUE TIROU SANGUE DE LAMPIÃO E VIVEU PARA CONTAR.


Por João Filho de Paula Pessoa

Em 1929, Lampião e seu bando entraram pacificamente na cidade de Nossa Senhora da Glória/Se, onde pré anunciaram sua visita ao intendente da cidade, foram recebidos com um almoço, passearam pela cidade sendo observados com grande curiosidade pelo povo enquanto faziam uma coleta pela cidade, Lampião foi à pequena barbearia do Sr. Zé Bisonho fazer a barba, que o recebeu em elevado grau de nervosismo.

Lampião sentou-se à cadeira e percebendo a tremedeira e o medo do humilde barbeiro, disse-lhe para se acalmar que nenhum mal lhe faria, pois quem tinha motivo para estar com medo ali era ele, pois era quem estava com uma navalha no pescoço.

Mesmo assim Zé Bisonho não conteve seu nervosismo e no descontrole de sua tremedeira cortou o rosto de Lampião, tirando-lhe um pouco de sangue na face, tomado pelo pavor e paralisado, ouviu novamente de Lampião, em tom descontraído, você é a única pessoa que tirou sangue do Capitão Virgulino e vai continuar vivo. 

Zé Bisonho viveu e contou esta história por muitos anos. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 14/102019.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LAMPIÃO E O SEQUESTRO QUE SAIU CARO.


Por João Filho de Paula Pessoa
Foto: SerTão Sangrento

Em 1930 Lampião sequestrou o casal de missionários Virgílio Schimidt e Ramona, o líder dos religiosos Orlando Boyer enviou à Lampião a quantia de 236$000 (duzentos e trinta e seis mil réis) pelo resgate dos amigos, mas Lampião achou pouco e exigiu mais cinco mil contos de réis. Orlando pediu para conversar com Lampião pessoalmente, mesmo correndo risco de vida, o que foi concedido. 


Ao encontrar Lampião este se ajoelhou humildemente à seus pés, explicou que não tinham mais dinheiro e que aquele casal tinha filhos pequenos, e pediu para morrer no lugar deles, presenteando Lampião com uma Bíblia, e dizendo que faria por eles o que Jesus fez por nós. 

Lampião ficou visivelmente emocionado. enxugou disfarçadamente algumas lágrimas e bruscamente devolveu os 236 mil réis, deu mais 109 réis de seu bolso e disse: “Podem ir embora, depressa, vão embora!”, retirando-se com seu bando, libertando os reféns sem resgate, e ainda dando dinheiro à eles, levando consigo a Bíblia que dias depois, fugindo de uma perseguição das volantes, a escondeu num tronco oco de uma árvore, e quando voltou para pegar, não estava mais lá. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 09/10/2019


 http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A PAIXÃO E A GRATIDÃO DO PASSARINHO.

Por João Filho de Paula Pessoa

Passarinho era um cangaceiro meio solitário, embora fizesse parte do Bando de Corisco, muitas vezes andava e agia sozinho. Certa vez, em alto grau de embriagues, tentou assaltar alguns mercadores viajantes que passavam próximo ao povoado de Macambira/Ba, mas estes estavam armados e reagiram a tiros e Passarinho, embora bêbado, conseguiu fugir, no desespero de sua fuga sequestrou um jovem para lhe mostrar as melhores trilhas de saída. 

O pai deste garoto, José Cassiano ao saber do sequestro de seu filho empreendeu perseguição ao cangaceiro, em companhia de outro filho, rastejando seus passos. Ao encontrar Passarinho travaram uma intensa luta corporal, tendo Passarinho lesionado José Cassiano na perna à punhal, mas este juntamente com os filhos dominaram e amarraram o Cangaceiro. 

A orientação governamental da época era para matar o cangaceiro e decapita-lo, pois não era crime matar cangaceiro, sendo que, aquele dia específico era uma Sexta Feira da Paixão, uma Sexta Feira Santa, e a religiosidade e tradição local não permitiram aquele ato de violência e morte naquele dia. 

Desta forma, José Cassiano e seus filhos prenderam Passarinho amarrado numa casa de taipa local e mandaram avisar às autoridades, que no outro dia foram pegar aquele cangaceiro, já sóbrio e envolvo à muitos curiosos e o levaram preso e vivo à Salvador. 

Nos Anos 50, após o fim do cangaço e a anistia dos cangaceiros, Passarinho retornou ao local, especificamente à casa de José Cassiano e seus filhos, a quem pediu desculpas pelo seu ato e agradeceu por sua vida, por estes não terem lhe matado, pois tinham todos os motivos para isto e a lei à seu lado, mas mesmo assim não fizeram e ele estava vivo graças àquela família, podendo assim seguir sua vida em paz. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 30/12/2019


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MARECHAL RONDON E PADRE CÍCERO


Do acervo do Beto Rueda

O então ainda general Rondon e padre Cícero se encontram em Juazeiro do Norte no Ceará, em novembro de 1922, rodeados pelos outros dois integrantes da Comissão de Inspeção de Obras do Nordeste, o ministro Ildefonso Simões Lopes e o ex-deputado Paulo de Moraes Barros (sobrinho do ex-Presidente Prudente de Moraes).

Fonte:




http://blogdomendesemendes.blogspot.com

VISITANDO DONA DULCE MENEZES A ÚLTIMA CANGACEIRA REMANESCENTE DO GRUPO DE LAMPIÃO


Por André Areias

Visitando Dona Dulce Menezes última remanescente do Grupo de Lampião! Aproveito para agradecer grande amiga Martha Menezes Marthinha pelo carinho e hospitalidade.



http://blogdomendesemendes.blogspot.com