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quarta-feira, 15 de julho de 2020

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.

franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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LIVROS PAJEÚ EM CHAMAS – O CANGAÇO E OS PEREIRAS (CONVERSANDO COM SINHÔ PEREIRA).

Por Geraldo Júnior

Finalmente terminei de ler e posso afirmar que se trata de um trabalho de referência sobre a história da tradicional família “PEREIRA” e a sua ligação com o cangaço nordestino.

Resta-me apenas agradecer mais uma vez ao Professor Helvécio e parabenizá-lo por magnífico trabalho, que na verdade é um presente de valor inestimável para as futuras gerações, ao que se refere ao estudo, pesquisa e conhecimento histórico.

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Hervécio Neves Feitosa

Eu também já o li e aconselho aos amigos amantes do tema "Cangaço", que procurem lê-lo, é um excelente trabalho do escritor Hervécio Neves Feitosa.

Quem desejar adquirir o Livro PAJEÚ EM CHAMAS – O CANGAÇO E OS PEREIRAS (CONVERSANDO COM SINHÔ PEREIRA), basta entrar em contato com o Professor Francisco Pereira Lima através do e-mail: franpelima@bol.com.br
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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CANGACEIROS EM SERGIPE


Por Antônio Corrêa Sobrinho

Cangaceiros em Sergipe, logo nos remete à figura de Virgulino Lampião e seus comandados, a partir de março de 1929, quando, adentrando por Carira, fez do pequeno estado nordestino seu principal refúgio. Todavia, podemos dizer que a atuação de cangaceiros neste Estado, iniciou-se, pelo menos, em dois momentos, em 1906, quando da chamada "Revolta de Fausto Cardoso", e, ainda antes de Lampião, desta vez de forma mais efetiva, durante a Revolta de Augusto Maynard, em 1924. Em ambos os casos de forma mercenária.

Em 1906, cangaceiros foram contratados pelo movimento sedicioso liderado por Fausto Cardoso. O jornal situacionista o "Estado de Sergipe”, na ocasião da sublevação, declarou o seguinte: “Já muitos dias antes da revolta, os adversários desta cidade, mais tarde progressistas, anunciavam francamente a queda da situação. Os Aguiar rumorejavam que se faria, com assentimento do chefe da nação, a deposição do governo do Estado, logo que no solo sergipano pisasse o Dr. Fausto Cardoso. Não se guardava reserva.

As manifestações de força eram feitas às escancaras e as encomendas de cangaceiros para os municípios sertanejos faziam-se de maneira tal, tão francamente, que ninguém as ignorava.”

É de se registrar que o famoso militar Augusto Maynard, interventor federal em Sergipe por duas vezes, na ditadura getulista, anos depois, foi um dos liderados por Fausto Cardoso.

Não sabemos se cangaceiros participaram efetivamente da tomada do governo de Guilherme de Campos, na manhã de 10 de agosto de 1906, embora não haja dúvida de que civis pegaram em armas naquela ocasião. Os filhos do deputado Fausto Cardoso, por sinal, ao serem entrevistados, falando a respeito da morte do pai, chegaram a afirmar que o pai podia contar com 4.000 homens dispostos a tudo.

Em 1924, cangaceiros também atuaram contra os comandados de Augusto Maynard, os tenentes do Exército brasileiro em Sergipe, e a favor do governo Graccho Cardoso.

Quanto à participação de cangaceiros nas hostes dos revoltosos, os tenentes de Maynard, é de se supor que, dentro de uma lógica, sim. O cangaceiro Corisco, que em 1924 andou servindo por aqui, esteve de um lado ou do outro, ou seja, da legalidade ou da ilegalidade; é de se saber.

Vale mencionar que, do lado do governo Graccho Cardoso esteve Eronides de Carvalho, que também foi interventor em Sergipe, no tempo de Getúlio.

Sobre a participação do "batalhão" de Porfírio Brito, de Propriá, assim declarou o governador Graccho Cardoso, após vencida a revolta: “Porfírio Brito e os seus destemerosos companheiros encarnaram o primeiro protesto armado em Sergipe. Permitam os fados que não se perca dos nossos anais a beleza republicana desse exemplo” (“Tenentismo em Sergipe”, de Ibarê Dantas).

Os nomes dos destacados homens públicos sergipanos, Augusto Maynard e Eronides de Carvalho, neste meu argumento, meu objetivo foi mostrar que ambos, em momentos da história, contaram com a ajuda de homens proscritos, marginalizados, foras da lei, criminosos, cangaceiros.

Talvez esteja aí uma das razões do cangaço lampiônico em Sergipe ter sido tão tolerado, afagado quase, por estes dois governantes.


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LUCAS DA FEIRA



Nascido em 1807, em Feira de Santana-BA, Lucas Evangelista dos Santos, ficou mais conhecido como Lucas da Feira. Ao lado de 30 homens, escravos fugidos como ele,o salteador costumava despojar os viajantes de seus pertences,num reinado que só durou menos que o de Lampião,ou seja,20 anos. Há quem o defina como um dos primeiros cangaceiros da história. Por outro lado,alguns o classificam como um negro abolicionista com sede de vingança.

Lucas da Feira e seu bando, deixavam os grandes fazendeiros da região apavorados. No livro Três Estudos de História,de Alberto Silva, lançado em 1955,conta que mulheres brancas (filhas de fazendeiros) eram vítimas de estupro e depois amarradas em um tronco,lambuzadas de mel,para morrerem de fome ou picadas de insetos. Isso acontecia como vingança pelo que as mulheres negras escravizadas sofriam.

Em janeiro,de 1848,Lucas é emboscado e baleado no braço,mas consegue fugir.Cinco dias depois,uma mulher que levava uma garrafa de aguardente é obrigada a denunciar o esconderijo.Lucas levaria outra bala no braço já ferido,que terminaria sendo amputado.Mas há outra versão sob seu cerco,a de que Cazumbá o traiu,Cazumbá foi oficial de justiça,e se tornou foragido quando matou um homem. E encontrou proteção no grupo de Lucas.Cazumbá negociara o perdão de seu crime e a recompensa de 4 mil réis para entregar o bando. Já de braço amputado,foi levado de Salvador ao Rio de Janeiro para que Dom Pedro II lhe conhecesse. De volta à Feira de Santana-BA,seria enforcado em setembro de 1849. Antes,desmaiou de medo e pediu perdão.

Foto: Diário de Pernambuco


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“RECONHECIMENTO DA FIRMA, ASSINATURA, DE LAMPIÃO”


Do acervo do pesquisador Sálvio Siqueira

“REPRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DO RECONHECIMENTO DA FIRMA DE VIRGULINO FERREIRA, FEITA PRIMEIRAMENTE PELO SENHOR ANTÔNIO TIMÓTHEO DE LIMA, NA LOCALIDADE DE VILA BELA (SERRA TALHADA – PE), EM 9 DE FEVEREIRO DE 1933, SENDO A DESSE, DEPOIS, RECONHECIDA EM 29 DE AGOSTO DE 1934, PELO TABELIÃO DE RECIFE (PE), BACHAREL GASTÃO DA FRANÇA MARINHO”

Ficamos com um pé atrás quanto a ser verdadeiro o reconhecimento de firma acima expresso do chefe cangaceiro Lampião. Segundo as informações cedidas reconhece-se a firma de acordo com o nome escrito em documentos e, no registro civil, nascimento, e Batistério do mesmo, mesmo com datas de nascimento distintas, que apenas “Virgolino”, com “o” e sem sobre nome, consta na documentação.

O documento fotografado nos traz a firma de Virgulino Ferreira, nome escrito diferente, esse é com ‘u’, e com sobrenome.

Portanto, acreditamos que a firma reconhecida trate-se de outra pessoa, com esse nome, e não firma do bandoleiro chefe de bando de cangaceiro que assombrou os sertões nordestinos por duas décadas.

Muito se inventou, e ainda inventam, sobre essa personagem histórica por dar destaque e dinheiro. Para muitos, pouco importa a veracidade e o respeito sobre os fatos.

Fonte imagem colhida no Google.com


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PARTE DO LEGADO DOS LIMÕES!


Por Epitácio Andrade

Parte do legado d'A Saga dos Limões para Patu..RN pode ser resumida na doação da chave e cadeado da porta principal da casa grande do coronel João Dantas de Oliveira, articulador da morte do cangaceiro patuense Jesuíno Brilhante, ao museu municipal. 




Tais peças museológicas poderão ser contempladas por turistas e visitantes, sendo também possível obter informações sobre o poderio bélico-místico do coronelismo do final do século XIX que esses utensílios simbolizam. No pós-pandemia...


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O CASTELO DE HERODES

Clerisvaldo B, Chagas, 15 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.345

Muito boa a ideia da prefeitura de Santana do Ipanema em construir um conjunto habitacional para os desabrigados da última cheia e déficit habitacional. Além da parte humanitária, dignifica o cidadão traumatizado pelas águas. Na notícia não saiu o local escolhido para o empreendimento, mas seja onde for (menos nos lugares de risco) isso também ajudará a expansão da urbe e atrairá nova estrutura social no seu entorno. Quanto ao futuro nome da rodovia Carneiros – Santana como homenagem ao saudoso prefeito Isnaldo Bulhões, o governador está coberto de razão. E como disse o próprio dirigente, ainda é pouca essa homenagem. É preciso reforçá-la em obra de vulto em Santana do Ipanema. Somos contra, porém, de substituir homenagem antigas e justas. Esperamos que o nome Dr. Isnaldo Bulhões seja acoplado a uma nova obra, necessária, moderna e progressista como estava sendo sua última administração.

ZOOM MÁXIMO DA BAIXADA PARA O CASTELO DE HERODES.
(FOTO: B. CHAGAS)

Voltando ao foco desviado, matutava sobre a posição da nossa morada. Por coincidência, morando em lugar baixo, como recomendava o horóscopo João de Lima, não tenho paisagem para estirar a vista ao amanhecer. Ou os portões da vizinhança, a oficina do vereador José Déo ou o alto da Floresta onde se alcança os fundos das residências que ficam ao lado do Hospital Clodolfo de Melo. Olhando de cá, observamos o Castelo de Herodes (apelido nosso) construção no topo da colina, com primeiro andar, comprido que parece destinado à pousada visando visitantes do Hospital e futuros estudantes da Universidade Federal de Alagoas.
Ligando uma coisa à outra, lembramos quando o, então, prefeito   Isnaldo Bulhões nos revelava a vontade de construir uma casa nas faldas do serrote do Cruzeiro para gozar a paisagem do centro lá de cima. Indagado se não queria um lugar mais abaixo, ele nos respondeu que não, “Mais abaixo só havia fundos de quintais para serem vistos”, disse ele. Parece que nunca chegou a construir essa casa. Mas, como vivemos na baixada há mais de 30 anos, continuamos contemplando apenas, lá longe, no alto da colina da Floresta, os fundos do CASTELO DE HERODES.
E se Herodes tinha ou não castelo, já pertence a outro departamento.


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LAMPIÃO, SEU TEMPO E SEU REINADO

Uma obra a procura de um editor



 "A resenha abaixo, publicada no Diário de Pernambuco em 1974, sobre o clássico Lampião, seu Tempo e Seu Reinado, do padre Frederico Bezerra Maciel, texto de José Rafael de Menezes que faz parte integrante da seleção de 550 textos jornalísticos, reunidos no e-book Lampião, Maria Bonita e o Cangaço sob o olhar dos literatos nos jornais e revistas, de autoria de Antonio Correia Sobrinho

 
 

Foi-me confiada a leitura e revisão de um trabalho de proporções gigantescas: Lampião, seu Tempo e Seu Reinado. Os dados do empreendimento são impressionantes: 1.000 laudas datilografadas; 62 capítulos; 526 notas; 120 fotos; 83 mapas... Será que Lampião é tema para tanto material? Será que Lampião ainda é assunto? E o mais questionável: o autor é um sacerdote. Padre mesmo de carreira paroquial, com sua reverência e sua ortodoxia, seu zelo apostólico e sua perseverança vocacional.
Nos muitos anos de seu ministério no Sertão, o padre Frederico Bezerra Maciel foi escutando notícias sobre as atividades dos marginais do cangaço; foi se impressionando com a superioridade de um deles – Lampião. Observou a variedade dos julgamentos. Viu-se aos poucos provocado para se definir.


Procurou esclarecimentos junto a vítimas e a protegidos. Por curiosidade visitou cartórios, leu relatórios oficiais, correspondências particulares, bilhetes passaportes, folhetos populares. Incursionou pela bibliografia pretensiosa. E se sentiu obrigado a resumir e a rever... Daí a ideia do livro, já na metade pelo que recolhera curiosamente. Decidiu-se então aprofundar a pesquisa e consultou 30 mil exemplares de jornais. Traçou um roteiro histórico-social, pluricultural, de uma obra muito além de biográfica, ecológica. De análise e interpretação de toda uma área sertaneja, pouco estudada – a dos afluentes do São Francisco, Pajeú e Moxotó; das cidades e dos costumes.

Dos líderes. Dos incidentes entre 1910 e 1940. Tudo se destinando a explicar o fenômeno Lampião, mas transbordando do personagem e valendo na seriedade do expositor, como estudo geoecológico, social, histórico.

Para ser mais útil e original, no seu imenso esforço, o padre Frederico traçou mapas, reconstitui áreas culturais, desenhando casas, figuras humanas, animais, objetos – com pendores excepcionais. De uma multiplicidade minuciosa. Sem dúvida com despesas, em material, com riscos para se aproximar. E muitas horas, e muitos anos. Trinta anos de pesquisa. Esses detalhes, esse esforço, essa paixão logo se me impuseram. A um professor, a um intelectual, a um escritor, tanto trabalho e tanta perícia, tanto empenho e tanta organização, modelavam-se: para registrar, para divulgar, para exortar...

Após a leitura dos primeiros volumes posso afirmar que a obra vale. Que toda essa peripécia se compensa. O escritor existe e provoca. Haverá de esperar, de um homem erudito, de um historiador, de um sacerdote à antiga, a verbosidade, o rigor clássico, a abundância retórica. Pelo já lido há surpreendentemente uma linguagem audaciosa. Uma abertura quase insólita, pelo conviver e pelo misturar – como pelo inovar – termos e períodos, frases e conceitos, estrutura do ensaio gigantesco.

Nada pacífico. Nada bem comportado. Um desafio ao leitor. Como sucedeu ao Os Sertões, de Euclides da Cunha, e à Pedra do Reino, de Ariano Suassuna. Sem ter tido o propósito de seguir esses mestres, vindo acidentalmente erguendo sua obra, o padre Frederico é pródigo como expositor. É um escritor, com muitas complicações, mas um escritor... E sua documentação resiste, conduz a segurança da responsabilidade do autor e se comprova, pelas fontes exaustivamente referidas. Estamos então diante de um livro. De um possível grande livro, só dependendo de um editor.

Na missão que me foi confiada, de rever e sugerir uma reestruturação da obra, sinto-me vencido. É impossível alterar um trabalho que foi se erguendo em etapas, circunstâncias e que conduz a marca do seu autor, nada acadêmico. Limito-me a ler com proveito e deleito, de sertanejo. Possuo motivos de discordâncias em alguns pontos, mas na maioria das teses ou das versões, tenho me modificado. Acredito que o livro poderia ser bem menor, desde que há excessivo zelo por anotações, discrições, comprovações. Mas como já afirmei, é difícil alterar o conjunto. É quase impossível podar. Um editor sem ambição de lucros. Um editor público – de finalidade cultural, como a Universidade, como o Instituto Nacional do Livro, como o Instituto Joaquim Nabuco, o Instituto Histórico.



 Capa do 6º volume complementar da coleção

O trabalho do padre Frederico: Lampião, Seu Tempo e Seu Reinado é grandioso e desafiante. Polêmico, exaustivo. Mas de uma grandeza que abala o leitor dos originais e exige um grande editor.
Diário de Pernambuco (PE) – 04.02.1974

HOJE TEM CARIRI CANGAÇO AO VIVO NO INSTAGRAM!

Por Manoel Severo


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O DEPUTADO FEDERAL FLORO BARTOLOMEU COMUNICOU COM ANTECEDÊNCIA QUE NÃO PRECISAVA MAIS DA PRESENÇA DE LAMPIÃO EM JUAZEIRO DO NORTE.

Por José Mendes Pereira

É muito difícil saber quem foi o verdadeiro culpado de ter protegido o cangaceiro Lampião e seu bando, entregando-lhes em Juazeiro do Norte armas e muita munição, além do mais, uniformes como se o grupo de facínoras  representasse grande autoridade para a sociedade nordestina

A gente percebe que foi um desastre total e maldoso quando entregaram mais de "50" armas  e bem municiadas a uma porção de delinquentes, todos, com a intenção de apertarem os gatilhos das armas novas para verem um infeliz cair morto. 

As autoridades de Juazeiro do Norte da época que tinham obrigação de desarmar marginais, e o que fizeram, entregaram a bandidos armas que matam sem piedades. O poder é um meio de negócios ilícitos. Alguém estava ganhando com esta maldade contra os nordestinos, que ao saírem de lá os bandidos, quantas vidas foram eliminadas no retorno a Pernambuco pelas armas adquiridas ilegalmente no Ceará? 

Lampião - Não sei quem a coloriu.

Sobre o deputado Floro Bartolomeu da Costa que sempre foi acusado de ter sido ele que planejou o ingresso de Lampião e seus homens para combaterem a Coluna Prestes, e convocado o rei para comparecer a Juazeiro do Norte, mas precisamos ver que, antes da sua ida ao Rio de Janeiro para fazer tratamento de saúde, Floro Bartolomeu enviou um telegrama no dia 23 de janeiro de 1926, ao rábula (advogado não formado) José Ferreira de Menezes em Juazeiro. Vejam o conteúdo do telegrama:

 “ - Comunique ao nosso amigo, que não é preciso mais Lampião, povo já seguiu perseguição revoltosos”.  
Floro Bartolomeu.

O deputado não revelou o nome do amigo e acho que seria o padre Cícero Romão Batista. No mesmo dia, bastante doente, Floro Bartolomeu da Costa viajou de Campos Sales para o Rio de Janeiro, e no dia 8 de março deste mesmo ano faleceu às 5 horas da tarde, com 50 anos de idade. Afirmam alguns escritores e pesquisadores que Floro morreu solteiro e pobre. 

Cidade Campos Sales

O telegrama prova que o deputado Floro Bartolomeu não tinha mais nada a ver com o aparecimento de Lampião e seu bando em Juazeiro, porque o tempo de "44" dias, isto é, de janeiro a março foi o suficiente para que as autoridades de Juazeiro do Norte tivessem  comunicado a Lampião que não era mais necessária a sua presença no município. Não se sabe se o rábula José Ferreira de Menezes apresentou o telegrama do Floro às autoridades. Mas quem sabe, apresentou-o e ninguém se preocupou com o conteúdo que estava escrito pelo o político. 

Padre Cícero Romão Batista

E agora! A quem devemos responsabilizar pelo armamento a Lampião e seu bando de marginais? Teria sido mesmo o Padre Cícero Romão Batista que não percebeu, que ele antes tinha sido um sacerdote de Deus? Ou fez por achar que Lampião era merecedor mesmo de ser uma autoridade do sertão, recebendo a patente de capitão do exército, patente esta que não era legal? 

Nesse período da presença do cangaceiro a Juazeiro do Norte o padre Cícero estava afastado da igreja católica, porque o Vaticano havia suspendido as suas ordens religiosas,  estava o acusando de falsos milagres. 

Na minha humilde opinião o padre Cícero não era o responsável por tudo isto. mas já que ele estava afastado das suas obrigações religiosas, quem sabe, uma espécie de vingança...

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