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quinta-feira, 7 de junho de 2018

O MOTEL DE SÃO JOSÉ

Clerisvaldo B. Chagas, 7 de junho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1917

Perdão, amigo. Não quisemos dizer que o motel pertence a São José, mas ao Bairro São José. Até porque o pai de Jesus sempre foi citado como um homem trabalhador, cidadão de bem e merecedor do seu papel na história. E quando falamos em Bairro São José, estamos nos referindo ao bairro humilde, zona oeste de Santana do Ipanema, Alagoas. O lugar teve início com um conjunto habitacional da COHAB, onde havia uma vasta plantação de agave, em algumas regiões denominada sisal. Do agave se faz a corda, bastante fabricada e em uso nos interiores. Com a expansão do bairro surgiu o Posto de Saúde São José que atende também às pessoas do Clima Bom, Barragem e Camoxinga. Atualmente o posto funciona em prédio particular onde aguarda há 12 anos a conclusão do edifício próprio, seu vizinho.

12 anos abandonado. (Foto: B.Chagas).

Perdão, amigo. Não quisemos dizer que o motel pertence a São José, mas ao Bairro São José. Até porque o pai de Jesus sempre foi citado como um homem trabalhador, cidadão de bem e merecedor do seu papel na história. E quando falamos em Bairro São José, estamos nos referindo ao bairro humilde, zona oeste de Santana do Ipanema, Alagoas. O lugar teve início com um conjunto habitacional da COHAB, onde havia uma vasta plantação de agave, em algumas regiões denominada sisal. Do agave se faz a corda, bastante fabricada e em uso nos interiores. Com a expansão do bairro surgiu o Posto de Saúde São José que atende também às pessoas do Clima Bom, Barragem e Camoxinga. Atualmente o posto funciona em prédio particular onde aguarda há 12 anos a conclusão do edifício próprio, seu vizinho.
Foi essa espera de 12 anos que o tempo fez cobrir de mato, trazendo, cobras, ratos, baratas e mosquitos para o terreno. Enfrentando esses bichos todos, a marginalidade fez do prédio um motel clandestino e esconderijo arretado, onde o lixo fazia a proteção.
Ontem, para surpresa da comunidade, homens e máquinas trabalhavam no prédio abandonado. Enquanto uns extirpavam o matagal, outros rebocavam o muro externo, trazendo uma expectativa alentadora de sertanejo: “agora a coisa vai”, diziam os passantes.
Na verdade, além da extirpação da mazela que provoca insegurança a todos, o Posto de Saúde São José poderá trazer mais dignidade aos moradores da região. Médicos e funcionários precisam de um lugar decente para atendimento. A clientela precisa o mínimo de conforto enquanto aguarda a sua vez.
O Posto de Saúde poderá também ser ponto de referência importante, tanto para a Medicina quanto para o orgulho/cidadão. Irá se juntar aos outros nomes de peso no Bairro, como a Escolas Professora Helena Braga, Durvalina Pontes, Corpo de Bombeiros e à própria Igreja de São José.
Esperamos comparecer à inauguração, pois “águas passadas, não movem moinho”.

12 anos de abandono. (Foto: B. Chagas).


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ONDE ESTÃO OS BIÓLOGOS?

Clerisvaldo B. Chagas, 6 de junho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.915

Com a construção da rodagem representante da BR-316 – trecho do Sertão – veio também um arrojado empreendimento para Santana. Foi erguida uma longa ponte sobre o rio Ipanema, tão bem feita que nunca aconteceu um reparo desde 1951. Tornou-se obsoleta porque é estreita, murada baixa e perigosa com alto relevo para passagem de pedestre (um de cada vez) estreitinha e caduca. Ali foi concluída também uma barragem para abastecer Santana do Ipanema. Com a chegada da água encanada do rio São Francisco, a barragem ficou completamente abandonada. Tanto é que o assoreamento tomou conta e surgiu uma compartimentação vegetal que ocupa toda a área da barragem antiga e sobe o rio em cerca de 2 km de extensão.
Barragem: campo de pesquisa. (Foto: B. Chagas).


Estes vegetais se adaptaram bem à areia grossa e água salobra onde estabeleceram ali o jardim particular no leito seco do rio Ipanema. A continuidade do assoreamento nas cheias esporádicas e o movimento das máquinas na exploração mineral imprensaram os canais em que se divide o rio. Prolifera na área a vegetação rasteira, arbustos e árvores de consideráveis tamanhos. Além da vegetação adaptada, a fauna se apresenta com inúmeros animais como formigas, besouros, aranhas, lagartas, sapos, rãs, teiús, raposas, serpentes e um sem número de aves que frequentam árvores e poços. Não seria a Barragem um laboratório espetacular para biólogos, estagiários, geógrafos e outros pesquisadores?
Comadre, verdade seja dita, nunca encontramos um professor de Geografia, um só biólogo, nem sequer um estudante pesquisando na área. Será que eles preferem o Canadá, a Alemanha, os Estados Unidos? Assim a Natura sertaneja se apresenta com serras, riachos, lagoas, banhados que gritam todos os dias por esse povo, em vão. Quem sabe se não encontrariam novas espécies, animais raros, descobertas espetaculares... Se os cabeças não convidam, não há discípulo. As quatro paredes continuam acorrentando talentos.
Compreendemos que existem outras coisas mais importantes, mas não é crime indagar: onde estão os biólogos?


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SIMPLES ASSIM

*Rangel Alves da Costa

As lições podem chegar nas coisas simples que acontecem. A sabedoria também vem de um inesperado livro chamado pequenas coisas. Nas pequenas coisas os grandes ensinamentos, os grandes aprendizados.
Nada existe sem que do seu olhar ou do seu convívio não se alcance algum retorno. Tudo é lição. Os escritos estão vento que sopra, no eco da noite, na lua brilhando, no grilo cantando, na chuva que cai. O que representa uma simples janela anuviada pela chuva que cai do outro lado?
Os sentimentos são despertados assim. O olhar que mira as águas se derramando pelo asfalto, a atenção despertada pelo cantar do pássaro, o silêncio endurecido da pedra, tudo provoca experiências sentimentais indescritíveis. Basta que o olhar aviste e tudo desague pelos caminhos do coração.
Singela vida de tanta singeleza e pouca atenção às pequenas coisas. Um travesseiro que tão bem acolhe e sequer ouve uma palavra afetuosa. Quem dera fosse diferente. A roupa velha que não quer ser desprezada e simplesmente a deixamos de lado sem qualquer adeus. A roupa velha também sofre e chora.
Sua xícara de louça cai e você pranteia aquela perda. Você gostava dela, estava acostumada com ela. Contudo, pouca atenção é dada até que de repente se perca. Zezé, aquele menino que tanto amava seu pé de laranja lima, sempre fazia diferente. Zezé conversava, afagava, acarinhava seu pé de laranja.
E muita gente sente a perda sem ter amado o suficiente. Sofre apenas pelo ato de perder e não pela ausência. Zezé sofreu e chorou por que tinha aquele pé de laranja como seu verdadeiro amigo e confidente. E por que não amar também as coisas simples da vida? Por que não devotar mais atenção àquilo que tanto faz bem?


Há uma borboleta que toda manhã entra pela janela. Além disso, se aproxima o máximo que pode e até pousa sobre o ombro, a mão, o cabelo. Uma plantinha no beiral da janela parece sorrir com a aproximação. E sorri mesmo. E de repente um sussurro parecendo que as folhagens querem conversar. Coisas mais que significativas.
Toda vez que você procura uma roupa pra vestir e a encontra arrumadinha, cheirosinha, passadinha, ao vesti-la você se sente muito bem, não é mesmo? Toda vez que você que você abre a porta dos fundos e encontra debaixo da chuva e todo encharcado um chinelo que você tanto gosta, então você entristece, não é mesmo?
Toda vez que você abre um livro e entre as páginas você encontra uma folha seca deixada desde muito ali, logo sua memória tenta reviver o instante que a deixou ali, não é mesmo? Sim. É mesmo. Nenhuma roupa gosta de ser guardada de qualquer jeito, amassada, simplesmente jogada num canto.
Aquilo que a gente gosta, seja um chinelo ou um bichinho de estimação, causa-nos entristecimento só em deixar ao relento, abandonado, debaixo da chuva. É que tudo, mesmo o inanimado, espera nossa proteção. Aquela folha no livro só foi deixada ali porque a leitura pediu. Nada seria marcado se não provocasse um interesse maior.
E então, o que diz de tudo isso? Não sei você, mas eu creio que devemos cultivar o amor, o gostar, o querer, a tudo. Uma roupa que vestimos, um chinelo que usamos, uma folha seca que nos servimos para marcar algo que nos encanta. No seu íntimo, ainda que jamais compreendamos tal possibilidade, as coisas e os objetos também nos reconhecem e nos amam.
E com o ser humano? O mesmo amor, a mesma guarda, a mesma proteção. E com quem dividimos nossos sonhos, beijos e abraços? O respeito como base tudo. Quando nos sentimos respeitados devotamos não só o amor como a própria vida. Simples assim.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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É NESTA SEXTA-FEIRA (08/06/18) E VOCÊ ESTÁ CONVIDAD@...


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CARIRI CANGAÇO EM POÇO REDONDO

Por Cris Silva

Cariri Cangaço é mais que um evento, é um encontro marcado com a Cultura, Arte e Conhecimento!  

Sergipe Recebe o Brasil de Alma Nordestina, e o Rio Grande do Norte pisará o chão sagrado de Alcino Alves da Costa, levando muita alegria através da Arte Sem Fronteiras de Eliane Giolo, que já está dentro do matulão, vamos simbora meu povo!!!

“Meu sertão está em festa, só diz que é ruim quem num presta, apois vai ter Cariri Cangaço que na histora tem seu laço, que traiz home de valor, estudioso e dotô, pra conhecer o sertão que Arcino tinha no coração. Vai ter palestra da boa, vai ter cantoria e loa, vai ter pife e xaxado, vai ter munto lugar visitado. Abra logo a cancela, a porta e a janela, chame o povo pá entrar cuma se fosse do lugar. E pode gritar e dizer que o que vai acontecer ninguém vai mai esquecer”. 


Avante Cariri Cangaço Poço Redondo-SE! 

 — em  Rio Grande do Norte.

https://www.facebook.com/cris.silva.9887/posts/1958711977474883

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COMBATE DAS CARAÍBAS FLORESTA-PE.


Por Giovani Gomes

Em Fevereiro de 1926, no combate das Caraíbas Floresta-PE um dos maiores fogo entre Cangaceiros e Volantes.

Altino Gomes de Sá foi baleado no rosto que carregou uma cicatriz a pelo o resto da vida, e fortes dores de cabeça.

Seu primo Pedro Aleixo de Carvalho foi quem salvou ele do meios dos cangaceiros preste a ser sangrado Altino como um bode.

Da direita para esquerda. Altino Gomes de Sá , Pedro Aleixo de Carvalho e Sebastião Sobreira.
Algodão atual Arcoverde-PE  - Data 1926.

O Coronel Altino Gomes de Sá chegou alta Patente na Polícia Militar de Pernambuco, participou da revolução em 1930 e teve relevante participação no combate ao banditismo rural, fez parte das Volantes de Euclides e Odilon For.

No maior tiroteio da História do Cangaço o "Fogo da Serra Grande". Pedro Aleixo de Carvalho foi baleado no ombro, caiu e gritou! 

"Me socorre estou baleado, num deixa os cabras sangrar". No meio do fogo Altino resgatou Pedro Aleixo, um cangaceiro deu um tiro de fuzil que passou próximo do ouvindo de Altino, ele caiu no chão, se recompõe , colocou o primo nas costa e saiu correu de Serra a baixo deixando Pedro em um segurança e retornou ao combate , nessa altura o Nazareno Manoel Neto estava ferido nas duas pés e o Tenente Arlindo Rocha no maxilar , Altino voltou para ajuda os parentes Florestanos que estava no meio do tiroteio.

Sebastião Sobreira não foi ferido no tiroteio e lutou bravamente, ele fazia parte da Volante dos Nazarenos, mais teve que parti em retirada com um companheiro ferido. 


Altino Gomes de Sá era sobrinho e afiado do Fazendeiro Macário Gomes de Sá , que foi sequestrado por Lampião e seu bando em 1930 na Fazenda Gravata.

Pedro Aleixo de Carvalho era sobrinho de Filomena Aleixo de Carvalho esposa de Macário. Todos entraram na Volante para enfrentar Lampião que estava em questão de família com Os Nazarenos.

Com o fim do Cangaço Altino Gomes de Sá ficou morando no Recife-PE, seu primo Legítimo Eloi Gomes de Sá "meu Avô" visitava sempre o Coronel na capital e levava notícias do sertão.

Altino Gomes de Sá faleceu em 1992, de causas naturais.

Camisa em homenagem ao bravos Nazarenos.


Fonte:
Ferraz, Marilourdes Ferraz, livro O Canto do Acauã. 

Depoimentos.
Ângelo Macário
Felinho Macário

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REALIZAÇÃO DE SONHOS TENDO O SERTÃO POR TESTEMUNHA

Por Manoel Severo

Não me canso de afirmar: O Cariri Cangaço é uma imensa e extraordinária construção coletiva, isso desde sempre e para sempre... Agora novamente mais um desafio encantador, oficialmente tendo o querido estado de Sergipe como sede de nosso empreendimento, chegamos neste 2018 de fato e de direito ao solo da enigmática e poderosa Poço Redondo; grande e precioso território do sertão de Sergipe que guarda em seu íntimo e no coração de suas famílias um dos recortes mais importantes de toda a história do cangaço.

Não foi a toa que nosso Conselho Consultivo a partir de 2013 recebeu a honrosa denominação de Conselho Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço; assim o Caipira de Poço Redondo; um dos maiores e mais importantes pesquisadores da temática cangaço, com uma lucidez desconcertante, um incorrigível apaixonado pelo cangaço, pelas coisas do sertão e por sua Poço Redondo marcaria para sempre a história de nosso Cariri Cangaço.


As emoções de Alcino Alves Costa e o Cariri Cangaço

Tudo começou ainda nos idos dos anos 2009,2010,2011, quando Alcino; um entusiasta do Cariri Cangaço; nos provocava pela descentralização de nossas ações, partindo do meu Ceará para todo o nordeste e até chegar em sua querida Poço Redondo. De lá até aqui se vão sete anos oito anos, empreendemos por outros sertões, vieram os estados da Paraíba, Alagoas e Pernambuco, e com eles mais dez municípios; chegar a Poço Redondo seria uma questão de tempo... Alcino já não está conosco, partiu para velar pelo nosso sertão lá do céu... 

É bem verdade que nas fantásticas edições de nossos Cariri Cangaço Piranhas, tivemos a grata satisfação de aportar na terra de nosso Caipira e de forma solene abraçar e render homenagens à sua memória...Entretanto o compromisso ainda carecia de ser mais verdadeiramente cumprido.

Hoje, sete de junho de 2018, apenas sete dias nos separam de cumprirmos esse compromisso; quase espiritual, aliás também espiritual; um compromisso não só com Alcino, não só com Poço Redondo e seu amado povo, mas e principalmente com a história do cangaço. O Cariri Cangaço Poço Redondo particularmente para mim sela e consolida nosso sentimento e atitude de percorrer os mais importantes cenários desta saga das caatingas inciada há nove anos atras, que tem em Poço Redondo um de seus expoentes. Vamos sim recontar muitas histórias , vamos sim celebrar nossa memória, vamos sim "celebrar o chão sagrado de Alcino"... Sejam bem vindos agora e sempre.


As emoções de Alcino Alves Costa e o Cariri Cangaço

"Minha paixão pela temática cangaço surgiu ainda quando menino; de uns 10 a 12 anos...As andanças pelas caatingas famosas de nosso sertão já contam 16 anos...O encontro com um dos grandes Mestres:13 anos ! Em 2005 estive pela primeira vez em Poço Redondo e ali para minha grande honra conheci e passei a amar profundamente Alcino Alves Costa. Estamos chegando Caipira de Poço Redondo, chegando para celebrar seu sonho, sua vida, sua paixão... 
Que venha o Cariri Cangaço Poço Redondo" 

Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço
Diretor da SBEC e do GEEC
07 de junho de 2018, Fortaleza, Ceará

http://cariricangaco.blogspot.com/2018/06/realizacao-de-sonhos-tendo-o-sertao-por.html

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IBGE - SANTA RITA/PB - ANIVERSÁRIO - 19 DE MARÇO DE 1890


História

A história de Santa Rita está intimamente ligada á conquista da Parahyba ainda no século XVI. Depois dos portugueses triunfarem com o apoio dos tabajaras sobre os potiguaras em 05 de agosto de 1585, o próximo passo foi o de edificar agora aquela cidade, Nossa Senhora das Neves (por conta da santa do dia), que depois sofreu várias mudanças como Filipéia de Nossa Senhora das Neves (por conta do rei da Espanha Filipe II), Frederica (no período da ocupação holandesa no nordeste) e Parahyba, palavra em tupy guarany que significa: “Rio de dificil navegação”. A mudança do nome da capital para João Pessoa só ocorreu depois da morte do presidente da província e vice na chapa de Getúlio Vargas em 1930. 


Mas, tratando-se da evolução histórica de Santa Rita, ainda em 1580 foi erigido o primeiro forte da região, o Mirante do Atalaia, o Forte Velho, que servia como ponto de observação dos portugueses para identificarem possíveis piratas franceses em busca de pau brasil. Paralelo a esta edificação, os portugueses construíram o Engenho Real Tibiry nas proximidades de onde hoje fica os bairros de Várzea Nova e Tibirí Fábrica. Era um engenho de alta tecnologia para a época, movido à água. O nome Tibiry deriva de uma tribo indígena que habitava essa região. 


Podemos afirmar então que além de ser o segundo núcleo de povoamento mais antigo do estado, Santa Rita é também pioneira em questão de segurança e economia, tendo chegado a quase 30 engenhos de açúcar, perdendo apenas para Pernambuco no Nordeste. Ainda em questão de economia, foi a primeira cidade paraibana a receber instalação fabril. Trata- se da Companhia de Tecidos Tibiri (CTP), inaugurada em 1892 onde hoje fica A ”Praça do Povo ” que na época ofereceu 260 empregos diretos, criou a Vila Operária e atraiu gente de todas cidades e estados vizinhos em busca de emprego, contribuindo para o crescimento da cidade e o surgimento dos bairros da Santa Cruz, Popular etc… O primeiro nome dado ao lugarejo foi Cumbe (palavra de dialeto banto, de Angola, que significa ”pequeno povoado ou povoado distante”) que era um engenho que posteriormente comprado, seu proprietário, devoto de Santa Rita de Cássia, mudou seu nome para Usina Santa Rita, ainda no século XVIII, quando a santa nem havia sido canonizada. 


IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA SANTA RITA – PB DATA DE ANIVERSÁRIO: 19 DE MARÇO DE 1890 (DECRETO ESTADUAL Nº 10, DE 19/03/1890).

Em 1776, os Capuchinhos construíram na Praça Central a Igreja Matriz de Santa Rita. Era uma igreja para a elite branca. Em 1851, a Irmandade dos Pardos construíram a Igreja da Conceição e os pretos livres construíram a Igreja do Rosário onde hoje fica o Grupo Escolar João Úrsulo. 


Santa Rita passou pela condição de engenho, vila, freguesia, paróquia e finalmente foi emancipada em 19 de março de 1890, um ano após a proclamação da República brasileira.

Formação Administrativa

O distrito foi criado com a denominação de Santa Rita, pela Lei Provincial n.º 2, de 20-02-1839. Subordinado ao município de Paraíba. 

Elevado a categoria de vila com a denominação de Santa Rita, pelo Decreto Estadual n.º 10 de 19-03-1890, desmembrado de Paraíba. 

Instalado em 29-03-1890. 

A vila é extinta sendo seu território anexado ao município de Paraíba. 

Elevado novamente à categoria de vila com a denominação de Santa Rita, pelo Decreto Estadual n.º 79 de 24-09-1897, desmembrado de Paraíba. 

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila é constituída do distrito sede. 

Elevado à condição de cidade e sede municipal com a denominação de Santa Rita, pela Lei Estadual n.º 613 de 03-12-1924. 

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede. 

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 3 distritos: Santa Rita, Livramento e Lucena. 

Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.164, de 15-11-1938, o distrito de Livramento passou a denominar-se Tabajara. 

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Santa Rita, Tabajara e Lucena. 

Pelo Decreto-lei n.º 520, de 31-12-1943, o distrito de Tabajara passou a denominar-se Gargaú. 

Pelo Decreto-lei n.º 454, de 20-06-1944, é criado o distrito de Barreiras (ex-povoado) e anexado ao município de Santa Rita. 

Pela Lei n.º 546, de 26-06-1944, o distrito de Barreiras passou a denominar-se Baieux. 

Pela Lei Estadual n.º 169, de 05-11-1948, o distrito de Gargaú passou a denominar-se Nossa Senhora do Livramento. 

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 4 distritos: Santa Rita, Bayeux (ex-Barreiras), Lucena e Nossa Senhora do Livramento (ex-Gargaú). 

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955. 

Pela Lei Estadual n.º 2.148, de 28-07-1959, é desmembrado do município de Santa Rita o distrito de Bayeux. Elevado à categoria de município. 

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Santa Rita, Lucena e Nossa Senhora do Livramento. 

Pela Lei Estadual n.º 2.664, de 22-12-1961, é desmembrado do município de Santa Rita o distritos de Lucena. Elevado à categoria de município. 

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Santa Rita e Nossa Senhora do Livramento. 

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.


O DECRETO Nº 10, DE 19 DE MARÇO DE 1890, que emancipou o municipio de Santa Rita, Estado da Paraíba foi publicado no jormal GAZETA DA PARAHYBA, edição de 21 de Março de 1890, o qual se encontra digitalizado na Biblioteca Nacional e disponível in.: <http://memoria.bn.br/pdf/808865/per808865_1890_00543.pdf>.
Fonte.: AGUIAR, Francisco de Paula Melo Aguiar. Santa Rita, Sua História, Sua Gente. 2ª Ed. São Paulo: Clube de Autores, 2016, 6328 p.


Fonte
Santa Rita (PB). Prefeitura. 2014. Disponível em: 
http://www.santarita.pb.gov.br. Acesso em: mar. 2014.


ACESSE E COMPROVE IN.: 


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PRÉ VENDA DO LIVRO



Amigos: estaremos iniciando amanhã dia 8, a pré venda do nosso mais novo trabalho, LAMPIÃO, O CANGAÇO E OUTROS FATOS NO AGRESTE PERNAMBUCANO. Além das vendas direto comigo ou nos pontos de vendas que informaremos posteriormente, enviamos o livro para todo Brasil via Correios. Reserve já o seu!

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1527045400740627&set=gm.1027575200739929&type=3&theater&ifg=1

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ROBÉRIO SANTOS EM POÇO REDONDO !

 Por Manoel Belarmino
Rai, Robério Santos e Rose Souza


Na manhã de hoje, o escritor e pesquisador Robério Santos esteve visitando Poço Redondo e uma de suas paradas foi o Memorial Alcino Alves Costa. Segundo ele, em Poço Redondo, além da visita ao Memorial, estará visitando também a região da antiga Fazenda Pau Preto de propriedade do coronel Antônio Cacheiro na época do Cangaço no riacho do Cartavo.

Robério Santos no caminho da Fazenda Paus Pretos, em Poço Redondo.

Robério Santos estará também no  Cariri Cangaço Poço Redondo  no período de 14 a 17 de junho, com a apresentação de:


 http://cariricangaco.blogspot.com/2018/06/roberio-santos-em-poco-redondo-por.html

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A REVOLUÇÃO PRAIEIRA CHEGA AO SERTÃO !!!


LEONARDO FERRAZ GOMINHO, pesquisador e escritor de Floresta (PE), autor de importantes obras como “Floresta: uma terra, um povo”, “Cheiro de Chuva: Crônicas de uma Terra” e “A Rebelião da Serra Negra - a Praieira do Sertão”, agora nos dá a honra de ter escolhido o Cariri Cangaço Poço Redondo para o lançamento do seu novo livro: “A Revolução Praieira no Sertão”, obra imperdível ao universo da história e da pesquisa. Entonce cabra, esperando o que? Venha pra cá! Todos estão convidados ao grandioso evento nas terras sertanejas de Poço Redondo, todos juntos Celebrando o Chão Sagrado de Alcino. Então, cangaceiros, volantes e atrevidos, esperando o que? AVANTE!

Rangel Alves da Costa
Pesquisador e Escritor , Poço Redondo
Conselheiro Cariri Cangaço

Vem aí...

 http://cariricangaco.blogspot.com/2018/06/a-revolucao-praieira-chega-ao-sertao.html

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SÍTIO PASSAGEM DAS PEDRAS

Vídeo da Laser Vídeo do cineasta Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=6vQoQsm1rVs

Publicado em 8 de abr de 2018

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A RAINHA DO XAXADO

Marinês Por Verlane Estácio
*Marinês* (foto: http://www.maisacao.net)

Considerada a versão feminina de Luiz Gonzaga, a Maria bonita do baião logo conquistou o rei do baião e por ele foi lançada como a Rainha do xaxado.

Marinês “A rainha do xaxado”. Assim era conhecida Inês Caetano de Oliveira, filha do ex-cangaceiro do bando de Lampião Manoel Caetano de Oliveira e da cantora de igreja Josefa Maria de Oliveira. Nascida em 16 de novembro de 1935, na cidade de São Vicente do Férrer - PE, Marinês ainda pequena se muda para Campina Grande na Paraíba e lá dá os seus primeiros passos em direção ao sucesso.

Desde pequena Marinês se encantou com a música de Luiz Gonzaga e ainda muito nova decidiu se inscrever em concursos de calouros. Seu nome artístico foi criado a partir de um erro de um locutor que ao invés de anunciar Maria Inês (que ela usava para despistar os pais), acabou anunciando Marinês. Esse foi o nome artístico adotado até o fim de sua vida. A cantora logo teve que largar os estudos por falta de dinheiro e apostando em sua experiência de participação em concurso musicais, ela se lançou nas rádios “Voz da Democracia”, A Voz de Campina Grande, Rádio Cariri e rádio Borborema.

Marinês conheceu o sanfoneiro Abdias Farias e casou-se com ele.  Juntos numa viagem ao Ceará conheceram o zabumbeiro Cacau e com ele formaram a Patrulha de choque do Rei do baião. Viajavam o nordeste cantando sucesso de grandes nomes da música regional. E foi aqui em Sergipe, num show na cidade de Propriá que ela teve o primeiro contato com seu grande ídolo Luiz Gonzaga. Segundo a cantora o Rei do baião já sabia do sucesso do trio e assim falou que a ensinaria a dançar xaxado, pois precisava de uma rainha. A partir daí o trio passou a se apresentar em muitos lugares do Brasil juntamente com Luiz Gonzaga e seus cabras da peste.

O primeiro CD : Marinês e sua gente (foto:www.maisacao.net)

Em 1957 Marinês gravou seu primeiro disco intitulado “Marinês e sua gente”.Músicas como os baiões “Aquarela Nordestina”, “Perigo de Morte” e “Saudade de Campina Grande”; o xaxado “História de Lampião”; a polca “Chegou São João”; os cocos “Gírias do Norte fizeram muito sucesso e conquistaram plateias de todo o Brasil. Na década de 60 e 70 a rainha do xaxado continua em pleno auge e se consagra com participações em filmes e prêmios importantes, foi também nessa época que ela teve contato com outros ritmos mais ecléticos. Nos anos 80 Marinês fez parcerias com artistas como Zé Ramalho e Gilberto Gil e na década seguinte lançou seu disco- tributo “Marinês e sua gente” onde ela comemora seus 50 anos de carreira, o cd conta com a produção de Elba Ramalho e reúne duetos com 13 grandes artistas brasileiros, como Dominguinhos, Ney Matogrosso, Lenine, Chico César, Genival Lacerda, Margareth Menezes, Alceu Valença e Moraes Moreira. No ano de 2005 o governo da Paraíba patrocinou um grande projeto chamado “Marinês Canta a Paraíba” que continha músicas com a participação da Orquestra Sinfônica da Paraíba e um livro com imagens e relatos de famosos.

Em maio de 2007, aos 71 anos Marinês falece no hospital real português em Recife (PE) devido a complicações causadas por um acidente vascular cerebral (AVC). Artistas dos mais diversos gêneros lastimaram a perda, o governo da Paraíba e a Prefeitura de Campina Grande decretaram luto oficial por três dias. Foi para o céu o último mito da música nordestina.

https://empautaufs.wordpress.com/2009/12/07/a-rainha-do-xaxado-marines/

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59 ANOS DE NOVA FLORESTA


Por Kydelmir Dantas

Desde 1936 quando a então crescente VILA DE NOVA FLORESTA começou a se organizar, como uma comunidade coesa e unida em torno da fé no seu Padroeiro, SÃO SEVERINO BISPO, que era uma questão de tempo para a sua separação do município de Cuité. 


Corria o ano de 1959 quando homens com o mesmo ideal – à frente nomes como FELINTO FLORENTINO DE AZEVEDO E FILHOS, FRANCISCO ESTEVÃO DE ANDRADE, BENEDITO MARINHO DA COSTA, JOSÉ BATISTA DANTAS E FILHOS, ELÓI CLAUDIANO DANTAS, JOAQUIM PAULINO DE ARAÚJO, ANTONIO CORDEIRO DA LUZ, FRANCISCO GOMES DE VASCONCELOS, JOSÉ SIMÃO DE ANDRADE, JOÃO LUCIANO DA SILVA, GENTIL DANTAS, MANOEL SEVERINO DOS SANTOS, JOSÉ CÂNDIDO DA COSTA, SEBASTIÃO LOPES, ELPÍDIO SABINO DE OLIVEIRA e outros residentes na Comunidade – todos filiados ao Partido Social Democrático, e com o apoio do Deputado Estadual JOSÉ PEREIRA DA COSTA - reuniram-se e pleitearam, junto ao então governador do estado da Paraíba, PEDRO MORENO GONDIM, a sua Emancipação política. 

Esta veio através da Lei nº 2077, de 30 de abril daquele ano, e o município foi declarado emancipado e sua instalação oficial deu-se a 6 de Junho de 1959. (Kydelmir Dantas).

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SEMINÁRIO À VISTA, EM SALVADOR..!


Por Manoel Neto Santos Neto

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