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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

"A MORTE DO CANGACEIRO CALAIS PELO VOLANTE TEÓFILO PIRES"

Por João de Sousa Lima

- ESSE É UM DOS CAPÍTULOS DO NOVO LIVRO DO HISTORIADOR, ESCRITOR E COLECIONADOR DE PEÇAS SOBRE O CANGAÇO, João De Sousa Lima, "LAMPIÃO, O Cangaceiro!

"Teófilo Pires do Nascimento nasceu em 25 de fevereiro de 1919, no povoado São José, Chorrochó, Bahia. Era filho de: João Pires do Nascimento e Vitalina Pires do Nascimento.

No povoado São José, em 1932, Lampião, Corisco e mais alguns cangaceiros assistiram missa na igreja fundada em 1912.

Foto do ex-soldado volante junto ao pesquisador: joaodesousalima.blogspot.com

Teófilo entrou para a volante de Zé Soares, em 1932, ainda garoto, com apenas 13 anos de idade.

Calais

Uma das principais tarefas de Zé Soares era perseguir o cangaceiro Calais. O cangaceiro era conhecido por suas escapadas e tinha a fama de se “envultar” pelo poder das fortes orações. Por muitas vezes, Calais escapou das perseguições e dos tiroteios, deixando os soldados que vinham em seu encalço atordoados com seus repentinos desaparecimentos. O sargento armou várias emboscadas para Calais, porém ele sempre escapava. O esquivo cangaceiro ficou famoso por enganar os soldados com pistas falsas.

No tiroteio com os soldados Agenor e João Manoel o cangaceiro Calais perdeu sua primeira mulher que tinha o nome de Joana, e ele conseguiu fugir ileso, mesmo sendo alvo de vários tiros. Joana foi presa em Uauá sob o comando do tenente José Petronílio. Tempos depois Calais apareceu com outra cangaceira, chamada Delmira. Essa sua segunda companheira foi morta em uma trama impetrada entre o coiteiro Totonho Preá e os civis armados Belo Cardoso Morais e Júlio.

Armaram uma emboscada e Júlio atirou em Calais atingindo-o levemente em uma das mãos.

Delmira foi atingida no abdômen por Júlio e levada ferida para Santa Rosa de Lima. Depois de diagnosticada pelo médico Antônio Gonçalo, chegou-se a triste conclusão que o ferimento era fatal. Delmira foi enterrada ali mesmo na cidade.

Em uma segunda feira, dia 22 de dezembro de 1937, os soldados Teófilo Pires do Nascimento, Grigório Silvino do Nascimento, João Crisipa e Raimundo Soares (Mundô) entraram Raso da Catarina adentro e próximo à fazenda Marruá viram algumas pegadas e resolveram segui-las. Os soldados se espalharam diante das várias veredas. Depois de longos minutos seguindo rastros diversos Teófilo ouviu umas pancadas e achou que podia ser o cangaceiro escavando uma batata de umbuzeiro. O soldado retornou, reencontrou os amigos e falou do barulho que estava ouvindo chamando-os para cercarem o local de onde vinham as batidas. O soldado Grigório, que vinha chefiando o grupo, não deu atenção a Teófilo e eles continuaram seguindo dispersos os rastros. Teófilo seguiu seu instinto e se dirigiu na direção de onde vinha o som. Sua desconfiança o levou na direção de um frondoso umbuzeiro. Teófilo viu o cangaceiro Calais sentado com um cavador improvisado nas mãos. O cangaceiro cavava com uma espécie de lajota. Dava uma escavada e olhava para os lados, tirava a areia do colo, ajeitava o mosquetão entre as pernas e dava uma breve olhada pra ver se não estava sendo observado ou seguido.

Teófilo aproveitou o barulho da escavação e foi se aproximando. Teófilo queria na verdade, pegar o cangaceiro a mão e prendê-lo. Enquanto o cangaceiro batia a lajota no chão, Teófilo dava um passo coincidindo com o barulho do impacto da rocha com o solo. Quando Teófilo estava há uns onze passos do cangaceiro, Calais bateu as mãos nas pernas tirando a terra e pegou o mosquetão, ao tempo em que foi olhando para o lado e apontando a arma na direção de um dos soldados que vinha distante. O cangaceiro não viu Teófilo que estava bem próximo dele. Teófilo sacou a pistola e atirou no rosto do cangaceiro que caiu pra trás com o impacto do disparo. Vários tiros soaram. Teófilo correu na direção do cangaceiro pra recolher o espólio de guerra. Todos afirmavam que o cangaceiro era um homem rico, que andava com muito dinheiro. Enquanto Teófilo vasculhava os bornais quase vazios do cangaceiro, alguns tiros passaram raspando seu rosto, Teófilo olhou pra trás e viu um dos companheiros atirando de ponto em sua direção. Teófilo revidou os tiros e o soldado parou de atirar. Teófilo partiu na direção do soldado e o escorou com o mosquetão dizendo-lhe umas verdades. Teófilo lembrou que um dos seus companheiros havia dito que tivesse cuidado, pois ele podia ser traído por um dos companheiros, pois em uma discussão que houvera com outro parceiro de farda, resultou no desligamento do desafeto do grupo, o comandante o dispensou e esse novo inimigo de Teófilo falou que pagaria um valora quem matasse Teófilo.

Os outros companheiros foram chegando e cercando o cangaceiro que mesmo estando com o rosto completamente desfigurado ainda respirava.

Teófilo e os companheiros ficaram ali olhando o cangaceiro com o rosto todo empapado de sangue e que teimava em não morrer e observou no peito do cangaceiro um “patuá” pendurado em uma corrente no pescoço de Calais. Teófilo arrancou o patuá, e aí o cangaceiro morreu. Geralmente os patuás trazem orações com fechamento de corpos, símbolos religiosos, ervas e pós que atuam como proteção para quem usa.

Assim que o patuá foi arrancado de Calais o corpo ficou como se tivesse morrido há muitos minutos.

Os soldados pegaram um burro que encontraram, colocaram Calais amarrado no lombo da alimária e o transportaram até Macururé. Na cidade, a população se aglomerou no centro pra ver o famoso e valente cangaceiro, agora inerte e sem vida, transportado por seus algozes.

O comandante Zé Soares parabenizou seus comandados pela morte do cangaceiro e a cidade pôde ter um pouco mais de calma.

Teófilo teve que contar por inúmeras vezes sua façanha. Ele foi também um dos maiores vaqueiros da região. Homem sério, honesto, forte, decidido, amigo e leal.

Teófilo esteve em Fortaleza, no inesquecível encontro entre dois ex-combatentes do cangaço (ele e Antônio Vieira) e três ex-cangaceiros: Moreno, Durvinha e Aristéia. Esse encontro foi registrado pela Rede Globo, no Jornal Nacional.

O sonho de Teófilo que era conhecer a Grota do Angico, local onde morreu Lampião e Maria Bonita. Fizemos o trajeto e na trilha da Grota do Angico, Teófilo já nonagenário, percorreu a trilha aos poucos e com dificuldades, chegando ao ponto do último ato de Lampião.

Tive muito orgulho de privar da amizade de Teófilo e sua família e estive em seu sepultamento no dia 29 de setembro de 2014, no povoado São José, Chorrochó, Bahia. Lateral ao cemitério onde jaz Teófilo fica a igreja onde Lampião assistiu uma das primeiras missas em território baiano e onde estão enterrados os pais de Teófilo.

Guardo na lembrança o som de sua voz firme, seus depoimentos bem ajustados e a saudade do seu aperto de mão, de sua companhia em vários momentos. Teófilo resistiu até os 96 anos de idade, forte como a aroeira, árvore símbolo da região que tantos homens destemidos pisaram".

- Obs - esse é um dos capítulos do novo livro de João de Sousa Lima, chamado Lampião, o cangaceiro! sua ligação com os coronéis baiano, Raso da Catarina e outras histórias. Lançamento previsto para setembro.

João de Sousa Lima é historiador e Escritor. Membro da ALPA- Academia de Letras de Paulo Afonso - cadeira 06.

Fonte: facebook

Página: Sálvio Siqueira

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VASO DE FEIJÃO

 Clerisvaldo B, Chagas, 23 de outubro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.403


Ao assistir sobre armazenamento de grãos nas grandes plantações do Centro-Oeste, vêm as lembranças do nosso Sertão de Alagoas. Nas tentativas de armazenagens do feijão, colhido nas inolvidáveis safras sertanejas, foi descoberto o vaso de zinco, recipiente arredondado e cilíndrico que iam desde um metro de altura a três metro e até mais. Os vasos de zinco eram confeccionados pelos exímios artesãos da época, num trabalho garantido para passar por várias gerações. Dificilmente uma casa de fazenda, uma residência de produtor rural, deixaram de exibir esses belos depósitos, com alguns chegando bem pertinho do telhado. Lembramos ainda de alguns vasos de guardar feijão, na sala residencial e oficina do saudoso artesão do zinco, Zé Gancho, na Rua Nilo Peçanha, bem perto da primeira travessa. Zé Gancho era vizinho do senhor José Lopes, que possuía alambique de cachaça, se não nos falha a memória.

Para não dá o gorgulho e outras pragas nos grãos armazenados, o sertanejo vedava a boca do vaso com cera de abelha e, a longevidade sadia dos grãos ganhava garantia. Era a mesma técnica dos cangaceiros que armazenavam balas em garrafas de vidro vedadas com o mesmo tipo de cera e as escondiam em ocos de árvores da caatinga. Cenas das cheias de 1960, nunca deixaram à nossa cabeça, quando sentávamos nos lajeiros marginais ao rio e víamos as coisas passando nos carneiros das enchentes: animais mortos boiando, como cachorros, porcos, bois, cavalos... Árvores completas de troncos robustos, cercas de arames, roupas e inúmeros vasos de guardar feijão. O material que não se enganchava pelo caminho das águas, espirravam no povoado Barra do Ipanema, no município de Belo Monte.

O zinco era muito procurado nas casas de ferragens, tanto para ser utilizado em vasos de feijão quanto em “bicas’ de residências. (bica, biqueira, calha). Não eram poucos os artesãos que trabalhavam com esse material em solo sertanejo. Em todas as cidades havia os seus mestres que respeitavam o trabalho que faziam. Infelizmente não guardamos nenhum deles em museu. Muitos trabalhavam o zinco fazendo candeeiro, mas não faziam o vaso de guardar feijão.

Mesmo sendo raridade, ainda se encontra o objeto nas peregrinações pelas fazendas sertanejas.


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ANO DE 1936: NENÉN DE LUIZ PEDRO, MARIA BONITA E LAMPIÃO, AGACHADO ACARICIANDO O SEU CACHORRO GUARANI:

Por José Mendes Pereira
Foto do acervo do Paulo Dias Pereira

A cangaceira "Neném do Ouro" foi mulher do cangaceiro Luís Pedro, cabra de Lampião. Neném carregava um medalhão de ouro no pescoço. Foi por isso que ela era chamada de Neném do Ouro. Esse medalhão foi um presente do seu marido. Seu nome verdadeiro, Perciliana, nascida na Bahia. 

Não foi uma cangaceira de expressivo destaque, porém era muito amiga e admirada por Maria Bonita. Para quem não sabe, Neném teve uma morte cruel. A Volante, na Fazenda de Algodãozinho, em 09 de novembro de 1936, no momento que os cangaceiros descansavam pela noite, foram todos cercados pelos policiais do temido Sargento Deluz, o mesmo que queimou o cangaceiro Juriti numa fogueira. 

Quando a bandoleira Neném é baleada no meio do combate o seu companheiro Luís Pedro ainda tenta salvá-la, mas não consegue. Os cangaceiros fogem e Neném é assassinada e exposta de uma forma horrível. Depois de morta os policiais chegam a fazer sexo com seu cadáver. 

Relatos na história do cangaço vão mais além e dizem que os policias colocaram até cachorros para fazerem sexo no cadáver da cangaceira. Seu marido Luís Pedro acabou sendo morto pela Volante, durante o assassinato de Lampião em Angico, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, em Porto da Folha, atualmente Poço Redondo, no Estado de Sergipe.

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O PERRENGUE DO SUB DELEGADO HERCULANO BORGES E O CANGECEIRO CORISCO.

 Por Rubens Antonio

A raiz mais antiga da história aponta para uma ascendência mais antiga pernambucana, que migrou para a Bahia no final do século XVIII, aparecendo a família em 1812, em Monte Santo, na Bahia, com Rafael dos Anjos.

Este era proprietário de uma posse de terra na fazenda Abóbora, onde, mais tarde, se desenvolveu o cenário de um embate em que morreu o cangaceiro Mergulhão.

A partir daí, a família se espalhou rumo Uauá e Vila Nova da Rainha, com Joaquim Cardoso da Silva Matos, filho de Rafael dos Anjos, sendo avô de Francisco Borges.

Entre seus descendentes destacaram-se os Borges de Sá, de Uauá, dentre os quais emergiram sete prefeitos dessa cidade.

Entretanto, o filho de Francisco cujo nome assumiu maior significado na História do Cangaço foi Herculano Borges, nascido em Uauá, cerca de 1894.

Herculano Borges, que se casou com Maria Ossanta Borges Salles.

Foi este Herculano Borges que, em 1931, aos 37 anos de idade, foi trucidado por Corisco...

2 de outubro de 1931, no “Diario de Noticias”

... Um negociante cortado em postas!

Corisco e seu grupo torturaram uma ex–autoridade policial.

GUERRA IMPLACAVEL AOS BANDOLEIROS ATÉ QUE O SERTÃO SE LIBERTE DA PRAGA SINISTRA

Santa Rosa é um districto de paz do ex–municipio de Jaguarary, ultimamente annexado a Bomfim, de onde dista cerca de 12 léguas. Não é um lugar prospero: caracteriza–o o abandono em que jazem as localidades do Nordeste, onde apenas as feiras conseguem offerecerum pouco de vida, de movimento, de intensidade commercial, um dia em cada semana.

Em Santa Rosa residia o sr. Herculano Borges, sobrinho do coronel João Borges de Sá, de Uauá. Negociava com relativo exito, vivendo vida corrente e tranquilla com sua mulher e filhas. Era estimado e possuia amigos. Nada mais que isso desejava, para se considerar feliz.

NO “INDEX” DO BANDIDO

Um dia, indicaram–no para as funcções de subdelegado local. Relutou elle em aceitar, porque não era politico: disseram–lhe que esse seria um relevante serviço que ia prestar ao Governo e á população local, cooperando na campanha empenhada contra Lampeão.

Herculano Borges pensou melhor e aceitou o cargo; no exercicio do mesmo, fez–se uma autoridade util áquella campanha, trazendo o sicario apertado e, por isso mesmo, caiu–lhe no ról das pessôas condemnadas.

Além disto, o seu tio coronel João Borges de Sá é velho inimigo de Virgolino, tendo–o mettido, certa feita, na cadeia, em Uauá, quando elle era, apenas, tropeiro de Delmiro Gouveia.

PRIMEIRO, OS BENS INCENDIADOS

Lampeão, chefe dos bandidos, e como tal tido e obedecido por elles, conseguiu, ha tempos burlando a vigilancia da autoridade de Santa Rosa, penetrar, de surpresa, nessa localidade.

Herculano mal teve tempo de fugir com a familia, numa inevitavel viagem desabalada, vindo a fixar residencia, com suas cinco filhas menores, na cidade de Bomfim. Mas perdeu quanto possuia. O grupo sicario quebrou, espatifou, os moveis do seu perseguidor policial; na loja que elle possuia, praticou um saque de vandalos e depois, ateou fogo á casa com todo o “stock” nella existente.

Era o inicio da vingança.

Herculano experimentou, assim, o castigo de haver sido um homem de bem, que não compactuou com o crime, na sua vida de cidadão. Ficou residindo em Bomfim, não sem ir, de vez em quando, a Santa Rosa, menos para enfrentar o risco ou matar saudades, que por irrecusavel necessidade de alli commerciar, na feira local, ás sextas feiras, como negociante ambulante.

A ESMAGADORA SURPRESA!

No dia 19, penultimo sabbado de setembro, Herculano Borges, feita a feira na vespera, regressava, pela estrada quente, interminavel, a serpentear entre capoeiras sombrias, descampados nús de vegetação, a subir encostas fatigantes e a descer serrotes. Vinha montado e trazia suas mercadorias no lombo da burrama docil á voz do “pagem”...

Fazia calor e Herculano, cansado da viagem, fez uma parada, Apeou. Perto havia uma “cacimba”. Para ella encaminhou–se e, descuidado, pensando certamente na familia, que ia revêr satisfeito, abaixou–se mitigando, no fio claro dagua corrente, a sêde que lhe seccava a garganta.

Surpreendeu–o nessa posição o tropel de cavalleiros inesperados. Elle voltou–se, na convicção de que talvez se tratasse de algum caixeiro viajante. Mas, não; a divida durou o tempo de um relampago, porque alguem, do grupo, despertava–o para a negra realidade:

– Cel. Herculano, levnte–se para morrer, que vocês está com “Corisco” pela frente”

VERDADEIRO SUPPLICIO

Era, realmente, aquelle grupo composto do emulo de Lampeão, e de mais 9 cáibras, que detinham o infeliz sertanejo.

O crime deste era não ser “coiteiro”, era o de haver servido á sociedade contra salteadores e assassinos; era o de haver cumprido com o dever que assiste a todos os sertanejos, nessa luta contra os bandidos de Lampeão.

Não descreveremos o supplicio pelo qual padeceu, como um martyr christão, o sr. Herculano Borges.

Amarraram–no.

Cortaram–lhe os braços.

Cortaram–lhe os pes.

Degollaram–no.

E, esquartejado, feito em postas, os pés sangrentos dentro das botinas, foram seus restos mortaes enfiados em estacas, como demonstrações do quanto é perverso o odio da horda de Lampeão...

PELO SANGUE DERRAMADO, GUERRA AOS SICARIOS!

O doloroso fim desse sertanejo deve inspirar ás populações do Nordéste um compromisso sagrado – o de lutar, ao lado da Força Publica, contra os sicarios.

Pelo sangue que elles teem derramado das victimas que surpreendem, o de prestigiar os perseguidores da gente de Lampeão, dennunciando–lhes os seus “coiteiros”.

É proposito do Governo do Estado não dar tréguas a Lampeão, lançando em pratica um traçado modo de campanha que não póde ser divulgado, mas que deve ser facilitado.

O Capitão Facó espera, conforme ainda hoje declarou ao DIARIO DE NOTICIAS, que os sertanejos favoreçam as tropas volantes com um ambiente de facilidações, contando para isso com o auxilio da imprensa. É o que fazemos – apontando esse novo barbaro crime á execração geral!

.

Aparece em Felippe de Castro (1975), a narrativa do início do problema:

Corisco foi para a cidade de Bonfim, corrido, afastando-se para sempre da região de Glória e Pedra de Delmiro. Na nova cidade que passou a residir iniciou vida nova, negociando com bugingangas na feira - era camelô - aos dezessete anos.

Certo dia, Herculano Borges, delegado de polícia daquela cidade, homem, segundo conceito popular, de máus bófes, recebe de um dos fiscais da feira uma queixa contra o camelô, acusando-o de sonegação de imposto, naquela época, cinqüenta réis de ocupação do solo. Apresentado ao delegado, este indaga-lhe o motivo da protestada recusa, tendo o acusado se justificado, alegando já ter pago a outro fiscal, por isso que a acusação era injusta. Não se conformando, todavia, o delegado, mandou recolhê-lo ao xadrez debaixo d eimpropérios ofensivos, culminando por agredi-lo com um pontapé nas nádegas. Sabe-se que no percurso da feira ao quartel, onde ficava o xadrez, os soldados da escolta espancaram o rapaz que, raivoso com o ato injusto e violento, prometeu vingar-se declarando, em presença do próprio delegado, chorando de ódio: “Quando eu saí daqui o sinhô me paga seu Herculano”. Só depois de vinte e quatro horas soltaram-no.

Desesperado com os maus tratos que lhe deram, injustamente, resolveu vender o que tinha e com o produto desse negócio comprou um rifle e internou-se nas caatingas.”

Depoimento de Raimundo Gonçalves, nascido em 1926, em Jaguarari:

Fonte:

O Cangaço na Bahia imagens e texto professor: Rubens Antonio. Rubens Antonio.

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EM DELMIRO GOLVEIA-AL, COM FRANCISCO NORBERTO

 Por Paulo Dias Pereira


Francisco Norberto é filho de Eliseu Norberto que foi casado com Anália Ferreira, irmã de Lampiao. Eliseu Norberto teve três filhos com Anália Ferreira. Ficando viúvo, casou-se novamente, tendo dois filhos, Francisco Norberto e outro, que residem em Delmiro Golveia. Eliseu Norberto faleceu em 1985, e Anália Ferreira não tem data definida.

Eliseu Noberto casou em 1931, em Pedra, atual Delmiro Golveia-AL, com Anália e tiveram três filhos, Jose Noberto, Rivaldo Noberto e Joao Noberto. Moravam em Várzea do Pico, municipio de Água Branca-AL., e depois na antiga Pedra, hoje Delmiro Golveia, no bairro Bom Sossego. Anália morreu de parto em 1941. Eliseu tornou-se um grande fazendeiro. Em Delmiro Golveia tem um Colégio com seu nome. Escola Municipal Eliseu Noberto.

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TÚMULO DE ELISEU NORBERTO ESPOSO DE ANÁLIA FERREIRA IRMÃ DE LAMPIÃO. ESTÃO SEPULTADOS TAMBÉM SEUS DOIS FILHOS E A NORA. RIVALDO NORBERTO FALECEU HÁ TRÊS MESES:

Por Paulo Dias Pereira 


TÚMULO DE ELISEU NORBERTO IRMÃO DE LAMPIÃO. ESTÃO SEPULTADOS TAMBÉM SEUS DOIS FILHOS E A NORA. RIVALDO  NORBERTO FALECEU HÁ TRÊS MESES.

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VISITA AO TUMULO DE ANALIA FERREIRA, IRMÃ DE LAMPIAO, ANÁLIA FOI CASADA COM ELISEU NORBERTO, GRANDE COMERCIANTE DE REDES, ANÁLIA FALECEU EM 1941, EM DELMIRO GOLVEIA, ONDE ESTÁ SEPULTADA.

 Por Paulo Dias Pereira


VISITA AO TUMULO DE ANALIA FERREIRA, IRMÃ DE LAMPIAO, ANÁLIA FOI CASADA COM ELISEU NORBERTO, GRANDE COMERCIANTE DE REDES, ANÁLIA FALECEU EM 1941, EM DELMIRO GOLVEIA, ONDE ESTÁ SEPULTADA. 

ANÁLIA É A SEGUNDA SENTADA Nº 11

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MORENO E A VINGANÇA DE LAMPIÃO CONTRA ANTÔNIO DA PIÇARRA.

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Cangaçologia

Incursões do cangaceiro Moreno (Antônio Ignácio da Silva) no estado do Ceará e a vingança de Lampião contra Antônio da Piçarra, entre outros assuntos. Após a morte do cangaceiro Sabino das Abóboras, Antônio da Piçarra passou a ser alvo das ameaças de Lampião e o cangaceiro Moreno foi escolhido para dar cabo do antigo coiteiro e durante muito tempo arrodeou as terras da Piçarra em busca de executar a vingança prometida pelo chefe-cangaceiro. Um documentário inédito e exclusivo. Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. Inscrevam-se no canal e não esqueçam de ativar o sino para receber todas as nossas atualizações. 

Forte abraço... Cabroeira!

Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do canal.

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CANGAÇO NO CORDEL-ORIGENS, FORMAÇÃO E NARRATIVAS EM NOITE DE GRANDES ENCONTROS CARIRI CANGAÇO

Por Manoel Severo

Os universos do Romanceiro, das Cantorias e do Cordel invadem os Grandes Encontros Cariri Cangaço. Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço, recebe nesta sexta-feira, dia 23, os pesquisadores, Kydelmir Dantas da Paraíba e Carlos Alberto Silva do Rio Grande do Norte; para um bate-papo especial sobre a magia e talento dos poetas sertanejos de todos os tempos, imortalizados por suas magnificas obras e pelo legado deixado. 

Nomes como Leandro Gomes de Barros, Silvino Pirauá de Lima, João Martins de Athayde e famosa família Batista de, Francisco das Chagas, Pedro, Sabino e Antônio, passando pela extraordinária Serra do Teixeira; a verdadeira Matriz da Cantoria; serão personagens de destaque de mais esse momento Ao Vivo do Cariri Cangaço.  


Grandes Encontros Cariri Cangaço

Cangaço no Cordel - Origens, Formação e Narrativas

Sexta, 23 de Outubro de 2020 as 20 horas

Canal do YouTube do Cariri Cangaço

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NOSSO PRIMEIRO TRABALHO NA BIENAL DE SÃO PAULO

Por Júnior Almeida 



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O INCÊNDIO DE CACIMBINHAS

Clerisvaldo B. Chagas, 22 de outubro de 2020. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano. Crônica: 2.343

O incêndio de Cacimbinhas deixou o sertanejo alagoano desconfiado. Desconfiado devido aos crimes dos incendiários praticados em todo o Brasil, com incentivo criminoso que todos sabem de quem. A nossa vegetação de caatinga, nesse período do ano começa a ressecar e vai sendo assim encaminhada para a fase de verão onde atinge o ápice. Temos incêndio célebres no sertão e, particularmente, em Santana do Ipanema. Houve no passado grande incêndio na zona rural que ninguém conseguiu apagar e somente teve fim ao chegar no rio Ipanema, onde só havia água e areia. Por isso mesmo o lugar passou a ser conhecido até os dias atuais como sítio ou comunidade Queimadas do Rio.

Pois bem, o incêndio dessa semana ocorrido em Cacimbinhas chamou a atenção de todo o estado das Alagoas. Cacimbinhas é cidade sertaneja entre Santana do Ipanema e Palmeira dos Índios, sendo satélite desta última. É terra de gado e vaquejada, possui mais de 10 mil habitantes e já foi parada obrigatória de quem saía do Sertão e Alto Sertão rumo a Maceió. Foi preciso acionar o Corpo de Bombeiros de Santana do Ipanema e de Palmeira dos índios que passaram 4 horas seguidas para o final do sinistro e que teve início com um pequeno fogo para queimar penas de galinhas, descartadas às margens da BR-316. O fogo atravessou a pista e o vento o levou para uma fazenda a cerca de 1 km do centro da cidade. Depois de muito fogo e bastante fumaça o incêndio foi dominado à noite, para alívio do próprio povo cacimbiense.

Isso faz lembrar a necessidade da presença do Corpo de Bombeiros em todas as cidades polos. Eles, os bombeiros, não só combatem incêndios, mas socorrem a população em inúmeras outras ocorrências como enchentes, quedas de barreiras, afogamentos, invasões de residência por abelhas e muito mais. O ideal é que todas as cidades possuíssem pessoas treinadas e equipadas para esses imprevistos, mas “o brasileiro só se previne depois de roubado”, afirma o ditado popular. A priori, O Corpo de Bombeiros de Santana do Ipanema tem como sede o Bairro São José, vizinho a Escola Professora Helena Braga das Chagas, na Avenida Castelo Branco, a principal do bairro.

Eles nunca irão deixar de ser heróis do povo brasileiro.

INCÊNDIO EM CACIMBINHAS (FOTO: CBM-AL, CORTESEIA)

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200 ANOS DE LUCAS DA FEIRA

 Por Guilherme Machado pesquisador/historiador

No Mercado de arte da maior cidade do interior do nordeste! Feira de Santana. Em comemoração dos 210 anos de Lucas da Feira com o confrade o meu estimado compadre Nivaldo Cruz. O radialista da cultura tradicional nordestina.

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PEDRA GORILA

Por  Lima Mary Fafá

Uma pedra que impressiona pela sua aparência com um gorila. A pedra fica na localidade de Bonfim, popularmente conhecida como km 20, município de Senador Pompeu/Ce.

Gostaram??????

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