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domingo, 17 de maio de 2015

GILMAR TEIXEIRA CONFIRMA PARTICIPAÇÃO NO CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2015


E mais uma espetacular confirmação em nosso esperado Cariri Cangaço Piranhas 2015. O grande pesquisador, cineasta, documentarista e escritor Gilmar Teixeira confirma sua presença e o lançamento de mais uma grande Obra: "Piranhas no Tempo do Cangaço !" Quem viver verá. Cariri Cangaço Piranhas 2015, você não vai querer perder essa. Coronel Delmiro Gouveia. Celsinho Rodrigues, Manoel Severo Barbosa. Saiba de tudo em:


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GRUPO DE LAMPIÃO - LÁ NOS CAFUNDÓ DO MEU SERTÃO.


FOTOGRAFIA REALIZADA NO ESTADO DE SERGIPE, MAIS PRECISAMENTE NA FAZENDA "JARAMATAIA" DE PROPRIEDADE DE ANTÔNIO CAIXEIRO, PAI DE ERONILDES FERREIRA DE CARVALHO GOVERNADOR DO ESTADO EM AGOSTO DE 1929.

Esse é sem dúvidas um dos maiores registros fotográficos de Lampião e seu bando, que se tem notícias.

Identificando: Em pé da esquerda para a direita estão: MARIANO, EZEQUIEL (Ponto Fino irmão de Lampião), CALAIS, FORTALEZA, MOURÃO E O CANGACEIRO MENINO... VOLTA SECA.

Sentados da esquerda para a direita estão: VIRGULINO FERREIRA (Lampião), VIRGÍNIO FORTUNATO (Moderno cunhado de Lampião), ZÉ BAIANO E ARVOREDO.

Obs: Alguns estudiosos discordam de algumas identificações (CALAIS, FORTALEZA E MOURÃO).

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)


Fonte: facebook

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ERONIDES CARVALHO E ANTONIO CAIXEIRO RESPECTIVAMENTE FILHO E PAI

Por Preto Paulino

Esta seria uma foto de Eronides Carvalho e antônio Caixeiro proprietários da fazenda Jaramataia município de Garuru no Estado de Sergipe.

Fonte: facebook
Página: Preto Paulino

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USANDO MARRETA, VÂNDALO TENTA DESTRUIR IMAGENS NA CATEDRAL DE SANTA LUZIA EM MOSSORÓ

FUGINDO UM POUCO DO NOSSO TEMA

Um indivíduo, aparentando ter entre 55 e 60 anos de idade, usando uma marreta, tentou destruir na manhã deste sábado 16 de maio, imagens na Catedral de Santa Luzia em Mossoró, no Rio Grande do Norte. 

A Imagem do Senhor Morto, que é protegida por uma vidraça foi atingida pelo meliante, que após quebrar o vidro, tentou depredá-la. Alguns fieis que estavam no interior da Catedral, conseguiram impedir a ação de vândalo. 

O indivíduo fugiu do local, deixando o instrumento utilizado na ação. As câmeras de monitoramento interno da Catedral registraram toda ação do elemento, que agora está sendo procurado pela Polícia. 

O Boletim de Ocorrência foi registrado na Delegacia de Plantão

Clique neste link para acompanhar as fotos:

http://fimdalinha.com.br/site/post/1928

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O GLOBO – 14/10/1930 EPISÓDIOS DA VIDA DOS CANGACEIROS UMA SEMANA DA VIDA DE LAMPIÃO

Por  Leonardo Mota

Foi uma tarde pressaga aquela em que na fazenda Corituba, de Sergipe, Ezequiel – irmão de Virgulino Lampião – com este se desaveio e o desafiou para uma luta, a punhal, injuriando-o com os epítetos de “cego frouxo”, fazedor de mal a moças donzelas”, ladrão de beira de estrada”, “dador de surra em homem desarmado” e “cabra covarde que só tem fama por via dos companheiros”... Devido à oportuna intervenção de Corisco e de Pai Velho, um duelo fratricida se não verificou. Mas, desde esse dia, Lampião passou a se mostrar taciturno e se tornou ainda mais irascível e cruel. O olho direito, que ele tem cego e esbranquiçado, estava sempre lacrimoso, e isso neurastenizava e enfurecia o celerado.

Por outro lado, Virgulino sentia que a maioria do bando não recebera bem a sua decisão contra Corisco, no incidente deste com Volta Seca. Fora o caso que, dias antes, estando Volta Seca a torturar uma pobre velha, cujo rosto já arranhara com o punhal, Corisco o repreendeu, e como o perverso insistisse na sua maldade, pespegou-lhe uma bofetada, que o atirou desacordado ao chão. Virgulino metera-se entre os dois, mas desgostara Sabino, em lhe não reconhecendo razão. Só por estarem atropelados mui de perto pela polícia, os cangaceiros não se separaram, fragmentando o bloco. Tais ocorrências obrigavam Virgulino a procurar escaramuças que dissipassem o mal-estar que ensombrava os ânimos da malta. Fazia-se mister que a luta novamente os solidarizasse.

A 29 de junho do ano passado, quando todo o sertão baiano guardava, tranquilo, e feliz o dia de São Pedro, Virgulino, a três léguas do arraial Várzea da Ema, do município de Curaçá, assaltou a fazenda Formosa, de propriedade do coronel Petronilo Reis. Aí incendiou duas casas e, afora outras depredações, matou, à faca, três vacas de leite e cento e sessenta e oito ovelhas que encontrou presas num curral. Em seguida, fez juntar grande ruma de esterco, empilhou sobre ela rezes e lanígeros abatidos, o ateou fogo ao sinistro montão de animais sacrificados. Por muitos dias, um cheiro nauseabundo de carnes podres e queimadas empestou as redondezas da fazenda reduzida a ruínas.

Após a selvageria desses desatinos, Lampião partiu com o seu séquito, declarando na fazenda Curundundu que ia “desgraçar” a vila de Uauá. Então, persegui-o mais de perto a volante comandada pelo tenente Arsênio Alves de Souza. Verdadeira marcha batida, em a qual, sem descanso, os cangaceiros venceram trinta e uma léguas e a polícia vinte e quatro!

Foi assim que Lampião logrou escapar aos que se lhe haviam “escanchado no rastro: - perto da fazenda Lagoa Escondida, numa bifurcação da estrada, rumou para a direita, indo pernoitar, a 30 de junho, em “Poço de Fora”, iludindo, pois, o contingente policial que prosseguiu pela esquerda, a fim de entrar pelo lado sul em Uauá.

Auxiliado por sequazes incorporados à sua alcateia em território baiano e perfeitos conhecedores da região, Virgulino novamente deu às de vila-diogo na madrugada de 1º de julho, empreendendo um “raid” ainda mais exaustivo e ousado. Egresso das caatingas e grotões, o bandoleiro-fantasma teve a audácia de voar sobre Itumirim, onde chegou ao lusco-fusco do dia 2, depois de em trinta e seis horas haver vencido quarenta e cinco léguas! Aí reduziu a cinzas a estação ferroviária, cortou as comunicações telegráficas com a localidade, bebeu à farta e tentou formar um samba na casa da Escola Pública! Mas, medroso duma surpresa dos seus perseguidores, arribou logo mais e foi refugiar-se, durante o resto da noite, na serra dos Morgados. O dia 3 assinalou o seu assalto á fazenda Piabas e o seu pernoite no lugar Buraco da Água.

Coincidiram tais fatos com a fuga de cinco soldados criminosos, recolhidos à cadeia de Bomfim. Esses fugitivos, em bilhete irônico e malcriado que deixaram ao capitão José Galdino avisavam que se iam reunir a Lampião.

Em atividade, no encalço dos detentos foragidos, a manhã de 4 de julho veio encontrar os destacamentos da zona.

Procedentes de Campo Formoso, o cabo Antônio Militão da Silva e os soldados Pedro Sant’Ana, Cecílio Benedito, Manoel Luiz de França e Leocadio Francisco da Silva pararam em Brejão de Dentro e ali aguardaram a chegada de outros companheiros, por ser aquele o ponto combinado de junção das forças.

Como devessem dali ingressar na região de Gruna, penetrando em lugares insidiosos e de penoso acesso – “lugares esquisitos”, como eufemisticamente por lá se diz -, os soldados abandonaram as armas e aproveitaram o tempo de espera, escrevendo bilhetes para suas famílias, em Campo Formoso, dando-lhes conhecimento da direção que iam tomar. Estavam todos no interior da residência de Alfredo Monteiro, e, fora, o cabo Militão consertava os loros duma montaria. Seriam onze horas da manhã.

Em dado momento, Militão avistou longe, na estrada, diversos homens armados e avisou: - “Lá vem nossos camaradas!” E continuou, despreocupadamente, no reparo dos arreios. A estrada faz uma curva fechada e vem desembocar abruptamente junto à casa, motivo por que Militão logo perdeu de vista os indivíduos que julgou serem soldados.

De súbito, o troço aparece. Num ápice saltam das selas Lampião, Volta Seca, Ezequiel, Pai Velho, Corisco, Arvoredo, Moderno, Esperança, Moirão, Gato, Pernambuco e Labareda. Virgulino já está intimando o cabo Militão:

- “Se prepare, cabra, se prepare para apanhar!”

- “Pra apanhar, não, que em homem não se dá! Homem se mata!”

- “Apois, então, tire a cartucheira, que é pra não melar de sangue!”

Mas, não findara o curto diálogo entre Virgulino e Militão e já Volta Seca desfechava neste um tiro de parabélum no ouvido.

Com o estampido, acorrem os soldados, atordoados e sem os fuzis e são recebidos por uma saraivada de balas, quase a queima-roupa. Um deles tomba, tendo como arma nas mãos a caneta com que inconscientemente estava a mandar o derradeiro adeus à família. Outro, o único que logo não caiu, baleado que fora ligeiramente num braço, retrocede á casa e procura refugiar-se numa alcova. Cerrada descarga atravessa a porta, prostrando-o morto pelas costas. Muitos outros disparos alvejam ainda os moribundos, um dos quais escabuja e é sangrado. Esse infeliz chegou a receber no corpo nove balas. Tudo isso não durara mais que instantes.

A horda penetra na casa e Lampião, não saciado, indaga se não resta escondido por ali mais algum “macaco” do governo. Alfredo Monteiro responde que os soldados todos foram mortos e implora compaixão para si e os seus. Lampião grita-lhe que nunca mais dê rancho a “macaco” e volta ao terreiro. Dá um pontapé no cadáver de Militão e arranca-lhe do braço as divisas de cabo, presenteando uma das fitas a Moderno e outra a Arvoredo. Esta lastima que nenhum dos mortos usasse bigode comprido: é que ele queria “tirar e amarrar na fita, mode enfeitar o rabo do cavalo em que vinha montando...” Ezequiel vasculha os bolsos dos soldados. Tal busca de dinheiro resulta infrutífera e o miserável desanda na torpeza duns insultos pornográficos.

Estarrecido, o dono da casa pergunta que deve fazer com os cinco cadáveres, Virgulino sacode os ombros:

- “Querendo, enterre; não querendo, deixe a urubuzada comer!”

Pai Velho saúda com uma risada o dito de sarcasmo do chefe feroz.

Lampião pede cachaça, cachaça muita que dê para ele o grupo festejarem a caçado do dia.

Alfredo Monteiro, receoso de ter de testemunhar nova chacina, adverte que outra força de polícia está a chegar. Virgulino exalta-se e deixa a esses policiais um recado obsceno. Depois, olha raivoso e tigrinamente as suas cinco vítimas e determina a Alfredo Monteiro que enterre “os pestes” todos numa cova só, sob pena dum ajuste de contas em regra, noutra “visita” inesperada. Alfredo Monteiro promete que assim o fará e pede licença para ir buscar a aguardente. Lampião diz que não quer mais...

Todo o bando torna a montar.

Nisso, o soldado Cecílio Benedito, nos últimos estertores, bole ligeiramente com um pé. Lampião observa o movimento e saca de novo a pistola:

- “O diabo desde macaco inda está se mexendo? Macaco mexeu, quer chumbo...”

E, mesmo montado, desfecha-lhe um tiro na cabeça, que lhe arranca parte do frontal.

E esporeando as alimárias, a cantar, alegremente, o “É lampa... é lampa...”, os Cavaleiros do Crime galopam, fugindo pusilanimemente a um encontro com os milicianos esperados.

Quando o tropel da cavalhada e a toada do hino de guerra de Lampião não se faziam mais ouvir, foram se reabrindo as casas do Brejão e das portas e janelas umas cabeças assustadas, perscrutam se o vilarejo já se encontra restituído à sua quietude e pacatez.

Alfredo Monteiro, de olhos marejados, estava a espantar uns cães famintos que lambiam o chão inda rubro, aqui e ali, do sangue dos cinco mártires do banditismo nefando.

O sol pompeava na sua escalada para o zênite.

O cabo Militão tinha os olhos esbugalhados para o céu, como à indicar que aquele, cuja firmeza de olhar não se curvara ante à crueldade vilã do Rei do Cangaço, também era capaz de fitar o sol, o grande sol flamejante dos sertões!

Texto de Leonardo Mota

Fonte: facebook

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O VOLANTE RASTEJADOR DO CANGAÇO BADOQUE!


Segundo o pesquisador Voltaseca Volta:

Fabio FernandoCristiano FerrazGeraldo Ferraz, o policial volante BADOQUE era o maior rastejador da volante de Nazaré que perseguiu Lampião durante quase 20 anos. A literatura o cita como o maior rastejador de todos os tempos. Rastejava até em cima de pedras.

Não disponho de informações de onde o mesmo era natural, mas acredito que viveu muitos anos nos locais de Nazaré, Floresta e adjacência, inclusive, tinha um irmão chamado ZÉ GUEDES.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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Virgulino Repercute na Câmara Federal...


Vejam como Virgulino Ferreira, LAMPIÃO, o maior dos cangaceiros e um dos mais famosos bandoleiros que o mundo conheceu, realmente marcou indelevelmente a sua presença nos anais da humanidade. Em sessão da Câmera Federal, no ano de 1926, os deputados Francisco Rocha, da Bahia, e Batista Luzardo, do Rio Grande do Sul, debateram de forma acalorada mas cordialmente, a respeito simplesmente a quem Lampião prestava serviços, se à Coluna Prestes, em incursão pelas adustas terras nordestinas, em meados desta década, ou se das forças legalistas.

Francisco Rocha dizia que Lampião houvera servido de vanguarda às forças do revolucionário Carlos Prestes, uma vez que ajudou os tais a transpor o rio Pajeú, em Pernambuco, fulcrado no telegrama do general Mariante, a saber:

Virgulino Ferreira, foto de 1926 em Juazeiro do Norte

“Em juazeiro, fomos informados de que Lampião e seus sicários estavam servindo de guia às tropas rebeldes, durante a travessia delas no vale Pajeú, onde normalmente aquele bandido estabeleceu o seu centro de operações. Aliás, o estado-maior do S. General Joao Gomes, recebendo essa informação, nunca fez desmentido posterior. A partir da passagem do São Francisco, na região de jatobá, quando assumi o comando do meu grupo de destacamento, não houve mais notícia da presença de Lampião entre os rebeldes. Podeis fazer o uso que vos convier. Saudações”

Bem como se serviu deste comunicado, segundo ele, do Estado-Maior: 

“Não só em Juazeiro, como em Salvador e no Rio, tivemos notícias de que Lampião, por si e por sua gente, estava auxiliando os rebeldes na travessia destes, na região do vale do Pajeú, e regiões vizinhas, onde se tem desenvolvido, mais acentuadamente, a atividade daquele bandido, que ali localiza seu habitual esconderijo”.
  
Deputado Batista Luzardo

O deputado gaúcho, por sua vez, desqualificou o sobredito telegrama, bem como o comunicado, alegando tratar-se de documentos que não "são provas irretorquíveis, que são apenas notícias colhidas aqui e acolá, sem o caráter de seriedade e veracidade a que estava obrigado". Para defender o argumento de que, pelo contrário, Lampião havia, sim, prestado o seu concurso às forças legalistas, ou seja, ao Governo Federal, e que havia estado sob a proteção do padre Cicero e sob o amparo do deputado Floro Bartolomeu. Ao tempo em que fez leitura de trechos da carta publicada pelo “Jornal do Comércio”, de Pernambuco, de 4 de junho daquele ano de 1926, assinada pelo padre Cícero Romão Batista, datada de 30 de abril deste, ao Dr. Simões da Silva.

“Ilustre e distinto amigo Sr. Simões da Silva – Minhas saudações – Acuso nas minhas mãos a sua apreciada carta de felicitações pelo meu aniversário natalício e, bem assim, os jornais em que o meu nobre amigo, dando mais uma prova de sua generosa fidalguia, fez, embora imerecidos, brilhantes comentários em torno da minha modesta pessoa.”[...]

Existe, aqui no nordeste, um afamado bandoleiro, Virgulino Ferreira, geralmente conhecido por Lampião. Ele tem desenvolvido toda sua nefanda atividade, durante longos anos, nos estados de Pernambuco e Paraíba, sem que os respectivos governos, apesar dos esforços empregados , pudessem pôr termo aos seus crimes. Ultimamente, quando os patriotas de Juazeiro perseguiam os revoltosos, nos sertões pernambucanos, Lampião voluntariamente, entrou em ação com eles e, reunido a um dos seus contingentes, veio a esta cidade, alegando que o fizera de ordem do Dr. Floro e no caráter de soldado da legalidade.

Eu, efetivamente, sabia que o Dr. Floro o mandara chamar para auxiliar a reação contra as hostes revolucionárias. Assim, me pareceu, não devia e nem podia agir contra esse homem, pois que, se o fizesse, cometeria uma traição, pelo menos, á boa fé que o trouxera à minha terra. Ademais, não sou autoridade que tenha o dever de prender criminosos. Preferi, pois, como sempre costumo fazer, agir conselheiralmente e consegui do renomado cangaceiro a formal promessa de retirar-se do Nordeste. Aliás, por este processo, já tenho conseguido livrar este pedaço do território brasileiro de outros bandidos de igual jaez, como foram Luiz Padre, Sinhô Pereira, Joaquim Macie, etc., contra os quais nunca valeram as providências oficiais. Destes, graças à minha intervenção ficaram livres os nossos laboriosos sertanejos e eles, deslocados do meio onde se viciaram, vivem pacatamente, lá no longínquo Estado para onde os destinei, como bons cidadãos.”

Antonio Correa Sobrinho

Fonte: Jornal “O Globo” – 17/07/1926
Foto: Revista O Malho,17 de abril de 1926.
Fotos pertencentes ao acervo de Raimundo Gomes

E de 25 a 28 de Julho...
Cariri Cangaço Piranhas 2015

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LAMPIÃO, SEDUTOR!


O terrível bandoleiro organiza um harém, com infelizes sertanejas roubadas aos maridos e às famílias!!

Desarmado pela Revolução, o interior baiano não pode defender-se do aviltamento e do saque!!!

Recife, 3 (A.B.) – Uma entrevista concedida à “Notícia”, pelo senhor Acelino Barbosa, negociante de miudezas e peles, no sertão da Bahia, reproduz interessantes relatos sobre Lampião e o seu bando.

Segundo o comerciante baiano, Lampião, desde algum tempo, criou para si um harém em meio das caatingas baianas. À frente dos bandidos, o famoso salteador invadia e assaltava casas de famílias sertanejas, para fazer a sua escolha de mulheres. Nada menos de 17 favoritas já estão agora reunidas no harém de Lampião – mulheres casadas roubadas aos maridos e moças solteiras raptadas e transformadas em amantes do grande bandoleiro. Toda essa sociedade feminina viveria, segundo o narrador, em inacreditáveis condições de luxo, todas ornadas de joias e vestidas de tecidos preciosos.

Contou o senhor Acelino Barbosa que os sertanejos Luiz Pereira, residente em Salgadinho e Benício Moreira, de Brejo do Burgo, tiveram de entregar suas filhas, jovens graciosas e bem educadas, que partiram em pranto na companhia da horda sinistra. Outras moças sertanejas da região percorrida pelos bandidos estariam condenadas a destino análogo.

O total dos bandidos que atualmente formam o bando de Lampião, são ao todo 57. Vivem eles ordinariamente internados na caatinga. Os proprietários do sertão baiano nenhuma resistência podem opor a um ataque inesperado. Assim, Lampião continua agindo livremente, roubado, dilapidando, matando, sem receio de punição. As localidades da região acham-se mais ou menos desguarnecidas. Em Santo Antônio da Glória, por exemplo, os cinco únicos soldados que existem são pagos pelo comércio local.

O senhor Acelino Barbosa pôs em relevo, ainda, outros aspectos da situação criada pela terrível horda nos sertões do nordeste baiano. Acrescentou que voltava para a Bahia, levando uma grande esperança, por ter sabido que a polícia pernambucana vai tentar uma perseguição sistemática a Lampião e aos seus homens, estando anunciada a partida dentro de alguns dias, de cem homens armados, sob o comando do tenente Higino Manoel Neto.

Transcrição de O GLOBO de 03/08/1931

Fonte: facebook
Página: Antônio Corrêa Sobrinho‎Cangaçofilia

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NAS TRILHAS DE MEU AVÔ


Divulgando com muito orgulho, o lançamento do livro que meu marido lançará no dia 28/05/2015. Muito feliz com a dedicatória que ele faz a mim, à nossa filha Larissa e a irmã dele, as 3 mulheres especiais na vida dele! Quanto orgulho! Convido a todos os amigos, para compartilhar desse grande momento!


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