Seguidores

sábado, 13 de fevereiro de 2021

EM BUSCA DO CANGAÇO PARTE 3

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=XLIz-PsrY_o&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Em busca do cangaço - parte 3 Terceira e última parte do bate-papo entre os pesquisadores Ângelo Osmiro Barreto, Paulo Moura e Aderbal Nogueira, onde eles falam um pouco de como foram suas primeiras viagens de pesquisa em busca da história do cangaço. Link desse vídeo: https://youtu.be/XLIz-PsrY_o

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LIVROS DO CANGAÇO EM GRANDES ENCONTROS CARIRI CANGAÇO !

Por Manoel Severo

O Especular Universo da Literatura do Cangaço; os livros que fizeram e fazem história trazendo uma das mais sensacionais sagas do povo nordestino. Os mais procurados, os mais lidos, os clássicos, os campeões de venda...os polêmicos, os indispensáveis; tudo isso nos GRANDES ENCONTROS CARIRI CANGAÇO desta próxima sexta-feira, dia 11 de dezembro às 20h no Canal do You Tube do Cariri Cangaço.

 

Manoel Severo Barbosa recebe o renomado livreiro do cangaço; Professor Pereira; Conselheiro Cariri Cangaço e o professor Adriano de Carvalho Duarte, para uma conversa que ficara na história. Até lá !!!

https://cariricangaco.blogspot.com/2020/12/livros-do-cangaco-em-grandes-encontros.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

EM BUSCA DO CANGAÇO - PARTE 2

 Por Aderbal Nogueira

Segunda parte do bate-papo entre os pesquisadores Ângelo Osmiro Barreto, Paulo Moura e Aderbal Nogueira, onde eles falam um pouco de como foram suas primeiras viagens de pesquisa em busca da história do cangaço. Link desse vídeo: https://youtu.be/n4KZfWH8I8A

http://blogdomendesemendes.blogspot.com


MORAES MOREIRA

Por Conrado Matos

Moraes Moreira merece uma grande homenagem neste carnaval de 2021. Embora, não tendo folia, Moraes deve ser lembrado na mídia e em todos os cantos do Brasil.
Um Imortal do Carnaval
Poesia de Conrado Matos
Moraes Moreira ficará na nossa história
Imortal de todos os carnavais
Nunca esqueceremos na nossa memória
Deixará uma enorme lacuna
na Música Popular Brasileira,
no Carnaval baiano e na Literatura
"Pombo Correio" balançou o chão
Um hino do Carnaval, uma linda canção
Animou nossa gente e toda raça
Seu ritmo musical foi além da praça
Consagrou-se no carnaval em cima do Trio
Fazendo também sucesso no palco
Um cantor de valor e muito brio
Sucesso na Bahia e em todo Brasil
Um poeta, um grande cordelista
Um Novos Baianos, genial artista
Compositor, um bom instrumentista
Moraes Moreira você foi embora
Deixando saudade e muita glória.
Conrado Matos - Psicanalista, Poeta,
Filósofo, Escritor e Compositor.
WhatSapp: 71 99910-6845
Salvador, 13 de Abril de 2020
(Poema escrito a uma triste despedida
do Imortal Cantor Moraes Moreira,
que faleceu no final da madrugada
do dia 13.04.2020, vítima de infarto do miocárdio agudo). 

https://www.facebook.com/photo?fbid=1551905111676034&set=a.264449197088305

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

DEFENSORES DO ATAQUE DE LAMPIÃO A VILA DE BELÉM DO ARROJADO, ATUAL UIRAÚNA - PARAÍBA. ANO DE 1927.

 Por Beto Rueda

Fonte foto:

GUEDES, Naldo. Lampião, imagens e história. Campina Grande: Guedes, 2015.

Veja a descrição do evento pelo grande pesquisador e escritor no blog Cariri Cangaço:

O Ataque de Lampião a Uiraúna - PB.

Por: Sérgio Dantas

Uma vitória da inteligência sobre a força.

Há meses Lampião sumira dos noticiários dos jornais. O ano de 1926 encerra-se sem grandes novidades sobre a horda do famoso cangaceiro de Vila Bela. Bem instalado e seguro no ‘coito’ da Serra do Diamante, do poderoso Coronel Isaías Arruda, Lampião sai da aparente inatividade apenas em fins de abril de 1927. Naquele fim de mês, o bandoleiro deixa o refúgio e pratica assaltos em pequenos vilarejos situados na região noroeste da Paraíba, entre os municípios de Cajazeiras e São José de Piranhas. São ataques rápidos, com vistas apenas ao saque. A proximidade desta parte da Paraíba com o valhacouto do ‘dono’ de Missão Velha facilita sobremaneira a ação do bando.

De fato, no dia 15 de maio daquele ano, liderando uma falange de cerca de trinta e cinco homens, Lampião se prepara para tomar de assalto a Vila de Belém do Arrojado - atual cidade paraibana de Uiraúna. Há dias que ‘olheiros’ residentes em sítios da fronteira já haviam sondado o vilarejo e o cangaceiro – decerto bem ciente das condições do lugar – crê que tem plena chance de sucesso na empreitada que pretende levar avante.

O Arruado de Belém situa-se junto à fronteira do Rio Grande do Norte até então inexpressivo. Ali não havia mais que cento e trinta casas e uma igreja singela. Comércio pobre ou quase inexistente. Também ali não está destacado sequer um contingente policial para manutenção da ordem ou para oferecimento de uma defesa – mesmo que acanhada – no caso de um eventual ataque de cangaceiros. A ‘ordem’ no povoado é garantida somente por um Subdelegado civil, o potiguar Nelson Leite. Apesar de reiteradas notícias sobre incursões de cangaceiros naquela parte da Paraíba nos últimos dias, o Governo do Estado parece ignorar os eventos propalados pelos jornais e pela boca do povo. Apesar de vários reclamos por parte de proeminentes de Belém, o Estado não enviara tropa regular para a localidade.

O início da tarde daquele dia 15 de maio, no entanto, o sertanejo Leonardo Pinheiro percebe a marcha de cangaceiros em direção a Belém. Sem demora, espora o cavalo e entra no povoado em sonoro alarde:

-“Vem cangaceiro por aí! Vem cangaceiro por aí! Parece que é Lampião e não está a mais que umas duas léguas!”

Enquanto a horda marcha em busca do vilarejo, Nelson Leite se apressa em organizar uma defesa. Sangue quente, cioso de suas obrigações, Leite parece disposto a sacrificar a própria vida na defesa da comunidade que lhe fora confiada.

Abandonados à própria sorte, os habitantes de Belém – incentivados por Nelson Leite - tratam de se armar e garantir a resistência do lugar. Civis são convocados e há mesmo os que comparecem voluntariamente para pegar em armas. Ao final do rápido recrutamento, chega-se à desanimadora soma de onze homens apenas. Um contingente ínfimo que tentará rechaçar um bando com cerca de trinta e cinco cangaceiros. Uma luta desigual – se considerarmos a proporção de três bandoleiros para cada defensor e a falta de experiência de guerrilha dos citadinos. Por volta das dezessete horas, finalmente, Lampião avizinha-se da Vila. O frágil agrupamento de casas lhe parece excessivamente frágil e torna-se ainda mais amiudado pela sombra da serra de Luís Gomes, não muito distante dali. “Um alvo fácil”, provavelmente terá pensado o poderoso cangaceiro. O desenrolar dos fatos, porém, lhe revelará um grave erro de prognóstico.

Em que pese a correria desenfreada que se seguiu ao alarma dado por Leonardo Pinheiro, os homens de Nelson Leite aprestam munição e armas. Tudo é feito com rapidez e disciplina. Ao mesmo tempo, mulheres, velhos e crianças – a seguir igualmente os apelos do Subdelegado – buscam refúgio na caatinga ou em sítios de familiares fincados nos arredores de Belém. Pequenos “tesouros” são previamente enterrados em lugares seguros. Potes de barro, caixas de papelão, latas de querosene: qualquer coisa serve como invólucro para as ‘economias’ adquiridas ao longo de anos de trabalho.

Em pouco tempo, os defensores se organizam e estão posicionados em lugares previamente definidos pelo Subdelegado. Dedos nervosos aguardam o desfecho do ataque. Uma testemunha registra os momentos iniciais do entrave:

“O delegado" Nelson Leite distribuiu uns homens nos pontos mais altos da rua principal, dois outros guarnecendo as laterais e três instalados no teto da Igreja. Quando Lampião entrou com o bando, pela ‘rua velha’, começou a fuzilaria”.

Nelson Leite, de fato, engendrara bom plano. Distribuíra os poucos rifles e fuzis disponíveis com os onze defensores. Repartiu com irrepreensível parcimônia a rala munição que tinha ao seu dispor. Os melhores atiradores foram destacados para pontos estratégicos. Na teto da igreja - prédio mais alto e com abrangente visão dos arredores - posicionaram-se Luís Rodrigues, Moisés Lauriano, José Teotônio e Joaquim Estevão. O tempo corre lento. Não há novidades. Até perto das oito horas nem sinal da sinistra patuléia de chapéu de couro. A espera alongada transforma as trincheiras em ninhos de ansiedade.

De súbito, Luís Rodrigues dá o alarma. Alguém se aproxima. O luar denuncia vultos sorrateiros. Homens armados aproximam-se do povoado pela ‘rua da Proa’. É o início da invasão. De pronto, grande incêndio ilumina a noite na pequena Belém. Grossas labaredas passam a consumir a casa de um agricultor e espalham-se rapidamente para um antigo curral e plantação de milho já há dias quebrado. O incêndio. Método infalível para incutir terror aos sitiados.

Josefa Augusta Fernandes, bem jovem à época do evento, anota a origem do fogaréu:

"Lampião começou destruindo a propriedade do finado João Gabriel, tendo em seguida tocado fogo nos currais e nas plantações de feijão e milho. O fogo serviu para alertar os homens da cidade, sendo que eles já estavam em posição nos principais pontos daqui”. (Maria do Socorro Fernandes, entrevista).

Não havia mais o que esperar. Ao primeiro grito de comando de Nelson Leite, trava-se pesado tiroteio. Lampião, decerto, não esperava semelhante reação. A fantástica fuzilaria oriunda da Vila lhe faz recuar. De efeito, os tiros vindos da rua da Proa tornam inviável uma entrada por aqueles lados.

Sem sucesso na primeira investida, o chefe de cangaço tenta confundir os defensores entrincheirados. Sob sua batuta, os bandoleiros passam a gritar, urrar como animais e a praguejar insultos e xingamentos aos defensores e suas famílias. A permear a gritaria, grossas baterias de tiros.

O rei do cangaço deseja tomar Belém. Tentará de todas as maneiras penetrar no vilarejo para vilipendiar suas casas e lhes extrair até o último ‘cobre’. Sem demora, ordena aos comandados a ‘abertura’ de uma linha de fogo pela lateral, com o fito de invadir a Vila pelo flanco oposto.

Nada, entretanto, parece gerar resultado prático. A posição privilegiada dos atiradores locados no telhado da igreja permite que tiros sejam disparados em todas as direções. A resistência agiganta-se com estrondos de repercussão fantástica e de curiosa origem. Nelson Leite improvisara – no pouco tempo que dispôs antes da consecução do ataque - algumas “ronqueiras” e logo começou a fazer uso dos artefatos. Os estrondos causados pelas bombas caseiras são assustadores e surpreendentemente surtem efeito. Um simples improviso que, ao que tudo faz crer, parece realmente ser a chave para uma vitória.

Em pouco, qualquer objeto metálico em formato cilíndrico - e vazado pelo menos em um dos lados - torna-se invólucro para manufatura dos pesados rojões. Joel Vieira, com dezoito anos à época do fato, registrou em depoimento:

"Os que estavam no alto da Igreja, começaram a atirar de ponto e também para dentro da igreja, causando um eco que parecia canhão. O Subdelegado também tinha improvisado umas ‘ronqueiras’, feitas com pólvora socada dentro de latas, e de quando em quando estourava uma. Já estava escuro, e aqueles tiros davam a impressão que havia um canhão com a gente”.

No alto da igreja, Luis Rodrigues - artilheiro mais aguerrido – resolve acrescentar estrondos adicionais aos estampidos das ‘ronqueiras’ improvisadas pelo Subdelegado. Dessa forma, com o intuito de causar impacto ainda maior, começa a atirar quase em paralelo à lateral da nave do prédio sagrado. Estrondos fantásticos, causados pelo eco do salão quase vazio, dão ainda mais ânimo aos outros defensores entrincheirados no teto da igreja. Decide-se que alguns deles, alternadamente, passarão a atirar também para dentro da nave.

A estratégia funciona. Os estrondos se multiplicam. De fato, para quem está do lado de fora, resta a impressão de que algum tipo de canhão está sendo utilizado. Os cangaceiros, atarantados, mantém posição de cautela e não avançam. O escuro da noite enevoada pela fumaça dos disparos os impedem de enxergar, na verdade, o tipo de “arma” adicional que ora se usa na defesa do arruado. O engodo paulatinamente funciona.

No calor da peleja, porém, passos apressados denunciam silhueta humana esgueirando-se próximo à igreja. A escuridão da noite não permite distingui-la com precisão. Da torre principal um defensor atira. O civil Antônio Correia é atingido. Confundiram-no com um cangaceiro. Correia morre pouco tempo depois em razão do profundo ferimento à altura do pulmão. É a única baixa durante o combate.

Os cangaceiros não desistem e tornam a investir contra o território inimigo por uma ruela lateral à igreja. Lampião brada ordens aos seus homens. Todos, contudo, parecem hesitar em razão dos estrondos que continuam a reverberar entre as casas da pequena Belém.

Do lado dos defensores, um voluntário prontifica-se para preparar novas ronqueiras, de forma ininterrupta, servindo-se como espécie de municiador.

Dominado pela ira, Lampião manda reacender o fogo que arde tênue na propriedade de João Gabriel. O vento rapidamente espalha as labaredas em espantosa velocidade. As chamas consomem vacas e bezerros cativos no cercado contíguo a casa. Urros de dor de animais engolidos pelas chamas desenham dantesco suplício. Poucos escapam ao bizarro holocausto.

A derradeira tentativa de conquista do povoado fracassa. Com pesar, os cangaceiros reconhecem que não conseguirão penetrar em Belém.

O desconhecimento dos pontos de defesa, o espocar das “ronqueiras”, o ribombar de tiros reverberados pelo salão da igreja, a configuração física da vila, o cansaço da longa marcha até ali. Tudo parece sugerir uma retirada. Lampião não demora em perceber o malogro da empreitada:

- Vamos sair para economizar munição! – grita furioso.

Ainda se ouvem tiros por mais um quarto de hora. Aos poucos os cangaceiros se retiram do campo de luta. Disparos tornam-se esparsos. Ao compasso da retirada, a fuzilaria regride até reinar o mais absoluto silêncio. Lampião e seus homens deixam Belém em definitivo. É ainda Joel Vieira quem destaca:

“Eles tentaram muito, mas não conseguiram entrar. Antes das sete horas da noite, já tinham ido embora. No dia seguinte, o festejo foi grande, pois todos pensavam que ia morrer muita gente, mas não. Apenas um rapaz morreu vítima de uma ‘bala doida’ e caiu ali perto da Igreja. Tirando o incêndio na propriedade de João Gabriel, o prejuízo aqui foi pouco. Com pouco recurso, a gente botou Lampião prá correr!”.

E Lampião, de fato, jamais voltou a Uiraúna. Nos dias seguintes, um telegrama é enviado para as principais cidades do sertão do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Anunciava-se a vitória de um povo contra o poderoso rei do cangaço. O Intendente local assinou o comunicado:

“Fomos atacados dia 15 famigerado Lampião. Resistimos cerrado fogo, bandoleiros recuaram. Vítima tiroteio Antônio”. (a) José Caboclo.

É a vitória inconteste de um sumário grupo de cidadãos contra quase quarenta cangaceiros. Uma vitória nascida da confiança de homens do povo; sertanejos comuns. Não houve – como aconteceu em Mossoró – um grande lapso de tempo para a preparação de uma defesa. Não houve reuniões; não se teve tempo para comprar armas modernas. Não havia sequer uma torre na igrejinha da cidade. Existia, apenas, a vontade de preservar os próprios lares.

Uiraúna se defendeu heroicamente, a exemplo da resistência mostrada pela pequena Nazaré, em Pernambuco, quatro anos antes. Uiraúna impediu a entrada dos cangaceiros de Lampião como faria a população sergipana de Capela, liderada pelo destemido Mano Rocha, três anos mais tarde.

A vitória do povo de Uiraúna foi obtida sem recursos, sem alarde e sem exploração midiática posterior. Vitória conseguida sem um ‘notável planejamento prévio’ e sem colóquios barulhentos. Vitória de um pequeno grupo de homens pegos de surpresa pelo maioral do cangaço. Vitória, porém, recheada de atos do mais real e verdadeiro heroísmo. Vitória, enfim, da inteligência sobre a força.

Sérgio Augusto S. Dantas é autor dos livros “Lampião no Rio Grande do Norte – A História da Grande Jornada” (2005), “Antônio Silvino – O Cangaceiro, o Homem, o Mito” (2006) e “Lampião: Entre a Espada e a Lei” (2008).

NOTA:

(1) s.f. – Ronqueira: “Cano de ferro, preso a uma tora de madeira e cheio de pólvora, o qual produz grande detonação quando se lhe inflama a escorva”. (Aurélio). As ronqueiras já haviam sido largamente usadas em revoltas populares, como na guerra de Canudos. N do A.

FONTES UTILIZADAS:

A União, edições de 17 e 18 de maio de 1927.

DANTAS, Sérgio Augusto de Souza. LAMPIÃO NO RIO GRANDE DO NORTE – A HISTÓRIA DA GRANDE JORNADA. Editora Cartgraf, Natal/RN. 2005. 452 pgs.

SOUZA, Tânia Maria de. UIRAÚNA NO ROTEIRO DE LAMPIÃO, in Revista Polígono, 1997, 158 pgs.

Entrevistas concedidas ao autor por Maria do Socorro Fernandes (2003), Joel Vieira da Silva (2001), Josefa Augusta Fernandes (2000) e Sinforoza Claudina de Galiza (2000).

 https://www.facebook.com/groups/508711929732768/?multi_permalinks=785927702011188%2C785422445395047%2C784876605449631&notif_id=1613043900614552&notif_t=group_activity&ref=notif

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ARIBALDO: “AMIGO É COISA PRA SE GUADAR DO LADO ESQUERDO DO PEITO, DENTRO DO CORAÇÃO...”.

 Por Rangel Alves da Costa


“Mas quem cantava chorou, ao ver seu amigo partir...”. Ainda tomado de perplexidade pela notícia chegada nesta manhã de sábado e, por isso mesmo, juro que as palavras de despedida ao amigo e professor José Aribaldo Campos Lima, o querido Ari, ou ainda Badinho para muitos, chegam lavadas de sofrimento e de terrível aflição. Sua inteligência, sua bondade, e principalmente seu espiritualismo e sua espiritualidade sempre aflorada em justificadas crenças superiores, já me levaram a escrever nestas páginas alguns textos sobre sua pessoa, sobre o seu jeito de sentir, de viver e pensar o sentido da vida e da morte. Mas eis que agora a morte lhe chega pelas mãos da perversidade, da covardia, da maldade humana. Aribaldo era amigo e um verdadeiro irmão. Sua sabedoria estava sempre presente não apenas no ato de ser um exímio educador, mas na sua visão de mundo e de realidade, sendo um mestre nos diálogos sobre o espiritismo e nas explicações do tempo presente perante o destino imposto a cada um. 

Estava terminando um livro onde a vida e a morte se cruzavam de braços dados, entrelaçados que são pelo amor terreno e no além. Escrevia textos e me enviava para as primeiras considerações. Não havia um só momento que eu o encontrasse pelas ruas de Poço Redondo, mas principalmente nos arredores da casa familiar, que não viesse logo para o abraço, o sorriso, o costumeiro diálogo. Verdadeiro, franco, fiel, sem temer críticas ou adversidades, foi conduzindo sua existência como um ser colocado entre nós para dignificar o mundo. Mas agora as mãos da maldade ceifaram covardemente sua vida. A vida, no seu sopro de existência, de nós se despede, mas a presença de seu amor, de sua sabedoria, de sua amizade e de sua verdade, em nós continuará para a eternidade. Triste, muito triste, aqui indagando mil coisas e sem encontrar nenhuma que possa acalantar a angústia, apenas digo, como se diante de Aribaldo estivesse. Obrigado por ter existido ao nosso lado, obrigado pelo frondoso jardim que deixou semeado entre seus amigos e familiares de Poço Redondo e sertões sergipanos e alagoanos. Vai a Deus, Aribaldo. Adeus, amigo Aribaldo!

https://www.facebook.com/photo?fbid=4001632189856563&set=a.476409229045561

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O CRIRI CANGAÇO SERÁ EM NAZARÉ DO PICO

 Por Verluce Ferraz

Nós somos de Nazaré do Pico - Floresta do Navio - Terra de combatentes do cangaceirismo lampiônico nos Sertões do Nordeste do Brasil.

https://www.facebook.com/photo?fbid=4042977622407073&set=gm.2793297384263567

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

EM BUSCA DO CANGAÇO - PARTE 1

 Por Aderbal Nogueira

Primeira parte do bate-papo entre os pesquisadores Ângelo Osmiro Barreto, Paulo Moura e Aderbal Nogueira, onde eles falam um pouco de como foram suas primeiras viagens de pesquisa em busca da história do cangaço. Link desse vídeo:

https://youtu.be/Ut4QZnTyo48

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=1579677845574487%2C1579677278907877%2C1579676332241305%2C1579707608904844%2C1579314842277454&notif_id=1613172239191468&notif_t=group_activity&ref=notif

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CHAPÉU DE CANGACEIRO

 Por Volta Seca

BARBICACHO, CARAPUÇA, BICA, TESTEIRA, ..Vc sabe o que é ?

São algumas partes do chapéu cangaceiro. Confira abaixo.

Fonte: Foto pescada no Google.

https://www.facebook.com/voltaseca.volta/posts/1575979329270702?comment_id=1575984195936882&notif_id=1613168014860974&notif_t=close_friend_comment&ref=notif

http://blogdomendesemendes.blogspot.com