Por Sálvio Siqueira
Infelizmente
vimos, mais uma vez, ter que trazer a público o que estão fazendo com a nossa
história sobre o cangaço no discorrer do ciclo lampiônico.
Não basta
mudar lugares, criar personagens, inverter fatos, colocar personagens onde não
estavam e criar objetos para determinada personagem... Por aí seguem alguns,
mas, têm que fazer, sempre, algo para chamar atenção sem importar que destrua,
modifique ou distorça a veracidade dos fatos, tão somente por uma vaidade
doentia ou um abuso que lhes facilitem uma arrecadação monetária.
Para a
história é péssimo, pois nada ‘daquilo’ ou ‘disso’ fazem parte dela. No entanto
ela continua lá, em seu pedestal simples, porém, alicerçado sobre três
pilastras fortes e eternas. Não adianta querer modificá-la. Ela sempre se
imporá as inverdades criadas em sua volta, principalmente enquanto existirem
aqueles que compõem a Frente de Combate a Picaretagem no Estudo do Cangaço –
FCPEC.
Não bastando
vários autores, deliberadamente, contarem a sua ‘estória’, agora me saem com
modificações sobre sua rica e intocável iconografia.
O registro
fotográfico é um dos fatores mais importantes sobre qualquer uma das vias
históricas que se pretenda estudar. Não importa o assunto ou tema, ela está
ali, senhora de si e com a certeza de que parou o tempo e transporto-o para o
futuro.
Usando-se de
qualquer meio para que sua veracidade, idoneidade, fique comprometida, modificará
sua realidade e o seu conteúdo histórico cai por terra. Fato.
Estão,
erroneamente, fazendo um ‘tratamento’ em algumas imagens que registraram
personagens em sua época, utilizando-se de um banco de imagem em determinado
aplicativo. Para melhor entender-se, a polícia investigadora usa desse tipo de
banco de imagens para que, ao receber as informações de algum depoente, o
perito ir colocando um nariz aqui, olhos diferentes ali, queixo, maçãs do
rosto, cabelo, lábios, glabela... E assim por diante. Depois disso tudo, o
depoente, muito das vezes a vítima de um assalto ou uma testemunha ocular,
poder identificar o criminoso através de um ‘RETRATO FALADO’ montado pelo
perito.
Fazer esse
tipo de montagem em um registro fotográfico histórico é, com toda certeza desse
mundo, um tremendo crime com a história. Infelizmente os detentores dos
direitos autorais aqui no Brasil não tomam de conta daquilo que lhes pertence.
No entanto, nada nos impede de vir a público fazer as devidas denúncias para
que o público dos veículos de comunicação em massa em geral, veja o tipo de
malandragem que estão usando contra sua credulidade, passando ‘gato por lebre’,
numa tremenda mentira, pois, a versão dos que fazem as montagens seria que as
imagens, as fotografias, seriam de alta resolução. Ou seja, teriam uma alta
resolução de imagem. Quando na verdade não são. Trata-se apenas de uma simples
montagem. Usam, tão somente, um programa chinês que intensifica a resolução das
fotos modificando a fisionomia. Picaretagem da grossa sobre os registros
originais da história.
Esperamos que
os familiares do saudoso Ricardo Albuquerque, herdeiro da Aba Filmes,
detentores autorais das imagens ‘distorcidas’, ‘montadas’ e levadas ao público
como sendo legítimas e de alta resolução, tomem as devidas providências
judiciais quanto ao tipo de abusos que estão fazendo ao seu acervo cultural que
é um grande patrimônio historiográfico.
Ou mesmo a
amiga Vera Ferreira neta de Vigolino Ferreira e Maria Gomes de Oliveira,
Lampião e Maria Bonita respectivamente, filha de Expedita, também se manifeste
diante de tão triste abuso. Pois, acreditamos que ela e sua família também são
detentores de direitos autorais sobre várias imagens de seus familiares.
Mais uma vez a
Frente de Combate a Picaretagem ao Estudo do Cangaço – FCPEC, composto por
diversos estudiosos, pesquisadores e curiosos sobre o tema, veio cumprir com
sua finalidade que é combater os abusos sobre fatos, personagens, locais e
registros fotográficos sobre a História. Ou, no mínimo, mostrar para as pessoas
como lhes enganam.
Abaixo
mostraremos como dizem tratar-se de três personagens distintas do cangaço
lampiônico estar em imagens em alta resolução acompanhadas, ao lado, de imagens
das personagens verdadeiras.
Veremos como criaram uma imagem qualquer dizendo tratar-se do grande combatente ao banditismo rural José Osório de Farias, o conhecido Zé Rufino.
A segunda
imagem, diz tratar-se da cangaceira Sila, companheira do chefe cangaceiro Zé
Sereno e, por último, uma imagem do “Rei dos Cangaceiros”, totalmente fora dos
padrões legítimos do que é a imagem verdadeira.
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