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quarta-feira, 27 de outubro de 2021

1863 NASCEU DELMIRO GOUVEIA EM IPU-CE.

 Por José Mendes Pereira

No dia 05 de Junho de 1863 nasceu em Ipu, no Estado do Ceará que viria ser um dos maiores empresários do nordeste brasileiro "Delmiro Augusto da Cruz Gouveia", que ficou mundialmente conhecido como coronel Delmiro Gouveia.

Veja a seguir um pouco sobre ele no site abaixo:

http://www.ipatrimonio.org/delmiro-gouveia-usina-hidreletrica-de-angiquinho/#!/map=38329&loc=-9.39135703137584,-38.19469928741451,17

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O PROGRESSO DA RAINHA NÃO PÁRA

Clerisvaldo B, Chagas, 27/28 de outubro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.601

Procuramos tomar a terceira dose da vacina contra o Covid. Fomos conduzidos a um novo Ginásio de Esportes situado às margens do riacho Camoxinga. Como fazia certo tempo que havíamos passado por ali, fiquei abismado com a transformação do lugar que fica após o Aterro de quem vai passar pela ponte que leva ao Colégio Estadual. Na última vez em que ali estive, o local funcionava como Curral do Gado da feira dos sábados. Estava pesquisando e fotografando para “Repensando a Geografia de Alagoas”. Saí constrangido com o desconforto, a insalubridade e o descaso com pessoas e animais. Ali estava agora implantado o Ginásio de Esportes, grande, confortável, sem luxo, mas mostrava atender as necessidades do usuário.

Ao lado do Ginásio, outra surpresa agradabilíssima, uma bonita unidade de saúde chamada “Unidade de Saúde da Família da Baraúna”. Baraúna é uma região de Santana onde se encontra o complexo municipal da Saúde. Uma paisagem completamente transformada que me impressionou bastante. Tudo pavimentado à `base de paralelepípedos, com limpeza total pelos arredores. Sob um sol de 40 graus, fiz questão de percorrer a pé o final da rua até onde faz uma charmosa curva no calçamento, com interrupção â frente. Dali fiquei contemplando o bravo riacho Camoxinga seco (riacho que empresta nome ao maior bairro da cidade). Voltei encantado com a transformação progressista de Santana até nas pontas de ruas.

Informações afirmavam que o Curral do Gado havia se mudado para o outro lado do Aterro, mas não fomos até lá.  Na certa para um terreno antigo pertencente ao saudoso comerciante José Accioly, espaço baldio onde a matutada amarrava os cavalos em dia de feira. E com minha cidade cada vez mais progressista e bela, fomos conhecer a frente da padaria estilo europeu que será inaugurada na Rua São Vicente e mais os prováveis pontos onde funcionarão em breve uma filial da ,mais famosa farmácia de Maceió e um dos mais conhecidos hiper da capital que virão apostar em Santana do Ipanema. Em seguida fomos ao topo do Loteamento Colorado, onde todo estresse desaparece na hora.

Os nossos amigos ausentes de Santana há pelo menos dez anos, ficariam entusiasmados como eu quando visito Centro e periferia. Primeiro comércio do Sertão e segundo do interior das Alagoas.

Progresso à frente rebocando o orgulho.

SAÚDE ONDE ANTES ERA O CURRAL DO GADO (FOTO: ÂNGELO RODRIGUES).

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2021/10/o-progressoda-rainha-nao-para.html

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RARIDADE: PRIMEIRO LIVRO SOBRE A HECATOMBE DE GARANHUNS SERÁ REEDITADO 100 ANOS DEPOIS

 Por Júnior Almeida

Prestes a completar 105 anos, em janeiro próximo, a trágica chacina que colocou a Suíça Pernambucana nas páginas dos jornais de todo país, e que ficou conhecida como a Hecatombe de Garanhuns, ganha agora mais um reforço em sua funesta, porém, importantíssima e  intrigante história.

Acontece que depois dos livros de Mário Márcio e de Alfredo Cavalcante, de 1962, em que o episódio é discorrido e, até então se achava que fossem os pioneiros do tema, eis que “surgiu” agora um livreiro cearense com a primeira obra sobre a Hecatombe de Garanhuns. Trata-se de O Sertão, a Política e os Cangaceiros, de um autor que se identifica como G. Pinto, livro esse, editado no Rio de Janeiro, em 1921, portanto, exatos 100 anos atrás.

A obra rara foi comprada em um site de leilões, por uma quantia não revelada, mas, segundo o referido livreiro, a obra lhe custou um valor considerável. Ele nos revelou também que “o livro vai ser reeditado, que já está sendo digitado, mantendo a linguagem da época e, que em seguida vai ser diagramado e impresso”.  

A obra, a qual tivemos acesso, é romanceada e, nomes foram trocados, como por exemplo, o de Júlio Brasileiro, que no livro é “Julião”, o que é totalmente compreensível,  tendo em vista que o livro foi publicado apenas quatro anos depois do sangrento episódio e, escrito, muito  provavelmente, antes de 1921, quase em tempo real aos fatos da cadeia pública de Garanhuns, então, nada mais natural que a prudência.

Professor Cláudio Gonçalves, autor de dois livros sobre o episódio, dentre eles A Cobertura Jornalística da Hecatombe de Garanhuns de 1917, de 2017, obra mais completa sobre o tema, foi procurado pelo dono da preciosidade literária e histórica e, foi convidado por ele para prefaciar a reedição do livro. Cláudio, que já leu a raridade, disse que “mesmo o livro tendo os nomes dos seus personagens mudados, quem conhece a história, sabe perfeitamente quem é quem no triste enredo”.

A obra nos traz visões diferentes de determinados personagens e fatos que só quem acompanhou de perto a tragédia poderia saber. Achamos que “G. Pinto” é um pseudônimo usado por alguém que quis se proteger, mas ainda precisamos ter certeza disso. Complementou Professor Cláudio. 

O livro, que depois de reeditado vai ser lançado em Garanhuns, em data e local ainda não definidos, pode contribuir, e muito, com os historiadores que buscam compreender melhor todo contexto que desencadearam os tristes fatos de janeiro de 1917. Vamos aguardar.

https://noticiasdecapoeiraspeeregiao.blogspot.com/2021/10/raridade-primeiro-livro-sobre-hecatombe.html?fbclid=IwAR0_WYz4i_wGoFi-uAtIZkXZ3HnpVcRXGU39uLlJCX2u5MqP81RCBh0NrnM

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DOAÇÃO DO BAU COM MAIS DE 100 ANOS.

 Por João de Sousa Lima

Com minha filha Letícia entregando um baú com mais de cem anos para o museu Casa de María Bonita.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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O CANGACEIRO CABELEIRA (José Gomes).

 Por José Mendes Pereira

José Gomes, o Cabeleira considerado como sendo o primeiro cangaceiro do nordeste brasileiro, teria nascido no ano de 1751, em Glória do Goitá, pertencente à Vitória de Santo Antão, cidade da zona da mata pernambucana. Juntamente com os seus comparsas o Cabeleira casou e batizou em sua região nordestina.

Afirmam que no dia 1º de Setembro do ano de 1773, Jose Gomes ao lado do pai Joaquim Gomes, e outro delinquente de nome Teodósio, tiraram o sossego do Estado de Pernambuco, usando a covardia com assaltos e mortes, mais o roubo de armazém. 

O sanguinário foi um dos mais notórios bandidos do fim do século 18, e era famoso por causar mortes e realizar assaltos no estado de Pernambuco ao lado do pai.

A literatura cangaceira diz que na sua vida de marginal, foi alcunhado "Cabeleira", em possível referência às suas mechas compridas. Era filho de mameluco, com olhos escuros, lábios delgados e nariz curto. Seu modo de agir contra as suas vítimas era com muita violência, e geralmente, terminava em mortes. 

Em 1773, na capital de Pernambuco, Recife, roubou um armazém em detrimento da morte de um soldado e de um civil. O ataque foi feito por ele, o pai, e também esteve presente o cangaceiro Teodósio que acompanhou as principais maldades de Cabeleira, que era considerado o homem de sua confiança. O Teodósio  esteve ao lado de Cabeleira em diversos crimes, e principalmente, até no momento de sua execução.

Quem mais escreveu sobre o bandido Cabeleira foi o escritor e folclorista Franklin Távora, que lançou seu livro "O Cabeleira no ano de 1876. Posteriormente, sua vida passou a ser escrita através de poesias por João Cabral de Melo Neto.

"Os crimes de Cabeleira chegaram aos ouvidos das autoridades portuguesas, que foram contatadas pelo governador José César de Menezes em comunicado oficial sobre a situação social de Pernambuco.

Sua trajetória de crimes acabou quando, fugindo da polícia, se esconde num canavial em Paudalho, na zona da mata, e foi capturado. Na justiça, foi condenado à forca pelos assassinatos e roubos, sendo executado no Largo das Cinco Pontas, dentro da capital". 

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MAIS UMA HISTÓRIA DE LUIZ GONZAGA, O REI DO BAIÃO

 

http://www.artecultural.blog.br/2015/04/waldonys-o-garoto-que-aos-14-anos.html

Seu Reginaldo Silva, 59, trabalhou produzindo os shows do Mestre Lua durante 12 anos, entre 1977 e 1989, quando Luiz Gonzaga faleceu. Mora em Juazeiro do Norte e hoje dirige a Fundação Vovô Januário, criada para ajudar as crianças pobres de Exu.

Os patos

Fomos fazer um show em Jardim (CE), em 1984, 1985, por aí. Era um show filantrópico, uma parceira com a igreja do padre Adauto, Vigário da cidade. 

https://www.caminhoes-e-carretas.com/2010/11/transporte-de-rochas-ornamentais-pode.html

O dinheiro ia ser dividido metade para a gente e metade para as crianças do orfanato. Ele tinha ido com uma caminhoneta e apareceu carregado de rapadura, que ia levar para os meninos de Exu. Na hora de se apresentar, ele chegou por trás de mim, cochichou do meu ouvido: 

“Tem pouca gente, né? Não receba nada do padre não”.

E fez o show, artista de grande valor como era ele. Os artistas da mídia nem fazem shows desses tipo. Nem vão nas cidades pequenas, com o sentido de ajudar um orfanato. No dia seguinte, o padre achava que ele ainda estava na cidade e chamou para tomar café da manhã, mas Seu Luiz já tinha ido embora.

- Não, ele não foi embora. A carrada de rapadura ainda está aqui. Mais tarde vem buscar.

- A rapadura é sua, padre, para o senhor dar para os seus meninos. Também disse para fazer o mesmo com o dinheiro.

- Não é possível! Mas, e você?

- Não, obrigado. Eu não como dinheiro não.

- E os músicos?

- Se ele não aceitou, os músicos também não vão aceitar não… Então, para eu não sair daqui sem nada, me dê esse casal de patos.

Aí deixei os patos na fazenda de Seu Luiz, para se criarem. Quando eu lembrei dos patos e fui lá pegar, ele já tinha comido os bichos.

- Mas Seu Luiz, eram os meus patos… 

https://fabiomota1977.wordpress.com/2009/12/17/viva-gonzagao-de-2009-com-a-familia-gonzaga-em-exu/

- Mas o açude é meu. - dizia ele.

- Mas não tava acertado que a gente ia criar os patos na meia [dividindo pela metade]?

- Meia eu não vi meia não, senhor. Só comi os patos - ele me disse. 

http://iurirubim.blog.terra.com.br

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