Por José Mendes Pereira
Lampião de Buritis
Claro que isso é coisa de louco (no bom sentido), como dizia o escritor Alcino Alves Costa com quem vive pesquisando o cangaço de modo geral, mas esse tipo de exame com os restos mortais de Lampião de Buritis já era para ter sido feito, custeado pela prefeitura Municipal de Serra Talhada, ou através do governo estadual de Pernambuco.
Claro que os pesquisador, escritores, e nós, que somos curiosos em relação a este assunto, não acreditamos que Virgolino Ferreira da Silva o sanguinário e perverso Lampião tenha fugido do cerco policial, na madrugada de 28 de julho de 1938, lá na Grota de Angico, em terras da cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe.
Escritor José Geraldo Aguiar
O saudoso fotógrafo e escritor José Geraldo Aguiar afirmou em livro: "LAMPIÃO, O INVENCÍVEL DUAS VIDAS, DUAS MORTES", que o verdadeiro Lampião do Nordeste escapara do cerco das volantes policias naquela triste madrugada de 28 de julho de 1938, e foi se refugiar durante 13 anos no Norte de Minas Gerais, para permanecer na clandestinidade.
De acordo com
o pesquisador o rei Lampião morreu no Nordeste do Estado de Minas Gerais, no dia 3
de agosto de 1993, aos 96 anos de idade, assim está escrito em sua "Certidão de Nascimento". E segundo ele, a morte de Virgolino Ferreira da Silva o rei Lampião na madrugada de 28 de julho de 1938, foi uma farsa bem estudada.
DNA
Sobre um possível exame de "DNA" para os que não acreditam
nessa história, José Geraldo Aguiar pediu aos familiares
descendentes de Lampião que façam um exame de "DNA", mas não é tão simples assim:
"Apesar da história de Lampião ser pública, cantada em prosa e verso, o
exame de "DNA" só poderá ser realizado com a autorização de seus descendentes. O
meu livro foi escrito para contar a verdade,” declarou.
Segundo este site http://www.nosrevista.com.br diz que "o documento
é a cópia do exame da cabeça de Lampião. A certidão inicial que atesta que
aquela cabeça que foi exposta durante muitos anos como sendo de Lampião foi
redigido pelo odontólogo José Lages Filho. Ora, como é que um dentista, não
sendo médico-legista, pode assinar um documento desse?"
Além do mais,
acrescenta, citando o documento: “Infelizmente o Estado em que a cabeça chegou
a morgue não permite um estudo acurado e minucioso a luz da antropometria
criminal e da anatomia, pois atingida por um projétil de arma de fogo que
atravessou o crânio saindo da região occipital, fraturando a mandíbula, o
frontal, o parietal direito, o temporal direito e os ossos da base que ficaram
reduzidos a múltiplos fragmentos.”
Um depoimento de um senhor, o qual não citarei o seu nome, mas basta conferir neste site: http://www.nosrevista.com.br que confirma que Candeeiro disse que Lampião fugiu do cerco da Polícia: Mas que não é verdade esta informação.
COMENTÁRIO DE UM SENHOR (EVITEI PUBLICAR O SEU NOME, MAS
BASTA CONFERIR NO SITE ACIMA) EM 9 DE DEZEMBRO DE 2010.
"- Sou do sertão
pernambucano, e tenho 43 anos, e desde menino meu avô materno, e o Candeeiro que estava com Lampião em Angico, confirmam a versão apresentada pelo autor, que Lampião não morreu em Angico,
que furou o cerco policial e que posteriormente, depôs as armas em acordo com o
governo Vargas e foi viver como fazendeiro fora do nordeste, não sabendo no
entanto precisar o local. O meu avô me contava esta história desde que eu era
menino, e meu pai confirmava a mesma versão. Meu pai e meu avô não estão mais
entre nos, mas, minha mãe e o cangaceiro Candeeiro (ainda era vivo) sim e vivem na Vila de Ganumby município de Buíque, no agreste pernambucano".
De acordo com o comentário de José Gilberto de Moura o cangaceiro Candeeiro afirmou que Lampião fugiu do cerco. Mas em um vídeo e se não me engano, foi gravado pela "laser vídeo" do cineasta Aderbal Nogueira, e que neste vídeo Candeeiro diz que Lampião morreu ali mesmo em Angico. Ou será que o Candeeiro usa dois pesos e duas medidas?
Mas a gente fica meio confuso sobre a não realização de um possível exame de "DNA", com a ossada do "Lampião de Buritis". Por que não se faz este exame "DNA" enquanto existe a ossada do Lampião de Buritis para tirar a dúvida ou confirmar que Lampião verdadeiro não morreu na Grota de Angico, mas sim no Norte de Minas Gerais?
O livro de José Geraldo Aguiar fala tudo sobre o cemitério que ele foi enterrado, o local do túmulo, etc...
Dúvidas, não
só minhas, mas tenho certeza que muitos que estudam o cangaço têm.
1 - Para
que Lampião tivesse renunciado o cangaço teria sido antes da chacina na Grota
de Angico, que aconteceu na madrugada de 28 de julho de 1938.
A renúncia não
aconteceu, pois os seus remanescentes como: Candeeiro, Balão, Sila,
Zé Sereno, o coiteiro Mané Félix (muito embora o coiteiro já tinha ido para casa) e outros, todos confirmaram aos
escritores e pesquisadores que naquela madrugada Lampião estava no coito.
2
- Nada existe para corrigir sobre a morte de Lampião. Isto é indiscutível.
Lampião morreu naquela madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota de Angico,
no Estado de Sergipe.
3
- Por que o suposto Lampião afirmou ao escritor que não poderia
aparecer. Ora! Após cinquenta anos que havia acontecido a chacina, todos os cangaceiros estavam libertos pelo indulto do então presidente da república
Getúlio Vargas, e ainda ele temia algo?
4
- "Vou morrer no ano que vem"! O
que eu sei, através dos escritores e pesquisadores, que Lampião era um grande
estrategista, mas evidente, que adivinhava o que iria acontecer com ele,
e anunciar até o ano de sua morte, nunca ouvir falar.
"- Meu passado foi muito problemático, não posso aparecer. Faça o que for
possível, mas, não anuncie nada antes da minha morte. Vou morrer no ano que
vem. Deixo minha mulher autorizada a colaborar com você em tudo que for possível.”
5
- "O óbito foi registrado em nome de Antônio Maria da
Conceição". Observe, leitor: De Virgulino Ferreira da Silva, passou a ser chamado João Teixeira Lima
e foi sepultado com o nome: Antonio Maria da Conceição.
Vejam algumas falhas que cometeu o saudoso José Geraldo Aguiar
O saudoso
fotógrafo e pesquisador do cangaço José Geraldo Aguiar que escreveu o livro:
"LAMPIÃO, O INVENCÍVEL DUAS VIDAS, DUAS MORTES", pelo que vi, ele não
leu nada sobre a morte do Padre Cícero Romão Batista de Juazeiro. Veja o que
ele fala sobre o suposto Lampião que não morrera em Angico no Estado de
Sergipe: "- Tive acesso também à identidade, certidão de nascimento, ele
usou 13 anos em MG para permanecer na clandestinidade. Tive acesso a vários
objetos de Lampião. Ele estava com 41 anos de idade. Fugiu do cerco da Polícia
de Sergipe com apoio de Padre Cícero e outras pessoas. Eu tive essa dádiva de
encontrá-lo".
O fotógrafo
escritor e pesquisador do cangaço José Geraldo Aguiar pisou na bola em aceitar
o que disse o Lampião de Buritis, afirmando que quem o ajudou a fugir do cerco
da Polícia de Sergipe, foi o Padre Cícero e outras pessoas. Outras pessoas,
tudo bem, mas padre Cícero ter o ajudado a fugir do cerco policial, é incrível,
porque quando o grupo de Lampião foi atacado na Grota de Angico pelas volantes
do tenente João Bezerra da Silva, na madrugada de 28 de julho de 1938, padre
Cícero já estava descansando no seu túmulo desde julho de 1934, pois ele
faleceu no dia 20 deste mês.
Ainda disse o
escritor: "- Vários escritores já disseram que ele não morreu em
Angico, eu não sou o primeiro, só que eu tive dádiva de encontrá-lo. Fui o
último amigo e confidente, estava com a história toda, só que ele me pediu para
não divulgar nada enquanto ele estivesse vivo".
Se fosse mesmo
Virgulino Ferreira da Silva o Lampião de Pernambuco, o destemido, o perverso e
sanguinário, por que ele pediu para que o pesquisador não divulgasse nada
enquanto ele estivesse vivo?
O certo é que,
sem sombra de dúvidas, este Lampião era mesmo lá de Buritis, das terras do
Estado de Minas Gerais, temendo que fosse descoberta a sua verdadeira farsa,
passando por todos os seus amigos e admiradores como que ele fosse o valente de
Pernambuco, Virgulino Ferreira da Silva o Lampião de Maria Bonita, filho dos
sofridos José Ferreira da Silva e dona Maria Sulena da Purificação.
Claro que o
José Geraldo Aguiar o que escreveu foi baseado nas informações do seu depoente,
no caso, o famoso Lampião de Buritis, que não tem nenhuma semelhança com o
Lampião verdadeiro das terras de homens valentes ao estremo, lá de
Pernambuco.
Lógico que eu
não estava lá na Grota de Angico, no momento da chacina, mas quem estava lá,
não mente, um deles, Manoel Dantas Loyola o cangaceiro Candeeiro que, afirma em
vídeo, gravado pelo cineasta Aderbal Nogueira que, Lampião e Maria Bonita
morreram naquela madrugada de inferno.
Se você quiser
saber mais sobre o Lampião de Buritis clique neste link:
http://www.nosrevista.com.br/2010/01/28/biografo-de-lampiao-afirma-que-o-rei-do-cangaco-nao-foi-assassinado-em-sergipe/
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Se eu estiver conversando besteira que me perdoem!
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