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sexta-feira, 12 de março de 2021

ESTRELA SOLITÁRIA

Por Helio Xaxá

Quero esquecer
Que você está longe de mim...
Procuro não lembrar
Mas eu lembro...
Tanto amor
Me deixa angustiado...
Coração quer te encontrar:
Tá doendo.
O olhar
Perdido em algum lugar
Brilha como uma estrela solitária...
Uma voz
Insiste em te chamar
Até a noite roçar a madrugada.
Tenho medo
De um dia te perder
Nem é bom pensar
Mas eu penso...
A solidão
Dói e me apavora...
Coração não sabe esperar:
Tá sofrendo.
Vem calar meu coração...
Nunca mais me deixe sozinho.
Minhas noites são tão frias sem você
Fico perdido no caminho das estrelas...

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CURIOSIDADES 2

 Clerisvaldo B. Chagas, 12 de março de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.487

Voltamos com uma espiada nos significados de nomes de cidades nordestinas que chamam atenção. A curiosidade é ao título do município que foge ao palavreado comum. Fica a expressão estranha bem acostumada aos ouvidos dos seus habitantes, mas os de fora ficam sempre curiosos sobre a expressão diferente naquela região. Louvamos também às cidades que conservam seus topônimos, transforma-os em tradicionais e se orgulham das suas origens. Assim vamos apresentar esses nomes de cidades nordestinas que chamam atenção aos que não conhecem as origens das palavras. Escolhemos, então, municípios de três estados que são eles: Sergipe, com Gararu, Carira e Cumbe. Bahia, com Caculé e Curaçá e Piauí com Jaicós e Oeiras.

A pesquisa é superficial, podendo o amigo interessado, aprofundar as investigações que naturalmente descobrirá coisas muito mais interessantes:

Gararu – Significa curral de pedras.

Carira – Nome de mulher que chefiava uma aldeia indígena na região, denominada Mãe Carira. Entretanto, o próprio topônimo Carira, não foi encontrado.

Cumbe – Aguardente, lesma...

Caculé – Irmão mais novo, caçula.

Curaçá – Chefe indígena, paus trançados em cruz.

Jaicós – Tribo indígena, atualmente extinta.

Oeiras – do latim, refere-se às minas de ouro.

Em Alagoas também existem cidades que se encaminham para o exótico, como: Maragogi, Jaramataia, Satuba, Canapi, Inhapi, Pariconha, Traipu, Paripueira e mais algumas, mas você está tão acostumado que se exime da curiosidade. Bem assim temos denominações rurais que somente a pesquisa revelará suas raízes, assim como os sítios Malembá, Camoxinga, Remetedeira, Puxinanã, Ipueiras, Araçá e outros ainda.

Aumente seus conhecimentos.

Seja uma fonte de informações.

Mergulhe nas leituras sadias fortalecendo sua alma e fugindo do estresse da pandemia.

GARARU (Crédito: sergipeturismo,com).

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ZÉ SERENO (JOSÉ RIBEIRO FILHO) E CRIANÇA III (VITOR RODRIGUES LIMA).

Por Geraldo Júnior

... antigos cangaceiros que fizeram parte do bando de Lampião e que sobreviveram ao cangaço.

Ambos foram localizados e entrevistados pelo casal Humberto Mesquita (Jornalista) e Maria Cristhina Russi da Mata Machado, autora do livro "AS TÁTICAS DE GUERRA DOS CANGACEIROS". Responsáveis por localizar e reunir Expedita Ferreira, filha do casal Lampião e Maria Bonita e vários ex-cangaceiros do bando de Lampião. Fato que ocorreu no final da década de 1960 na cidade de São Paulo/SP.

Essa fotografia foi registrada durante a gravação de um programa na antiga TV Tupi, onde além dos dois ex-cangaceiros, também estavam presentes o ex-cangaceiro Balão II, Sila companheira de Zé Sereno e o saudoso escritor e pesquisador Antônio Amaury Corrêa de Araújo.

Um encontro e um registro fotográfico histórico e sem precedentes.

Contemplem!

Geraldo Antônio De Souza Júnior

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PALACETE DO CORONELZÉ PEREIRA EM PRINCESA - PARAÍBA.

 Por Jose Irari

Foto colorida pelo mestre Rubens Antônio. Encontra-se no palacete do Coronel Zé Pereira, na cidade de princesa/PB. Esta foto está no documentário do nosso amigo Geraldo Antônio Jr. No YouTube.

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ANTÔNIO MARROCOS E LAMPIÃO.

Por Luís Bento

Antônio Marrocos de Carvalho que era cobrador de Imposto de Renda Estadual no Distrito de Macapá ( JATI ), foi surpreendido, certa noite, pela visita de Lampião, levado à sua casa (foto) por Manuel Pereira da Silva - Né Pereira, que exercia o cargo de Sub-Delegado daquele Distrito. (Como é sabido, Lampião era ligado à família Pereira por forte amizade.)

Antônio Marrocos de Carvalho

Fiel à tradição sertaneja e por ser parente e amigo de Né Pereira, Marrocos recebeu a visita com bastante cordialidade.

Manuel Pereira da Silva - Né Pereira

A partir de então, tendo fracassado em duas emboscadas contra Marrocos, no caminho de Jardim, os seus adversários políticos denunciaram-no ao Chefe de Polícia como Coiteiro de Lampião, razão pela qual ele passou a ser fortemente perseguido.

Meses depois, novamente à meia-noite, Né Pereira bateu à porta de Marrocos. Ao abri-la, verificou a presença de Virgulino. Sem convidá-los a entrar, Marrocos explicou-lhes o que lhe vinha correndo. A seguir, dirigindo-se a Lampião sugeriu-lhe que, embora cotasse com sua atenção, não voltasse a visitá-lo, a fim de confirmar as acusações que lhe estavam sendo feitas pelos chefes situacionistas de Jardim.

Em resposta, Lampião pediu-lhe que telegrafasse ao Chefe de Polícia comunicando que ele, naquela noite, passava em Macapá com destino ao Cariri. Tal sugestão foi ratificada na manhã do dia seguinte, quando Marrocos, dirigindo-se a Brejo dos Santos, de onde enviaria o despacho. Apesar de todo isso, quando o Tenente José Bezerra chegou a Macapá, foi direto à casa de Antônio Marrocos e sugeriu-lhe que, para desmentir as acusações de que estava sendo alvo, deveria unir-se à sua tropa em perseguição ao bando de Lampião.

Logo de início, alegando tratar-se de uma calúnia já desmentida, Marrocos recusou à sugestão. Mas, após prolongada polêmica, para não demostrar covardia, ele resolveu incorporar-se à volante, o que resultaria no seu fuzilamento pelas costas.

O assassinato de Marrocos a exemplo de tantos outros, caracterizam-se a época sombrio do apogeu a era do Coronelismo.

Fonte- Separata da Revista Itaytera

" Otacílio Ancelmo " Pág 184 - 185.

FOTOS:

Antônio Marrocos de Carvalho

Virgulino Ferreira da Silva - Lampião.

( Casa ) onde morou Marrocos, Rua Sabino Pereira - JATI - Ce.

Manuel Pereira da Silva, Né Pereira- Sub-Delegado do então Distrito Macapá atual JATI-Ce.

LUÍS BENTO

JATI 06/03/2021/

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FOTO HISTÓRICA

 Por Sálvio Siqueira

MEUS AMIGOS, BOM DIA!!!

ABAIXO, REGISTRO FOTOGRÁFICO, HISTÓRICO, COM PERSONAGENS, 'NAZARENOS', QUE DERAM COMBATE AO BANDITISMO RURAL, PRINCIPALMENTE, AO CANGAÇO IMPOSTO POR VIRGOLINO FERREIRA, O CANGACEIRO LAMPIÃO.

QUASE TODAS AS PERSONAGENS ESTÃO IDENTIFICADAS, FALTANDO APENAS UMA. PEÇO QUE QUEM SOUBER, POR FAVOR, IDENTIFIQUE-A.

Foto "O Canto do Acauã" - Marilourdes Ferraz

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5/

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MORTE DO AMÂNCIO FERREIRA DA SILVA O DELEGADO DELUZ - PARTE FINAL

Por José Mendes Pereira

NOTÍCIA DESAGRADÁVEL PARA DELUZ

Se para a família de João Marinho as coisas não andavam bem nem tão pouco para Deluz. Recebera uma triste notícia que acontecera no seio da sua família. A notícia trágica chegara de Pernambuco envolvendo a sua mãe e um irmão, os quais haviam falecidos num acidente de automóvel. Sem alternativa, o sargento Deluz disse que Iria procurar o causador do acidente e o mataria sem nenhuma compaixão. Com isso, fez juramento e marcou a data da viagem e da vingança. E também, logo que ele retornasse de Pernambuco caminharia até o Brejo e, aí sim, a vingança seria devastadora. 

Mas o Deluz nunca imaginou que as suas palavras ofensivas contra a família do sogro poderiam caminhar em busca do Brejo e chegarem distorcidas na fazenda do João Marinho, através de um indivíduo qualquer. E não foi diferente. Chegaram mesmo antecipadas.          

João Marinho ciente das ameaças do genro Deluz viu que só tinha uma maneira para resolver o amaldiçoado problema, muito embora precipitada. Mesmo o velho sem querer complicar os filhos, mas era o jeito, reuniu-os com a finalidade de uma decisão que acabasse de uma vez por toda com o inferno provocado por aquele delinquente.

Agora os filhos queriam saber do pai que solução ele tinha imaginado para afastar definitivamente o Deluz da sua família. Mesmo contra vontade, porque nunca tinha pensado que um dia colocaria os seus filhos no mundo do crime, o mais viável e com urgência seria matar o delegado cruel e arrogante. Ou eles assassinariam o delegado, ou um dia o militar os matariam como havia prometido. De imediato os filhos acataram a decisão do pai.

E Dalva e suas duas netas como ficariam? Nem a filha e nem as netas morreriam de fome. Onde comem dois, comem dez, pensava ele em seu “eu”. As três tinham o querido pai e avô para cuidar delas muito bem! Querendo Deus não morreriam de fome.  O pior eram os horrores que passaram nas mãos daquele perverso e arrogante.

MARIA DALVA VOLTA AO TEMPO PARA RECORDAR O DIA DO SEU CASAMENTO.

É claro que a Dalva esposa de Deluz mesmo com todo sofrimento que passara em suas mãos iria sentir a sua morte, já que era casada com ele no religioso. E além do mais, pai das suas duas filhas queridas e amadas por todos da família. 

Maria Dalva nem imaginava que o pai e os seus irmãos Totonho e Jonas tinham planos bem elaborados para assassinarem o seu esposo Deluz, Enquanto não sabia, pensava no dia do seu casamento que fora o momento mais importante de sua vida. Na Igreja matriz ela usando um lindo enxoval confeccionado fora do lugar. Os seus padrinhos elegantemente sorriam compartilhando a sua felicidade. Uma festa de arromba patrocinada pelo pai, que mesmo não acreditando na sua felicidade ao lado do Deluz, mostrava-se satisfeito. Nenhuma garota do Brejo foi capaz de provocar inveja às mocinhas  que tentavam ganhar os beijos e abraços do famoso delegado Deluz. Só ela, a grande felizarda de ser acompanhada por ele até ao altar. Lembrou do momento em que o Deluz chegou à Igreja, metido num terno e de um bom linho.

O vídeo é só para ilustração - https://www.youtube.com/watch?v=K_z6im3rOm4&ab_channel=erasmocarlosbr

Assim que o padre encerrou a celebração matrimonial caminharam em carros para a casa do pai, e lá foi uma festa de arromba, oferecida à toda vizinhança. Após o jantar, um som de acordeom, zabumba e triângulo estrondou na grande sala. Foi uma festa para homem nenhum botar defeito. A mãe orgulhosa não parou um só instante, levando pratos e mais pratos para os convidados. Sim Senhor!       

De repente a Dalva pôs-se a perguntar? Por que o seu casamento tinha dado errado? Casara-se com um grande homem, famoso no seu trabalho, um dono da lei de nome e renome. Mantinha a ordem no lugar e por último, mudara o seu comportamento por total. Ela não se julgava culpada. Tinha vindo para sua companhia virgem, era uma mulher linda, nunca havia se entregado aos rapazolas do lugar e nem de lugar nenhum. O respeitava como sendo a sua senhora e homem nenhum era capaz de desmoralizá-la com assédios. Por último fora rejeitada por um homem que tanto tinha jurado o seu amor para sempre. Teria jurado somente da boca para fora? Ou estaria de olhos na pequena fazenda que o pai tinha?                                                                                            

NÃO TENDO OUTRA SOLUÇÃO O DELEGADO DELUZ VAI MORRER.  

Enquanto a mãe e as filhas estavam no chiqueiro separando a criação as que iriam pastar e as que ficariam presas no cerco o sogro, genro e filhos terminavam de tramarem o assassinato do Deluz. Eles sabiam muito bem o que poderia acontecer depois deste assassinato, mas não queriam saber de nada, pelo menos por enquanto. Tudo combinado, acertado e não desistiria do plano. Era só esperar a oportunidade que viria com certeza.

Jonas filho do João Marinho teria que acompanhar os passos do maldito cunhado delegado Deluz, e não podia deixá-lo um só instante sem acompanhá-lo. Caso isso acontecesse de perder os seus passos o Deluz não morreria naquele dia.

Já o João Maria Valadão foi incumbido de fazer a execução do perigoso e vingativo militar. Fera que atormentava muita gente no Brejo e principalmente os familiares da Dalva sua esposa precisa que morrer.     

Como eu falei anteriormente e você lembra muito bem que o carrasco Deluz já tinha prometido assassinar o causador da morte de sua mãe e irmão, para completar, prometeu que ao retornar para Sergipe iria trazer consigo um irmão tido como um dos mais sanguinários pistoleiros de lá. O irmão era famoso, chamava-se Otávio e com outros bandoleiros iriam atacar tirar a tranqüilidade do Brejo, não deixando lá nem um vivente. Eram os comentários que circulavam pelas ruas, bodegas e bares de Canindé.                         

Que infelicidade do Deluz! Marcou até a data e finalmente a viagem chegou. Jonas filho de João Marinho começou a vigiar o delegado. A saída seria pela manhã de sua fazenda com destino ao Canindé, e de lá iria satisfazer o seu “EU” em forma de vingança. João Maria Valadão foi avisado, e por volta da meia noite os Marinhos acompanhados de uns senhores  chamados de: Vicente da Mata Grande, Mané Vigia e Cícero Cupira saíram da fazenda e tomaram rumo para o Araticum, na intenção de tocaiar o valentão Deluz e derrubá-lo do cavalo com tiros e deixá-lo já pronto para o enterro.  

Era uma terça-feira do dia 30 de setembro de 1952. O dia vinha amanhecendo e os primeiros raios solares derramavam-se sobre a vegetação seca da caatinga nordestina.  Deluz se preparou para viajar. O seu invejado cavalo pampa ronceiro, que por sinal era muito bem tratado e chamado Colonho, já selado, ainda estava na cocheira comendo a ração.                   

O cunhado Rosalvo Marinho era o único que Deluz tinha amizade no lugar, este iria cuidar da fazenda até o retorno do delegado.

(Aqui abro um espaço para informar que este Rosalvo Marinho era aquele que o cangaceiro Juriti estava na sua casa quando o sargento Deluz o prendeu e o levou até a sua fazenda Araticum e lá, o matou queimado dentro de uma coivara. Não sei informar que parentesco tinha o Rosalvo Marinho com o João Marinho, já que têm o mesmo sobrenome).

Assim que o cavalo terminou de se alimentar Deluz montou-se e chicoteou-o sem violência. O cachorro tentou acompanhá-lo como se estivesse adivinhando algo, mas ele não o deixou, raiando-lhe dizendo que voltasse. O cachorro o obedeceu voltando com o rabo entre as pernas.          

Deluz encruzou o rifle no cabeçote da sela e em seguida deu uma cuspida saindo da boca uma saliva preta e grossa de fumo de rolo. Naquele dia para quem quisesse viajar o amanhecer estava frio e saudável, pois o clima era maravilhoso. Deluz caminhava de encontro à morte, porque os seus algozes estavam tocaiados na beira da estrada menos de um quilômetro. O comandante da empreitada era o João Maria Valadão que conduzia um rifle 44, papo amarelo. 

Vicente da Mata Grande, Mané Vigia e Cícero Cupira com seus bacamartes assassinos estavam preparados para matar o cruel Deluz. Os vingativos estavam escondidos dentro de enormes moitas. Não havia possibilidade do marcado para morrer vê-los de forma alguma e nem de escapar daquele maldito castigo.       

O sargento Deliz não tardaria aparecer na curva da estrada e teria que passar por um limpo ao lado de um grande pé de cipó-de-leite. Os executores não desgrudavam a atenção, completamente bem armados e preparados para eliminarem a fera humana. 

Assim que a vítima saísse da curva e ocupasse o descampado da vereda seria alvejado por balaços imperdoáveis. Vicente e seus companheiros estavam amparados em umas touceiras de quipás, e João Maria Valadão havia se amoitado no cipó-de-leite. A distribuição dos  matadores estava certíssima, e os seus planos seriam impossíveis darem errados.                                                                           

Quando o sujeito é valente geralmente o boato sai que tem o corpo fechado. Com Deluz não foi diferente e todos diziam que ele era um desse, e achavam que jamais seria atingido por balas. 

O trabalho teria que ser bem calculado e tomado todas as precauções necessárias. A única coisa para os vingativos era não errarem. O erro seria perigo para a empreitada. Deluz tinha que ser castigado, pois desde muito tempo era merecedor.                 

Ao longe avistaram o perverso que vinha caminhando.  Vez por outra lentamente o chicote subia e descia sobre a parte traseira do cavalo. Os caçadores da suçuarana estavam observando sem retirarem os olhos da presa. As armas estavam engatilhadas e apontadas para o corpo da caça.  O animal e seu cavaleiro se aproximaram mais ainda. A grande moita de cipó-de-leite que servia de esconderijo estava ali, à sua frente, na beirada da estreita estrada.

Dr. Archimedes Marques, Alcino Alves Costa e Elane Marques - https://www.panoticias.com.br/arquivo/2012/11/a-saudade-que-fica-do-caipira-de-poco-redondo/

Diz Alcino Alves Costa que logo o cruel delegado apareceu e mais adiante alcançou o limpo, dois grandes tiros estrondaram na imensidão do sertão ecoando ao universo. O perverso militar caiu do animal. Seu corpo desceu da sela do cavalo como se fosse uma tonelada de pesos. O musculoso Deluz caiu desajeitado, totalmente morto sobre o chão. Os vingadores se aproximaram do corpo que antes era o delegado do povoado. O valentão daquela terra estava estendido ao chão. Ao seu redor, um riacho de sangue fresquinho aparentava o rio São Francisco.   

Dr. Ivanildo Alves da Silveira pesquisador e colecionador do cangaço - http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2015/04/confirmada-presenca-do-dr-ivanildo.html

Diz Ivanildo Silveira que os matadores do Amâncio Ferreira da Silva o delegado Deluz não tinham pressa de se ausentarem do local. Minutos depois, lentamente retiraram-se do ambiente como se nada tivesse acontecido.

Finalmente chegou ao fim a história de Amâncio Ferreira da Silva o temido e carrasco sargento Deluz. Ele foi enterrado no cemitério da antiga Canindé.

Fonte de pesquisa: Lampião Além da versão Mentiras e Mistérios de Angico. Alcino Alves Costa


Se você tem interesse de adquirir este livro entre em contato com o professor Pereira através deste e-mail abaixo: 

franpelima@bol.com.br

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O PROFESSOR E ESCRITOR LUIZ SERRA FOI PARA A CASA DO SENHOR, E EU NÃO SABIA!

 Por José Mendes Pereira


Apesar que não nos conhecíamos pessoalmente o professor, escritor e pesquisador do cangaço Luiz Serra, do Distrito Federal, era meu amigo na "internet", com uma vasta biografia, autor do livro "O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO", que com muito carinho me presenteou com um volume. 

Ele sempre lia o que eu escrevia sobre cangaceiros e elogiava cada texto, mesmo eu não sendo nenhuma autoridade no que diz respeito ao estudo cangaceiro. Fazia sua leitura e gostava bastante das minhas interpretações baseadas nas histórias escritas por outros escritores. Não foi uma só vez e nem duas, mas várias, elogiou os meus trabalhos sobre cangaço e sobre o meu personagem "caçador de onças" o "seu Galdino".


Quando ele esteve em Natal com a sua filha para fazer o lançamento do seu livro, me falou que ainda iria conhecer Mossoró, e principalmente a minha pessoa, mas o seu sonho de conhecer a maior cidade do Rio Grande do Norte foi cortado. A covid-19 o levou para participar do Reino de Deus.

Eu soube agora mesmo através do pesquisador Geraldo Júnior, que o nosso amigo professor, escritor e pesquisador do cangaço Luiz Serra faleceu no dia 8 de março deste mês. Possivelmente, a sua morte aconteceu em Brasília, porque ele nasceu lá, e era professor de uma faculdade dali.

Leia o que escreveu em sua página do facebook o pesquisador do cangaço Geraldo Júnior:

"Fiquei sabendo agora a pouco a respeito do falecimento do estimado amigo Luiz Serra, escritor e pesquisador do cangaço, autor do livro "O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO".

Faleceu no último dia 08 de março em decorrência de complicações causadas pela Covid-19.

Que o amigo Luiz Serra encontre a paz e o descanso merecido.

Lamentável perda."

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O blogdomendesemendes e eu lamentamos profundamente o seu falecimento.

Fique com Deus, escritor Luiz Serra! 

Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serra atuou também como revisor na Câmara dos Deputados e em obras relevantes na área técnica e administrativa, dentre elas: o projeto “Governança em Ação, de Caio Marini, e no livro didático “Provas Discursivas: Estratégias”, de João Dino.

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FOTO DE SILA E ZÉ SERENO

Por Geraldo Antônio De Souza Júnior 

Trago mais uma fotografia que foi registrada pelo jornalista Humberto Mesquita, que foi realizada durante gravação de programa na década de 1970 nos estúdios da antiga TV Tupi.

No primeiro plano vemos o jornalista Humberto Mesquita e ao fundo os ex-cangaceiros Balão II e Sila companheira do cangaceiro Zé Sereno.

Lembrando que Humberto Mesquita e a saudosa escritora Maria Christina Russi da Mata Machado, foram os responsáveis por localizar e reunir na cidade de São Paulo/SP vários ex-cangaceiros em fins da década de 1960.

https://www.facebook.com/groups/GrupoCangacologia/?multi_permalinks=3906395336084077%2C3905241496199461%2C3905676502822627&notif_id=1615472637917456&notif_t=group_activity&ref=notif

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