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sábado, 4 de maio de 2019

LIVROS SOBRE CANGAÇO É COM O PROFESSOR PEREIRA


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JORNAL A REPÚBLICA (SC) - 17.06.1931 LAMPIÕES


 Transcrito por Antonio Correia Sobrinho 

 Lampião é um personagem digno de estudos. Às vezes eu duvido mesmo da existência real desse homem. Mata e rouba. Vai à igreja e paga promessas.

É um crente. É um monstro. Para julgá-lo, devemos conhecer-lhe, antes, a história. Há quem o odeie. Há quem o adore.

Contam que, injustiçado, perseguido, fez-se bandido; que rouba aos ricos para distribuir aos pobres. Dizem que furta a ambos. Não se sabe. Lampião é um enigma.

Opera numa região árida, entre florestas e montanhas quase impraticáveis, onde a água escasseia sempre. Onde mora? Ninguém sabe.

Criaram-lhe em torno uma figura de lenda. Na hora do combate, anda à frente de suas cortes. As balas não o atingem.

Sempre fugitivo, dorme, se é que dorme, onde a noite o encontra. É estranho, anda sempre armado e municiado. Jamais lhe foram sonegados recursos bélicos. Donde os tira?
Lampião é a mão negra do Norte. Faz contínuas ligações com os centros civilizados. Publica até editais, convocando asseclas.

Tem a resistência heroica dos sertanejos do Norte; conhece, a miúdo, o segredo daquelas paragens inóspitas.

Lampião não será vencido à força. Ninguém o conhece, ninguém o encontra. Lampião é uma incógnita. Lampião não é um homem. Ele representa a injustiça do Norte, a consequência natural do desgoverno nordestino.

Não o abaterão, jamais, nem metralhadoras nem canhões. Preso, morto que seja, nada adiantaremos; os Lampiões proliferam naquelas regiões. Terá sempre substitutos.

Abram-se escolas, construam-se estradas de ferro, aí sim, acabaremos de vez com os Lampiões do Norte. Lampião é o meio; criaram-no os maus governos. O Norte é uma incubadora de criminosos. Destruamos a causa, logicamente, ficarão extintos os efeitos. Ali há feudos e senhores feudais. A escravatura ainda remanesce naquele setor do Brasil. O direito da vida, ali, é do mais forte.

O Norte é o pêndulo invertido de Euclides da Cunha – marcando um recuo do passado.
Lampião não é um homem antes, um símbolo; tem a significação da esfinge: civiliza-me ou eu te mato.

Não devemos mata-lo mas, instrui-lo. Em vez de cadeias, escolas; em vez de metralhadoras, caminhos de ferro.

Resplandeça ali o clarão sereno da Justiça e não teremos mais Lampiões.
 

À luz do progresso e da civilização, Lampião baterá em retirada. Nem D. Quixote nem Sancho Pança o correrão dali. Lampião é o Norte inculto, sem governo e sem justiça. Lampião é um símbolo: caracteriza um meio e uma época.

*As pinturas são de Cybéle Varela e não compõe a matéria original, foram escolhidas por nós para ilustrar o artigo.


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POLÍCIA DE PERNAMBUCO FOI PROIBIDA DE USAR UNIFORME COM ACESSÓRIOS DE CANGACEIROS


Telegrama do coronel Wolmer Augusto da Silveira, comandante geral da polícia de Pernambuco, enviado aos destacamentos no interior.

Fica expressamente proibido o uso de peças que não constam do uniforme em vigor, como sejam: cartucheiras cow-boy, chapéus exagerados à moda Lampião, enfeites amarelos nas bandoleiros, alpercatas todas enfeitadas, etc. É preciso ter em vista que a Força Pública, auxiliar do Exército de 1° linha é uma força regular, e que deve antes copiar o que lá existe e não os que os cangaceiros usam. Vi uma fotografia do Destacamento de Buíque, em que comandante e soldados pareciam mais cangaceiros que soldados. É preciso acabar com esta prática ridícula, ficando de hoje em diante constituído transgressões disciplinares o uso do uniforme com quaisquer alterações não permitidas.

Recife, 4 de julho de 1928.
Coronel Wolmer Augusto da Silveira.
Fonte: O CANGAÇO: poder e cultura política no tempo de Lampião
De: Marcos Edílson de Araújo Clemente


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O ÚLTIMO APITO...

Por Manoel Severo

A todos os apaixonados pela Estrada de Ferro..
Na próxima Terça-Feira, dia 07 de Maio 
às 19 horas
Cariri Cangaço e Café Patriota 
Av Santos Dumont, 1453 Aldeota
Fortaleza, Ceará
EVENTO ABERTO AO PÚBLICO

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O CUSCUZ DA VELHA

   Clerisvaldo B. Chagas, 3 de abril de 2019
             Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
            Crônica: 2.104


Civilização do milho, o Nordeste brasileiro continua levando seus usos e costumes do sertão para o litoral. São inúmeros os pratos regionais desse produto originário das Américas. Entre as comidas costumeiras do (Zea mays), está o cuscuz, o mais popular de todos. Rico em proteína, potássio e gordura, o milho sustenta o sertanejo há séculos. Até certo tempo atrás, após a espiga ralada, a massa era colocada em um pano dentro da cuscuzeira. O cuscuz fumegante aromava toda a casa e saía em forma de montanha. Com mais moderno modo de fazer, o cuscuz sai arredondado, pois no lugar do pano, tem-se um dispositivo vazado, arredondado por onde sobe o vapor. Essa iguaria invadiu as capitais nordestinas e até São Paulo onde existem vários lugares especializados no tema.


Existem muitas histórias, piadas, brincadeiras sobre o cuscuz sertanejo de cada dia. Hoje a massa já vem industrializada, cabendo ao usuário medir a quantidade, colocar numa vasilha, acrescentar metade d’água, sal, misturar e aguardar por uns cinco minutos. Terminado o prazo coloca-se na cuscuzeira no recipiente vazado. Um pouco d’água no fundo da cuscuzeira vai ferver e, em carca de dez minutos no fogo, o bicho estará cheirando nos quatro cantos da casa. Pode ser servido de várias maneiras, a mais tradicional, porém, é com leite. Conhecido como comida forte é bom para as longas caminhadas, trabalhos ou viagens. Em Santana do Ipanema tem lugares que servem o cuscuz com carne de bode. Em Maceió, na Serraria, tem a Casa do Cuscuz.
 Pois a velha Totonha, sertaneja dura de embarque, conseguiu chegar facilmente aos 97 anos de idade. Adoeceu, e ficava muito pensativa ao receber visitas. Uma delas ousou perguntar se a mulher tinha medo de enfrentar o outro mundo. A velha Totonha respondeu com a maior desenvoltura: “Não tenho medo de morrer não, minha ‘fia’; somente fico desgostosa em deixar o cuscuz com leite”.
E o cuscuz vai com tudo: com leite, com carne assada, piaba torrada, torreiro, pilombeta frita, charque, linguiça e... Deixe-me parar por aqui para não ter que falar igual à velha Totonha.
Ah, Sertão macho da gota serena!


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“OUÇA AQUI, SEU MOÇO!”

*Rangel Alves da Costa

“Sou de mintira não, seu moço. Na verdade verdadera, pago dobrado e num quero troco. Só quem vive sabe o que é viver, só quem sofre sabe o que é sofrer. Oiá nos óio num é certeza de avistar o estambo. Oiá pa cara num é saber o que o cabra sente pru dento. Munta gente se engana pru mode oiá sem preceber o que tá na verdade. Munta gente pensa que ter uma casa é ter tudo, que ter um prato na mesa é ter tudo, que ter saúde é ter tudo. Mai num é assim não, seu moço. Munta coisa tomem é munto ou mai importante. O respeito, a consideração, o jeito que trata a gente, faiz munta diferença. Arguns, é verdade, inté trata nóis cuma se fosse iguar. E nóis é mermo tudo iguar a todo mundo. Mai outos num pensa assim não. Pruque é pobe entonce num presta. Pruque num tem carro entonce é sem valia. Pruque num anda de roupa nova nem bonita entonce num pode nem tá no meio deles. É cuma se a gente fosse bicho ruim, imprestave. Nóis é pa viver numa vida mió. Mais num vive pru causa desse oiá atravessado na gente. Se é pobe deixa pa lá, pa se virar cuma puder, pa morrer cuma quiser. Tarvez trate mió o bicho do que a gente. Ora, o bicho é dinheiro, é valor, é riqueza. E nóis, nóis o que é? Nóis é pa vive cum pé na cova, assim eles pensa e quer. Só pode ser assim. Nada é mai esquecido que nóis. Nóis num tem outa serventia a não ser servir. Prantá pa encher a barriga deles, servir de escravo pa eles, fazer tudo o que eles mandar. E adespois abaixar a cabeça dizeno que tá bom. Mai num tá bom não.”


“Sim, sinhô. Pru mode dizê tem de tudo. Arrebenta e esquarteja pru dento, mai num se deve negá não. Pru que negá se tudo num dexa mentí? Sim, seu moço, a gente vive num mundo de seca triste sem fim. Num há um só dia no sertão adonde a seca triste num caia pru riba de nóis. A seca triste tomem no tanque cheio, na boneca de mio. Um mundo nublado demai merma sem nuve lá em riba. Oiá da maiada e só avistá desalento. Um bicho berra, uma galinha cisca. Quano morre um entonce a gente chora a vida intera. Tudo aqui é como um luto sem fim. O sertanejo inté parece feito com lágrima nos óio e maresia de suó. A gente tem alegria sim, munto contentamento tomem. Mai o carcará e o arubu só farta querê pinicá o tiquinho de contentamento de nóis. Entonce, pru mode dizê, num é só a seca da farta de chuva que é triste não. Há uma seca que nunca acaba. Oi, seu moço, pa mode falá em seca num é só fala em farta de parma, em pasto derreteno no fogo, em tanque no barro duro, em bicho no couro e osso ou já caído pros carnicento. Não. É munto mais. Aquerdite, seu moço, que num há seca mai triste que a seca da desvalia, da percisão, da necessidade. Munta gente pensa que seca é só farta de chuvarada, de comida pro bicho e gente e a secura do tanque. Oiano direito, há seca maió que o esquecimento, que o fazê de conta que a seuventia do povo é só na hora de votá? Há seca mai danada que fazê de conta que nem ixiste o povo pobe que vive no mato? É a seca do abondono, sim sinhô. Tem uma seca chamada umiação que é a que mai dói. Num se devia umiá ninguém não, poi todo mundo fio de Deus. Mai o que mai tem é umiação. O povo da cidade oia pa gente cuma se fosse do outo mundo. Uma mão num é istendida e nem um bom dia é dado. Tudo isso é umiação. Pur isso que mermo na chuva grande a seca continua. Pur isso que mermo cum a pranta nasceno e munta água no barrero, num deixa de ter seca não. A seca é essa merma que eu dixe. É a seca de um sertão pareceno de porta fechada pros da cidade. Ninguém vive nossa vida pa sabê cuma ié. Só a gente sabe o que passa e o que sente. Mai todo mundo iguar a todo mundo. Omeno ansim devia de ser, num é? Entonce a seca maió é essa, a seca do fazê de conta que a gente num ixiste. Mai num há vida mió do que essa não, seu moço. Da porta da frente adento tudo que a gente percisa. Tem candiero, tem pote e muringa, tem fogo de lenha, tem panela de barro e arupemba. E tem munto mai. A gente tem a filicidade e o gostá de vivê desse jeito. A gente sofre com a seca da farta de chuva, mai sofre munto mais cum os outo tipo de seca. Mai que ansim seja. Na grandeza de Deus, do meu Padim Pade Ciço e Frei Damião, a gente vai levano a vida. Tudo cuma rosaro de fé, pelas mão de Nosso Sinhô!”

Escritor
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CASA FECHADA

*Rangel Alves da Costa

A casa está fechada. Porta fechada. Janela fechada. Não se sabe desde quando a casa está fechada, mas somente agora esta percepção.
Talvez já desde muito que ela está assim, cem, mil anos ou mais. Ou mesmo um ou dois dias. A verdade é que as pessoas só avistam aquilo que lhes aproveita.
E qual proveito de uma casa fechada? Uma casa numa rua, uma casa já desgrenhada de tempo e agora fechada. Mas existem muitas casas assim. E as pessoas passam e olham.
Uma mansão certamente não passaria despercebida. Igualmente se ao lado ou adiante existisse um jardim suntuoso. Mas ali não existia nem riqueza arquitetônica nem jardim.
Casa muda, silenciosa, sem visitantes, sem ninguém que entre ou saia. Também a ventania não açoita para abrir e fechar. Apenas a casa em sua inércia de tempo e de solidão.
Muitas vezes, as casas fechadas e abandonadas são abertas pela ventania. De repente e a porta e a janela se abre e se fecham para a entrada de folhas secas, garranchos e restos soltos.
Mas não nesta casa. Que estivesse fechada a dez mil anos ou três dias, a verdade é que nem sua porta nem sua janela jamais foram abertas. Lá dentro apenas as velharias deixadas.
Quem morava ali, qual família tinha ali sua vida, quantas pessoas ali conviviam, quais suas motivações de viver, o que enlaçava a vivência familiar e o que permitiu ou forçou a partida?
Ninguém diz nada sobre isso. Certamente que os mais velhos, os vizinhos e outras pessoas, conhecem alguma coisa daquela família e de seus membros. Mas ninguém diz nada sobre isso.
Talvez aquela janela já tivesse servindo aos sonhos e devaneios de alguma bela donzela, Ali debruçada, suspirava seus sonhos, suas fantasias, suas quimeras da idade. Será que existiu mesmo?
Talvez aquela calçada já tivesse recebido muitas cadeiras para os proseados ao entardecer. Amigas e vizinhas dedilhando prosas enquanto as brisas da tarde sopravam e passavam.


Talvez aquela porta já tivesse dado passagem à alegria e à tristeza. Pessoas chegando da luta, saindo esperançosas, num vai e vem apressado e necessário. Para depois, num dia qualquer, ser apenas fechada.
Fechada e talvez para sempre. Imagina-se até que a casa pode um dia se tornar escombros sem que jamais aquela e porta e aquela janela sejam novamente abertas. Restos caídos, apenas.
A casa continua fechada. As pessoas passam, vão e voltam, e até muitas vezes por sua calçada, mas ninguém sequer dá conta de sua existência, ao menos para olhar pelas frestas ou perguntar sobre o abandono.
É uma casa que existe, mas também como uma casa inexistente. Pelo que se observa agora, ela em pé ou caída terá a mesma valia perante aqueles que passam. Ninguém sequer quer saber a quem pertence aquela casa.
Mas somos também uma casa fechada, abandonada, desvalida. Somos também uma casa de pouca valia ao olhar de muitos. Somos aquilo que tanto faz estar em pé como já caídos aos pedaços.
Ao menos assim acaso não vivamos de ilusões. Se forjarmos mansões inexistentes, certamente seremos sempre avistados e comentados. Contudo, quando não passamos apenas de uma casinha humilde e simples, então será um tanto faz que exista ou não.
Melhor assim. Que nossa casinha continue fechada. E que dentro dela, mesmo na humildade, viva uma imensa felicidade.

Escritor
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OS LIVROS DE HISTÓRIA DEVEM SER ANALISADOS E SÃO FONTES DE PESQUISA.


Por Cristiano Ferraz

Os livros de história devem ser analisados e são fontes de pesquisa. No caso do recente livro de Frederico Pernambucano de Mello encontramos várias afirmações que deixam espaço para questionamentos. Uma delas é a data da chacina da Tapera. Pra mim o autor errou quando citou o dia 26/08/1926. O dia correto foi 28/08/1926, a madrugada de um sábado. 

Quanto ao tiro dado pelo soldado Sandes (um verdadeiro "furo jornalístico 80 anos após o fato") seria até possível ser verídico pois este poderia estar no grupo de soldados que acompanharam o Aspirante Ferreira de Melo atravessando o riacho e se aproximando do coito pelas barrancas do Alto das Umburanas. Seria possível que por ali ele tivesse realmente conseguido se aproximar a ponto de conseguir alvejar Lampião durante o tiroteio. E com certeza partiram tiros dali também naquele dia. Mas eu, sinceramente, não acredito nessa hipótese pois o autor narra que Sandes estaria amarrado ao coiteiro no momento do disparo. 

Essa afirmação pra mim já seria suficiente para colocar por terra a hipótese inteira. Eu não acredito que nenhum soldado cometesse tal asneira, principalmente num combate contra quase quarenta cangaceiros. Isso seria suicídio. Se aproximar-se de um grupo de cangaceiros era uma tarefa arriscada, o que dizer de uma tentativa a noite, no escuro, em terreno acidentado, para lutar contra Lampião e ainda amarrado a um homem desarmado? Outra coisa: Como eles foram amarrados e durante 80 anos nenhum volante, cangaceiro ou o próprio coiteiro citou esse detalhe? Com certeza esse pormenor teria sido citado. 

Como falei anteriormente, não tenho dúvidas de que houve disparos daquele lado do coito contra os cangaceiros, mas o primeiro tiro a atingir Lampião naquele dia, na minha humilde opinião continua envolto em mistério.


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A FUNÇÃO DA MARIA BONITA NO CANÇAGO.

Por: Verluce Ferraz

Entender o cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, demanda estudos de sua personalidade para se entender a origem motivadora que, não raro,desperta aparência de sabedoria no cangaceiro. Os perigos que o ameaçavam Lampião convertia em vantagem e adquiria consistência interna como possibilidade de expansão de sua própria segurança.Também nos doentes mentais encontram-se ideias sólidas, mas com quebra de significado porque suas raízes se nutrem do êxtase doentio. Algumas ideias que, se projetadas através de uma fantasia inconsciente, tem distorções alucinatórias de natureza diversa, podendo, por exemplo, multiplicar fantasias patogênicas. 


Como a vida do cangaceiro Virgulino, o Lampião, ficou sendo de fato conhecida de todos pelos incontáveis ataques; seus crimes eram atividades ritimicas a despertarem uma impressão de divertimento pois os praticava com firmeza e depois se entregava às cantorias e danças, ponte para a relação mais íntima de desejos que levam à sexualidade. Dentro desse complexo se afastava das mulheres. Segundo Freud, que mencionou Watschandis, nas tribos mais primitivas, esse tipo de costume seria uma celebração do hierógamo (os homens antes dos combates se excitavam, mas excluiam as mulheres, deslocando a sexualidade para outras áreas e questões),mas isso pode levar à neurose. 


Destarte Lampião ficou sendo é fato conhecido de todos pelas ações criminosas; como forma de que uniam fatos tem sido criminosa concepções enganosas inteligível, asseguro que as questões levantadas não seriam últimas soluções a definir o comportamento do cangaceiro, trago apenas a proposta que é o despertar para o pensamento que possa sair do campo inteligível. O estilo do dinâmico Lampião num ambiente hostil do Sertão Nordestino, demandaria muito de sua vitalidade, até para a própria sobrevivência. Uma inversão de comportamento, processo análogo à transformação de um elemento oposto. "Seus desejos de ser uma rendeira e costureira, o levaria a despojar-se de suas vestes masculinas para criar o estilo UNIGÊNERO".


Com o ingresso da Maria de Déia, a Maria Bonita, no mundo cangaeiro, a mesma veio trazer benefícios para Lampião; visto que, a mulher teria a função de afirmar a masculinidade do cangaceiro.


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