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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019
DONA MOCINHA A IRMÃ DE LAMPIÃO
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Publicado
em 21 de mar de 2016
A
irmã de Lampião
Categoria
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LAMPIÃO, O CANGAÇO
Por José Mendes Pereira
Escritor Júnior Almeida
O escritor Júnior Almeida lançou recentemente o seu mais novo trabalho sobre cangaço com o título "LAMPIÃO, O CANGAÇO E OUTROS FATOS NO AGRESTE PERNAMBUCANO".
O jornalista Roberto Almeida escreveu o seguinte sobre o autor e sobre o livro:
"Com poucos mais de 40 anos de idade Júnior Almeida lançou seu primeiro livro, “A Volta do Rei do Cangaço”, uma ficção com um toque de Quentin Tarantino, pois mostra Virgulino vivo nos tempos atuais, como vítima de uma espécie de maldição que o torna imortal e não o deixa envelhecer.
“Tarantino mudou a história matando Hitler num atentado, por que não posso ressuscitar Lampião? ”, explicou Júnior, ao comentar o romance, que teve boa acolhida na região e em outras partes do país, principalmente pelos intelectuais apaixonados pelo inesgotável tema do cangaço. Agora, o escritor volta ao tema, mas desta vez deixa de lado a ficção e nos apresenta um trabalho de uma minuciosa pesquisa de campo, livros, jornais antigos e documentários, mostrando como o cangaço esteve presente em algumas cidades do Agreste Meridional, na primeira metade do Século XX.
O livro registra as ligações de coiteiros, volantes e cangaceiros com o Agreste Meridional, nas cidades de Águas Belas, Garanhuns, Angelim, Capoeiras, São Bento do Una, Caetés, Canhotinho e Paranatama, e a passagem de Lampião e outros bandoleiros por algumas delas. Na sua pesquisa, Júnior descobriu fatos relacionados com os “fora da lei do Sertão”, nunca antes revelados e o que são agora, neste livro que representa uma contribuição para a História do Cangaço, do Agreste, de Pernambuco e do Brasil.
Um dos personagens que chama a atenção, no trabalho, é José Caetano, um dos maiores nomes no combate ao cangaço, militar que lutou contra as forças de Antônio Silvino, Sinhô Pereira e Lampião. O destemido volante morou em várias cidades de Pernambuco e terminou a vida em Angelim, a pouco mais de 20 km de Garanhuns, onde está sepultado. Dona Branca, de Paranatama, que viveu até os 103 anos de idade, foi entrevistada mais de uma vez pelo autor do livro e passou informações bem interessantes da passagem de Lampião por Paranatama, alguns anos antes do bandido ser assassinado pelas forças volantes, em 1938.
Capitão Virgulino Ferreira passou uma das maiores humilhações de sua vida no ataque a Paranatama, que à época se chamava Serrinha: sua companheira, Maria Bonita, levou um tiro na bunda e os cangaceiros tiveram de fugir pressas, levando a mulher nos braços. Lampião saiu cheio de ódio a Serrinha e prometeu voltar um dia para incendiar a vila e matar todo mundo que morava no lugar. Tudo isso e muito mais, num estilo seco, objetivo, você vai encontrar em “Lampião, o Cangaço e Outros Fatos no Agreste Pernambucano”. Vale a pena a leitura pelas informações inéditas, por esse novo olhar no fenômeno do cangaço e pela identificação do autor com a realidade de uma parte do Agreste de Pernambuco.
Júnior se interessou por História e está fazendo História, com seus livros que falam de bandoleiros conhecidos, que retratam a luta das forças do governo contra os pistoleiros da primeira metade do século passado, com violências praticadas pelos dois lados e o povo pobre sofrendo, vítima dos cangaceiros, dos coronéis do Agreste e Sertão, do próprio Governo, que ontem, como hoje, tende a servir aos poderosos. Roberto Almeida"
Eu já recebi o meu e agradeço de coração ao escritor pela dedicatória e pelo excelente trabalho que acabou de nos entregar.
PARA ADQUIRI-LO ENTRE EM CONTATO COM O AUTOR ATRAVÉS DO FACEBOOK OU ZAP
879 9824 4582
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CARNAVAL MORNO
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de fevereiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.065
As tradições vão mudando de acordo com a época. Os grandes bailes, as grandes orquestras, os carnavais, o cinema, os grupos folclóricos, vão desaparecendo e surgindo novos valores. Com o advento da televisão – divertimento sem sair de casa – o mundo velho foi virando, notadamente no interior. Acabou cinema, teatro, bailes, guerreiro, reisado e tantas outras coisas... Só não acabando o cantador de viola porque este se adaptou aos novos tempos nos estudos e nas migrações para cidades grandes do Nordeste. Com o carnaval não foi diferente. E fora dos grandes centros carnavalescos as folias foram extintas ou resistem com alguns grupos que vivem mais do passado do que da atualidade. O interior fala em carnaval, badala o carnaval, mas não consegue empolgar a multidão. Sem pessimismo ou otimismo, não ressuscita.
BLOCO PAU d'ARCO. (FOTO: REMI BASTOS). |
No comércio maceioense, mesmo com o carnaval chegando, movimento franco pelas calçadas. Casas de fantasias normais sem meio mundo de gente comprando. No Sertão, fora as propagandas dos municípios, um movimento insipiente que não decola. Pequenos abnegados foliões saudosistas ainda fazem alguns blocos, mais para a desculpa de beber de que para desfile e abrilhantamento da festa. Muitos prefeitos têm se esforçado para avivar o evento, mas os próprios foliões preferem procurar cidades vizinhas, mas que também não conseguem sustentar de pé a folia de Momo. Como já foi dito, até mesmo o carnaval foi atingido com o tempo. E se em Alagoas aumentou o número de visitantes, foi mais para descanso e lazer das praias do que para folia.
Em Santana do Ipanema, onde havia bons carnavais de rua e de clube, nessa época flui apenas a saudade de blocos como os do Urso Preto, dos Cangaceiros, Piratas, Volantes e grupos de caretas por todos os lugares. Seu Nozinho (ô), Reginaldo, Chico Paes, Albertino Melo, ícones dos carnavais da cidade partiram, mas ainda são lembrados sem repetições. O comerciante Nozinho brincava só; o professor Reginaldo também brincava só e era inventivo. Basta lembrar a cena “A velha debaixo da cama”; Chico Paes chefiava o bloco do Urso Preto e, Albertino Melo saía montado numa ema, cujas pernas, eram as dele, mesmo.
Novo século, novo ano e, no interior, um carnaval estraçalhado, fraco e morno.
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NO SERTÃO, TODA CHUVA É DE BENÇÃO
*Rangel Alves da Costa
Perante o povo sertanejo, não há momento mais maravilhosamente encantador que ver e sentir a chuva caindo.
Só Deus para saber o que se passa pela cabeça do velho sertanejo de casinha de beiral de estrada quando abre a porta e estende as mãos magras e secas para deixar que os pingos caiam em profusão.
Só Deus sabe o que se passa no imaginário do homem do campo ao sentir o barrufo forte subindo, a goteira na nuvem se abrindo e o chão ficando encharcado de alegria. Uma festa aos olhos, aos sentimentos, ao coração.
Nas noites e dias anteriores, no compasso da espera tanta, quantas mãos não procuraram os terços de fé, quantos dedos não seguiram em procissão pelas contas do rosário, quantos santos não foram invocados em nome da chuva?
Não poderia ser diferente. Sem chuva não há vida, não há esperança, não há nada. O que há é num sofrimento sem fim com o tanque seco, o barreiro de lama dura, a passagem esturricada de sol, o bicho sofrendo sedento e faminto, o pote vazio e a moringa rachada.
Quanto sofrimento, meu Deus! Por isso mesmo que a chuva se torna no sonho maior e na esperança de toda hora. A sabedoria matuta vai catando nos sinais da natureza a aproximação daquilo tão esperado.
A ventania nas folhagens e o modo como elas farfalham falam de uma esperança. Os ninhos sendo feitos no rente do chão, dentro dos tocos ou nas beiradas das locas, também dizem das nuvens prenhes que se aproximam.
Mas é a barra da primeira luz do dia que mais diz da concretização do sonho. Os olhos sertanejos reconhecem na cor da barra, lá nas distâncias do horizonte, quando a chuvarada pode cair. Barra avermelhada é bom sinal, sim sinhô.
Quando a pedra parece molhada por cima, então a chuvarada já vem. Mas nem sempre os sinais são bons. Quando o sol se levanta brilhoso, afogueado, então a tristeza novamente recai no semblante esperançoso de água.
Mas nada que afaste a fé sertaneja. Tanto assim que mantem a semente guardada, que deixa o tonel tampado bem debaixo da goteira, que continua fazendo planos para o plantio e colheita. E também pelos esforços que faz para manter na malhada seca seu rebanho de couro e osso.
Ora, se não tivesse esperança de nada valeria tanto gasto e tanto sacrifício. E todo o sacrifício e sofrimento passam a ser recompensados de hora pra outra. Quanto o calor afogueia demais e o tempo começa a nublar, então coisa boa vai acontecer.
E se surgem trovões e relâmpagos, se de repente as nuvens escurecidas parecem descendo sobre a terra, então já pode colocar vasilha debaixo da goteira. E o que acontece daí em diante é festa no mundo-sertão.
Os sons da chuva parecem coro de anjos. Os sons dos pingos caindo parecem melodia na alma. Um coro angelical, uma orquestra de magistral melodia caindo do alto, ecos das mais belas canções molhando a terra.
E olhar pela janela ou pela fresta da porta e perceber que não está sonhando, e sentir o barulhar molhado no telhado, e perceber que a molhação vai tomando conta de tudo, e ter vontade de abrira porta e sair com roupa pra debaixo da chuvarada, a certeza que as preces foram ouvidas, os rogos foram compreendidos pelas forças sagradas, e a chuvarada que cai é a benção maior da vida e da esperança.
Na chuva, a vida. O sertão em benção e abençoado.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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DEDICADO AO MANO RAIMUNDO FELICIANO QUE DEUS O LEVOU NA MADRUGADA DE HOJE - O DIA EM QUE NÓS FOMOS DESPEDIDOS DA CASA DE MENORES MÁRIO NEGÓCIO - PARTE IV
Por José
Mendes Pereira
Saudoso Raimundo Feliciano
Meu amigo e
irmão Raimundo Feliciano:
Ainda recordo
como se fosse hoje numa manhã ensombrada pelas nuvens sem previsões de chuvas,
o dia em que a nossa diretora dona Caboclinha nos chamou em sua diretoria, e
nos comunicou que aquela boa vida que nós tínhamos antes, naquela Casa de
Menores Mário Negócio, havia chegado o fim, pois nós não tínhamos mais direito
de continuarmos como internos daquela instituição, alegando-nos a nossa
maioridade, por ser uma escola que abrigava alunos até que completasse 18 anos.
O mês era
novembro, o dia, se não me foge a memória, 26, mas o ano não tem como fugir da
minha memória, foi em 1970, e neste mesmo ano, havíamos terminado os nossos
sofrimentos no TG - Tiro de Guerra em Mossoró. Mas digo sofrimentos no bom
sentido, porque quem passa pelo TG, ficará preparado para enfrentar a vida como
ela é.
Aquela notícia
de imediato era como se a gente tivesse sido atingido por uma perversa
punhalada. O que era bom antes, agora seria difícil para procurarmos um lugar
seguro, onde nós pudéssemos conviver em família. Os que ali ficaram não sabiam
bem se o nosso amanhã iria nos dar alimentos ao redor de outros, que talvez
substituíssem as nossas amizades de antes.
Lembro-me que
a nossa convivência naquela casa seria até quarta-feira que se aproximava. Você
com seu jeito engraçado, apoderado daquele violão do Chico Pompilo, que com ele
fazíamos as nossas serenatas, pôs-se a cantar uma música de Roberto Carlos, a
qual estava sendo a mais tocada nas emissoras de rádio. "Não vou ficar".
https://www.youtube.com/watch?v=E-b-dVu-HZo&fbclid=IwAR0jhiGQ5LfgG9U9RtO2C7qvA1fW8M3xNB7upO8pA5HPUKaNx8FW7p_p4Z0
Após a nossa
saída de lá você tomou rumo aos seus familiares, e como sempre foi responsável,
trabalhou durante muitos anos com a família Negreiros, a qual tinha toda
confiança e respeito à sua pessoa, e pelo seu profissionalismo, só a deixando,
quando os Negreiros mais velhos partiram para a eternidade.
Assim como eu
você também foi um que passou pela Editora Comercial S/A. Sei que foi por pouco
tempo, porque a sua profissão não era manusear aquele quebra-cabeças, de juntar
letras por letras, para formar palavras ou conteúdos inteiros.
Eu não quis
voltar para os meus familiares porque de lá eu já tinha vindo, e a solução foi
me alojar no Sindicado da Lavoura de Mossoró, hospedagem adquirida pelo meu
pai, Pedro Nél Pereira, que era um dos membros da diretoria daquela instituição
sindical.
A primeira
noite em que dormi lá senti-me como se fosse um sujeito rejeitado por Deus,
pela sociedade, pelos amigos, sem pai, sem mãe e irmãos ao meu lado. Deitei-me
e fiquei a olhar o teto, imaginando o teto que eu havia deixado para trás,
seguro, com alimentação na hora certa, roupas e calçados se eu precisasse,
acompanhado de uma porção de amigos. Eu ali sentia uma solidão que só eu sabia.
Em alguns momentos, levantei-me, fui até à porta e fiquei observando os
transeuntes, que àquelas horas, ainda passavam para suas casas.
Eu, em
segredo, pelas rótulas da porta da frente, observava aquele movimento bastante
restrito de pessoas que se deslocavam, e de repente, vinha um senhor ocupando
toda a Rua Almirante Barroso, e em suas mãos, um objeto. Vi de imediato que era
um bêbado que conduzia um cabresto, talvez para recolher um dos seus animais.
As horas já se
passavam, mas eu não tinha a mínima ideia, o que os relógios da humanidade
marcavam naquele momento.
Lembrei-me da matriz de Nosso Senhora da Conceição, e resolvi sair fora, para ter ideia que horas o relógio da Igreja assinalava. E vi que os enormes ponteiros marcavam 2 horas da manhã. Retornei à rede e fiquei imaginando o que seria de mim no dia seguinte, onde eu iria tomar o primeiro café do dia, almoçar, e posteriormente o jantar. Mas finalmente, minutos depois, eu adormeci, só acordando quando Maria da Paz a assistente do dentista do sindicado (Dr. João Falcão) chegou para dar início aos seus trabalhos rotineiros.
Vivi dias e
noites difíceis, alimentando-me muito mal, e se eu almoçava (na Churrascaria do
Batista, na Alberto Maranhão com o cruzamento da Almirante Barroso), às vezes
eu não jantava, por falta de dinheiro; eu ainda não era gráfico profissional, e
ganhava muito pouco. Foram dias, meses tentando me adaptar a nova vida que eu
havia ganhado.
Neste período
de sofrimento eu era aluno do Ginásio Municipal, e que muitas vezes, frequentei
àquela escola sem jantar, mas nunca cheguei a nenhum dos meus amigos para
contar o que estava se passando comigo. E para amenizar um pouco a falta de
alimento em minha barriga, eu fumaça, fumaça, e feito isso, o que me maltratava
no momento, havia desaparecido, só retornando as mesmas crises horas depois.
Quando o meu
pai me visitava no meu local de trabalho especulava-me sobre o meu passadio, se
eu estava comendo todos os dias, se eu jantava, tomava café..., se eu estava
necessitando de roupas e calçados. Mas eu o deixava sossegado, em paz, sem
aperreios, para que ele, minha mãe e meus irmãos dormissem as noites inteiras
sossegados.
O meu pai
nunca fora rico apenas era um homem que tinha um bom chiqueiro de caprinos,
mais umas cabecinhas de bovinos. Ele sempre me dizia, que se eu estivesse
necessitando de alguma coisa para tanger a vida ele venderia alguns bichos
miúdos. Mas eu lhe dizia que eu estava muito bem, obrigado! Comia francamente,
todos os dias.
Devido a minha
situação difícil em alguns momentos pensei em retornar ao campo, voltar a viver
àquela vida de camponês, trabalhando na agricultura, nos carnaubais, acordar
três horas da madrugada para fazer empilhamentos das palhas das carnaubeiras,
cuidando das criações, campeando o minúsculo rebanho de gado que o meu pai
possuía, carregando água em ancoretas sobre o lombo de animais, ou sobre o meu
próprio ombro.
Mas me veio o
medo de passar por covarde, fraco, sem esperanças, desprovido de fé em Deus, e
depois de imaginar tudo isto, decidi-me, tentar valia a pena, desistir do
sofrimento não era uma boa opção. Que eu seguisse o caminho para ver aonde eu
iria chegar, do jeito que Deus havia determinado para mim.
Para tomar
intimidade com esta nova vida, levei muitos dias para me acostumar, e como
sempre Deus está perto de nós, felizmente, um funcionário que trabalhava comigo
na Editora Comercial, José Nogueira filho de Aldenor Nogueira resolveu ir morar
em Natal, e a partir daí, fiquei assumindo o seu lugar, e passei a ganhar de
igualdade com os outros profissionais.
Sofri muito,
mas tudo que passei valeu a pena. Estudei e sou formado pela Universidade
Regional do Rio Grande do Norte - FURRN, nos dias de hoje, UERN. Já estou
aposentado pela Secretaria de Educação e tenho quatro filhos, todos,
empregados, e tenho sete netos. Foi uma prova dada por Deus. Venci todos os
obstáculos que um ser humano tem que enfrentar para contar a sua história. Hoje
estou amparado pela divina graça do Deus todo poderoso.
Minhas Simples
Histórias
Se você não
gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.
VIRGULINO LAMPIÃO EM MAIS UMA PALESTRA EM FORTALEZA
Serzedelo Freitas, Manoel Severo e Joélcio Alves
A cada dia que passa me surpreendo ainda mais com o fascínio que o tema cangaço desperta nas mais variadas plateias; do menino ao mais experiente, do estudioso ao curioso, enfim. Nestas nossas andanças por todos os caminhos nordestinos; do litoral ao sertões ; o tema cangaço encanta e quando começamos a falar de Virgulino Lampião até o tempo estaciona para ouvir...
Na manha do último dia 12 de fevereiro tivemos o privilégio de atender ao convite do professor Joélcio Alves, do colégio da Imaculada Conceição na cidade de Fortaleza, capital do meu Ceará. Naquela manhã foram reunidos os alunos das turmas do nono ano do referido colégio, turmas sob o "comando" dos professores Joélcio Alves e do professor Serzedelo Freitas, reunidos ali para conhecerem um pouquinho mais da incrível historia dos míticos Lampião e Maria Bonita.
Diante de mim uma preciosa platéia de admirados e curiosos expectadores, esses queridos alunos; todos com idade entre 13 aos 17 anos; começaram meio sem jeito a partir da apresentação de um assunto que nem todos possuíam afinidade, entretanto, com o passar dos minutos a curiosidade e a atenção redobrou, e aqueles surpresos expectadores passaram a ávidos curiosos desejando conhecer mais e mais a historia do Rei do Cangaço e sua amada. Não pelo talento do palestrante mas pelo incrível magnetismo do tema, tivemos uma manhã onde o tempo passou como um raio e deixou um gostinho de "quero mais"...Como confirma o professor Joélcio: "Precisamos fazer outra palestra, desta vez muito maior."
Na verdade um grande desafio, explico: Estamos acostumados a debater, discutir e aprofundar o estudo do tema cangaço junto a um público de estudiosos, pessoas que dedicam boa parte de suas vidas à pesquisa e ao estudo do tema, sempre em conferências que acabam reunindo centenas de pesquisadores, assim, quando somos colocados diante de um público como esses estimados alunos chega a dá um "frio na barriga"... Mas missão dada, missão cumprida !
"Virgulino Lampião tinha a real noção da força de sua imagem..."
Ao final ficou a impressão de um bate-papo leve, solto, quando nos esforçamos para apresentar aos alunos o cangaço de forma completa; em sua complexidade e simplicidade; como as coisas do nosso sertão nordestino e apesar de todas as diferenças, ninguém melhor para entender um nordestino do que outro.
"Hoje recebemos a visita do amigo Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço aqui no Colégio da Imaculada Conceição para conversar com os alunos dos nonos anos sobre o Cangaço no Brasil.Foi um momento rico em histórias e conhecimento. " Ressalta o professor Joélcio Alves, que já confirmou presença na primeira agenda do Cariri Cangaço para este ano de 2019: Cariri Cangaço Quixeramobim - Antônio, o Conselheiro do Brasil.
Cariri Cangaço no Colégio Imaculada Conceição
12 de Fevereiro de 2019, Fortaleza,CE
Fotos:Ingrid Rebouças
E vem ai...
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SOCIEDADE CEARENSE DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA LANÇA REVISTA NA CASA JUVENAL GALENO
Vicente
Alencar, Rene Lobo, Ângelo Osmiro e Manoel Severo
A Sociedade Cearense de Geografia e História, instituição cultural com sede na
cidade de Fortaleza, lançou na tarde de ontem, dia 19 de fevereiro, na Casa de
Juvenal Galeno, no centro da cidade, a edição comemorativa de sua Revista de
2018 sob o comando de seu presidente, jornalista e radialista Vicente Alencar.
Nomes como
Ângelo Osmiro, Aristides de Sousa Neto, Cássio Borges, Evandro Bezerra,
Herculano Verçosa, Geraldo Bezerra, Marum Simão e o próprio Vicente Alencar,
dentre outros ilustres escritores fazem parte dos autores escolhidos e
responsáveis pela edição 2018 da prestigiada revista.
"A Sociedade
Cearense de Geografia e História com essa publicação mostra o pensamento que
envolve os seus membros, como estão acompanhando tudo o que se registra no
mundo. Que os conceitos aqui contidos possam colaborar, diretamente, para um
melhor posicionamento de todos nós, perante a população brasileira" afirma
o presidente Vicente Alencar.
NOTA CARIRI
CANGAÇO: A SCGH-Sociedade Cearense de Geografia e História, foi fundada em 25
de agosto de 1935, reconhecida como de utilidade pública pela Lei Nº 107 de 15
de maio de 1936. Mantem reuniões na Casa de Juvenal Galeno, rua General
Sampaio, 1128, centro da cidade de Fortaleza.
http://cariricangaco.blogspot.com/2019/02/sociedade-cearense-de-geografia-e.html
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NOSSO MANO RAIMUNDO FELICIANO SE FOI PARA O REINO DE DEUS!
Comunico aos manos da antiga Casa de Menores Mário Negócio Railton
Melo, Jorge
Braz, Joao
Augusto Braz, Francisco
Mauricio Gurgel, Manoel Pereira da Silva, Antonio Mendes Sobrinho, Manoel Flor de Melo, Manoel Maia Néo, Antonio Galdino da Costa em Guarulhos - São paulo, Francisco
José Caldas da Silva em Recife, Sérgio Salém de Miranda e a cantora de Areia Branca Amanda Costa, que o
nosso mano Raimundo Feliciano faleceu na madrugada deste dia.
Todos nós
acima fomos internos com ele na Casa de Menores Mário Negócio durante alguns
anos. O Raimundo era uma pessoa brincalhona e sempre estava a fazer suas graças
sem prejudicar ninguém. Um mano de verdade!.
Raimundo Feliciano e José Mendes Pereira
A semana que
se passou eu estive com ele na sua loja. Ele me falou:
- Mano, vamos visitar o quanto
antes Tetê lá na Abolição 2, se não acontece o que aconteceu com dona
Caboclinha de Genildo de Miranda, que falamos de ir visitá-la, e findamos não
indo, porque ela faleceu antes.
- Vamos marcar o dia , Raimundo Feliciano. - Eu o disse.
Ele ainda me falou o seguinte:
- Lá no Abrigo Amantino Câmara tem um rapaz que foi lá da Casa de Menores Mário Negócio, só que ele me disse o nome e eu me esqueci. Vamos também marcar um dia para visitarmos e reconhecermos.
- Certo, Raimundo Feliciano.
Agora foi a sua vez de ir para a Casa do Senhor.
Adeus, mano
Raimundo Feliciano! Um dia iremos nos encontrar novamente, mas desta vez na
casa do Senhor. A estrada poderá ser outra, mas o caminho é exatamente o mesmo
que você seguiu.
"Assim
escreveu Gilvan Rodrigues Leite:
FALECEU EM
MOSSORÓ MEU AMIGO RAIMUNDO FELICIANO DA SILVA (RAIMUNDO DA AGROTEC). É com
enorme sentimento de pesar que recebo através das redes sociais, a infausta
notícia do falecimento do meu velho amigo e companheiro de trabalho RAIMUNDO
FELICIANO DA SILVA (RAIMUNDO DA AGROTEC). Nasceu em Mossoró no dia 01/08/1950,
era casado há 42 anos com a Senhora Ilza Feliciano, companheira de toda sua
vida e pai de Simone e Ciro Eduardo. Na sua infância foi interno da Casa de
Menores, nos tempos áureos da gestão de Dona Caboclinha Miranda. Iniciou sua
carreira profissional na antiga Casa Negreiros, de propriedade do saudoso
Manoel Negreiros. Com o fechamento da Casa Negreiros, passou a laborar na
Agrotec - Agro Técnica Máquinas e Motores Ltda., de propriedade do Dr Gabriel
Fernandes de Negreiros, onde tive a satisfação de conviver com ele durante dez
anos, de 1981 à 1991. Tendo ele, permanecido na aludida empresa até sua
aposentadoria, poucos anos atrás, e como trabalhador e vendedor nato,
estabeleceu se no segmento de móveis, máquinas e equipamentos usados. É difícil
falar de Raimundo Feliciano, sem ser com o sentimento de gratidão, respeito e
amizade. Como colega de trabalho sempre foi um professor, um incentivador, um
amigo solidário. Como amigo, era amigo na verdadeira acepção da palavra.
Companheiro, afetuoso, espirituoso, simples, Alegre e constante nas horas de lazer
e tb nos momentos difíceis. Deixa viúva uma grande mulher, Dona Ilza Feliciano,
os filhos Simone e Ciro Eduardo e um neto. Neste momento de profundo pesar,
faço chegar às família enlutada minhas condolências, pedindo à Deus que o
receba no Reino Eterno".
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