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quarta-feira, 11 de julho de 2018

O INESQUECÍVEL CARIRI CANGAÇO POÇO REDONDO 2018...

Grande Cariri Cangaço Poço Redondo 2018..
Inesquecível !!!
Por Studio Flash : YouTube

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AS OBRAS COXAS DO BRASIL

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de julho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.939

Segundo os “caneiros” do meu bairro, o Brasil continua sendo o país da fuleiragem. É mundo enorme de obras paradas e quando recomeçam param de novo. Uma típica brincadeira de país sem moral, sem o menor respeito ao cidadão honesto e trabalhador. Essas obras inacabadas estão à mostra em todos os lugares, acintosamente, chamando o povo de banquelo, besta e bundão. Isso vai desde o minúsculo município que se conhece até o requinte das grandes metrópoles, infelizmente.  E quando sai alguma coisa concreta do meio da mediocridade, ainda pedimos parabéns e batemos palmas com se a solução fosse unicamente àquela. Tiremos apenas uma amostra para a vitrina do descaso.

MAQUETA. (Agência Alagoas)
Uma obra de suma importância para a capital, Maceió, como o trevo rodoviário da Polícia Rodoviária, no Tabuleiro, após anos e anos de esperança, teve seus “trecos” embargados. Como é que uma obra com verba federal e de tamanha responsabilidade seja entregue a uma firma que não zela pela segurança dos funcionários e dos transeuntes? Brasil entregue a golpistas e corruptos, (vejam as denúncias todos os dias) não pode dar certo nem hoje e nem nunca. Dobra o transtorno da população maceioense, em especial os usuários de veículos e o trânsito pesado. O cão continua chupando manga na esquina da tolerância.
"Entendemos que uma intervenção dessa natureza pode gerar reclamação em parte da população, que não vê a hora de a obra estar concluída. Contudo, devemos nos lembrar que o trabalho deve agregar valor a toda sociedade na qual ele está inserido - e um acidente de trabalho, ao contrário, só traz prejuízo: prejuízo para a construtora, que tem sua carga tributária elevada e enfrentará processos judiciais; prejuízo para a família, entra tanto o abalo financeiro quanto psicológico; e prejuízo para a sociedade, pois será mais um benefício do INSS pago pelos cofres públicos", apontou o auditor Fiscal do Trabalho Alexandre Sabino. (GazetaWeb).
E você, Zé Trabalhador, cidadão contribuinte, o que acha disso?


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O ABISMO DA CAVERNA QUE NÓS VIVEMOS

Por Rangel Aves da Costa

O mundo inteiro vivenciou, comoveu-se, sofreu e chorou, com o drama dos meninos e do adulto tailandeses que durante mais de quinze dias permaneceram nas escuridões perigosas da caverna Tham Luang. O que era para ser apenas um passeio após um treino de futebol, acabou se transformando num drama de proporções mundiais. Todo o planeta passou a voltar seus olhares, rogos e orações para a caverna tailandesa.
Somente no décimo oitavo dia os quatro últimos foram resgatados por uma força-tarefa internacional. Entraram para se proteger das chuvas, mas foram adentrando mais e mais com a força das águas que iam inundando cada recuo que davam. Por fim, foram dados como desaparecidos até se transformarem em angústia mundial. Felizmente resgatados com vida, sem danos aparentes ou ferimentos, deixaram algumas lições que por muito tempo estarão escritas.
No caso da caverna Tham Luang, a certeza dos perigos que rondam os desconhecidos. Muitos são os perigos presentes em campo aberto, em terra firma, rente e acima do chão, imaginem-se os contratempos que estão ocultos nas fendas escurecidas, nos subsolos longínquos, nos subterrâneos assustadores. Da boca da caverna em diante, ainda que a mesma já tenha sido explorada, sempre algum temor pelo inesperado. E mais ainda quando a sua entrada de repente é fechada por águas que insistem a tudo inundar.
Sempre há perigo. Os exemplos são muitos dos pesadelos escondidos em tais abismos. A literatura é farta em fazer da caverna uma simbologia de confronto com o desconhecido. Sempre há encontro com o inesperado, sempre há luta para retornar, sempre há o terror perante a escuridão. Ora, dentro da caverna há um verdadeiro submundo povoado pelo desconhecido. Neste sentido ontem mesmo escrevi:


“[...] a caverna tem se mostrado como um local que abriga em si o mito, a lenda, o medo, o mistério, o segredo, o inexplicável. Ora, desde os tempos primitivos que ficar aprisionado em caverna significa se manter num pêndulo entre a vida e a morte. Numa caverna Platão situou o seu mito da difícil escolha. O Minotauro vivia nos labirintos de uma caverna, assim também a Medusa e outros seres vencidos por Ulisses na sua odisseia. Na caverna o belo e o inexplicável, os subsolos assustadores e as formações encantadoras. Dizem que seres extraterrestres fazem suas bases em cavernas. Dizem também que suas entranhas possuem portais não só para o além como para o negro submundo. Dizem muito sobre as cavernas, e geralmente como lugares espantosos e assustadores. E agora, perante o acontecido na Tailândia, há a comprovação que nestas fendas terrestres há muito mais mistérios e perigos do que imagina nossa vã filosofia”.
A caverna, contudo, serve como alusão a muito mais. Não queremos aceitar, mas vivemos ao redor e dentro de cavernas. Não queremos admitir, mas vivemos procurando cavernas, quase sempre estamos nos afastando da luz em busca de sua desconhecida escuridão. No ser humano há sempre a propensão para fugir do lugar seguro, para sair de onde lhe dê segurança e paz, indo sempre em busca das fendas aterrorizantes. Muitas vezes, arrisca-se apenas pela aventura, mas depois por se deixar entranhar noutros mundos que não os seus.
A caverna está, ameaçadoramente, presente em tudo. Está constantemente chamando o ser, está sempre dizendo que não é ruim se arriscar para aprender com o perigo e o sofrimento. Quando a pessoa não vai, não aceita entregar-se ao desconhecido, eis que a caverna da realidade se mostra à sua frente. E, infelizmente, dessa não há como fugir. Não há como fugir da vida. E esta vida, que tanta luz e tanto sol vai mostrando a cada um, também revela os encontros com os inesperados e os dolorosos.
A cada passo a dor e o sofrimento, a cada pedaço da estrada as angústias e as desilusões. Ninguém quer que seja assim, mas a caverna exige que padeça e sofra, que se submeta e saiba vencer. Noutras vezes, os abismos que se abrem pelo próprio chamado do ser. Cavernas das drogas, fendas dos desregramentos, buracos dos desnorteamentos da vida. Enquanto uns lutam até o fim para vencer os abismos, estes simplesmente vão afundado, indo mais e mais em busca dos precipícios, até que tudo se fecha de vez.

Escritor
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PROFESSOR BENEDITO PROFERIRÁ PALESTRA NA CIDADE BAIANA DE PAULO AFONSO.


Por Franci Dantas

PALESTRA: Cultura Nordestina
PALESTRANTE: Prof. Benedito Vasconcelos Mendes
LOCAL: Paulo Afonso-BA
25 julho 2018 (quarta-feira) / 11:00 horas



Atendendo convite do Secretário de Cultura do Município baiano de Paulo Afonso, Escritor João de Souza Lima, o Professor BENEDITO VASCONCELOS MENDES proferirá palestra sobre CULTURA NORDESTINA, no evento cultural "PAULO AFONSO CANGAÇO" - 80 Anos da morte de Lampião e Maria Bonita, que vai ocorrer naquela cidade nos dias 25 e 26 de julho do corrente ano.



A palestra do Prof. Benedito está prevista para iniciar às 11 horas, do próximo dia 25 (quarta-feira), na sede social do Clube Paulo Afonso.

https://www.facebook.com/groups/387432611431445/

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PESQUISADORES BRASILEIROS NÃO DESENVOLVERAM VACINA QUE CURA O CÂNCER

Por Lucas Borges Teixeira

Colaboração para o UOL, em São Paulo
11/07/2018 04h01

Uma mensagem que circula pelo WhatsApp promete avanço sobre um grande desafio da medicina atualmente: a cura para o câncer. O feito estaria associado a uma vacina, desenvolvida por pesquisadores brasileiros, que eliminaria cânceres de pele e de rim.

A vacina “se mostrou eficaz, tanto no estágio inicial como em fase mais avançada”, diz a mensagem. “A vacina é fabricada em laboratório utilizando um pequeno pedaço do tumor do próprio paciente. Em 30 dias está pronta, e é remetida para o médico oncologista do paciente”, continua o texto.[
A mensagem traz ainda uma série de nomes de pesquisadores, instituições relacionadas à pesquisa e até um telefone 0800 para quem estiver interessado em saber mais sobre a novidade. Ao telefonar, a operadora informa que "o número discado não corresponde a um número de serviço ativo".

FALSO: Brasileiros não encontraram a cura para o câncer

O Hospital Sírio Libanês e o pesquisador José Alexandre Barbuto, citado na corrente como responsável pela iniciativa, negaram que tenham encontrado a cura para cânceres de pele e de rim.

“Esta notícia vem circulando há anos: começou como um email, depois passou ao Facebook e agora vem em ondas pelo Whatsapp”, afirmou Barbuto, imunologista do ICB-USP (Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo).

“Ela permite que se confunda um trabalho de pesquisa cuidadoso e que traz, sim, perspectivas de resultados muito bons, com uma abordagem próxima ao charlatanismo”, afirma o médico, autor de uma pesquisa relacionada ao tratamento do câncer. “Os primeiros resultados clínicos [do seu trabalho] foram animadores, mas os estudos continuam e ainda precisa de muito aperfeiçoamento antes de chegar a algo que se possa aplicar amplamente.”

O Hospital Sírio Libanês também negou que algum de seus laboratórios tenha criado a vacina. “Nunca houve qualquer relacionamento comercial entre o HSL, ou qualquer médico do Centro de Oncologia, e a empresa que está comercializando esta vacina”, declarou a instituição, por meio de nota enviada ao UOL.

VERDADEIRO: Brasileiros pesquisam combate ao câncer

Embora as informações da corrente sejam falsas, há, sim, uma pesquisa em desenvolvimento pelo ICB-USP desde 2004 que busca formas alternativas de tratar o câncer.

“O sistema imune de pacientes com câncer tem, em potencial, a capacidade de reconhecer e combater células tumorais”, explica o professor Barbuto. “Muitas vezes, no entanto, o tumor enganou tão bem o sistema que não há resposta.” O objetivo desse estudo, portanto, é usar um tipo de célula do sistema imune, chamada dendrítica, para alertar sobre o tumor, que passará então a ser combatido.

“Como o que a célula faz é iniciar a resposta, ao usá-la estamos ensinando o sistema imune e dizendo a ele que o tumor é, sim, um problema ser combatido”, explica Barbuto. A partir daí começa a reação.

De acordo com o médico, a pesquisa tem sido desenvolvida tanto em laboratório quanto em estudos clínicos “controlados e limitados a situações muito específicas”. Os resultados têm sido animadores, mas, ele frisa, ainda estão longe de ser considerados a cura para o câncer.

“Acredito que um dos piores aspectos da corrente é criar falsas esperanças para pacientes, familiares e amigos, que muitas vezes acabam chegando a mim pedindo um tratamento que não está disponível, e, nem de longe, seria tudo o que o texto promete”, conclui o imunologista.

https://noticias.uol.com.br/confere/ultimas-noticias/2018/07/11/pesquisadores-brasileiros-nao-desenvolveram-vacina-que-cura-o-cancer.htm

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HOMEM VALENTE É ASSIM!

Por José Mendes Pereira
Sinhô Pereira e sua neta Dulce - Clique no link e leia sobre a morte da Dulce - http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2015/06/faleceu-dulce-filhaneta-do-sinho-pereira.html

Sebastião Pereira o Sinhô Pereira foi o único patrão cangaceiro de Lampião.

Virgolino Ferreira da Silva o futuro rei do cangaço Lampião entrou para o bando de cangaceiros do Sinhô Pereira, segundo ele, queria vingar  a morte do seu patriarca José Ferreira da Silva.
Era o ano de 1919, e Sinhô Pereira já ouvia os conselhos de Padre Cícero Romão Batista para urgentemente, abandonar o cangaço e procurar ser um homem da sociedade e de paz. Não fazendo desmerecer os conselhos do Padre Cícero Sinhô Pereira decidiu sair do cangaço de uma vez por toda. Mas sua primeira tentativa não foi bem sucedida e ele voltou e reassumiu seu bando.

Em 1922 fez outra tentativa, e entregou o grupo de seus comandados a Lampião, homem considerado de confiança para dirigir os destinos daquelas feras. Conhecendo bem de perto Lampião viu que ele um dia seria considerado o rei do cangaço.

Abaixo temos uma excelente reportagem do jornal O Globo de 2 de setembro de 1971, onde em entrevista, o ex-cangaceiro fala de seus velhos tempos. 





Imagens adquiridas em: http://meneleu.blogspot.com/2014/09/sinho-pereira-o-mestre-de-lampiao.html

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MORTE DO CANGACEIRO CALAIS

Por Aderbal Nogueira

VÍDEO. 

A Morte do cangaceiro "Calais", contada pelo seu matador, o policial volante TEÓFILO PIRES... Mais um vídeo com o selo e qualidade de Aderbal Nogueira.

https://www.youtube.com/watch?v=FNTidQvEJ2Q&feature=youtu.be


Publicado em 10 de jul de 2018

Cerco e morte do cangaceiro Calais.
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VIGÉSIMO OITAVO VÍDEO CANGAÇO - CORISCO E DADÁ: O INÍCIO DO FIM

Por Aderbal Nogueira

Candeeiro e Vinte e Cinco falam do relacionamento de Dadá e Corisco e de como foi para eles após a morte de Lampião.

https://www.youtube.com/watch?v=BzbVVoP6jlo

Publicado em 23 de jan de 2018

Nessa postagem os ex-cangaceiros Vinte e Cinco e Candeeiro falam um pouco sobre como era o casal Dadá e Corisco e como foi na época das entregas após a morte de Lampião. A próxima postagem será em Barra do Mendes, onde o historiador Liandro Antiques e a testemunha ocular do cerco, D. Isabel, filha de seu Pacheco, dono da fazenda onde tudo aconteceu, narrarão os fatos ali ocorridos.

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POESIA DO ILUSTRE POETA ANTÔNIO FRANCISCO DE MOSSORÓ


A CASA QUE A FOME MORA
Eu de tanto ouvir falar
Dos danos que a fome faz,
Um dia eu saí atrás
Da casa que ela mora.
Passei mais de uma hora
Rodando numa favela
Por gueto, beco e viela,
Mas voltei desanimado,
Aborrecido e cansado.
Sem ter visto o rosto dela.

Vi a cara da miséria
Zombando da humildade,
Vi a mão da caridade
Num gesto de um mendigo
Que dividiu o abrigo,
A cama e o travesseiro,
Com um velho companheiro
Que estava desempregado,
Vi da fome o resultado,
Mas dela nem o roteiro.

Vi o orgulho ferido
Nos braços da ilusão
Vi pedaços de perdão
Pelos iníquos quebrados,
Vi sonhos despedaçados
Partidos antes da hora,
Vi o amor indo embora,
Vi o tridente da dor,
Mas nem de longe vi a cor
Da casa que a fome mora.

Vi num barraco de lona
Um fio de esperança,
Nos olhos de uma criança,
De um pai abandonado,
Primo carnal do pecado,
Irmão dos raios da lua,
Com as costas seminuas
Tatuadas de caliça,
Pedindo um pão de justiça
Do outro lado da rua.

Vi a gula pendurada
No peito da precisão,
Vi a preguiça no chão
Sem ter força de vontade,
Vi o caldo da verdade
Fervendo numa panela
Dizendo: aqui ninguém come!
Ouvi os gritos da fome,
Mas não vi a boca dela.

Passei a noite acordado
Sem saber o que fazer,
Louco, louco pra saber
Onde a fome residia
E por que naquele dia
Ela não foi na favela
E qual o segredo dela,
Quando queria pisava,
Amolecia e Matava
E ninguém matava ela?

No outro dia eu saio
De novo a procura dela,
Mas não naquela favela,
Fui procurar num sobrado
Que tinha do outro lado
Onde morava um sultão.
Quando eu pulei o portão
Eu vi a fome deitada
Em uma rede estirada
No alpendre da mansão.

Eu pensava que a fome
Fosse magricela e feia,
Mas era uma sereia
De corpo espetacular
E quem iria culpar
Aquela linda princesa
De tirar o pão da mesa
Dos subúrbios da cidade
Ou pisar sem piedade
Numa criança indefesa?

Engoli três vezes nada
E perguntei o seu nome
Respondeu-me: sou a fome
Que assola a humanidade,
Ataco vila e cidade,
Deixo o campo moribundo,
Eu não descanso um segundo
Atrofiando e matando,
Me escondendo e zombando
Dos governantes do mundo.

Me alimento das obras
Que são superfaturadas,
Das verbas que são guiadas
Pro bolsos dos marajás
E me escondo por trás
Da fumaça do canhão,
Dos supérfluos da mansão,
Da soma dos desperdícios,
Da queima dos artifícios
Que cega a população

Tenho pavor da justiça
E medo da igualdade,
Me banho na vaidade
Da modelo desnutrida
Da renda mal dividida
Na mão do cheque sem fundo,
Sou pesadelo profundo
Do sonho do bóia fria
E almoço todo dia
Nos cinco estrelas do mundo.

Se vocês continuarem
Me caçando nas favelas,
Nos lamaçais das vielas,
Nunca vão me encontar,
Eu vou continuar
Usando o terno Xadrez,
Metendo a bola da vez,
Atrofiando e matando,
Me escondendo e zombando
Da Burrice de vocês.

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REMINISCÊNCIAS


Por Assis Nascimento

Vendo esta foto, do Cine Caiçara, me veio à memória O filme “Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas” (1967).

Neste prédio eu, José Mendes Pereira trabalhei 12 anos na Editora Comercial

Pois bem, vamos aos fatos.

Meu pai morava em Porto do Mangue, e vez por outra vinha a Mossoró tratar de assuntos da firma Fazenda Nova Ltda, ligada ao grupo Souto.
Numa dessas viagens, veio junto com ele, Messias de João Italiano, conterrâneo nosso.

À noitinha após o jantar, meu pai nos chama para ir ao cinema; eu, Chagas e Messias.

O filme inicia, e meu pai começa a estimular Messias, a fazer comentários.

O nosso amigo Messias, foi se empolgando com a película, e lá pras tantas, aos berros já fazia seus comentários sem a menor cerimônia. Num determinado momento, ao ver uma cena numa grande plantação de milho, Messias gritou: "MANUEL FREIRE, Ô PARTIDO DE MI BONITO! "
Foi a gota d'água, Chagas olhou para mim e disse: "Assis eu vou sair, Messias tá falando alto demais, todo mundo tá de olho em nós".
Tempos bons, aqueles.

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A ESTRADA REAL DE SANTA CRUZ, O CAMINHO DA RIQUEZA


Por André Luis Mansur - Página do Adinalzir Pereira no Facebook
Fonte da imagem - http://bloggaleraquele.blogspot.com/2010/09/

Até a chegada da estrada de ferro na região que seria conhecida como zona oeste, no final do século 19, o único caminho para se chegar até lá era pela Estrada Real de Santa Cruz, chamada anteriormente de Caminho dos Jesuítas, já que foram os padres da Companhia de Jesus que abriram parte dela quando montaram sua importante fazenda, em Santa Cruz. A Estrada Real, segundo o escritor Lima Barreto, era mais importante para a economia nacional do que a elegantíssima e sofisticada Avenida Central (atual Avenida Rio Branco), centro econômico e social do centro da cidade no século 20. A afirmação faz sentido se entendermos que aquela era a estrada dos tropeiros, comerciantes, mineradores e donos de engenhos e plantações de café, primeiro ponto para se chegar a São Paulo, Minas e às riquezas do interior do Brasil.

Distrito Federal(hoje cidade do Rio de Janeiro)- 1911 - Mapa de Olavo Freire - Fonte- BN - Para uma melhor visualização, clique no link abaixo, a estrada está ao lado da linha férrea. http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_cartografia/cart177671/cart177671.jpg - Pesquisa- Guaraci Rosa

Foi por ela que D. Pedro I cavalgou para proclamar a independência, tendo descansado na Fazenda de Santa Cruz durante a ida, no dia 14 de agosto de 1822, conforme escreve Octávio Tarquínio de Sousa em “A vida de D.Pedro I – (vol. 2)”: “Partindo da Quinta da Boa Vista, foi D. Pedro pernoitar em Santa Cruz e aí se achava quando lhe anunciaram a presença de João Carlos Oeynhausen, vindo para a Corte, de sua ordem. O presidente da Junta de São Paulo, a quem faria mais tarde Marquês de Aracati e seu ministro, pediu-lhe em vão uma audiência: que se apresentasse sem demora à Princesa Real D. Leopoldina e ao ministro José Bonifácio, tal foi o recado transmitido pelo gentil-homem Canto e Melo”. D. Pedro seguiu viagem e ainda passaria pela Fazenda de São João Marcos, em Itaguaí. Na ida, levou 12 dias para chegar a Minas e na volta, depois de proclamar a independência em São Paulo, foi direto para a Corte, fazendo o trajeto em cinco dias.

Recorte do mapa do Distrito Federal(hoje cidade do Rio de Janeiro)- 1911
Fonte- BN

Antes das melhorias feitas na estrada durante o período em que D. João VI, encantado com as paisagens mais afastadas do burburinho da Corte, passou a residir longas temporadas na sede da fazenda, transformada em Palácio Real, era penoso trafegar por ela. Para exemplificar, basta citar trechos dos diários de naturalistas europeus, que começaram a visitar o Brasil após a chegada da Corte portuguesa, em 1808. No livro “Viagem pelo Brasil”, os naturalistas austríacos Johann Baptist von Spix e Carl von Martius falam do início de uma viagem pela estrada, no dia 8 de dezembro de 1817: “Apenas havíamos enveredado pelo atalho que sai na estrada larga de Santa Cruz, quando uma parte dos nossos cargueiros se deitou no chão, outra parte se espalhou por entre casas e chácaras, e também algumas das mulas se destacaram das caixas que levavam, e procuraram ganhar o campo. Aumentou a confusão, quando o sr. Dürming, cônsul real da Prússia em Antuérpia, e que se achava então no Rio de Janeiro e agora nos acompanhava, foi lançado fora do animal assustado, e teve de ser carregado de volta à cidade, com o braço fortemente magoado. Este espetáculo de selvajaria (sic) desenfreada costuma dar-se na saída de todas as tropas, até que os animais se acostumem ao peso da carga e se habituem a marchar em fila. Somente o nosso compatriota, o sr. Von Eschwege, que aqui já tem feito muitas viagens por terra, se mostrou impassível; nós, novatos na experiência, ficamos atarantados de ansiedade e apreensão”.

Em 1917 começou a funcionar o sistema de diligências ligando Santa Cruz ao centro da cidade. Diligências estas que não eram atacadas por índios, como nos filmes americanos de faroeste, e tinham os seguintes horários, conforme conta Noronha Santos, em “Meios de transporte no Rio de Janeiro (vol.1)”: “Partiam do Centro às quatro horas da madrugada, para chegarem à fazenda real às nove e meia. Voltavam às cinco e meia da tarde e chegavam à cidade às dez e meia da noite”. Como se vê, a viagem a Santa Cruz era, de fato, longa e penosa, o que só mudou com a chegada do trem, primeiro em Campo Grande (1878) e depois em Santa Cruz (1882), que encurtou bastante o tempo do percurso e pôde integrar de forma muito mais eficiente a região ao centro da cidade.

Hoje, o trajeto da Estrada Real de Santa Cruz ainda se mantém em sua maior parte, com poucas alterações, em vias como a Avenida Santa Cruz (que percorre boa parte dos bairros da zona oeste), dom Helder Câmara (antiga Suburbana), Cesário de Melo (em Campo Grande), estrada Intendente Magalhães (em Campinho) e estrada Rio-São Paulo. Adolfo Morales de los Rios Filho fala sobre o termo “estrada real”, que muitos julgam ter este nome por ter sido frequentada por D. João VI e a nobreza. No livro “O Rio de Janeiro Imperial”, ele explica que “estrada real”, na verdade, é o “caminho mais seguido, mais franco e, portanto, o que apresenta menos riscos de dificuldades”.

André Luis Mansur é jornalista e escritor - Colabora semanalmente com nossa página. 

Pesquisa de imagens- Guaraci Rosa

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VIGÉSIMO SÉTIMO VÍDEO CANGAÇO - AÉREAS - CANGAÇO

Por Aderbal Nogueira

Aéreas de locais importantes na história de Lampião. A história não tem fronteiras, não tem cercas, não tem dono... A história pertence a TODOS.

Publicado em 8 de abr de 2018

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