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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

MOSSORÓ RESISTIU AO BANDO DE LAMPIÃO

  Por: Elisonaldo Câmara


Mossoró é conhecida como a única cidade do Nordeste a expulsar Lampião com o seu bando sem a ajuda das forças militares e unicamente com a coragem e a participação do povo da cidade que se armaram e abateu um dos mais importantes bandos do cangaço do Nordeste, a cidade era uma das mais prósperas cidades do Rio Grande do Norte.

O coronel Rodolfo Fernandes, o prefeito, já havia alertado, nos últimos dias, sobre o perigo do ataque do rei do cangaço ao município, Lampião tinha 53 cangaceiros no seu bando. Não imaginava, porém, que iria enfrentar pelo menos 150 homens armados na defesa da cidade.

Dia 13 de Junho de 1927, após dizer não a Lampião, que cobrou 400 contos de reis  para não invadir a cidade, começava um tiroteio entre moradores da cidade e os cangaceiros, que se dividiram em 03, forçando a cidade a levantar várias trincheiras, sendo as principais: 

telescope.blog.uol.com.br

a Estação Ferroviária, hoje uma casa de cultura; 


a sede da prefeitura, hoje Palácio da Resistência e a trincheira no Campanário da Capela de São Vicente de Paula, que Lampião denominou de “Igreja da Bunda Redonda”.

http://telescope.blog.uol.com.br/arch2010-09-01_2010-09-30.html

No ataque, o bando perdeu importantes cabras, outros foram capturados e presos, Colchete teve parte do crânio esfacelado por balas, e Jararaca, depois de capturado, foi praticamente enterrado vivo. 
Adendo: 

"Apenas um cangaceiro foi morto no momento da tentativa de invasão à Mossoró pelos cangaceiros, e foi preso o cangaceiro Jararaca, mas a prisão foi feita no dia seguinte, e foi covardemente assassinado na noite do dia 19 de Junho de 1927, mais ou menos às 11horas". 
Acesse o site abaixo para você conhecer melhor a história 
sobre a morte do cangaceiro Jararaca - 
http://www.blogdogemaia.com/geral.php?id=665

Em menos de uma hora após o início da luta, o capitão do sertão como era conhecido,  sentiu que dominar a cidade seria praticamente impossível. Ordenou então a retirada da tropa, para evitar a perda de mais homens e não manchar ainda mais sua reputação. Deveria ter pensado duas vezes antes de tentar invadir e ser expulso de forma humilhante, assim historicamente a cidade ligou seu nome ao famoso personagem Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, a exemplo de Juazeiro do Norte, que jamais ousou invadir, pois temia Padre Cícero com seu poder religioso e político.


O mito do Lampião invencível caíra por terra, o que reanimou a força policial, que passou a enfrentar o rei do cangaço com menos temor. Era o começo do declínio da carreira de Virgulino. Por causa do desastre no Rio Grande do Norte, as deserções no grupo foram consideráveis. Mossoró, cidade conhecida por marcas pioneiras (como quando foi o primeiro município brasileiro a admitir o voto feminino, em 1934), passaria também à história por esse acontecimento que assombrou todo o Nordeste. Até hoje, os filhos daquela terra se orgulham do feito de braveza ao contar que seus antepassados “botaram Lampião para correr”. Os inimigos do cangaceiro, entretanto, ainda teriam que esperar mais 11 anos pela morte do capitão, assassinado somente em 1938, na chacina da gruta de Angicos, em Sergipe.

http://elisonaldohistoria.blogspot.com.br/2013/09/mossoro-restiu-ao-bando-de-lampiao.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MOSSORÓ RESISTIU AO BANDO DE LAMPIÃO.

 Por: Elisonaldo Câmara


Mossoró é conhecida como a única cidade do Nordeste a expulsar Lampião com o seu bando sem a ajuda das forças militares e unicamente com a coragem e a participação do povo da cidade que se armaram e abateu um dos mais importantes bandos do cangaço do Nordeste, a cidade era uma das mais prósperas cidades do Rio Grande do Norte.

O coronel Rodolfo Fernandes, o prefeito, já havia alertado, nos últimos dias, sobre o perigo do ataque do rei do cangaço ao município, Lampião tinha 53 cangaceiros no seu bando. Não imaginava, porém, que iria enfrentar pelo menos 150 homens armados na defesa da cidade.

Dia 13 de Junho de 1927, após dizer não a Lampião, que cobrou 400 contos de reis  para não invadir a cidade, começava um tiroteio entre moradores da cidade e os cangaceiros, que se dividiram em 03, forçando a cidade a levantar várias trincheiras, sendo as principais: 

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a Estação Ferroviária, hoje uma casa de cultura; 


a sede da prefeitura, hoje Palácio da Resistência e a trincheira no Campanário da Capela de São Vicente de Paula, que Lampião denominou de “Igreja da Bunda Redonda”.

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No ataque, o bando perdeu importantes cabras, outros foram capturados e presos, Colchete teve parte do crânio esfacelado por balas, e Jararaca, depois de capturado, foi praticamente enterrado vivo. 
Adendo: 

"Apenas um cangaceiro foi morto no momento da tentativa de invasão à Mossoró pelos cangaceiros, e foi preso o cangaceiro Jararaca, mas a prisão foi feita no dia seguinte, e foi covardemente assassinado na noite do dia 19 de Junho de 1927, mais ou menos às 11horas". 
Acesse o site abaixo para você conhecer melhor a história 
sobre a morte do cangaceiro Jararaca - 
http://www.blogdogemaia.com/geral.php?id=665

Em menos de uma hora após o início da luta, o capitão do sertão como era conhecido,  sentiu que dominar a cidade seria praticamente impossível. Ordenou então a retirada da tropa, para evitar a perda de mais homens e não manchar ainda mais sua reputação. Deveria ter pensado duas vezes antes de tentar invadir e ser expulso de forma humilhante, assim historicamente a cidade ligou seu nome ao famoso personagem Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, a exemplo de Juazeiro do Norte, que jamais ousou invadir, pois temia Padre Cícero com seu poder religioso e político.


O mito do Lampião invencível caíra por terra, o que reanimou a força policial, que passou a enfrentar o rei do cangaço com menos temor. Era o começo do declínio da carreira de Virgulino. Por causa do desastre no Rio Grande do Norte, as deserções no grupo foram consideráveis. Mossoró, cidade conhecida por marcas pioneiras (como quando foi o primeiro município brasileiro a admitir o voto feminino, em 1934), passaria também à história por esse acontecimento que assombrou todo o Nordeste. Até hoje, os filhos daquela terra se orgulham do feito de braveza ao contar que seus antepassados “botaram Lampião para correr”. Os inimigos do cangaceiro, entretanto, ainda teriam que esperar mais 11 anos pela morte do capitão, assassinado somente em 1938, na chacina da gruta de Angicos, em Sergipe.

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A PERSPICÁCIA E A SINCERIDADE DA PRINCESA ISABEL DURANTE A ÚLTIMA REGÊNCIA (*)

 

A Princesa Imperial Regente do Brasil, Dona Isabel de Bragança, insistia com o Presidente do Conselho de Ministros, Barão de Cotegipe, para que o Governo assumisse uma posição mais decidida na questão da Abolição, sem o que sua força moral cada vez mais se perdia.

Cotegipe aconselhou Dona Isabel a manter-se neutra, “como a Rainha Vitória”, em uma disputa que dividia tão profundamente o Partido Conservador e o Partido Liberal.

A Princesa, entretanto, retorquiu:
– Mas eu tenho o direito de manifestar-me, e a Rainha Vitória é justamente acusada por sua neutralidade, prejudicial aos interesses da Inglaterra.

(*) Publicado originalmente no Facebook da Pró Monarquia. Fonte:Leopoldo Bibiano Xavier no livro "Revivendo o Brasil-Império". 1º edição. São Paulo: Artpress, 1991, p. 165.

http://blogdocrato.blogspot.com/2022/02/a-perspicacia-e-sinceridade-da-princesa.html

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A HISTÓRIA DO CASSACO ZÉ BENTO

Benedito Vasconcelos Mendes

Engenheiro Agrônomo, Mestre e Doutor. Professor Aposentado da UFERSA e da UERN. Membro Efetivo da Academia Norte-rio-grandense de Letras.

Zé Bento com sua mulher Raimunda e seus 8 filhos viviam em uma casinha de taipa, coberta com palhas de carnaúba, construída em uma nesga de terra que tinha sido desapropriada para a construção do Açude Forquilha, localizada na extrema da montante do referido açude. O Açude Forquilha situa-se ao lado da cidade de Forquilha, na Zona Norte do Ceará. Este trabalhador sustentava sua família exercendo as três profissões que todo sertanejo possui: agricultor, pescador e caçador. Ele, sua mulher e todos os filhos eram analfabetos, porém trabalhadores e sem vícios. O casal vivia para trabalhar para dar comida a sua numerosa prole. Não bebia, não fumava e não jogava baralho nem bozó. Seu trabalho árduo, de sol a sol, só dava mesmo para comprar a comida, pois viviam maltrapilhos e descalços. Sua casinha, muito simples, nem mesa tinha, pois, a família comia sobre uma esteira de palha de carnaúba estendida no chão da cozinha. Apesar da pobreza da família, Zé Bento e sua mulher Raimunda viviam felizes, conformados com sua miséria material, que segundo ele era a vontade de Deus. O peixe (curimatã, piau, traíra, cangati, piranha vermelha e mais alguns peixes nativos do sertão semiárido), a carne de caça (preá, mocó, tejo, tatu-peba, tatu- galinha, avoante, marreca-viuvinha, marreca-verdadeira, pato selvagem, veado-catingueiro, tamanduá e outros animais da caatinga) e o feijão de corda, batata-doce e jerimum, cultivados na vazante do açude Forquilha, não faltavam na alimentação da família, pois Zé Bento era muito trabalhador e sempre estava caçando, pescando e cuidando da sua pequena plantação de vazante. Os filhos não estudavam por falta de escola na redondeza do local onde morava. A família ia levando a vida como Deus queria, conforme suas próprias palavras. Eles não possuíam móveis nem roupas, mas o pouco que vendia do que excedia da sua agricultura de subsistência dava para comprar redes de dormir e uma peça de roupa para cada membro da família, por ocasião do Natal, que eles passavam na casa de parentes na cidade de Sobral. A família só se ausentava de sua casa uma vez por ano para ir à Sobral na véspera do Natal, para assistir à Missa do Galo na Igreja da Sé de Sobral, oportunidade em que comprava redes e roupas para usar durante o ano seguinte.

O casal era dotado de fé religiosa extremada e de muito misticismo. Tinha um pequeno oratório com imagens de gesso do Padre Cícero, Frei Damião, Beato Antônio Conselheiro e de São José, garantidor das chuvas anuais. Aos trancos e barrancos, a família ia levando a vida, até a vinda da terrível seca de 1958, que impediu que Zé Bento encontrasse peixe e caça para matar e que tivesse condições de fazer cultura de vazante no Açude Forquilha, quase seco.

Quando o DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra as Secas abriu uma frente de trabalho na Fazenda Aracati, para construir, em parceria com meu avô, um açude, fornecendo 74 cassacos pagos pelo DNOCS, durante 8 meses, o agricultor Zé Bento alistou-se na referida frente de serviço. Uma cena inesperada, grotesca, foi a chegada daquela família desvalida, no pico do meio dia, descendo da caçamba de ferro de um caminhão de carregar terra. A família, viajando sob um sol escaldante numa estrada carroçal poeirenta e sobre a chapa de ferro quente da caçamba, ficou aliviada quando o caminhão chegou na Fazenda Aracati e eles puderam pular, um a um, de cima da carroceria. Nem animais são transportados assim, no sol, levando poeira quente, em cima de uma caçamba de ferro escaldante. A presença de Zé Bento naquela frente de serviço, aberta para dar trabalho e renda aos flagelados da grande seca de 1958, chamou a atenção de todos, pois foi o único trabalhador que chegou com toda a família e se arranchou debaixo de um pé de oiticica, na beira do Rio Aracatiaçu. Geralmente, os cassacos não levavam a família para o local de trabalho.

Dava pena se ver a tristeza e o aspecto físico daquela família. Caquéticos, pálidos, empoeirados, sem forças e exibindo uma profunda tristeza e intensa fome convenciam pelo fenótipo qualquer pessoa da necessidade de ajudá-los. Zé Bento, sua mulher Raimunda e os 8 filhos famintos, desnutridos, de cabelos ruivos de tanta poeira da piçarra da estrada carroçal e maltrapilhos sensibilizaram o meu avô, que passou a fornecer alimentos, não somente para o cassaco Zé Bento, alistado na Frente de Serviço, mas para toda a sua família. Meu avô chorou ao assistir a cena animalesca de alegria das crianças ao receber o primeiro prato de comida. Avançaram todos, de uma só vez, sobre a comida, derramando-a sobre o chão da sombra da oiticica. Para impor ordem, meu avô foi enérgico e improvisou uma fila para receber o prato de feijão chumbinho (Feijão Preto), com farinha de mandioca, jabá e rapadura, que foi engolido sofregamente, quase sem mastigar, pelas crianças e adolescentes. Minha avó mandou desocupar uma parte de um galpão, que servia de armazém de ração para o gado, e transferiu a família da sombra da oiticica para o armazém de alvenaria, coberto de telhas. Logo, a família passou a morar com mais dignidade, com latrina a céu aberto, local para banho, potes com água de beber, local para armar as redes nos caibros da coberta, cuias, cuités, gamelas, cochos, bancos de estirpe de carnaubeira, mesa de pau-branco e cadeiras com tampo de couro cru de boi. Sendo homem trabalhador, honesto e de boa índole, com pouco tempo, Zé Bento conquistou a simpatia do meu avô e foi ser vaqueiro da Fazenda Aracati e de lá nunca mais saiu. As secas catastróficas que se abatem sobre o sertão nordestino são realidades cruéis, que transformam homens fortes, determinados e trabalhadores em miseráveis. A fome, a sede e as doenças, especialmente a varíola, a catapora e o cólera, definhavam e matavam o corajoso, destemido e forte sertanejo.

 https://www.facebook.com/benedito.vasconcelosmendes

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PRIMEIROS GRANDES LANÇAMENTOS NO CARIRI CANGAÇO PAULO AFONSO 2022

 

Resistência de Serrinha do Catimbau após o fogo com Lampião: "Está tudo no 
 Lampião em Serrinha do Catimbau, de Junior Almeida, lançamento em Paulo Afonso"

O segundo dia do Cariri Cangaço Paulo Afonso 2022, na noite da sexta-feira, 25 de março, serão realizados os primeiros lançamentos de livros do evento na Bahia. Os membros do Conselho Alcino Alves Costa, João de Sousa Lima, pernambucano radicado na “capital da energia”, e um dos organizadores do encontro, apresenta ao público seu Maria Bonita a Rainha do Cangaço, já o paraibano Bismarck Martins nos traz o seu atualizadíssimo Cangaceiros de Lampião de A a Z.

João de Sousa Lima, Conselheiro e Presidente da Comissão Organizadora do Cariri Cangaço Paulo Afonso, lança sua mais nova e extraordinária Obra: "Maria Bonita - A Rainha do Cangaço - Sua Biografia"

Bismarck, com esta publicação, procura complementar as informações contidas na primeira edição do seu valoroso trabalho ” CANGACEIROS DE LAMPIÃO DE A a Z”, dando continuidade à sua busca incessante pela verdade história, que cerca as centenas de cangaceiros aqui listados e biografados, personagens da história do Cangaço.

Finalizando a noite das apresentações dos novos livros, o também conselheiro do Cariri Cangaço, escritor pernambucano Junior Almeida, lança Lampião em Serrinha do Catimbau, obra esta que vem preencher a grande lacuna de um dos episódios mais emblemáticos da historiografia do cangaço, que foi o ferimento à bala de Maria Bonita no antigo distrito de Garanhuns, atual município Paranatama.

"Apresento ao público uma dedicada e extensa pesquisa, onde trago à tona a rota de fuga do bando, após o fogo de Serrinha, o local em que Maria do Capitão ficou em tratamento, bem como seu algoz e seu anjo da guarda, o homem que tratou de Maria Bonita durante quarenta dias, então, nada melhor que um livro que fala tanto sobre a célebre pauloafonsina, ter o seu primeiro lançamento justamente em sua terra." Disse o pesquisador Junior Almeida.

O novo livro de Junior Almeida, quarto de sua lavra, tem a arte da capa do professor capoeirense Ademar Cordeiro, ficando prefácio e apresentação sob a responsabilidade dos pesquisadores Leandro Cardoso Fernandes e Sérgio Augusto Dantas. Após os lançamentos da noite será realizada uma sessão solene da ABLAC – Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço, para dar posse aos novos membros. A esperada reunião oficial terá a participação de todos os sócios, inclusive os três escritores acima citados, que também fazem parte da nobre instituição.

Redação Cariri Cangaço

https://cariricangaco.blogspot.com/2022/02/primeiros-grandes-lancamentos-no-cariri.html

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NA PERIFERIA DA HISTÓRIA

 Clerisvaldo B. Chagas, 28 de fevereiro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.663

 

Histórias que os mais velhos contavam. O prefeito de Santana do Ipanema, em 1926, era o comerciante Benedito Melo, que tem nome de rua e que também é chamada Rua Nova até os dias de hoje. Benedito era comerciante e conhecido como Beneguinho. Sua gestão ficou marcada pela incursão do bandido Lampião no município e pela formação de barricadas civis e militares diante de  uma iminente invasão à sede municipal. Naquela ocasião estava tendo uma crise de asma, mas com a ajuda de homens resolutos conseguiu formar a resistência, com pelo menos a metade de homens em relação ao bando de Virgulino. O tão famoso padre Bulhões engajou-se na defesa e descobriu pessoalmente muitos rifles entre seus amigos.

O comerciante, segundo contam, tinha o hábito de sentar à porta do estabelecimento em palestra com os seus. Gostava de esgaravatar as unhas com um canivete e quando passava uma senhorita não perdia à vez. Indagava quem era a moça. Respondida a pergunta, o homem juntava o polegar ao indicador e tornava a indagar: “Fala francês?”. Era uma clara alusão à riqueza ou não da moça transeunte. Quem abriu à Rua Nova, não sabemos, porém, que a denominou Rua Benedito Melo, foi o, então, prefeito interventor, Firmino Falcão Filho, o Seu Nouzinho, o mesmo que construiu a Ponte Cônego Bulhões (Ponte do Padre). Nouzinho, a pedido, deixou a inauguração da ponte para o próximo gestor, ano seguinte, Coronel Lucena, eleito pelo voto direto com o nome de prefeito.

E como estamos em pleno Carnaval, tivemos na década de vinte registros de bons Carnavais em Santana do Ipanema. Havia um acolhimento grande de blocos nas residências de pessoas extremamente influentes como o padre Bulhões e o Coronel Manoel Rodrigues da Rocha – este, um pouco antes da década de vinte. Detalhes são contados e, a conclusão é que tanto era bom o Carnaval de rua quanto o de salão. Essas tradições da época vila/cidade, continuaram por inúmeras décadas, fazendo de Santana uma espécie de Central dos Foliões. Nos últimos tempos, porém, houve um arrefecimento nas brincadeiras de Momo, a ponto de os brincantes deixarem a cidade em busca das folias do São Francisco como Pão de Açúcar e Piranhas.

SANTANA ANOS 60 (FOTO LIVRO 230/DOMÍNIO PÚBLICO).


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NÍSIA FLORESTA: O ACESSO À EDUCAÇÃO

Por BBC NEWS BRASIL 24 fev. 2022
Adquirido na página do Tomislav R, Femenick

Uma das precursoras dos movimentos pela conquista dos direitos das mulheres no Brasil viveu um século antes da promulgação do voto feminino.

Dionísia de Faria Rocha, que se tornaria conhecida pelo pseudônimo Nísia Floresta Brasileira Augusta, nasceu em Papari, no interior do Rio Grande do Norte, em 1810.

Numa época em que a vida das mulheres estava circunscrita basicamente à esfera doméstica, como esposas e mães, Nísia foi um ponto fora da curva. Foi do Rio Grande do Norte para Pernambuco, para o Rio Grande do Sul, para o Rio de Janeiro.

Viveu anos na Europa, onde transitava por círculos de intelectuais com nomes como Almeida Garret, Alexandre Herculano, Alexandre Dumas, Victor Hugo e Amandine Dupin - que se apresentava como George Sand, pseudônimo masculino que usava para assinar seus livros, algo que não era incomum naquela época.

Teve 15 livros publicados e escreveu uma tradução livre da obra Vindication of the Rights of Woman, da escritora inglesa Mary Wollstonecraft, intitulada Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens.

Vanguardista, Wollstonecraft chegou a publicar um livro em resposta aos escritos do filósofo Jean Jacques Rousseau, que afirmava, em Émile, ou da Educação, que a mulher, por ser intelectualmente inferior ao homem, deveria receber uma educação superficial, com ênfase maior na educação moral.

Ainda que não repetisse o discurso de rompimento da intelectual inglesa, Nísia defendia que as mulheres tivessem acesso à mesma educação que os homens.

Foi professora e fundou, em 1838, no Rio de Janeiro, um colégio para meninas com um currículo que ia bem além das aulas de corte, costura e boas maneiras previstas na lei. O programa do Colégio Augusto incluía latim, francês, italiano e inglês - tanto gramática quanto literatura -, geografia e história.

Apesar de não ter eliminado as aulas de "prendas femininas", o fato de dar às meninas instrução bem mais ampla que o comum da época fez da escola alvo de duras críticas dos jornais cariocas durante os 18 anos em que esteve em funcionamento.

Na edição de 2 de janeiro de 1847 do jornal O Mercantil, um comentário sobre os exames finais em que várias alunas haviam sido premiadas com distinção alfinetava: "trabalhos de língua não faltaram; os de agulha ficaram no escuro. Os maridos precisam de mulher que trabalhe mais e fale menos". O trecho foi destacado pela pesquisadora Constância Lima Duarte, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em sua tese de doutorado (Nísia Floresta: Vida e Obra).

As escolas praticamente não existiam no Brasil colônia, muito menos o ensino obrigatório - a educação estava nas mãos da igreja Católica, que em seus conventos e seminários lecionava a poucos alunos.

Com a vinda da Corte para o Brasil, em 1808, o ensino começa a se difundir no país, especialmente entre as famílias ricas, que costumavam contratar professoras estrangeiras (francesas e portuguesas, principalmente) para que ensinassem aos filhos dentro de casa.

A primeira grande legislação sobre educação só é promulgada depois da independência, em 1827, durante o período do Primeiro Império. É ele que estabelece que o ensino para meninos e meninas deveria ser diferenciado.

Em matemática, por exemplo, os cursos para meninas só deveriam cobrir as quatro operações básicas - somar, subtrair, multiplicar e dividir -; enquanto aqueles para meninos incluíam geometria, frações, proporções, números decimais. A lei só unificaria os currículos quase 30 anos depois, em 1854.

A pesquisadora Mônica Karawejczyk, que há 15 anos estuda a questão do voto feminino no Brasil, pontua que Nísia não chegou a defender o voto feminino.

"Ela pedia outras coisas porque aquela era uma época em que a mulher não tinha direito a quase nada. Só em 1827 tiveram direito ao ensino primário, e mesmo assim não era igual [ao currículo masculino]."

A educação, entretanto, é um grande catalisador das transformações que aconteceriam nas décadas seguintes - e, por isso, o ativismo de Nísia e de outras mulheres nesse sentido é considerado fundamental para os avanços que vieram depois.

"No momento em que a mulher tem acesso à educação, quando começa a ler, se instruir, começa a querer outras coisas: 'Por que ele tem direito e eu não tenho?', 'Por que ele pode fazer Medicina e eu não?' A partir daí, começa a haver uma maior conscientização sobre essas questões", ressalta a pesquisadora, autora do livro Mulher Deve Votar?: o Código Eleitoral de 1932 e a Conquista do Sufrágio Feminino Através das Páginas dos Jornais Correio da Manhã e A Noite. 

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MORRE A CANTORA GOSPEL LUDMILA FERBER

Por G1-Rio

Clique no link:

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2022/01/27/morre-a-cantora-e-pastora-ludmila-ferber.ghtml

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domingo, 27 de fevereiro de 2022

JOSÉ FELIPE DE OLIVEIRA O PAI DE MARIA BONITA, NÃO SE AFINAVA COM O SEU GENRO CAPITÃO LAMPIÃO.

 Por José Mendes Pereira


Parece que o que dizem sobre Virgolino Ferreira da Silva. o capitão Lampião, que era bem recebido na casa do José Felipe de Oliveira, seu sogro, não bate com o que muitos pensam, que o pai da sua companheira Maria Bonita, o acatava em seu lar com muito afeto. 

Aqui eu apresento aos amigos o link abaixo, o trabalho do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros. O natalense fala claramente sobre a recusa de José Felipe de Oliveira com o seu novo genro, que era o capitão Lampião, companheiro da sua filha Maria Gomes de Oliveira, a famosa cangaceira Maria Bonita. 

Se você quiser saber tudo sobre o que disse o pai da Maria Bonita ao repórter A. C. Rangel do periódico carioca “O Jornal”, que era autodenominado o “órgão líder dos Diários Associados”, e tinha como poderoso chefão o paraibano de Umbuzeiro o jornalista, empresário e político brasileiro Francisco Assis Chateaubriand, clique no link abaixo e faça uma boa leitura. É bem redigida pelo o Rostand Medeiros. Gostosa e prazerosa leitura.

Vamos ouvir em segredo o que o historiógrafo diz sobre eles: 

Historiógrafo Rostand Medeiros

(...) Vinte anos após a morte de Lampião e Maria Bonita na Grota do Angico, o repórter A. C. Rangel e o fotógrafo Rubens Boccia seguiram para o sertão a serviço do periódico carioca “O Jornal”.

Este era autodenominado o “órgão líder dos Diários Associados”, sendo o primeiro veículo jornalístico adquirido pelo poderoso Assis Chateaubriand e se tornou o embrião do que viria a ser a empresa jornalística Diários Associados. O objetivo dos profissionais da imprensa era realizar uma entrevista com o pai de Maria Bonita o José Gomes de Oliveira mais conhecido como Zé Felipe.

O pai de Maria Bonita nada narrou sobre a esterilidade do sapateiro e nem sobre o primeiro marido da sua filha, mas comentou que ficou arruinado com a união de Maria e o “Rei do Cangaço”. Ele afirmou ao jornalista que em consequência daquela união passou oito anos andando pelo norte do país, verdadeiramente como um “cão escorraçado e sem sossego”.

"Se ele passou oito anos fora de casa possivelmente não estava nem um pouco satisfeito com aquela união".

Zé Felipe comentou que após Maria decidir seguir os passos de Virgulino Ferreira da Silva o Lampião, nas poucas vezes que pode estar frente a frente com a sua filha, buscou convencê-la a deixar aquela vida. Atitude bastante razoável para um pai diante daquela situação. Comentou que Lampião vivia como um “alucinado” e que não parava em parte alguma. Mas como bem sabemos, ele não conseguiu convencer a filha.

(...) O jornalista Rangel informa que Zé Felipe lhe narrou que em uma ocasião em meio a uma caminhada forte, com a polícia seguindo nos calcanhares, Maria Bonita foi ficando cada vez mais para trás, pois trazia embalada uma criança sua, com pouco tempo de nascida. Sem explicar como, a reportagem informa que a cangaceira com seu filhinho pegou um cavalo e conseguiu chegar próximo ao bando. Como a criança chorava muito, Lampião se exasperou e, para evitar que o bando fosse encontrado pela polícia, quis “sangrar” com um punhal seu próprio filho. Mas Maria saltou de punhal na mão e encarou o chefe cangaceiro frente a frente e este desistiu de sua ação. 

Noutra ocasião Zé Felipe narrou ao jornalista Rangel que Maria tinha ficado raivosa com o companheiro e chegou a quebrar-lhe uma cabaça d’água na cabeça. [2] Em outra parte da narrativa, o velho Zé Felipe narrou uma desobediência de sua filha perante Lampião. (...)

Seu Zé Felipe faleceu em 5 de março de 1965, com 85 anos de idade, e dona Maria Joaquina Conceição de Oliveira, sofreu uma picada de cobra, não resistindo ao envenenamento, veio a falecer no ano de 1964, um ano antes de José Felipe.

Sobre a morte de José Felipe a informação é do site do historiador e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros -  http://tokdehistoria.com.br/tag/ze-de-nenem.

E sobre o dia e mês da morte de dona Maria Joaquina Conceição de Oliveira, não encontrei informação, somente o ano que foi em 1964, isto você poderá encontrar em sites conhecido como sinceros.

Não deixa de fazer uma visitinha ao Rostand Medeiros. Basta clicar no link abaixo. Seus trabalhos são excelentes, tanto faz cangaço como aviação e outros.

https://tokdehistoria.com.br/

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SEU ZÉ FELIPE PAI DE MARIA BONITA

 Por Noádia Costa


José Gomes de Oliveira era conhecido como Zé Felipe. Era o pai da rainha do Cangaço Maria Bonita. Seu Zé Felipe faleceu em 5 de Março de 1965 com 85 anos de idade .

Na foto acima seu Zé Felipe e seu genro Edvard Ferreira.

Foto extraída do livro : A Trajetória Guerreira de Maria Bonita.

Infelizmente perdi o site

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LENDA DA BOTIJA DE JARARACA

 Por Nízia Floresta

Conta a lenda, que ao fugir do cenário da batalha de Mossoró, naquele 13 de junho de 1927, mesmo ferido no peito e na coxa, Jararaca, cangaceiro de Lampião, conseguiu atravessar a ponte de ferro e se abrigar debaixo de uns pés de oiticica na região conhecida por Saco. Lá ele teria reunido sua riqueza indébita em uma caixa de charutos para enterrá-la, marcando o local com um pau seco fincado. E depois de morto, sua alma teria aparecido a um pequeno comerciante de Mossoró para que o mesmo fosse desenterrá-la. 

Segundo a lenda, esse comerciante alguns dias após o assalto dirigiu-se ao “Saco” a fim de trazer alguns animais que comprara. Atravessou a ponte do trem, e continuou seguindo o seu caminho quando ouviu uma voz lhe chamando. Procurando o autor da voz, reconheceu o mesmo como sendo o bandido Jararaca, que ele havia visto algumas vezes na cadeia, antes do mesmo ser “justiçado” pela polícia, trajando a mesma roupa de quando havia sido preso. Mesmo sabendo que o bandido estava morto, o comerciante não teve medo. Aproximou-se e ouviu o mesmo dizer:

- Eu lhe chamei para lhe dar um negócio. Tá vendo esse pau enfincado?

Perguntou o espectro de Jararaca.

- Tou! - Disse o comerciante.

- Apois tire o pau daí, cave um pouco, no buraco tem uma caixa com 22$000 (vinte e dois contos de réis) e um punhal com duas alianças de ouro. São seus.

O comerciante fez exatamente como lhe dissera Jararaca, inclusive repassando o valor. De posse do dinheiro, do punhal e das alianças, ele levantou-se para agradecer tão generosa oferta, no entanto não havia mais ninguém no local além dele; o espectro desaparecera inexplicavelmente.

ADENDO: 

O http://blogdomendesemendes.blogspot.com não aconselha ninguém acreditar nesta história, porque, nenhum historiador de Mossoró tem este fato como sendo concreto. 

Apenas estamos repassando para os leitores, como sendo uma maneira de não discriminarmos nenhum trabalho feito por pessoas que estudam o cangaço, assim como existem várias histórias sobre Lampião que não são verídicas, mas que não evitam de publicá-las nos trabalhos cangaceiros.

José Mendes Pereira

http://lendas-do-rio-grande-do-norte.noradar.com/lenda-da-botija-de-jararaca/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

JARARACA PRISÃO E MORTE DE UM CANGACEIRO DO ESCRITOR GERALDO MAIA DO NASCIMENTO

Adquira-o através deste gmail;
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PAI, MÃE E DOIS IRMÃOS DA RAINHA DO CANGAÇO MARIA BONITA

 

Na foto acima aparecem: Maria Joaquina Conceição de Oliveira (dona Déa -  a mãe de Maria Gomes de Oliveira, a cangaceira Maria Bonita). José Gomes de Oliveira (Zé de Felipe pai da cangaceira), e dois irmãos da cangaceira Maria Bonita, que era a companheira do temível e sanguinário Lampião. 

A foto está legendada, mas Infelizmente,  não diz quem são os irmãos de Maria Bonita que aparecem nela.

Foto cortesia ( ? )

Fonte: facebook

Página: Voltaseca Volta

http://blogdomendesemednes.blogspot.com