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segunda-feira, 2 de abril de 2012

A CRUZ DO SOLDADO ADRIÃO

Por: Antônio Vilela de Souza (*)
Luitgarde e Antonio Vilela

Amigos, pesquisadores e confrades da SBEC. Ontem (01/04/2012) fizemos uma verdadeira maratona... Levamos a placa de bronze e mármore até a Grota do Angico, descumprindo ordem médica, pois estava proibido de subir escadas e ladeiras como também pegar peso, mas, valeu a pena.

Para levarmos À grota, tão precioso acervo, a placa e a cruz, contamos com o apoio e as presenças dos demais amigos, aqui listados: 

Antonio Amaury e João de Sousa Lima

João de Sousa Lima, Jadilson Ferraz, Edson Barreto, Elaide Barreto, Evelin Barreto e Edvaldo Primo.

 

De casa fomos com minha esposa, Da Paz, meu filho, Hans Lincoln, a minha nora Soraya Crystina.


Embarcamos na canoa “O Cangaceiro”, no porto de Piranhas - AL e descemos o Rio São Francisco até a Forquilha, de lá, subimos e descemos até chegar às margens do riacho que banha a Grota do Angico; escolhemos uma pedra e fixamos a cruz e a placa ao lado daquela onde situa-se a homenagem aos cangaceiro(a)s mortos naquela fatídica manhã de 28 de julho de 1938. Ali onde, também caiu um homem de bem, cumprindo o seu dever em defesa da ordem, pela Polícia Militar de Alagoas.



Tudo que fizemos foi no intuito de corrigir uma falha histórica, um erro de interpretação, um reconhecimento tardio... Colocar uma placa em homenagem ao Soldado ADRIÃO PEDRO DE SOUZA.


Para a feitura desta placa, contamos com a ajuda financeira do amigo Prof. Wilson Seraine, do IFPI e do confrade e pesquisador Ivanildo Silveira, de Natal-RN, e o apoio da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço – SBEC, do Programa A Hora do Baião, da FM Cultura de Teresina-PI – homenagem ao Mestre Luiz Gonzaga - do Seminário Cariri Cangaço e do Grupo de Estudos do Cangaço Ceará.

 

A outra cruz, que agora se encontra fixada na Grota do Angico, é simples, feita de madeira, pintada de branco. Ao pé da cruz uma placa com os dizeres:

 
ADRIÃO PEDRO DE SOUZA
* 01-03-1915 / + 28-07-1938

Neste chão, no cumprimento do seu dever, caiu por terra o soldado Adrião Pedro de Souza, a quem reverenciamos nesta oportunidade.
Grota do Angico, 01 de março de 2012.

(*) Pesquisador e escritor, de Garanhuns – PE. Membro da  Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço – SBEC.


Enviado pelo poeta e pesquisador do cangaço: 
Kydelmir Dantas


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Lampião


Vrgulino Ferreira da Silva - Lampião

Apesar de terem levado a vida no mundo do crime, vários cangaceiros tiveram seus nomes gravados em todo nosso Brasil. O cangaceiro que se tornou mais famoso foi Virgulino Ferreira da Silva. Ele não foi o primeiro e nem o último, mas ninguém chegou  a ter fama quanto Lampião.

É UMA VERGONHA ESSA JUSTIÇA BRASILEIRA!

Por: Rostand Medeiros

ESTE MATERIAL EU PEGUEI NO BLOG DO POETA ÁLVARO ALVES DE FARIA
É DE CAUSAR INDIGNAÇÃO…
Lamento começar a semana com um assunto como este. Acostumou-se a dizer que as decisões da Justiça devem ser cumpridas e não comentadas. Nunca concordei com isso. Nunca. Nem nunca vou concordar. Por que hei de concordar? Por um acaso os senhores juízes de nossos tribunais são infalíveis? Não são. Nunca serão. Eu me refiro à absolvição pelo Superior Tribunal de Justiça do homem acusado de estuprar três meninas de 12 anos. O argumento dos senhores juízes do STJ é de arrepiar.
Alegaram que não houve violência, já que as meninas de 12 anos, são crianças prostitutas. Crianças que já se prostituíram. Isso não é só uma vergonha. Não é só indignação. Isso é de liquidar qualquer ser humano que ainda consiga pensar neste país vagabundo. Mais uma vez, graças aos senhores ministros do STJ, o Brasil ganhou manchetes internacionais. Essa aberração é ridícula. Além de preconceituosa.
Com prostituta pode tudo. Por que é que eu terei de dizer o contrário? Por que a decisão veio dos ministros do STJ? Só se me matarem. Ou me prenderem, o que não é difícil. Então, qualquer um pode comer uma menina de 12 anos que não haverá mais problema. (Desculpem-me a expressão, mas não dá para dizer de outra maneira). Sendo uma menina de 12 anos que é obrigada a se prostituir para viver, pode. Qualquer um pode.
O Código Penal brasileiro prevê que relação sexual com menores de 14 anos é crime de estupro. Mas o STJ acha que não. Sendo uma menina de 12 anos já prostituta o crime não existe. Com menina de 12 anos prostituta, miserável e faminta, sem futuro nenhum na vida, pode. Aí pode.
A Justiça brasileira garante a impunidade. Vergonha. Causa indignação, muita indignação. Representantes do Ministério Público e do Governo vão recorrer. O ministro da Justiça declarou que não concorda com essa decisão.
Os senadores e deputados que fazem parte da CPI da Violência contra a Mulher aprovaram nota de repúdio contra a decisão do Tribunal. Os membros da CPI vão enviar nota aos ministros do STJ para pedir que o Tribunal reveja sua decisão. Os integrantes da CPI dizem, com absoluta razão, que a decisão representa uma afronta aos direitos fundamentais das crianças, rompe com sua condição de sujeito de direitos e as estigmatiza para o resto de suas vidas.
A nota da CPI vai direto para a relatora do caso, Maria Thereza de Assis Moura, uma mulher, dizendo que “ela não relativizaria o princípio da presunção de inocência se tivesse levado em conta a idade precoce com que as meninas se prostituíram. “É impensável que uma criança de 12 anos ou menos possa nela ter ingressado voluntariamente. Esquece-se a ministra Maria Thereza que a prostituição de jovens no Brasil é fruto da violência, da exploração sexual e da sua condição de vulnerabilidade”. Não sei se a presidente Dilma disse alguma coisa a respeito.
Mas pelo seu jeito, imagino que deve estar pensando disso. O Governo quer que a Procuradoria-Geral da República recorra. Diante de tanta pressão, inclusive do Congresso Nacional, o senhor presidente do STJ disse que cada caso é um caso e que o Tribunal sempre está aberto para a revisão de seus julgamentos. O STJ adianta que o Tribunal de Justiça de São Paulo já havia inocentado o homem, com argumentos que sangram na miséria deste país. Aí o caso foi para o STJ que confirmou a absolvição. Já a ministra que mais admiro nesse Governo, pelo menos até agora, a de Direitos Humanos, Maria do Rosário, entrou nessa história escabrosa e pedirá a revisão da decisão dos senhores ministros do Superior Tribunal de Justiça. Assim, encaminhará essa solicitação ao Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, e ao Advogado-Geral da União, Luiz Inácio Adams.
A ministra Maria do Rosário diz o seguinte: “Entendemos que os Direitos Humanos de crianças e adolescentes jamais podem ser relativizados. Com essa sentença, um homem foi inocentado da acusação de três vulneráveis, o que na prática significa impunidade para um dos crimes mais graves cometidos contra a sociedade brasileira. Esta decisão abre um precedente que fragiliza pais, mães e todos aqueles que lutam para cuidar de nossas crianças e adolescentes”.
Por fim, a ministra que admiro, observa: “Consideramos inaceitável que as própria vítimas sejam responsabilizadas pela situação de vulnerabilidade que se encontram”. Na verdade, isso tudo não causa somente indignação. Não. Causa nojo também.
DETALHE, ESSE PESSOAL DO STJ FOI O MESMO QUE SEMANA PASSADA DEU UM JEITINHO DE ENFRAQUECER A LEI PARA AQUELES QUE DIRIGEM EMBRIAGADOS.
Extraído do blog: Tok de História, do historiógrafo Rostand Medeiros

Militares mortos... Baianos e na Bahia

Por: Rubens Antonio
O levantamento do número de militares mortos em combate, seja baianos ou na Bahia, tem surgido apenas esparsamente, muito dado a erros e imprecisões.
Esta listagem é uma contribuição realizada pelo proprietário deste blog, que aponta aqueles mortos que estão referenciados em diversas publicações, especialmente aquelas reconhecidas, no momento, pela própria Secretaria de Segurança da Bahia.
O seu acompanhamento é interessante ao demonstrar evidente o despreparo inicial da polícia baiana, no combate ao Cangaço. No seu passo, a correta dimensão do problema e a profissionalização crescente permitiu, primeiramente, a queda do número de militares mortos. Em segundo lugar, a inversão, com a progressão de cangaceiros eliminados.
Outro ponto que chama a atenção foi a desatenção descuidadosa do Estado, em relação aos seus mortos.
Inumados em sepulturas simples, seus restos, em sua maior parte, perderam-se.
- 1927
quarta–feira 18 de fevereiro de 1927 - Picos, em Santo Antonio da Gloria
+ soldado Paulo Sant’Anna
- 1928
22 de dezembro - Fazenda Curralinho, no Cumbe (Atualmente Euclides da Cunha)
+ sargento José Joaquim de Miranda, que aparece também citado como João Joaquim de Miranda, apelidado “Bigode de Ouro”
+ soldado Juvenal Olavo da Silva, que aparece também citado como Juvenal A. da Silva
+ soldado Francellino Gonçalves Filho, que aparece também citado como Francisco G. Filho
- 1929
7 de janeiro de 1929 - Arraial de Abóbora, em Jaguarary (Atualmente é povoado de Juazeiro)
+ soldado José Rodrigues
+ soldado Manoel Nascimento de Souza
João Alves Guimarães, testemunha do combate de Abóbora, aponta a localização da entrada do antigo cemitério de Abóbora. Os soldados foram enterrados próximo à quina branca que se vê à esquerda. um novo cemitério foi instalado em outra localização, entretanto, os restos dos mortos não foram retirados. Daí, os restos dos soldados ainda repousam nos mesmos sítios, sob o pavimento da nova Abóbora.

26 de fevereiro de 1929 - Novo Amparo
+ soldado desconhecido
+ soldado desconhecido
4 de junho de 1929 - Brejão da Caatinga - Campo Formoso
+ cabo Antônio Militão da Silva
+ soldado Pedro Santana
+ soldado Cecílio Benedito da Silva, que aparece também citado como Cecílio Bernardino Alves
+ soldado Manoel Luiz França, que aparece também citado como Manoel Luis de França
+ soldado Leocádio Francisco da Silva, que aparece também citado como Leocádio Francisco dos Santos
Os corpos dos soldados mortos em Brejão da Caatinga foram exumados e levados para a cidade de Campo Formoso, em cujo cemitério foram enterrados. Em uma reforma no cemitério, os restos de diversos mortos foram retirados e agregados em uma cova comum, em uma quina do cemitério. Entre eles estavam os restos dos militares. Na imagem, o coveiro atual, Eduardo Costa Sebastião, mostra onde repousam os mortos de Brejão da Caatinga, na quina, sob a árvore e os tocos de madeira.

20 de setembro de 1929 - Tanque Novo - Juazeiro
+ soldado desconhecido
+ cabo João Soares
21 de outubro de 1929 - Patamuté
+ soldado Olegário C. da Silva
Soldado Pantaleão da Silva foi dado por Felippe Castro (1975) como morto, mas foi apenas ferido, tendo sido promovido.
Soldado Pantaleão da Silva, ferido, recuperando-se em Salvador, Bahia.

18 de dezembro de 1929 - Uauá
+ soldado Vitorino Baldoino Lopes
+ soldado João Felix de Souza
19 de dezembro de 1929 - Santa Rosa - Jaguarary
+ soldado Vitorino Baldoino Lopes
+ soldado João Felix de Souza
+ soldado desconhecido
+ cabo João S. da Silva
22 de dezembro de 1929 - Queimadas
+ anspeçada Justino Nonato da Silva
+ soldado Olympio Bispo de Oliveira
+ soldado Aristides Gabriel de Souza
+ soldado José Antônio do Nascimento
+ soldado Ignacio Oliveira
+ soldado José Antônio da Silva, que aparece também citado como Antônio José da Silva
+ soldado Pedro Antônio da Silva
.
- 1930
1 de agosto de 1930 - Fazenda Lagoa dos Negros - Tucano
+ tenente Geminiano José dos Santos
+ sargento José de Miranda Mattos, que aparece também e erradamente citado como José Miranda Marques
+ soldado Argemiro F. dos Reis, que aparece também citado como Francisco Almiro dos Reis e Aquino Francisco dos Reis
+ soldado Arnaldo Claudio de Souza, que aparece também citado como Arnaldo Candido de Souza
+ soldado André Avelino de Souza, que aparece também citado como André Avelino dos Santos
.
- 1931
30 de janeiro de 1931 - Brejo do Burgo
+ soldado desconhecido
3 de fevereiro de 1931 - Vassouras
+ soldado desconhecido
24 de abril de 1931 - Fazenda Touro - Paulo Afonso
+ sargento Leomelino Rocha
.
- 1932
15 de abril de 1932
+ soldado Odilon G. da Silva
.
- 1933
2 de outubro de 1933 - Ferido em tiroteio, trazido a Salvador, faleceu no Hospital da Força
+ soldado Pedro Emygdio de Oliveira
.
- 1934
21 de abril de 1934 - Paripiranga
+ soldado João Pereira de Souza
.
De uma maneira geral são estes os nomes e as datas.
Caso haja outros dados referenciados, basta comunicar que serão inseridos.
Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço: Rubens Antonio

GROTA DO ANGICO: A HISTÓRIA REVISITADA

Por: João de Sousa Lima

“UM NOVO OLHAR SOBRE UM FATO SEM O RESPEITO MERECIDO E A HOMENAGEM ATRAVÉS DE UMA LEMBRANÇA QUE FALTAVA”.

Dia 1º de abril de 2012, um domingo de Ramos, dia de oração para muitos fieis e por outro lado o que em nossa cultura comemora-se “Dia da Mentira” serviu para tornar verdadeira a história, sendo reconhecido um capítulo que por muito tempo se manteve sem o seu devido valor.
Lembro que tudo começou em 2008 quando Eu, Vilela e a equipe jornalística do Diário do Pernambuco, em visita para gravar uma entrevista com Antonio Vieira, soldado de volante e que residia na cidade alagoana de Delmiro Gouveia, prometemos ao velho combatente que iríamos realizar uma homenagem ao seu amigo de farda e companheiro de batalha, o soldado Adrião Pedro de Souza, que foi o único policial que morreu quando do confronto que matou o cangaceiro Lampião e mais dez companheiros incluindo sua mulher, a famosa Maria Bonita.
Em março de 2011 durante o evento do Centenário de Maria Bonita acontecido também na cidade alagoana de Piranhas, quando lá chegou o grupo de pesquisadores, escritores e estudiosos do tema cangaço oriundos de Paulo Afonso, fomos apresentados a Décio Canuto, neto do soldado Adrião e que tinha vindo de Maceió pra participar do evento e falar da possibilidade dos escritores realizarem a homenagem ao seu avô. Falamos para Décio que esse era um projeto meu e de Vilela e que vínhamos amadurecendo desde 2008, falando inclusive da promessa feita a Antonio Vieira.
Vilela ficou encarregado de colher mais informações com os familiares de Adrião e que ainda residiam próximos a sua cidade Garanhuns.
Depois de quatro anos do compromisso firmado com Antonio Vieira a promessa foi cumprida. Dia 1º de abril de 2012 saímos de Paulo Afonso, Eu, Jadilson Ferraz, Edson Barreto, Elaide Barreto e Evelin Barreto. De Garanhuns veio Vilela, sua esposa Da Paz, seu filho Hans Lincoln, a nora Soraya Crystina e o pesquisador de São Bento do Una, Edvaldo Primo.
Chegamos ao porto de Piranhas, embarcamos na canoa “O Cangaceiro”, comandada por Célio e descemos o Rio São Francisco até a Grota do Angico.
Na Grota, lateral a pedra onde se situa a homenagem aos cangaceiros escolhemos uma pedra e fixamos a cruz e a placa com o seguinte texto:

ADRIÃO PEDRO DE SOUZA
01.01.1915         28.07.1938
“Neste chão, no cumprimento do
 Dever caiu por terra o
Soldado Adrião Pedro de Souza
A quem reverenciamos
Nesta oportunidade”.
Grota do Angico, 01 de março de 2012
 Desempenhamos nossa obrigação e retornamos com a confiança do dever exercido e com a certeza da reparação histórica que por tantos e tantos anos ficou como lacuna sobre o capítulo acontecido naquela manhã fria de 28 de julho de 1938.
 Agora descanse em paz Adrião Pedro de Souza, descanse em paz Antonio Vieira.
Que os remanescentes de Adrião possam se orgulhar dos atos de suas últimas horas de vida, que a policia em seus arquivos resguarde o mérito desse brioso guerreiro, que a história lhe atribua o respeito merecido informando pontualmente que na Grota do Angico doze pessoas (e não onze) tombaram sem vida naquele fatídico dia frio.
João de Sousa Lima
Historiador e escritor.
Paulo Afonso, 01 de abril de 2012.

Edvaldo Primo, João Lima, Vilela e Edson Barreto exibindo a placa na chegada a Piranhas.
A placa em hoemangem a Adrião.
A cruz que faltava
Edson Barreto transporta a cruz
Jadilson "Bin Laden” descansa na sombra de uma árvore, olhos fixos na cruz
A placa pesada espera o transportador restabelecer suas forças.
Edson, João e Jadilson Ferraz fixam a placa e a cruz
Vilela, João e Lincoln dando o acabamento nas homenagens.
Promessa paga: a cruz e a placa enfim marcam mais um capitulo da história do cangaço.
Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço: João de Sousa Lima

ADEUS MILLÔR!...

Por: Adinalzir Pereira Lamego
Infelizmente o Brasil perdeu uma de suas vozes mais críticas e independentes. Millôr Fernandes deixou uma grande obra de escritor, artista plástico, humorista, dramaturgo, cartunista, jornalista. Foi também um homem antenado com o seu tempo. Seu humor inteligente nos fazia rir ao mesmo tempo em que denunciava, com acidez tudo aquilo que achava errado. Quem dera tivéssemos todos essa mesma maneira de encarar o mundo.

O estilo debochado de Millôr vai fazer muita falta a todos nós, principalmente nesse ano de eleição, quando as promessas vazias dos nossos políticos são tão valorizadas pela nossa mídia fria e calculista. Abraços!
Enviado por Marcos Costa

Nesta terça-feira temos encontro Cariri Cangaço - GECC na Saraiva Mega Store do Iguatemi


Nesta Terça-Feira, as 19 horas na
Saraiva Mega Store do Shopping Iguatemi em Fortaleza, "A História na Música"
com Christiano Câmara.
Cariri Cangaço-GECC
Você é nosso convidado !!

Blog do Poeta Antônio Francisco

Por: Kidelmir Dantas

ESTÁ NO:
“DEMOCRATIZANDO A COMUNICAÇÃO – Coluna de Notícias”
Ano IV – Edição nº 502 (geral) e 18ª do ano. Fontes de informações: rádios, tvs, jornais e e-mails.
BLOG DO ANTÔNIO FRANCISCO ESTÁ NO AR a cerca de dez dias, agora o poeta cordelista encontra-se, também, no mundo virtual no seguinte endereço: http://poetaantoniofrancisco.com.br

Kydelmir Dantas
MOSSORÓ - RN

Cangaceiro Lampião incorpora jovens nordestinos para a pilhagem


Espirito do cangaceiro Lampião, morto em 1938, parece estar de volta ao sertão nordestino, incorporado em centenas de jovens que praticam assaltos em plena luz do dia, aterrorizando cidades do interior da Bahia e de outros estados do Nordeste.Em Copacabana, aposentados migram para outros bairros incomodados com a invasão de protistutas e homossexuais promíscuos
Fonte:

ELDER HERONILDES DA SILVA


ÉLDER HERONILDES DA SILVA, sócio fundador da cadeira nº 17 da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Norte. Natural de Mossoró, nascido a 9 de setembro de 1933, filho de Francisco José da Silva e Francisca Laura da Silva, é casado com Zélia Macedo Heronildes e pai de George Macêdo Heronildes e Disreeli Macêdo Heronildes.
Ele assumiu a Cadeira 21 na instituição, através de uma campanha encabeçada pelo saudoso escritor mossoroense Vingt Rosado que o apoiou na iniciativa, como também dos beneplácitos dos acadêmicos da ANL.
Ele substituiu o escritor Luís Carlos Guimarães, na cadeira 37, que também pertenceu ao contista e pintor Newton Nazarro e ao poeta modernista Jorge Fernandes, considerado o primeiro poeta desse gênero no Rio Grande do Norte, que mereceu a admiração de escritores da era modernista como é o caso do paulista Mário de Andrade. “Ele foi de certo modo consagrado por Mário de Andrade. Inclusive, Mário chegou mesmo a escrever sobre o poeta a Câmara Cascudo. Manoel Bandeira também escreveu sobre ele.
Fonte:

A HISTÓRIA DO MEDO (Crônica)

     Po: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa


A HISTÓRIA DO MEDO

Hoje em dia todo mundo sabe o que é medo, bastando a palavra para o cabelo ficar em pé, surgir calafrios no corpo inteiro, procurar pernas pra se manter e não encontrar, sem falar no entorpecimento geral que acomete. Tem gente que tem medo de ter medo, se distancia da prática de muita coisa pelo simples receio de que algo pior ou inesperado aconteça.
Realmente, quanta perturbação envolve esse reflexo psicológico, cuja conceituação nem de longe se parece com o sentir diante de si. Conceituam-no como perturbação resultante da idéia de um perigo real ou aparente ou da presença de alguma coisa estranha ou perigosa. Sentimento inquietante que se tem diante de perigo ou ameaça.  Ansiedade diante de uma sensação desagradável. Apreensão, pavor, susto, terror, fobia.
Mas será que o medo surgiu assim mesmo, como temor ou receio de algo ou de algum acontecimento, como alarme diante daquilo que pode acontecer porque a experiência já faz amedrontar? Será que o medo surgiu mesmo amedrontador?
Não. De jeito nenhum, pois o medo tem uma origem muito diferente do que se imagina. Por mais que não queiram acreditar, mas ele nasceu da coragem, da galhardia, da valentia, do destemor. Antigamente, a coragem e a valentia eram tão grande entre os homens que eles, não temendo nada, passaram a temer apenas o não conseguir tudo o que desejavam.
Assim, o valente homem não tinha medo da fera que saía para caçar, mas temia não conseguir encontrá-la para matar e trazer seus destroços para mostrar à sua tribo. Temia, pois, voltar da caçada de mãos abanando e talvez ser visto com desconfiança por alguns.
O valente e destemido não ficava apavorado nem apreensivo com nada desse mundo que pudesse ser enfrentado e derrotado. O seu único e verdadeiro receio era não encontrar aquilo que servisse de vítima, de objeto a ser superado e sua força comprovada. Desse modo, fazia promessas para ser atacado por inimigos, orava para ir para guerras, implorava para estar diante do perigo.
Mas numa situação tal, com tanta gente destemida, tanto homem valente, tanta força invencível, como ficavam aqueles que procuravam fugir dessas demonstrações de forças? Será que eram chamados de passivos, covardes, medrosos? Ou será que também procuravam fingir encorajamento para não serem aviltados socialmente?
Quem opinou pela última indagação acertou, vez que o que mais havia era gente fingindo coragem desmedida sem ter nem um tiquinho disso. E tal fingimento de ser aquilo que verdadeiramente não era foi o que desencadeou o que se tem hoje por medo. Quer dizer, o medo surgiu do fingimento do destemor.
Fingindo valentia, faziam tudo para não ter de provar nada disso; apenas aparentando destemor, se escondiam como forma de estar sempre bem protegido; disfarçando encorajamento, sempre arrumava desculpas quando uma situação de perigo se aproximava e era chamado a lutar contra todo mal. Assim, na fuga do suposto corajoso, na evasão do presumido valente, não havia outro reflexo senão o do medo.
E um dia, quando a cidadela inteira ficou sabendo que ferozes inimigos caminhavam naquela direção para conquistá-la fosse como fosse, ao grito do maior guerreiro apenas uma meia dúzia de aguerridos combatentes apareceram para o enfrentamento. Raivoso, cheio de ira e cólera, o guerreiro encheu os pulmões pedindo aos deuses para que uma ventania varresse aquele lugar de valentes fingidos.
E foi atendido. De repente tudo foi pelos ares e os outros habitantes apareceram por debaixo de camas, dentro de tocas, escondidos onde não pudessem ser encontrados. Todos covardes, medrosos, da pior espécie de ser humano. E um desses ao levantar do canto onde estava, sentiu uma barata lhe subindo a perna e saiu em correria, gritando que queria mamãe.
E nunca mais o mundo deixou de ter, escancaradamente, medo.   

Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Da ilusão humana (Poesia)

Da ilusão humana

Por Rangel Alves da Costa


Cadê o grande ser
senhor das vaidades
encurvado pelo peso
do orgulho carregado
que pensa ser de ferro
que pensa ser de bronze
ter a força do diamante
se o chão sobre os pés
começa a ter rachaduras
se o pedestal onde está
começa a ser destruído
pelo silêncio dos tempos
pela calma dos ventos
pelo gotejar dos pingos
pelos dias e noites
que vão envelhecendo
e igualmente ao metal
que se pensou ser tudo
agora vai enferrujando
no homem já corroído
que ainda vive na ilusão
de que o sopro mais forte
vai lhe deixar em pé.


Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com