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segunda-feira, 29 de junho de 2015

LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS


A 2ª edição continua sendo vendida através dos endereços abaixo:

josebezerra@terra.com.br
(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 
Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345
E-mail:   lampiaoaraposadascaatingas@gmail.com 

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.

http://araposadascaatingas.blogspot.com.br 

LAMPIÃO E SEUS CABRAS NA FAZENDA RIACHO GRANDE ESTADO DE ALAGOAS


No dia 29 de novembro-1930, Lampião e seus cabras descansando na casa grande da fazenda Riacho Grande, do seu amigo José Malta, na região de Mata Grande, no Estado de Alagoas, quando uns cabras trouxeram uns branquelos de fala enroladas que tinham sido presos pelos cabras a meia légua da cidade. Eram missionários americanos, havia também uma mulher. O líder era o missionário Virgil Smith, estavam acompanhados do professor de matemática Maurício Wanderley. 

O missionário Virgil Smith

Lampião perguntou ao missionário qual era o seu nome, e o que ele fazia. Como o missionário não falava bem o português, o professor explicou:

- O nome dele é Virgil capitão! É um missionário que está ensinando o caminho certo ao povo.

Ao que Lampião respondeu:

- Então somos colega, porque eu também estou corrigindo os erros dessa gente. Diga a ele o que eu faço com mulher de vestido curto e cabelo cortado…e diga também que eu quero 11 contos para soltar eles.

Os missionários entregaram tudo que tinham, umas cédulas e umas moedas. Lampião devolveu as moedas:

- Toma isso que eu não sou cego para aceitar esmolas de vintém, e tratem de arranjar o resto do dinheiro.

Os missionários não tinham mais dinheiro, diziam que estavam felizes por terem a oportunidade de pregar o evangelho para aquelas criaturas, que também eram filhas de Deus. Começaram a ler trechos da bíblia em voz alta e a cantar hinos de louvor.

Lampião ficou impaciente e disse:

- Meninos (cangaceiros), soltem esses cabras e mandem embora que eu não aguento mais essa zoada. Para rezar, precisa gritar tanto, e será que eles pensam que Deus é surdo?

Fonte: facebook

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TOK DE HISTÓRIA NAS PÁGINAS DA TRIBUNA DO NORTE

Por Rostand Medeiros

Hoje tivemos a satisfação de ver estampado nas páginas da TRIBUNA DO NORTE, o principal jornal do Rio Grande do Norte uma interessante reportagem sobre algumas fotos produzidas pelo fotógrafo lituano Ivan Dimitri, que esteve em Natal em 1944. O material produzido por este fotógrafo, de maneira bastante interessante, mostra em vivas cores o que foi o impacto daqueles dias em Natal e Parnamirim Field. 


A reportagem foi feita pelo jornalista Yuno Silva, a quem demos uma pequena declaração sobre a importância deste material e, principalmente, a importância da democratização histórica de imagens como estas para o público em geral, principalmente no Rio Grande do Norte. 


Recentemente estas fotos bombaram em alguns blogs pela internet, alcançou picos de visualização muito positivos, batendo todos os recordes do TOK DE HISTÓRIA (Ver o link –http://tokdehistoria.com.br/2014/06/23/fotos-coloridas-dos-americanos-em-natal-durante-a-segunda-guerra-mundial/ ).

Temos a clara convicção, mesmo com fortes críticas que recebo com certa frequência, que a nossa ideia de democratizar a informação histórica é extremamente válida.


Este tipo de informação é um gerador de várias coisas positivas, até mesmo na questão da formação da identidade de um povo. Acredito que material histórico guardado por poucos ditos “doutos”, ou dentro de muros de instituições monolíticas que só olham para o próprio umbigo, ou entre pessoas que esperam que governos criem instituições com a ideia exclusiva de geração de recursos próprios e vantagens políticas, é algo verdadeiramente nefasto e complicado.

Estas 22 fotos de alta qualidade, coloridas, com ótima resolução, que mostram Natal e Parnamirim Field, foram conseguidas através do site http://www.buzfeed.com, a quem agradecemos por haver publicado este material tão interessante para a história de Natal.

A publicação destas fotos foi possível através da dica da amiga Andreza Diniz. Mais uma vez valeu amiga!

http://tokdehistoria.com.br/2015/06/27/tok-de-historia-nas-paginas-da-tribuna-do-norte/

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LAMPIÃO EM MOSSORÓ-RN


Nessa caixa d'água (Foto), conhecida como Canta Galo, foram colocados homens 24 horas por dia à espera do bando de Lampião. O ataque era iminente e a cidade se preparava para combater o cangaceiro mais temido do Nordeste.

Quando uma sentinela que estava no alta da caixa d'água avistou o bando, começou a imitar um galo para alertar os demais defensores da cidade.

Após o ataque a sentinela que fazia a Vigilância ficou conhecida na cidade de Mossoró-RN, como "José Galo".

Fonte: Livro "A MARCHA DE LAMPIÃO - Assalto a Mossoró" do autor Raul Fernandes.

Adendo: Chagas Nascimento (Mossoró-RN)

Fonte: facebook

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SEU ELIAS DANIEL, GRANDE PERCA NO FOLCLORE POMBALENSE

Por José Ronaldo*

Seu Elias Daniel, homem pacato, doce e sereno, sinônimo da força negra revigorada na energia solar do nosso sertão abrasador. Quando puxava o seu fole de oito baixos conduzia com maestria “Os negros dos pontões” que fazem anualmente o translado do rosário numa bonita procissão e que enchem de lágrimas os olhos de quem assiste aquele espetáculo popular vivido a céus abertos, de passos lentos, cabecinha inclinada para o lado com o peso do tempo sobre as costas caminha em noites calmas pela Getúlio Vargas tendo como fundo musical as novenas da matriz do Bonsucesso. Já de bengala na mão e sobre a cabeça o seu chapéu de massa era um transeunte quase que invisível aos olhos desta nova geração mais que deixa um legado cultural riquíssimo para seus amigos, filhos e porque não dizer todos aqueles que queiram beber da sua fonte inesgotável de sabedoria popular.

Acordamos mais tristes é verdade porque o pássaro que enfeitava o bando colorido que pousava no largo da igreja do rosário agora voa sozinho, seu ultimo voo abrindo as asas para um novo céu com a certeza que cumpriu a sua missão nesta penosa caminhada terrena. Voa seu Elias Daniel, voa embalado nas valsinhas que o senhor tanto tocou, voa conduzido por milhares de anjos que neste momento devem está fazendo o último túnel de varas coloridas e maracás tilintando para festejar a sua chegada.

Não foi preciso galgar os degraus do capitalismo para demonstrar riquezas, pois a sua maior riqueza era a humildade, a serenidade e a religiosidade que se fazia alicerce para a sua estadia no meio de nós. Era um Daniel, era um ser iluminado, era um artista rústico que teve o privilégio de subir nos maiores palcos deste estado e porque não dizer deste país, e o que mais nos impressiona era a “primazia” mais que acertada no título do trabalho do cantor e compositor” Luizinho Barbosa” ao denominar este seguimento musical de raízes. Seu Elias era inocente como uma criança, não havia malicia em seu falar nem a ganância fruto da ignorância e perdição dos homens do nosso tempo, pois ao término de cada apresentação sentava-se na espera daqueles que o conduziam sem dizer se quer uma só palavra.
 .
Quantas lembranças me vem a mente neste instante, das nossas viagens para a capital, ao BNB Cultural de Sousa PB, as inesquecíveis FENART e os ensaios no CENTRO LIVRE DE ARTE POPULAR – POMBAL PB. Conheci um Elias pai, amigo, mestre, sereno que transmitia-nos a paz apenas com um simples toque de olhar, um Elias responsável que mesmo já tendo a saúde tão debilitada nunca se negou a empunhar o seu fole para dar seqüência a coreografia dos negros dos pontões numa farra quase que tribal. Voa Mestre Elias Daniel voa e prepara-nos uma valsinha para nos recepcionar na última viagem que faremos para lhe encontrar.

AUTOR: *Zé Ronaldo (Professor e Artista Popular). 

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do "Cangaço" José Romero de Araújo Cardoso

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"LAMPIÃO EM PERNAMBUCO"


Tenho visto alguns textos de escritores no facebook que estão em livros, mas me privo repassar para o blog do Mendes e Mendes, porque são materiais publicados em livros lançados recentemente, e eu não sei se os autores concordarão. 

Acredito que os nossos amigos que fizeram postagens destes materiais, solicitaram aos autores a autorização para tal fim. Este, "LAMPIÃO EM PERNAMBUCO" publicado no livro do Dr. Sérgio Dantas, que já foi postado no facebook,  é excelente, mas eu não estou autorizado para repassá-lo para o nosso http://blogdomendesemende.blogspot.com, já que o artigo foi publicado em livro recente. 

Peço desculpa ao leitor por não ter autorização para trasladar alguns textos publicados em livros que estão nas páginas do facebook. 

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BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DESVIOS DE ROTA QUANDO DA MARCHA DO BANDO DE LAMPIÃO EM SEU OBJETIVO DE ATACAR MOSSORÓ

Por José Romero Araújo Cardoso[1] e Marcela Ferreira Lopes[2]

Não há como negar que Lampião sentiu-se ludibriado quando estacionou com o bando às portas de Mossoró em 13 de junho de 1927, pois os ângulos da cidade, observados pelo binóculo, mostraram-lhe uma aglomeração urbana extremamente sofisticada para o sertão daqueles idos do segundo lustro da década de vinte do século passado.
          
Impressiona e suscita indagações como um cangaceiro traquejado na vida bandoleira deixou-se enganar de forma tão simples e infantil, tendo em vista que os informes repassados por Massilon Benevides Leite enfatizaram que Mossoró era uma cidade pequena, não obstante contar com uma agência do Banco do Brasil, cuja resistência da população a um ataque bandoleiro seria nula ou quase inexistente.
          
Lampião contava com impecável sistema de informações, não se arriscava à toa, pois era imprescindível saber detalhes sobre terrenos palmilhados, principalmente em se tratando de lugares desconhecidos.
          
Na marcha do bando de Lampião em direção a Mossoró, intuindo ataca-la, houve desvios de rotas em duas oportunidades, motivados pelos informes extremamente desagradáveis sobre a iminência de um confronto de proporções avassaladoras que poderiam causar baixas consideráveis no bando.
          
O primeiro desvio aconteceu para evitar que o bando fosse surpreendido pela resistência armada por civis em Alexandria, após o combate ocorrido em Vitória (hoje município de Marcelino Vieira).
          
O segundo desvio aconteceu quando da marcha em direção a Caraúbas, pois as notícias que corriam céleres destacavam a truculência de Quincas Saldanha no que diz respeito ao tratamento dispensado a bandidos e desordeiros pelos limites territoriais onde sua presença se efetivava quase como senhor feudal absoluto em domínios conquistados.
          
Desviar pela localidade de Pedra de Abelha (hoje município de Felipe Guerra) foi a saída encontrada por Lampião para que o bando não fosse penalizado pela forma como a sagacidade de Quincas Saldanha organizou o foco de resistência à passagem dos audacioso bandoleiros das caatingas em direção a Mossoró.
          
O piquete montado por Quincas Saldanha, apelidado de gato vermelho, chegou a disparar a esmo, mas o traquejo em lutas fê-lo atentar que as detonações estavam sendo efetivados apenas de um lado, motivando-lhe o raciocínio de que tratava-se de um ledo engano dos seus comandados.
          
Dando ordens para que os disparos cessassem, Quincas Saldanha, não obstante a ameaça cangaceira estar distante, manteve-se impávido em suas trincheiras garantindo a integridade física de sua gente.
          
Em Mossoró a resistência mostrou-se eficiente e à altura da ameaça representada pelos agressores que não titubearam em acatar a ordem suprema do rei dos cangaceiros para assinalar um dos mais complexos capítulos da saga bandoleia pelas caatingas nordestinas.

[1] José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor-Adjunto IV do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Especialista em Geografia e Gestão Territorial (UFPB) e em Organização de Arquivos (UFPB). Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UERN).

[2] Marcela Ferreira Lopes. Geógrafa-UFCG/CFP. Especialista em Educação de Jovens e Adultos com ênfase em Economia Solidária-UFCG/CCJS. Graduanda em Pedagogia-UFCG/CFP. Membro do grupo de pesquisa (FORPECS) na mesma instituição.

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com