A
capa do novo livro de João Barone
João Barone,
ou João Alberto Barone Reis e Silva é carioca, torcedor do
Fluminense, nascido em 5 de agosto de 1962 e o consagrado baterista da banda
Paralamas do Sucesso, junto com Bi Ribeiro e Herbert Vianna.
Além de grande
músico, João Barone é um aficionado por assuntos da Segunda Guerra
Mundial. Filho de um dos mais de 25 mil pracinhas que lutaram na Itália,
afirma que as narrativas das experiências vividas pelo seu pai naquele conflito
eram um assunto comum em sua casa. Com o passar do tempo Barone ampliou e
aprofundou o conhecimento sobre o tema e agora está lançando o seu segundo livro
sobre o maior conflito da história da humanidade. Intitulado 1942 – O
Brasil e sua Guerra Quase Desconhecida, já tem lançamentos agendados nas
seguintes datas e locais;
Porto Alegre:
9/5, Fnac Barra Shopping, às 19:39hrs;
Curitiba:
13/5, Saraiva Krystal Shopping, às 19:39hrs;
Recife, 16/5,
Saraiva Riomar Shopping, às 19:39hrs;
Salvador:
20/5, Saraiva Salvador Shopping, às 19:39hrs;
Rio: 21/5,
Livraria da Travessa Shopping Leblon, às 19:39hrs,
Além do
lançamento de 1942 – O Brasil e sua Guerra Quase Desconhecida (Nova
Fronteira, 288 páginas, R$ 35,90), João possui junto com seu irmão um núcleo de
projetos onde estão produzindo um documentário intitulado O Caminho
dos Heróis (o segundo que ele produz sobre o Brasil na guerra) e em
breve vão realizar uma mini série sobre o assunto, que certamente terá extrema
qualidade.
Em 1942 –
O Brasil e sua Guerra Quase Desconhecida, João Barone revela e
analisa a participação do Brasil no conflito que sangrou o mundo. Dirige sua
pesquisa pelo passado do pai e do país para unir dados, curiosidades e
histórias emocionantes de uma campanha incrível que muitas vezes o próprio
brasileiro desconhece. Em um encontro que tivemos recentemente, o autor me
comentou que este seu livro se destinava a apresentar interessantes
informações para aqueles que não tem muito conhecimento sobre este assunto
e ajudar a diminuir grande parte do desconhecimento existente sobre o tema.
Neste tocante
o novo livro de Barone vem bem a calhar, pois a participação da Força Aérea e
da Força Expedicionária Brasileira nos campos da Itália, mesmo sendo forças
de combate relativamente
pequenas, possuí sua importância histórica, onde estes
homens e mulheres representaram bem o nosso país, o único entre os
Sul-Americanos a ter enviado tropas e lutado na Europa.
Entretanto
as mudanças políticas ocorridas no Brasil, principalmente após 1964,
fizeram com que muitos se desinteressassem pelo tema e até mesmo desprezassem
aqueles que desejavam aprofundar estudos e pesquisas. No passado as
pessoas que gostavam deste assunto eram facilmente taxados de belicistas,
direitistas, adoradores da ditadura e por aí vai!
Eu moro na
cidade Sul-Americana que teve a maior e mais efetiva participação
neste conflito e anteriormente percebia claramente que aqui, afora alguns
círculos específicos, não havia tanto interesse no debate mais aprofundado
em relação ao tema e na produção de materiais informativos. Já no
meio acadêmico local era normal uma maior carga de questionamentos
por parte dos mestres e quando alunos desejavam seguir pesquisando e produzindo
sobre este tema, era normal existir uma certa decepção nos rostos destes.
João
ao lado de um caça P-47 da FAB que atuou na Itália
Felizmente nos
últimos anos a visão sobre a pesquisa em relação a participação de nosso país
na Segunda Guerra Mundial sofreu muitas mudanças. Foram lançados muitos
livros, documentários, filmes e criados grupos de pesquisa que lutam
pela preservação desta memória. Mesmo sendo questionável a qualidade
de muito do que foi produzido, não podemos esquecer que foi bastante
aprofundado o conhecimento do conflito humano, dos problemas, anseios e
sofrimentos pelo que passaram aqueles mais de 25 mil brasileiros que estiveram
na Itália. Através desta mudança se conheceu com maiores detalhes as sagas e
dores dos que sofreram os ataques de submarinos nazifascistas, ou perderam
parentes nos afundamentos dos navios brasileiros e o papel da Marinha do Brasil
no conflito.
Sem dúvida que
na história da minha cidade, a Segunda Guerra Mundial é o período no qual Natal
sofreu suas maiores e mais acentuadas mudanças em sua demografia, no
comportamento de sua gente, na sua cultural, em sua economia e em
outras situações. E por aqui ainda existe muita coisa para se pesquisar.
Através dos
materiais sobre a Segunda Guerra Mundial que publiquei no nosso blog
Tok de História, um dia recebi uma mensagem do João Barone e a partir
daí iniciamos uma série de contatos, que culminou em um proveitoso
encontro aqui em Natal, na última oportunidade que os Paralamas do
Sucesso tocaram em nossa cidade.
João
Barone o autor deste blog, após o último show dos Paralamas do Sucesso na
capital potiguar
Conheci uma
pessoa muito simples, acessível e me espantou o quanto ele é
extremamente conhecedor da história da participação brasileira neste
conflito. Pelo devotamento que João Barone dedica ao estudo, atenção e zelo
pela pesquisa deste assunto, certamente que seu novo livro 1942 – O Brasil
e sua Guerra Quase Desconhecida será um sucesso e terá destaque na
minha estante.
Rostand
Medeiros
Natal, Rio
Grande do Norte
Extraído do blog "Tok de História" do historiógrafo e pesquisador do cangaço: Rostand Medeiros