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terça-feira, 29 de maio de 2012

Visita do Ator e Comediante; Pisit Mota ao Memorial Luiz Gonzaga, no Primeiro Salão Baiano de Turismo de Salvador. No Centro de Convenções da Bahia.


Ator e Comediante Pisit Mota e o Pesquisador Guilherme Machado, na Exposição; do Museu do Gonzagão de Serrinha Bahia. 

O Teatro é a arte da tradução dos sentimentos alheios. Seja qual for o sentimento, o ator é quem recebe a incumbência de traduzi-lo de maneira única e fugaz. O professor de teatro é o tradutor das necessidades da força dessa arte para todos os seres em constante formação da concepção do mundo. Sou Edivaldo Rodrigues da Mota Filho, mas podem me chamar de Pisit Mota, meu apelido desde os seis meses de idade e nome artístico. Nasci numa família de nove irmãos, filho de um pescador de nome Edivaldo e uma dona de casa por nome Romilda. Nasci no município de Canavieiras, cidade com 35 mil habitantes, localizada na região sul da Bahia. Lá iniciei meus primeiros contatos com o teatro. Minha profissionalização como ator se iniciou há dez anos na cidade de Salvador. Sou graduado em Licenciatura Teatral pela Universidade Federal da Bahia, com especialização e pesquisa sobre a violência no ambiente educacional focando o bullying, essa pesquisa culminou no projeto a Violência em Cena: O Ensino de Teatro e a Discussão do Bullying no Ambiente Escolar, incorporando uma experiência com jovens de diferentes faixas etárias. Para estes jovens, a ação possibilitou inúmeras contribuições artísticas e educacionais no intuito do fortalecimento da autonomia e transformação de seus potenciais artísticos, concretizada através da realização de uma encenação teatral em prol do entendimento e da minimização da violência e do bullying no ambiente escolar. A metodologia usada como mola propulsora foi a do teatro do oprimido de Augusto Boal. A proposta metodológica está pautada na pedagogia do Oprimido de Paulo Freire, criando um espetáculo de caráter revelador dos agentes violentos dentro do ambiente escolar. A abordagem da violência no ambiente escolar muda de acordo com a perspectiva em que é observada e analisada. Portanto, nosso objeto de pesquisa se propôs a esclarecer e a situar o educando sobre os diversos tipos de agentes violentos presentes no ambiente educacional, através da metodologia do Teatro do Oprimido. A proposta era que as atividades pudessem conscientizá-los das principais formas de opressão. O objetivo fundamental da pesquisa é discutir a prática Bullying em Cena. O Teatro nos ajuda a conhecer melhor cada um de nós e a nossa realidade dentro e fora do ambiente educacional. Acredito que o teatro é uma forma de conhecimento e deve ser também um meio de mobilização dentro da sociedade.

Forrozeiro Adelmário Coelho visita o museu do Gonzagão de Serrinha. No primeiro salão baiano de turismo, no Centro de Convenções em Salvador - Bahia... No Centenário do Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

O pesquisador Guilherme Machado e o forrozeiro Adelmário Coelho.
 Guilherme Machado exibe o novo  Cd no baú do Gonzagão do orrozeiro Adelmário Coelho.


Guilherme Machado, Adelmário Coelho e o monitor Miguel Ângelo.
Monitor Heleno Fontes e Adelmário Coelho.

Novo Cd de Adelmário Coelho: Abrindo o Baú de Luiz Gonzaga 2012

Nascido e criado no interior da Bahia, em Barro Vermelho, distrito de Curaçá, Adelmário Coelho sabia desde criança, ouvindo rádio, que o forró seria uma das suas maiores paixões. Mas antes disso, labutou com a terra e migrou para Salvador para "tentar" a vida. A aventura só estava começando. Ele serviu o exército, rodou táxi, foi técnico de segurança do Pólo Petroquímico por 20 anos, mas nunca esqueceu sua grande paixão, o forró.  Já em Salvador, Adelmário Coelho gostava de ouvir o ritmo em um bar no bairro de Itapoan, chamado Uauá, onde costumava dar canjas.

A partir daí, ganhou incentivo dos amigos para gravar um LP. Em uma viagem de férias à Caruaru - Pernambuco, Adelmário Coelho, com a ajuda dos compositores Onildo Almeida e Edson Lima, resolveu gravar um disco, que foi intitulado "No Balanço do Forró". O trabalho agradou a toda a família, que cobrava intensamente a gravação de um outro disco, para que o sonho de Adelmário Coelho fosse realizado em bom tom. O tempo passou e, quando estava de férias, o forrozeiro rumou novamente à Caruaru. Foi aí que resolveu gravar um outro disco, "Não fale mal do meu país", cuja canção de mesmo nome impulsionou o artista dentro do cenário musical. Esse CD veio com mais qualidade e maior número de cópias (3 mil) e, por incrível que pareça, o transporte que conduzia os discos tombou na estrada e foi saqueado no interior da Bahia. Poderia parecer drástico, se não fosse o inicio de uma historia de sucesso. As pessoas que ouviam o disco ficavam encantadas e entravam em contato para contratar shows do cantor. Como ele só conhecia o grupo de forrozeiros do restaurante Uauá e ainda não tinha nenhum músico, convidou alguns integrantes, lugou uma Kombi e, literalmente, seguiu por um caminho.  As viagens, então, não pararam de ser solicitadas.

Para não dissociar a família, a esposa de Adelmário Coelho, Marinalva Coelho, identificada como "o coração da família Coelho" pelo próprio artista, sugeriu que os filhos subissem ao palco com o pai. Dessa forma, todos estariam sempre juntos e estaria garantida a união da família. Não deu outra, logo os herdeiros formaram o corpo de baile e ela, que antes era nutricionista, passou a compor o lado teatral e o núcleo de dança do grupo. Adelmário Coelho, o ex-técnico de segurança do Pólo, no inicio até conciliou as duas funções, mas decidiu optar pela carreira de cantor, posto que a própria vida impôs, já que nunca tinha trabalhado a voz, apenas possuía ouvidos aguçados para a música.  Quando decidiu se profissionalizar, Adelmário buscou trabalhar com uma fonoaudióloga, fazer aulas de canto e perseguir a perfeição com total disciplina. É por tudo isso, pelo talento nato, força de vontade, carisma, autenticidade e rara beleza vocal que Adelmário Coelho é considerado hoje um dos maiores forrozeiros do país, com uma carreira consagrada em todo o Brasil.

Estética e estratégias do cangaço

Cangaceiros gostavam de ouro, cachorros e perfumes

Estética do Cangaço – além de manifestações culturais, cantoria e dança, todos gostavam de moda. Maria Bonita era a costureira do bando, mas também Lampião e Dadá costuravam, faziam bordado e produziam os modelos das roupas. Compravam alguns produtos aos mascates. Dizem que por muitas vezes Lampião e Maria Bonita viajavam às capitais disfarçados em cidadãos comuns

1 - Chapéu - inspirado no modelo francês adotado pelo imperador Napoleão Bonaparte, (de quem Lampião leu a biografia), na frente de um dos seus chapéus Lampião tinha a estrela de Salomão (5 pontas) em ouro, em outros acompanhava o enfeite do resto do bando: várias mandalas em estrela

2 - Lenços - de tafetá francês ou seda pura inglesa; geralmente estampados e coloridos, quebravam a monotonia do tom ocre da roupa de tecido gabardine

3 - Brincos - ao contrário de outros sertanejos, os cangaceiros usavam brincos e outras jóias, tudo de ouro

4 - Casaco - desenhado e costurado em algodão ou couro por Lampião , que carregava uma máquina de costura Singer para todos os seus acampamentos; tinham também inspirações medievais

5 - Perfume - os cangaceiros costumavam ser reconhecidos pelo cheiro excessivo de perfume, inclusive pelas volantes; Lampião preferia o "Fleur d'Amour", considerado um dos melhores perfumes franceses entre os anos 20 e 40

6 - Calça - o modelo mais usado era com culote e cintura bem alta; usavam até três no inverno devido ao frio à noite

7 – Cabelos - Lampião deixou de cortar os cabelos como promessa, após a morte do irmão, sendo seguido pelos outros cangaceiros; às vezes, eles penduravam anéis no cabelo, (que eram geralmente longos nas mulheres e em alguns dos homens), depois de lotados todos os dedos das mãos

8 - Arma - como outros adereços, era cravejada de moedas de ouro, influência da marchetaria árabe no sertão nordestino; segundo vários historiadores a presença da cultura dos árabes ¹ são uma evidência na cultura nordestina

9 - Alpargatas - enfeitadas com desenhos costurados; tinham uma lingueta para proteger os dedos

10 - Saia - sempre acima do joelho, desrespeitando a convenção da saia rendada até o tornozelo

11 - Anéis - de ouro, mulheres e homens usavam até três anéis por dedo

12- Alpargatas - desenhadas e confeccionadas em couro por Dadá, mulher de Corisco

13 - Colares e rosários - colares e correntes também de ouro, misturados com terços bentos, usados em abundância

14 – Lampião usava óculos - tinha o olho direito “vazado”, segundo dizem, ao ser atingido por um galho quando fugia a pé por dentro da caatinga
15 - Proteção para as pernas e braços - as mulheres usavam meias grossas de algodão, 3/4 ou seja, até os joelhos e os homens usavam perneiras, de couro, isso para não arranhar nas caatingas, motivo também pelo qual todos usavam manga comprida

Os nomes eram imortais. Quando um cangaceiro morria outro assumia o mesmo nome

Táticas e Truques do Cangaço - O conhecimento do ambiente e o uso de algumas táticas davam vantagem ao cangaceiro.

1 - Rastros
Uma forma de escondê-los era andar em fila indiana, todos pisando na mesma pegada. O último ia de costas, apagando-a com plantas, Mandavam também fazer alpercatas com o salto na frente e não atrás, como é normal. A pegada parecia apontar para o outro lado, de modo que os perseguidores não sabiam se o bando ia ou se vinha

2 - Comunicações
Quando entrava numa cidade, o bando cortava o fio do telégrafo e tomava o posto telefônico, impedindo pedidos de socorro

3- Estradas
Eram evitadas. Os bandoleiros iam por dentro da caatinga. Quando não tinham outra opção, sequestravam todas as pessoas que encontravam e levavam os reféns ao menos por um tempo

4 - Psicologia
Não deixavam a polícia avaliar o resultado dos combates. Levavam os mortos e, quando não dava, cortavam-lhes as cabeças, dificultando a identificação

5 - Apelidos
Quando um integrante do grupo morria, seu apelido era adotado por um novato. Essa é uma das razões que faziam os cangaceiros parecerem invencíveis, pois os nomes eram imortais

6 - Alarmes
Sempre havia cães acompanhando o bando, (já crianças pequenas não havia, as cangaceiras davam ou deixavam os filhos aos cuidados geralmente de padres ou de mulheres de coiteiros de muita confiança do capitão Virgulino, no entanto havia garotos ingressantes no bando), os cães funcionavam como sentinelas ( mas não latiam, exprimiam um rosnado gutural e abafado, como o da gia e que era entendido pelos cangaceiros), dizem que o cão do Capitão se chamava guarani.  Havia também um sistema banal de alarme, consistia em cercar o acampamento com fios ligados a chocalhos (sinos, guizos)

6 – Para não serem vistos pelos inimigos rezavam “orações fortes”, ensinadas por beatos ou curandeiros que havia no sertão, tal como: Se encobrindo por uma árvore ou mesmo a palma da mão empatando ver o inimigo, rezar o Credo em cruz pelo avesso

Surpresa, esperteza, covardia?

Para conseguir bons resultados, Lampião evitava ao máximo os confrontos e abusava de uma tática conhecida como dueto. Ao ataque da polícia, simulava uma fuga, esperando o inimigo em outro local, de surpresa. Havia quem dissesse que isso era covardia. Ele preferia chamar de esperteza.

COMENTÁRIO de Rostand Medeiros sobre artigo de Juarez Conrado

Por: Rostand Medeiros
Fonte:

Infelizmente, em meio a um tema tão popular, como é o caso do cangaço, não é de hoje que toda sorte de pessoas, desejosos de alcançarem pseudos holofotes, criam em relação a este tema tantos fatos hilários, ridículos e tornando o debate, a pesquisa sobre este assunto, muitas vezes motivo de piadas.

Não é a toa que setores da academia torcem veementemente o nariz quando o assunto é a pesquisa histórica sobre este tema. Para muitos mestres universitarios, as fontes envolvendo o tema cangaço são tão poluídas de tantas farsas e mentiras, que eles desestimulam seus pupilos a perderem tempo pesquisando uma temática que vai levar seus orientados para a vala comum da graduação. Para os mestres é complicado, não fica de “bom tom”, ter no seu currículo um dos seus alunos sido orientado para esta temática.

Não é difícil percebermos nos cursos de história das universidades nordestinas, área onde o fenômeno ocorreu, salvo raras exceções, a pouca produção acadêmica sobre este tema.

Em contrapartida sobram livros feitos na base do “Crtl V, Crtl C”, sem metodologia, cheio de informações batidas, onde as pessoas preferem o carpete, o ar-condicionado e a poltrona, ao invés de cair em campo, “comer poeira”, pesquisar nos locais onde os fatos ocorreram e com as pessoas, ou os descendentes dos que vivenciaram os episódios. Se ir para o sertão é difícil, imagine entrar em um arquivo cheio de fungos, ácaros e poeira. Melhor é a invencionice.
Realmente, sou feliz por viver em um país democrático, onde todos podem expressar suas opiniões livremente. Entretanto temos de ler e escutar muita bobagem.



Dois malungos encontram-se no Memorial Luiz Gonzaga: Guilherme Machado e Eugênio Avelino " Xangai" no primeiro salão aaiano de turismo da Bahia - em Salvador - Bahia.


Pesquisador Guilherme Machado e o Poeta Cantador Xangai.


Xangai e Guilherme Machado Jantando em Serrinha Bahia.



Xangai no Palco do 1º  Salão Baiano de Turismo da Bahia.

Eugênio Avelino, popularmente conhecido como Xangai (Itapebi, 20 de março de 1948) é um cantor, compositor e violeiro brasileiro. Nasceu às margens do Córrego do Jundiá, afluente do Rio Jequitinhonha, na zona rural do município de Itapebi, no extremo sul da Bahia. Filho e neto de sanfoneiro, ainda aos 18 anos fixou-se com os seus pais na cidade de Nanuque, no norte de Minas Gerais. Xangai é descendente direto do bandeirante João Gonçalves da Costa, fundador do Arraial da Conquista, atualmente Vitória da Conquista. Viveu em Vitória da Conquista, na Bahia, de onde recebeu a influência que o tornou um cantor sertanejo.

Seu pai era proprietário de uma sorveteria chamada Xangai na cidade de Nanuque, daí se originando o seu apelido e atual nome artístico. No ano de 1976, gravou o seu primeiro disco, "Acontecivento", com destaque para as músicas Asa Branca, Forró de Surubim e Esta Mata Serenou. Apresenta na Rádio Educadora da Bahia o programa "Brasilerança", através do qual contribui para a divulgação da cultura musical da região nordestina brasileira. É considerado como o melhor intérprete de Elomar, propiciando inclusive a facilitação do entendimento das composições deste compositor classificado como erudito por muitos. Em 1999 foi convidado a participar do álbum de comemoração de 100 anos do Esporte Clube Vitória, time do seu coração. Participou com o cantor Waldick Soriano dos últimos shows da carreira deste antigo nome da chamada música brega brasileira, inclusive na cidade natal de Waldick, Caetité, em 26 de maio de 2007.

Lampião - Um homem destemido


A vida amorosa dos quatro irmãos Ferreiras: Virgulino, Ezequiel, Antonio e Livino era como a de qualquer jovem de sua idade. E se não houvessem optado pela vida de cangaceiro, certamente teriam cada um constituído sua família e tido um lar estável como foi o de seus familiares.

Até entrar para o cancaço, Virgulino e seus irmãos eram pessoas comuns, pacíficos sertanejos, que viviam do trabalho (trabalhavam muito como qualquer sertanejo) na fazenda e na feira, onde iam vender suas mercadorias.

Virgulino Ferreira da Silva na certa seria sempre um homem comum, se fatos acontecidos com ele e sua família. "Porque Virgulino entrou para o cangaço" não o tivessem praticamente obrigado a optar pelo cangaço como saída para realizar sua vingança. Viveu no cangaço durante anos, vindo a falecer numa emboscada no dia, 28 de julho de 1938, na fazenda Angico, no Estado de Alagoas.

Se você quer ler o texto completo, clique neste link:

Direito que Anathália Cristina Queiroga não teve o direito de usufruí-lo

Por José Mendes Pereira
 
Anathália Cristina Queiroga iria cncluir o curso de Direito este ano de 2012

O que é que pensa uma pessoa prestes a se formar em Direito, exterminar a sua própria vida? Nós, pecadores não sabemos. Dizem que a pior vida do mundo é melhor do que morrer. Mas será que é mesmo?  Eu acho que sim. Ou apenas imaginamos que a pior vida do mundo é melhor do que morrer? Quando isto acontece, uma coisa não natural está acontecendo com a vítima.

Anathália Cristina Queiroga (22 anos), tinha tudo para ser feliz. Iria receber o seu canudo de papel (Advogada), este ano de 2012; filha única e nascida também, no meio de um único irmão, o Jefferson Queiroga, de 27 anos, Engenheiro, formado recentemente em Natal, pela  Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Anathália tinha um namorado que muito a amava, e além do mais, carinhoso e cuidadoso com os seus pais, amigo de todos que lhe rodeavam.

Na sexta-feira (25 de Maio,deste anos de 2012), à tarde, Anathália Cristina Queiroga fez bolo, foi até ao Supermercado, comprou refrigerantes, ornamentou a casa, dizendo a Edilza, sua mãe, que iria lhe fazer uma surpresa. Cuidou de se arrumar para ficar mais linda ainda; fez unhas, cuidou dos longos cabelos, e elegantemente se vestiu. Agora, sim Anathália se era bela, mais bela ficou.

Edilza esperava que Anathália Queiroga iria lhe fazer uma homenagem, como de mãe, de mãe que muito soube criá-la com carinho... Mas se enganara. Anathália estava com outros planos, planos que ninguém soube explicar o porquê.

Mais ou menos às 8;15, (25) da sexta-feira, Anathália Cristina ligou para o namorado, dizendo-lhe que naquele momento iria se despedir do mundo, pois não queria mais viver.

O namorado apavorou-se, dizendo-lhe que não fizesse aquilo, o esperasse, pois estava chegando em casa e muito  a amava, não o deixasse sozinho, e que muito precisava da sua companhia.

Mas Anathália Cristina estava decidida. O mundo que talvez para ela não representasse mais nada, tinha chegado o fim.

O namorado sabia que se encontrava um pouco distante da residência e seria muito difícil encontrá-la ainda com vida. Ligou para Edilza, mãe da Anathália, que também se encontrava distante de casa, apressasse os passos, Anathália Cristina Queiroga, pelo o que ele havia ouvido dela, através da ligação, tinha planejado um suicídio.

Se o namorado estava apavorado, muito mais estava Edilza. Chegaram em casa ao mesmo tempo, mas quando arrombaram a porta da cozinha, Edilza e o namorado viram a linda Anathália dependurada por uns fracos punhos de rede. Anathália Queiroga que antes Deus estava em sua companhia, aqui na terra, agora Anathália está no céu em companhia de Deus.

Adeus, Anathália!  Você se foi para junto de Deus, mas aqui na terra, nós que somos seus familiares e  continuamos vivos, jamais esqueceremos os bons momentos que passamos juntinhos de você.

Não tive a honra de ser teu padrinho, como sou do Jefferson, teu irmão, mas eu, meus filhos e esposa, sempre a recebemos com carinho, e que a primeira casa que você e seus pais passavam quando vinham de Pau dos Ferros para Mossoró, com certeza era a nossa.

Diz a canção feita pelo poeta Roberto Carlos, que: “morrer não é o fim”. E se não é o fim, você, com certeza, está bem juntinho de Deus.

Clique para assisti-lo

Recebi a triste notícia no sábado, (26), bem cedinho, e ainda dormia, quando Rita, minha esposa me chamou, chorando e sem poder me explicar o que havia acontecido com você. Isto para mim foi tão triste, em saber que você resolveu dar fim a sua estimada vida.

Adeus, Anathália Queiroga! Um dia, todos nós, parentes e amigos,  estaremos juntinhos de você. Poderá demorar, mas não teremos outro caminho. A estrada poderá ser outra, mas o caminho será o mesmo que você seguiu para se encontrar com Deus.    

No momento do sepultamento uma jovem, sua amiga e da família, relatou o caso de outra amiga que há poucos meses morrera, lá na UnP de Natal. As três colegas formavam uma trempe que onde uma estava, com certeza, ao seu redor, as outras duas ali se encontravam.

Adeus, Anathália Cristina Queiroga! Adeus! Até o dia em que Deus nos chamarmos para participarmos da sua casa.
  
Se você está com pensamentos negativos, não lhe custa nada imprimir coisas boas na sua mente. Ajoelhe-se diante de Deus, ele te encaminhará  para viver feliz. Não faça jamais o que fez a minha linda e estimada prima, Anathália Cristina Queiroga.

José Mendes Pereira 

Roteiro Histórico e Cultural de Mossoró - 28 de Maio de 2012

Por: Geraldo Maia do Nascimento

A partir de hoje estaremos traçando um roteiro histórica/cultural e porque não dizer também turístico da cidade de Mossoró. Descreveremos alguns lugares e monumentos que contam a história da cidade.
               
Hoje começamos a falar sobre a construção do Hotel Thermas de Mossoró e da descoberta do petróleo em campos terrestres no Rio Grande do Norte. Parece, a primeira vista, estranho, mas os dois fatos estão interligados. Vamos conhecer essa história.
               
No final dos anos 70 o governo do Estado do Rio Grande do Norte passou a elaborar um plano de interiorização do turismo no Estado, já que até aquela ocasião, só a capital Natal recebia turistas. Como a iniciativa privada não tinha interesse em construir hotéis pelo interior, o próprio governo tratou de munir algumas regiões de acomodações adequadas para viabilizar o turismo. Algumas cidades praieiras e serranas foram beneficiadas com esses equipamentos. Para essas cidades, o principal atrativo para os turistas seria a própria natureza.
               
A cidade de Mossoró, segunda maior do Estado, também deveria receber um hotel para incrementar o turismo. O problema é que Mossoró, por se encontra em pleno sertão nordestino, não oferecia nenhum atrativo natural que pudesse atrair turistas. Sabia-se, no entanto, da existência de águas térmicas na região, em temperatura que chegava a atingir 50°C. Essa seria a solução: construir um hotel com piscinas de águas térmicas. Em 1979 o DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral – perfurava o poço que alimentaria o hotel. Sabia-se que o lençol de águas térmicas estava a uma profundidade de aproximadamente 1000 metros. O poço foi concluído, toda a tubulação instalada e a bomba foi ligada para o enchimento das piscinas. No dia seguinte, para surpresa de todos, as piscinas estavam cheias de uma mistura de água com óleo, mistura essa indesejável para um hotel que já tinha até a festa pronta para a sua inauguração.
              
A Petrobras foi chamada e constatou que havia uma camada de petróleo a pouco mais de trezentos metros de profundidade. Perfurou outro poço para o hotel, bem isolado para não ser contaminado pelo óleo, e declarou a existência de um campo petrolífero em solos mossoroenses. Esse primeiro poço está em atividade até hoje no interior do hotel.
               
É comum se brincar com esse episódio, dizendo que em Mossoró é mais fácil achar petróleo do que água.
               
Geraldo Maia do Nascimento

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Fonte:

NAVEGANTE SEM PORTO (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

NAVEGANTE SEM PORTO

Um dia acordou cedinho, caminhou até a beirada da água, molhou os pés, lavou o rosto, e de olhos mais abertos para o mundo se pôs a olhar para os lados e para o horizonte.

Com o coração cheio de felicidade, sorriu para as paisagens ao redor e disse a si mesmo que era hora de partir, de colocar o barco mais adiante nas águas e conhecer um mundo novo e outras realidades.

Queria conhecer outras realidades, principalmente as belezas das ilhas distantes e dos portos desconhecidos que certamente lhe dariam guarida. Tinha a máxima convicção que igualmente ao maravilhoso mundo em que vivia, outros lugares distantes estavam assentados na paz e tranquilidade.

Ora, já estava até cansado de estar ali na sua beira de mar vivendo instantes maravilhosos dia após dia, sem nada que trouxesse maiores preocupações, bem como de ter conhecimento de que as cidades viviam em grande prosperidade e bonança, com pessoas comungando as grandes realizações e as belezas da vida.

No mesmo dia fechou a porta do barraco, se despediu da pedra grande onde sentava ao entardecer, da concha na areia que mantinha sempre no mesmo lugar, da sereia que namorava de vez em quando, colocou alguns pertences dentro do barco e partiu singrando os mares, tomando rumo ignorado.

Como já afirmado, deixou seu lugar num tempo de riqueza da vida e fraternidade entre as pessoas, num tempo de compartilhamento e comunhão, em dias de pacífica convivência e grandes realizações em proveito da humanidade. E esperava encontrar essa mesma feição ao retornar, pois um dia, qualquer dia desses no calendário da vida, retornaria feliz e realizado ao seu porto, ao seu barraco, às suas maravilhosas paisagens.

Navegou durante cinquenta anos sem aportar em lugar algum, apenas passando por ilhas desertas e rochedos que eram verdadeiras cidades. Não passou fome nem frio, não sentiu saudade nem solidão, fez amizade com peixes, tubarões e gaivotas. Vivia contente e seguia em frente sem pensar em voltar porque sabia que a qualquer momento poderia fazer o barco retornar e reencontrar a felicidade deixada.

Um dia resolveu que já era tempo de voltar ao seu destino de partida. Então perguntou a uma gaivota onde estava naquele momento e ela respondeu que no Mar da Curva do Mundo. E se seguisse um pouco mais adiante correria o risco de o barco virar na curva que o planeta fazia. E lembrou que a terra era oval igual uma bola. Rapidamente ele voltou e foi tendo decepções cada vez maiores em tudo que foi encontrando.

Por diversas vezes teve de fugir apressado para o seu barco não ser destruído por ogivas disparadas por navios em confrontos de guerra. De cima, aviões jogavam bombas que deixavam as águas numa turbulência assustadora. Foi confundido com uma embarcação inimiga e perseguido até encontrar o primeiro porto.

Que lástima! Quando pensou estar salvo não pode nem ancorar por causa de uma revolução que se espalhava por todos os recantos e já alcançava aquelas margens. Tomou rapidamente outro prumo até chegar noutro porto. Assim que se aproximou do cais ouviu uma sirene tocando e acenos dizendo para se afastar. Logo outro barco chegou e o levou para fora das águas daquele país, vez que estrangeiro não era permitido aportar ali.

Se viu prestes a ser atacado por piratas, teve que navegar debaixo de ondas gigantes, não encontrou mais nenhuma ilha que lhe desse guarida. Tudo estava ocupado e por pessoas armadas, ignorantes, brutais. Procurou rochedos livres e não encontrou mais, pois cada um já estava servindo como base de artilharia para uma potência.

E assim, desolado e entristecido, conseguiu navegar até o seu porto, o local de sua partida, o lugar onde vivia e tinha deixado moradia. Tinha a certeza que enfim havia encontrado novamente a paz e a felicidade. Mas logo achou tudo estranho assim que se aproximou.

Sua casa não estava mais ali, mas sim uma grande mansão. Não pôde descer do seu barco porque seguranças armados ameaçaram atirar. E apontaram para o meio das águas, para as distâncias azuis. E para lá ele retornou, sem conseguir jamais pisar em terra firme nem aportar sua pequena embarcação.

Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Dois poetas sertanejos no Memorial Luiz Gonzaga: Bule Bule & Guilherme Machado, no primeiro Salão Baiano de Turismo da Bahia. No Centro de Convenções de Salvador Bahia.


Pesquisador Guilherme Machado e o Poeta Bule Bule.


Vice-Presidente da Astroveres: Guilherme Machado e o Poeta Bule Bule


Cantor; J. Veloso, Guilherme Machado e Bule Bule.


Guilherme Machado e Bule Bule em Uma Homenagem ao Senhor do Bonfim da Bahia.

Antônio Ribeiro da Conceição, nome artístico Bule Bule, nascido em 22 de outubro de 1947, na Cidade de Antônio Cardoso no Estado da Bahia, musico, escritor, compositor, poeta, cordelista, repentista, Ator e cantador.Ao longo dos seus mais de trinta e oito anos de carreira gravou  seis Cd’s  (Cantadores da Terra do Sol,  Série Grandes Repentistas do Nordeste, A fome e A vontade de Comer, Só Não Deixei de Sambar, Repente Não Tem Fronteiras e Licutixo), quatro livros editados (Bule Bule em Quatro Estações, Gotas de Sentimento, Um Punhado de Cultura popular, Só Não Deixei de Sambar), mais de oitenta cordeis escritos, participação em vários seminários como palestrante, varias peças teatrais e publicitárias agraciadas pelo Prêmio Colunista. Milhares de apresentações durante a sua carreira. Atualmente ocupa o cargo de Gerente de Cultura da Prefeitura Municipal de Camaçarí, diretor da Associação Baiana de Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia e da Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel. Recentemente foi premiado com o Prêmio Hangar De Música no Rio Grande do Norte junto com Margaret Menezes e Ivete Sangalo.


Canto pra cantar feliz (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

Canto pra cantar feliz


Lá fora o amanhecer
pelos campos floridos
o orvalho ainda na relva
as flores brotando perfumes
e eu de coração temeroso
perdido em tantos ciúmes

ciúmes da festa para o meu amor
dos roseirais disputando aromas
do vento soprando os cabelos
dos passarinhos cantando ao lado
da natureza fogosa e faceira
oferecendo a ela um lindo buquê
chamando pra dançar uma valsa
convidando a ouvir sua música
recebendo de volta o lindo sorriso
na face rósea e sublime do meu amor

quem dera ser a fruta madura
que as mãos recolhem no pomar
o lábio lilás me deixando um beijo
a felicidade chegando em cortejo
e dar as mãos em perfeita união
unir os corpos num só coração
e voar bem alto à igreja do céu
encontrar a paz depois desse véu
e voltar para o mundo um dia
numa nova manhã de eterna alegria



Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com
 

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