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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A CONDESSA BELIGERANTE


Constance Markievicz, nascida Gore-Booth foi uma mulher beligerante, mesmo sendo uma condessa anglo-irlandesa revolucionária, sufragista, além de pertencer a partidos políticos, sempre em prol da independência da Irlanda.

Nasceu em 1868, em Londres e foi a primeira mulher eleita para a Câmara Britânica dos Comuns e ocupou cargos importantes no Ministério do Trabalho. Filiou-se à União Nacional das Mulheres indo morar em Paris onde conheceu o conde Casimir Markievicz com quem se casou.

Constance sempre esteve engajada nos movimentos revolucionários como a Revolta da Páscoa, em 1919 onde teve papel de líder. Essa revolta aconteceu na Semana da Páscoa visando à independência da Irlanda do Reino Unido. Durante a contenda, ela feriu um franco-atirador inglês. Foi presa juntamente com 70 homens, mas foi perdoada por ser mulher.

A ela, é atribuído o famoso conselho para as mulheres: “use saias curtas e botas longas. Deixe as joias no banco e compre um revólver”.

Morreu em 1927 de uma crise de apendicite na Irlanda.

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A ARTE DA CACHAÇA (CASCA DE PAU NA FEITURA E NA BEBERANÇA)

Por Rangel Alves da Costa*

Já se vão quase seis anos que não tomo uma talagada boa de casca de pau. Nem aguardente matuta nem qualquer outra bebida que passarinho não beba. Mas quando me oferecem uma dose ou um copo gelado logo respondo que ainda não, mas quando chegar o tempo certo tudo será dispensado em nome da casca de pau. Não beberei outra coisa senão aguardente misturada à raiz, folha ou casca de angico, umburana, quixabeira, hortelã, quebra-pedra, barbatimão, cidreira, e por aí vai. E digo mais: além de ser cachaça da boa é também incomparável remédio.

Para uma noção da farmácia existente após cada pé de balcão, dores, luxações e disfunções orgânicas, além de uma série de enfermidades, são curadas com a dose certa da cachaça certa. O vendeirim prescreve até duas doses, avisando ainda que encher a cara imaginando cura rápida terá efeito contrário. Além de bêbado, o sujeito certamente terá de amargar o sofrimento de uma doença não curada e de uma ressaca que parece sem cura. Por isso mesmo é preciso muito cuidado ao chegar num pé de balcão pensando que é farmácia.

A casca de pau, assim comumente chamada entre os apreciadores, além de aperitivo costumeiro ou como remédio, é consumida pelos mais diversos motivos e justificativas. É bebida para esquentar, para animar, para chamar o apetite, para garantir a barriga após a ingestão de alimentos gordurosos ou pesados. Só desavisado come carne de porco sem antes virar uma relepada. Antes e depois de uma buchada será preciso se garantir com uma boa dose. Segundo um vendeirim conhecido, mágoa de paixão só é curada na cachaça com raspa de canela. Já para dor de corno só mesmo misturando a cachaça sem o traído saber. Não demora muito e já estará mansinho e conformado.

Segundo os donos de botequim e velhos afeitos à beberança, a cachaça com a casca de umburana serve para curar inflamações, dores nas juntas, reumatismos e problemas do pulmão. A pinga com casca de angico é curativa em casos de diarreias, de doenças das partes de baixo, de gripes e resfriados, como cicatrizante nas contusões e cortes. Contudo, alertam que o exagero no angico pode fazer com que os olhos avermelhem de tal modo que parecem sangrar. Já a aguardente com quebra-pedra é utilizada para combater doenças nos rins, daí o seu nome.


A cidreira é um santo remédio, dizem os conhecedores da bebida. Afasta o nervosismo, cura problemas de digestão, é anestésico e analgésico, cura meio mundo de enfermidades. Outra unanimidade é a barbatimão. Conheço muito gente que bebe a infusão para qualquer problema que se relacione a dor, machucado ou contusão. A listagem é imensa, com cada raiz, folha, casca ou pó, tendo uma destinação específica, ou várias delas com a mesma serventia. Mas tem gente que prefere a cachaça sem mistura, mas desde que seja legítima e de engenho. Ainda assim diz que cura os males da tristeza e do amor não correspondido.

Nanô, um dos mais antigos donos de botequim do sertão sergipano, certa feita me relatou acerca da correta preparação da cachaça com raiz de pau. Ele mesmo, ainda que já tenha passado dos oitenta, vai de facão à mão em busca da folha, da casca ou da raiz. Ao retornar, deixa tudo secar e somente dias depois é que vai colocando a porção certa em cada garrafa. Não é preciso colocar nova porção quando a cachaça acaba, somente quando a coloração vai revelando a perda da essência. Ainda assim, a garrafa ficará maturando toda vez que é novamente cheia de aguardente. Somente quando toma cor é que começa a ser servida.

Conheci muitos donos de botequins e biroscas especializadas em casca de pau. Também conheci e ainda preservo amizade com muitos apreciadores da autêntica cachaça matuta. Todos afirmam que é no preparo que está o segredo da boa pinga. E também no modo de servir. O maior mal é misturar água na cachaça, pois não só tira sua qualidade como provoca inchaços no bebedor. Também não é qualquer quixabeira ou angico que sirva à misturação. A planta não pode ser nem velha nem nova demais, e sem esquecer a quantidade certa em cada garrafa. Casca demais faz com que a cachaça perca o sabor e comece a amargar.
Também não é em qualquer copo que se deve beber a pinga sertaneja. Muita gente se nega a ser servido em copo comum, exigindo aquele copinho miúdo, de fundo grosso, com feição desgastada pelo uso. O balcão também é de relevo na beberança. Casca de pau só é boa quando pedida e bebida no pé de balcão, e com um santo beberrão abaixo para o pingo certo ser derramado. E se na ponta do balcão houver um umbu verdoso, então a segunda dose já estará assegurada. Não se deve cuspir depois de virar a dose. Ora, quem cospe joga fora toda a magia da bebida.

Noutros tempos, quando os velhos vaqueiros se reuniam ao pé do balcão para as doses do dia, verdadeiro encanto era ouvir suas histórias, seus causos, suas conversas sobre bichos, secas, boiadas e currais. E mais ainda se, junto a eles, brindasse à vida sertaneja na casca de pau. E logo surgia o aboio, a toada, o canto de um povo no seu remanso.

Poeta e cronista
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LIVROS DO ESCRITOR ANTONIO VILELA DE SOUZA


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SÓ COMO CONHECIMENTO - ALEXANDRE O GRANDE: QUANDO, À BEIRA DA MORTE...

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Quando, à beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus 3 últimos desejos:

1. Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2. Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...);

3. Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões. Alexandre explicou:

1. Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;

2. Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3. Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos.


http://pensador.uol.com.br/frase/NzI3Nzk1/

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LIVROS DO ESCRITOR GILMAR TEIXEIRA


Dia 27 de julho de 2015, na cidade de Piranhas, no Estado de Alagoas, no "CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2015", aconteceu o lançamento do mais novo livro do escritor e pesquisador do cangaço Gilmar Teixeira, com o título: "PIRANHAS NO TEMPO DO CANGAÇO". 

Para adquiri-lo entre em contato com o autor através deste e-mail: 
gilmar.ts@hotmail.com


SERVIÇO – Livro: Quem Matou Delmiro Gouveia?
Autor: Gilmar Teixeira
Edição do autor
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Valor: R$ 30,00 + R$ 5,00 (Frete simples)
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A VIDA E A HISTÓRIA DE VIRGULINO FERREIRA DA SILVA (LAMPIÃO)

por Eduardo Coelho

A história do Brasil é repleta de passagens curiosas e personagens fortes e marcantes, condizentes com a originalidade proveniente da miscigenação de raças e povos oriundos de lugares e contextos primitivamente diversos.

E essa riqueza e esse contraste que formam a nossa folclórica história nacional, só poderia ser constituído de tal forma, graças aos personagens que ajudaram historicamente a enriquecê-la. Seja com sua excentricidade, ou com sua bondade, por instintos heroicos ou lutadores.

Mas uma questão paira sob o ar. Lampião, o famoso cangaceiro companheiro da icônica Maria Bonita, foi um herói ou um bandido? Abaixo vamos contar um pouco pra vocês sobre as origens desse personagem fortíssimo da cultura nacional. E alguns dos fatores que o induziram ao caminho errado. Confira logo abaixo:

Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião…

Quando criança era conhecido por fazer enormes peraltices nas ruas de Serra Talhada, município que ele nasceu no interior pernambucano. E foi lá também que começou a cometer seus primeiros delitos, quando ele ainda era bem jovem, ao se juntar com cangaceiros como Sebastião Pereira, um dos mais primitivos.


Conhecido por ações sanguinárias, assaltos as fazendas, e propriedades privadas, roubos em vielas, o cangaço surgiu na transição do século XIX pro século XX.

Eram basicamente pessoas que não possuíam uma residência fixa, sendo então contratados pelos grandes coronéis da época, para efetuarem seus servicinhos sujos. Eram basicamente os terceirizados quando se tratava de algum ato ilícito do intuito de algum ‘poderoso’ por trás. Os cangaceiros eram contratados por viverem e conhecerem bem a região ao qual os permeavam, sabiam guaritar nas matas dispersas da região e raramente podiam ser pegos.

Por volta do ano de 1915 Virgulino acusou um empregado do seu vizinho chamado de José Saturnino de realizar furtos de gados e galinhas de sua propriedade, o que fez com que as famílias de ambos acabassem rivalizando. Proveniente disso, Lampião e seu irmão acabaram se tornando bandidos de verdade e essa rivalidade com Saturnino, limou os pais de ambos.

Lampião jurou vingança pelo extermínio de seus pais e começou a atacar uma série de fazendas, com o auxílio de familiares seus, entre eles, primos, sobrinhos, tios, além do irmão. Lampião era da política do: “Cada um tem o Lampião que merecer”, ou seja, se você o enobrecia, ele lhe tratava respeitosamente, já se o contrário ocorria… Bem, melhor  darmos um mero exemplo: Certa vez, um de seus parceiros de cangaço foi punido com a ingestão de 1 quilo de sal (sim 1 quilo de sal) antes de ser esquartejado parte por parte na frente de sua própria esposa.


No ano de 1926, o governo brasileiro decidiu aliar-se ao cangaceiro distribuindo inclusive fardas e fuzis automáticos, sim, o governo deu munição aos cangaceiros para eles auxiliarem a combater a Coluna Prestes. Lampião disse que só aceitaria quando a justiça concedesse a ele anistia de todos os crimes cometidos.

Lampião é idolatrado por uns, visto como se fosse um Robin Hood do sertão brasileiro, porém ele também odiado por muitos que dizem que ele era um bandido cruel e sanguinário.

A minha resposta pessoal se ele era ou não uma pessoa RUIM, é a que depende do ponto de vista. Afinal, para analisarmos isso friamente, é evidente que precisamos levar em conta a situação de miséria, fome, seca e precariedade que ele e seus companheiros estavam inseridos. Mas que mesmo assim não justifica de forma alguma, a crueldade e o sangue frio que ele tinha para lidar com a morte de terceiros. Nem um total bandido muito menos um herói.

Santo ou Pecador? Qual a sua opinião ao respeito desse personagem folclórico brasileiro?

http://www.fatosdesconhecidos.com.br/vida-e-historia-de-virgulino-ferreira-da-silva-lampiao/

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PERSONAGENS DA HISTÓRIA... DAVI JURUBEBA


Foi um dos componentes da Força Policial Volante de Nazaré cujos membros eram conhecidos como “NAZARENOS” devido ao local de sua origem.

Foi um incansável e destemido perseguidor de Lampião e seu bando, assim como do banditismo de um modo geral que infestava a região Nordeste durante as primeiras décadas do século passado.

Davi Jurubeba em certa ocasião desafiou o Rei do Cangaço para brigarem com facas, o que foi recusado pelo experiente cangaceiro que não viu na proposta um bom negócio.

Davi Jurubeba é também apontado como o autor do tiro que ao atingir um pé de Quipá seus espinhos teriam atingido e perfurado o olho direito de Lampião, o que lhe causou cegueira definitiva.

Seu nome está escrito para sempre na história do cangaço como um dos mais corajosos e destemidos caçadores de cangaceiros de todos os tempos.

DAVI JURUBEBA...
Abaixo uma fotografia pouco conhecida de Davi Jurubeba.
Foto: Acervo pessoal
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior
Grupo: O Cangaço

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RAPADURA É DOCE, MAS NÃO É MOLE...


Dentre todas as grandes batalhas travadas entre Lampião e as volantes, é considerada a de maior porte e contingentes, a da Serra Grande.

Segundo o pesquisador/historiador Antônio Amaury, em seu livro "De Virgulino a Lampião", teriam participado deste combate cerca de 80 cangaceiros contra 320 soldados.

Segundo relatos de Antônio Andrade, "...Nesse episódio, o bando de cangaceiros enfrentou pela primeira vez uma volante com armas automáticas: duas metralhadoras hotkiss."

Estavam contidas nessa 'empreitada' os comandantes Capitão Higino Belarmmino de Morais, Sargentos Arlindo Rocha, Manoel Neto e Euclides Flor, além do comando geral do comandante Major Teophane Ferraz Torres, que quando no local chegou, suas tropas já tinham atacado. ("Sertão Sangrento: Luta e Resistência"- SOUZA, Jovenildo Pinheiro de.)

Nessa batalha, o comandante Arlindo Rocha é ferido na mandíbula. O valente Manoel Neto tem suas pernas atingidas pelas balas dos cangaceiros e, mesmo assim, ao ser socorrido por um companheiro, continua atirando mesmo estando sendo 'transportado' em suas costas...

O embate teve início na manhã do dia 26 de novembro de 1926 e se estendeu até o final da tarde... nesse momento, as forças volantes pernambucanas, se retiraram, deixando um resultado de cerca de 40 homens mortos e/ou feridos. Já sobre o bando de Lampião, relata-se de que não houve baixas.

Em meios ao tiroteio, gritos, desaforos e ameaças são proferidos de ambas as partes...

Em certo momento, o grande rastejador Antônio Caboclo é morto. O rastejador foi a peça mais importante na perseguição dos bandos de cangaceiros. Eram mínimos os detalhes deixados por aqueles que fugiam, mas, mesmo assim, o rastejador via muito, onde nós nada notaríamos...

Logo no início daquele grande combate o rastejador é ferido. O cangaceiro "Esperança", Antônio Ferreira, irmão mais velho de Lampião, puxa de seu punhal, curva-se por sobre seu corpo e o sangra, impiedosamente. (Lampião: um estudo de buscas e essências"- LEÃO, Aroldo Ferreira).

Antônio Caboclo, o rastejador, tinha na tropa um companheiro muito chegado, era o cabo Raimundo.

Todo soldado tinha a obrigação de levar junto ao seu corpo, objetos, ração, munição e outros apetrechos, necessários para as estadias duradouras, em perseguição aos cangaceiros na caatinga...

Fazendo parte deste apetrecho, tinha os bornais. Sacolas a tira colo, de couro, com um ou mais compartimentos. Dentro, normalmente, se transportavam a munição das armas longas...

Pois bem, no bornal do cabo Raimundo, havia um alimento, produzido artesanalmente em engenhos, que denominamos 'rapadura'. Esse doce é feito a parir do caldo da cana, que ao ser cozinhado até chegar ao 'ponto', é colocado em formas de madeira...

...ao ver seu amigo, Antônio Caboclo, ser atingido, o cabo ainda tenta ir em seu socorro, mas, naquele momento sente uma pressão muito forte na altura do bornal. Um tiro é disparado pelos cangaceiros e atinge em cheio seu bornal, tendo dentro dele uma rapadura, a mesma desvia a trajetória da bala, e essa faz apenas um pequeno ferimento em sua lateral.

O cabo Raimundo foi salvo por uma 'rapadura', em uma das encostas da garganta da Serra Grande, durante a grande batalha, nas quebradas do Sertão.

Foto tokdehistoria.com.br
Fotofilme da produção de Renzo Taddei (meramente ilustrativa)
correiogourmand.com.br

Seg. Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

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CONHEÇA O MUSEU CRIADO POR UM GAROTO DE 10 ANOS EM MEMÓRIA A LUIZ GONZAGA


Lucas Barbosa
lucasbarbosaaraujo@opovo.com.br

Pedro Lucas criou um espaço com mais de 100 objetos para reproduzir a vida e a obra do Rei do Baião.

Em 2013, Pedro Lucas Feitosa, então com 8 anos, voltou encantado de uma visita que fizera ao Museu do Gonzagão, em Exu (PE). Ao voltar para a sua casa, no Crato (Cariri cearense), Pedro Lucas já sabia como dar vazão à admiração que nutria por Luiz Gonzaga: ele criaria um museu dedicado ao Rei do Baião, na casa em que sua falecida bisavó morava, vizinha à dele.

Três anos depois, o espaço na rua Rua Alto da Antena, no distrito de Dom Quintino, reúne cerca de 100 objetos que recriam a época em que Gonzagão viveu. Pedro Lucas guia as visitas no local, contando a história de cada objeto do museu, função que divide com o primo, Caio Éverton, de 8 anos. Além de vinis do artista, o museu exibe sanfonas, ferramentas de trabalho e utensílios, partes do universo cantado por Luiz Gonzaga.

Confira um tour no museu feito pelo próprio Pedro Lucas:

Clique no link abaixo:

- http://www.opovo.com.br/app/ceara/crato/2016/01/14/notcrato,3561545/garoto-de-10-cria-museu-em-homenagem-a-luiz-gonzaga-no-crato.shtml#.VpfUgUEOjfw.facebook

Não são só os objetos que recriam a vida e a obra de Luiz Gonzaga. Pedro Lucas observa que a casa da bisavó poderia muito bem a "sala de reboco" que Gonzagão cantava ser palco da dança com o seu "benzinho". Os bens exibidos no museu são fruto de doação de conhecidos.

A paixão pela música de Luiz Gonzaga vem de quando ele tinha cinco anos. Em uma festa de São João na escola, Pedro Lucas conta ter ouvido “Numa Sala de Reboco” e ter gostado tanto da música que passou a cantá-la frequentemente. Uma tia dele viu o gosto pela música e presenteou-o com um CD de Luiz Gonzaga.

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O gosto pelo forró pé-de-serra impressiona o pai de Pedro Lucas, o agricultor Antônio Feitosa de Souza. Ele conta "estranhar" uma "criança de hoje em dia" gostar de músicas antigas. Antônio e a família ficaram "encantados", mas também "assustados" com uma criança "dessa idade" criando um museu, conta Pedro Lucas.

Na manhã desta quinta-feira, 14, seis pessoas já haviam ido visitar o Museu de Luiz Gonzaga. O museu fica disponível a visitações nos turnos da manhã e da tarde, enquanto Pedro Lucas não voltar às aulas — ele irá cursar neste o 6° ano do Ensino Fundamental.

Pedro Lucas afirma que a iniciativa não parará na infância. Ele que ser um museólogo quando crescer. Conciliará a profissão com a sanfona, diz, instrumento que tem o sonho de aprender a tocar, como o ídolo Luiz Gonzaga.

Saiba mais:

O Museu de Luiz Gonzaga fica na rua Rua Alto da Antena, nº 69, distrito Dom Quintino — Crato (CE).
Mais informações podem ser obtidas na página do museu no Facebook.

Enviado pelo poeta, escritor, pesquisador do cangaço e Gonzagueano Kydelmir Dantas

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AINDA O PADRE CÍCERO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 15 de janeiro de 2016 - Crônica N. 1.496

A Igreja quer fortificar a fé católica no Brasil, indo buscar o “proscrito” para as suas hostes antes que outros seguimentos assim  o façam. Para isso inventou uma história absurda: o toco do perdão. Perdão de quê? Não se perdoa a quem não cometeu erros. A minha Igreja, rica em empáfia, era quem deveria pedir perdão ao santo nordestino e a seus romeiros, pela inveja do bispo da época e seus covardes seguidores. Essa mesma igreja dos longos crimes de “Inquisição”, jamais teve em altas autoridades e em padres medíocres um só milagre registrado por esses pobres coitados. A nossa Igreja Católica já errou muito e continua errando desde os ciúmes do bispo do Crato em não possuir os mesmos poderes espirituais do padre Cícero. Negou os milagres de Romão com inveja – unicamente – ao jovem sacerdote. E com esse erro secular de inveja e prepotência, viu cada vez mais o aumento de romeiros pelo já consagrado por eles. Observando outras religiões crescendo no mundo e, a católica estagnada dentro do caramujo da arrogância e da ambição mundana de riqueza, resolve “reabilitar” o Homem. Uma tentativa de driblar os seguidores do padre.

Padre Cícero - Foto popular

Gente simples e humilde de pouca compreensão pode até engolir essa tal “reabilitação” com perdão tapeador. Padre Cícero não precisa de perdão e de engodo, pois tem feito muito mais milagres agora de que quando encarnado. É por esse e outros perdões carentes de causa que a minha igreja se encastela nas mordomias, riqueza e inveja, cujas estrelas valorosas são frustradas.

Historiadores e biógrafos de Cícero atestam bem a vida agitada do representante de Deus e os cuidados ao seu povo nordestino. Mesmo assim, o fundador de Juazeiro do Norte ainda é uma figura polêmica, notadamente, entre os que não suportam o destaque e a fama de outrem.

Ora, se o Cristo que tinha tantos poderes foi caluniado, quanto mais o seguidor fiel e missionário!

Padre Cícero já é santo, dizem seus devotos. Mais uma vez a Igreja chegou tarde. Veio em lombo de jegue.



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A ÚLTIMA MORADA DE DONA MARIA FERREIRA DA SILVA (QUEIROZ) “DONA MOCINHA” IRMÃ DE LAMPIÃO.


Ontem (13/01/2016) comecei o dia preparado para colocar em prática algo que há dias estava programado e saí de casa logo cedo, saindo da Zona Sul em direção à Zona Norte de São Paulo/SP, rumo ao “Cemitério Chora Menino” que fica localizado no Bairro Imirim, local em que está sepultada a Senhora MARIA FERREIRA DA SILVA (QUEIROZ) “MOCINHA”, irmã de Lampião.

Dona Maria Ferreira da Silva (Queiroz)

Apesar de ter obtido informações através da administração do cemitério, a localização da sepultura não foi fácil, devido à posição geográfica e a aglomeração dos túmulos ali existentes.

Após certo tempo de procura deparei-me com uma sepultura simples parcialmente coberta por folhas e galhos de árvores, repleta de barro em sua superfície, e sem a devida placa de identificação, a qual após fazer uma busca pelas proximidades consegui localizar jogada entre os túmulos em meio ao mato e o barro.

Fiz uma limpeza superficial em cima da laje da sepultura com o auxílio de um dos coveiros, que me ajudou na limpeza da placa, e a colocamos na posição e no local correto, para finalmente poder realizar as fotografias.

Confesso que para mim que estudo há anos o cangaço foi duro presenciar aquela cena que sinceramente não condiz com o valor histórico que essa personagem tem para a história do cangaço e do Nordeste.

Dona Mocinha mesmo não tendo tido envolvimento direto com a história do cangaço, assim como suas demais irmãs (Virtuosa, Angélica e Anália) e irmão (João Ferreira), conheceu segredos familiares e sofreu as dores e agruras causadas por causa do envolvimento de seus irmãos (Virgulino, Antônio, Livino e Ezequiel Ferreira) com a vida cangaceira. Em vida tornou-se referência para estudiosos e pesquisadores por ter sido irmã do célebre cangaceiro Lampião.

Além de ter testemunhado e presenciado momentos difíceis da vida de sua família, teve a grande dor de perder seus pais ainda na flor da adolescência, tendo ainda que conviver durante toda a sua existência com o estigma de ser irmã do cangaceiro mais procurado e considerado inimigo público número 1 (um) do Nordeste, sofrendo preconceitos e discriminações.

Dona Mocinha residiu durante seus últimos dias de vida no bairro de Santana na Zona Norte de São Paulo, onde morava com familiares (Filhos).

Embora em seu documento de identidade conste a data de 01 de janeiro de 1906 como a de seu nascimento, conforme podemos observar na inscrição da placa (Foto), havia outro documento comprovando que ela teria nascido no ano de 1910.

Dona Mocinha faleceu no dia 10 de fevereiro de 2012 na cidade de São Paulo/SP, e era a última irmã de Lampião ainda viva.

FICA AQUI O REGISTRO PARA O CONHECIMENTO DOS MEMBROS, AMIGOS (AS) E SIMPATIZANTES DO NOSSO GRUPO.
DESCANSE EM PAZ...
LOCAL DO SEPULTAMENTO: CEMITÉRIO CHORA MENINO
BAIRRO IMIRIM (ZONA NORTE) - SÃO PAULO/SP.
QUADRA GERAL: 02
TERRENO: 51

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)
Grupo: O Cangaço

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