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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Só enquanto não vem cangaço: - Uma humanidade desumana


Esta cena dói no meu "EU", no seu "EU" e no "EU" de todos nós que somos pobres.

Amigos leitores:

Qual será o futuro desta criança? Tanta vontade de viver como todas as outras crianças do mundo? Mas infelizmente não teve a mesma sorte dos filhos dos ricos, ou dos arranjados, ou dos menos favorecidos. Este não está relacionado no meio dos menos favorecidos, mas no meio da fome sem ser resolvida. 

Mas infelizmente o homem é um verdadeiro animal, dos mais selvagens, dos piores, dos oportunistas, dos que desviam as verbas e não importam com os outros. Uns com tantos e outros sem nada. Mas se procurar saber porque isto acontece, ninguém sabe explicar. Os muitos países ricos deveriam, pelo menos matar a fome das crianças pobres de alguns países.

E ainda, talvez culpam Deus. Deus criou o mundo para todos os viventes, com alimentação franca, sem faltar, mas o homem esconde a metade, e se faz a distribuição, é como diz o poeta Luiz Gonzaga em sua canção: 

"Um pa eu, um par eu, um pa eu, outo pa eu, um pa tu, um pa eu, um pa eu, outo...".

Quem não sabe contar passará muita fome neste mundo de meu Deus. A bíblia diz que: "É mais fácil um elefante passar pelo fundo de uma agulha, do que um rico se salvar".

Também poderá! O rico o orgulho está presente a todo momento. Não desgruda dele. Não ver os pobres com bons olhos. Pobre tem mesmo é que se ferrar. E assim vão recolhendo para si o que pertence a todos. Por que nasceu no seio da pobreza? Ele é que é feliz, dinheiro a todo instante. Que morram de fome! Ele diz que não tem nada com isso. Mas Deus está observando o orgulho que você conserva no seu "EU". Cuidado, cara!

Quem não sabe contar passará muita fome neste mundo de meu Deus. Esta cena dói no meu "EU", no seu "EU" e no "EU" de todos nós.

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Homenagem ao amigo José Mendes Pereira


Hoje o Cariri Cangaço presta uma sincera e justa homenagem a um dos grandes da comunicação digital regional. Mantenedor e administrador de um blog, o estimado amigo José Mendes Pereira Mendes tem se notabilizado pela correção, lucidez e a facilidade com a qual faz e preza os amigos, além de manter o querido blog do Zé Mendes, simplesmente sensacional, 

Caro Mendes, parabens por seu herculeo trabalho e receba o abraço do Cariri Cangaço ! CONHEÇA:

A família Cariri Cangaço

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Programação do XVI Fórum do Cangaço 2014


A SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço anuncia a Programação Oficial do XVI Fórum do Cangaço a se realizar na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte.

Tema: Cangaço e turismo numa perspectiva pedagógica e empreendedora

Mossoró/RN - 02 a 04 de junho de 2014
Local: Auditório da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais – Fafic
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Dia 02/06/14 – Segunda-feira

19h15min
Local: Auditório da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da UERN
Solenidade de abertura

20:00h
Diplomação de novos sócios da SBEC

20:30h
Conferência de abertura
Tema: O roteiro do cangaço e a pedagogia das atividades de campo na cidade de Mossoró/RN
Conferencistas:
Cinara Filgueira Maciel
Maria Gorete Serra Sousa

21:30h
Programação cultural
Genildo Costa

Dia 03/06/13 – Terça-feira

19:30h
Palestra e lançamento da obra:
Título: JARARACA: memória e esque
cimento nas narrativas sobre um cangaceiro de Lampião em Mossoró
Palestrante/autor: Marcilio Lima Falcão

Dia 04/06/14 – Quarta-feira

09:00h
Assembléia Geral da SBEC
Eleição e posse da diretoria para o biênio 2014-2016

19:30
Palestra e lançamento da obra:
Titulo: DOS VERSOS ÀS CENAS:
O cangaço no folheto de cordel e no cinema
Palestrante/autor: Gilvan de Melo Santos

AGENDA COMPLETA:

26/05 a 02/06/2014: período de inscrições
Local de inscrição: Departamento de História da UERN
Taxa de inscrição: R$ 20,00
Carga horária: 16h
02 de junho das 14:00h às 19:00h: credenciamento
02 a 04 de junho: Evento

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes

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Arquitetura do Sertão

Por Juliana Sayuri
Casa da fazenda Sabugi, no Rio Grande do Norte – Foto – Nathália Diniz

O sertão é do tamanho do mundo, dizia Guimarães Rosa. Dizia como ainda dizem os que se enveredam pelos tortuosos caminhos dos rincões nordestinos em busca de histórias, respostas, saberes. Não raro, porém, muitos retornam dessas terras ainda mais intrigados com novas questões. A pesquisadora Nathália Maria Montenegro Diniz mergulhou diversas vezes nesse território. Ali nasceram a dissertação de mestrado Velhas fazendas da Ribeira do Seridó (defendida em 2008) e a tese de doutorado Um sertão entre tantos outros: fazendas de gado nas Ribeiras do Norte (em 2013), ambas realizadas sob orientação de Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Nessas empreitadas, ela encontrou não apenas respostas a seus estudos sobre a arquitetura rural do século XIX sertão adentro, mas também questionamentos novos que deram fôlego para um novo projeto de pesquisa, vencedor da 10ª edição do Prêmio Odebrecht de Pesquisa Histórica – Clarival do Prado Valladares, divulgado em dezembro. O projeto O conhecimento científico do mundo português do século XVIII, de Magnus Roberto de Mello Pereira e Ana Lúcia Rocha Barbalho da Cruz, também foi premiado. Os vencedores foram escolhidos entre 213 trabalhos inscritos pela originalidade dos temas. O prêmio inclui a produção e publicação de um livro, sem valor predeterminado.

É difícil desvencilhar a história pessoal de Nathália Diniz de seu itinerário intelectual. De uma família de 11 filhos originária de Caicó, na região do Seridó, interior do Rio Grande do Norte, ela foi a primeira a nascer na capital potiguar. Em 1975, a família mudou-se para Natal – professores de matemática por ofício, os pais pretendiam oferecer melhores condições educacionais para os filhos. Nas férias e feriados todos retornavam à pequena cidade, onde ficavam em uma das casas das fazendas que pertenceu ao tataravô da pesquisadora. “Logo cedo pude notar as visões diferentes construídas sobre o sertão nordestino. As casas que eu via não eram as mesmas retratadas nas novelas de época, da aristocracia rural. Era outro sertão”, lembra.

Nathália Diniz

Graduada em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Nathália quis explorar os outros sertões esquecidos no século XIX, mais especialmente no Seridó, uma microrregião do semiárido que ocupa 25% do território do estado. Lá o povoamento se iniciou no século XVII com as fazendas de gado e o cultivo de algodão. Ainda estudante, deu o primeiro passo nessa direção quando participou de um projeto de extensão que investigou os núcleos de ocupação original do Seridó a partir de registros fotográficos e fichas catalográficas feitas por estudantes e pesquisadores. Descobriram, assim, que essas casas, posteriores ao período colonial, mantinham características herdadas da arquitetura colonial ao lado de elementos ecléticos modernos.

Uma vez bacharel, Nathália viajou a São Paulo para participar de um encontro de arquitetos e deparou com o processo seletivo para mestrado na FAU. Decidiu, então, despedir-se do Nordeste para estudar na capital paulista. “Foi preciso partir para poder redescobrir os sertões”, diz ela. Para seu projeto de dissertação, a jovem arquiteta tinha um trunfo: a originalidade da pesquisa sobre as casas de Seridó. “Quase ninguém conhece aquele patrimônio. Quis apresentar essa realidade nas minhas pesquisas.”

Nathália investigou o acervo arquitetônico rural do Seridó, de formas simples e austeras, sem o apelo estético de outros exemplares do litoral nordestino. Essas construções, entre casas de famílias, casas de farinha e engenhos, representam um tipo de economia do século XIX alicerçado no pastoreio e no cultivo de algodão. Embora fundamental para a identidade da região, segundo o estudo, esse acervo composto por 52 edificações conta com poucas iniciativas concretas para tornar viável sua preservação.

Casa da fazenda Almas de Cima, também no Rio Grande do Norte: preservação ainda precária - Fonte - Nathália Diniz
Casa da fazenda Almas de Cima, também no Rio Grande do Norte: preservação ainda precária – Fonte – Nathália Diniz

No início do século XVII, com o povoamento do interior do Rio Grande do Norte, sesmeiros pernambucanos fincaram raízes no Seridó. Foi no século XVIII que surgiram as casas na região feitas de taipa, com madeiramento amarrado com couro cru, chão de barro batido e térreas, com telhado de beira e bica. Lentamente, as casas de taipa passaram a alvenaria, com tijolos apenas na fachada. Por fim, no século XIX, o Seridó ficou marcado pela construção de grandes casas de fazenda, habitadas pelo proprietário, familiares, agregados e escravos.

No doutorado, a arquiteta expandiu horizontes, territoriais e teóricos. Por um lado, debruçou-se sobre a arquitetura rural vinculada às fazendas de gado nos sertões do Norte (atuais estados da Bahia, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte). Ela mapeou um acervo de 116 casas-sede a partir de levantamentos arquitetônicos do Piauí, Ceará e Bahia. A fim de melhor compreender o patrimônio material e imaterial nas habitações rurais dessa região, entrou nos campos da história social e da história econômica.

Do inventário de 116 casas-sede alicerçadas em pedra bruta, erigidas em diferentes ribeiras (Ribeira do Seridó, do Piauí, da Paraíba, dos Inhamuns e do São Francisco e Alto Sertão Baiano), a pesquisadora notou a heterogeneidade das construções arquitetônicas nas rotas do gado no Nordeste, que mantinham um mercado interno agitado, embora desconhecido, no calcanhar da economia do litoral exportador. Eram ainda construções pensadas para a realidade sertaneja, com sótãos e outras estruturas propícias para arejar os ambientes castigados pela alta temperatura e pelo tempo seco.

A casa da fazenda Santa Casa - Foto - Nathália Diniz
A casa da fazenda Santa Casa – Foto – Nathália Diniz

Contornando ribeiras e atravessando sertões, Nathália Diniz construiu suas investigações a partir de vestígios de tijolo, pedra e barro. Muitas casas de taipa, mencionadas nos arquivos, não resistiram ao tempo e desapareceram. Restaram fazendas formadas por casas-sede e currais. Entre as características da maioria das construções estavam à disposição dos ambientes: os serviços nos fundos do terreno, com tachos de cobre, pilões, gamelas; e a intimidade da vida doméstica no miolo das edificações, com mobiliário trivial, como mesas rústicas e redes, assentos de couro e de sola, baús e arcas de madeira. Em muitas fazendas, em paralelo a criação de gado, cultivaram-se cana-de-açúcar e mandioca, de onde viriam a rapadura e a farinha, que, ao lado da carne de sol, tornaram-se a base da alimentação sertaneja. “A arquitetura rural não segue modelos”, diz Nathália. “Os primeiros proprietários dessas casas eram filhos dos antigos senhores de engenho do litoral. Se a arquitetura rural tivesse um modelo, eles teriam construído casas similares às de seus pais no litoral, o que não ocorreu. A arquitetura dos sertões mostra a formação de uma sociedade a partir da interiorização dos sertões do Norte, de uma economia marcada pelo gado.”

Depois do doutoramento em São Paulo, a pesquisadora retornou a Natal, onde é professora de história da arte e de arquitetura no Centro Universitário Facex. Seu projeto atual é aprofundar a análise arquitetônica das casas-sede, explorando uma lacuna na historiografia brasileira sobre as relações sociais e suas consequências materiais nos sertões, ainda hoje um universo inóspito e incógnito, marcado por longas distâncias e imensos vazios. Esses territórios ficaram esquecidos, apesar de presentes na literatura e nos relatos memorialistas. Daí brotaram generalizações sobre o Nordeste e sua arquitetura rural, ainda compreendida a partir dos padrões dominantes da Zona da Mata pernambucana e do Recôncavo Baiano – o que, nas palavras da pesquisadora, não condiz com a realidade.

Exemplos da arquitetura sertaneja na Paraíba: sede da fazenda Sobrado - Foto - Nathália Diniz
Exemplos da arquitetura sertaneja na Paraíba: sede da fazenda Sobrado – Foto – Nathália Diniz

O novo trabalho será bancado com o prêmio ganho em dezembro e desenvolvido com o apoio de Beatriz Bueno, da FAU-USP. “O projeto de Nathália foi escolhido pela originalidade do tema e pela oportunidade que nos proporciona de compreender o processo de ocupação do sertão brasileiro e suas dimensões econômica, histórica e social”, diz o coordenador do Comitê Cultural da Odebrecht, Márcio Polidoro. Na economia, ela destacará o ferro que marcava o gado e que permitia identificar a fazenda à qual pertencia – até agora, a pesquisadora já coleciona 653 desenhos de ferro diferentes. “Num sertão disperso, sem fronteiras claramente visíveis, pontuado por tribos indígenas inimigas, o gado carregou a representação do território e da própria propriedade dos que vinham de outros lugares”, define. Na sociedade, ao cruzar os inventários post-mortem encontrados nos arquivos e nas casas, pretende compreender e revelar a vida cotidiana do sertanejo que se desenrolava a morosos passos no século XIX. Fará novas viagens para refazer fotografias e rever anotações. Mais uma vez, um retorno às suas raízes e às terras, tão diferentes das que via nas novelas na sua infância. “Ainda procuro o que buscava desde o início: quero mostrar o que eram esses outros sertões. Nós conhecemos a riqueza da arquitetura litorânea, a arquitetura do açúcar e do café. Falta a arquitetura sertaneja”, conclui.

Projeto-Paisagem cultural sertaneja: as fazendas de gado do sertão nordestino (nº 2009/09508); Modalidade Bolsa de Doutorado; Pesquisadora responsável Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno; Bolsista Nathália Maria Montenegro Diniz; Investimento R$ 130.587,92 (FAPESP).

Fonte:http://tokdehistoria.wordpress.com/ confrade Rostand Medeiros 


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João Ferreira da Silva, irmão de Lampião


Este é o João Ferreira da Silva, irmão de Virgolino Ferreira da Silva, o cangaceiro Lampião. Dos cinco filhos homens de José Ferreira da Silva apenas o João não quis entrar para o cangaço. Mas mesmo não tendo participado dele, chegou a ser preso, judiado, humilhado, maltratado, e mesmo assim, não quis usar vingança, como alguns cangaceiros que entraram para o cangaço, devido judiações que os policiais faziam com os seus pais, parentes e aderentes. 

João não quis ser chamado de gatuno, ladrão, salteador larápio, ou outra coisa parecida, e por isso, decidiu seguir o mundo desejado pelos bons, ser um homem do bem, honesto, apesar de que na época do cangaço era favorável aos malfeitores. Livrando-se de balas enviadas pelas volantes, ou sendo capturados, não respondiam pelos seus atos, tudo era "mar de rosas".

Também àquela vida embrenhada às maltas não era o seu desejo, correndo a todo o momento, castigado pelo o sol, poeiras, dormindo sem nenhum conforto, fome e mais fome. Sob um teto já não levava uma vida boa, vivendo num mundo de sofrimentos, sem nenhuma ajuda de governo, só problemas e mais problemas. E no cangaço? O melhor seria mesmo seguir o que muitos sertanejos querem paz e mais nada. 

Este era o desejo do irmão dos cangaceiros, construir uma família, ensiná-la a viver com dignidade, amiga de todos e do mundo. O mundo dos horrores não era a sua praia e nem uma boa opção.

João ainda não perdera nenhum irmão na guerra cangaceira, mas sabia que quem entra para o crime, um dia chegará a sua hora, de ser assassinado, preso pelas as forças do governo, ou até mesmo ser morto pelos seus próprios companheiros, causado por fuxicos rixas, mentiras, invejas, intrigas etc.

E o João bateu o martelo. Não iria ser cangaceiro. Os seus irmãos que não souberam suportar as críticas e as pressões dos seus perseguidores, agora eram alvos da desgraça, da infelicidade, da intranquilidade. Ele sentia na pele tudo o quanto o Zé Saturnino fazia, mas maiores eram os poderes de Deus. Mesmo constrangido interiormente com os desafetos do seu vizinho, não iria perder o rumo da vida.

Uma das coisas que muito lhe incomodava era a maneira que os seus irmãos tentavam calar a boca dos perseguidores, usando a desonestidade, E ele não nascera para esta prática. Não iria manchar o seu nome, fazendo roubos, assaltos e mortes, que muitas vezes eram desnecessárias.

Finalmente o João escolheu o que era bom para ele dizendo:

“- Viver com dignidade é o meu lema. E não envergonharei os meus pais José Ferreira da Silva e Maria Sulena da Purificação, a Maria Lopes, os quais sofreram muito para me criarem, e tenho que retribui-los fazendo o bem, e não o mal. Mesmo sendo pobre, eu tenho que ser um homem da paz. Os horrores não me satisfazem".

Nota: O que escrevi não tem nenhum valor histórico para a literatura cangaceira. É apenas na minha imaginação.

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Câmara assina Termo com Icop para resgate bibliográfico de patronos de escolas

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Solenidade ocorreu na sala da presidência da Casa Legislativa – Cedida

O presidente da Câmara Municipal de Mossoró (CMM), vereador Alex Moacir, e o presidente do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP), Aécio Cândido, assinaram na terça-feira passada, 20, um Termo de Cooperação que visa o resgate histórico-bibliográfico dos patronos das escolas públicas do município. A solenidade ocorreu na sala da presidência da Casa Legislativa, com a presença de membros do Icop, além dos vereadores Vingt-un Neto e Izabel Montenegro.

O Termo de Cooperação institui parceria para a materialização do projeto Câmara Cultural – Resgate Histórico. “A proposta é fazer o levantamento biográfico daqueles que dão nome às escolas públicas municipais, a fim de que a classe educacional possa conhecer a história dos patronos das unidades estudantis”, frisa Alex Moacir.

De acordo com o documento, o Icop ficará responsável pela pesquisa e texto dos perfis bibliográficos de personalidades que dão nome a determinada escola da rede municipal de ensino. Já a Câmara viabilizará a publicação dos ensaios, através de plaquetes, que serão distribuídos entre discentes, docentes e servidores administrativos da unidade escolar que leva o nome do homenageado. Além disso, será afixada uma placa em cada unidade escolar, com as informações mais relevantes da vida do biografado. “No Brasil temos a fama, que não é boa, de cuidar pouco da memória coletiva, e esse projeto demonstra que a Câmara Municipal de Mossoró tem a preocupação de preservar a história, divulgando-a para as novas gerações”, declara Aécio Cândido.

Para o vereador Vingt-un Neto, é um momento importante para a cultura mossoroense, uma vez que resgata bibliografias de personalidades da terra. Cada trabalho terá seu lançamento na respectiva escola, onde o membro do Icop responsável pela pesquisa e ensaio ministrará uma palestra sobre o entrevistado. Também haverá uma explanação do projeto em si, feita pelo presidente da Câmara, o vereador Alex Moacir e o presidente do Icop. “O resgate histórico faz com que as personagens do passado não se transformem na poeira do esquecimento”, destaca o escritor, Clauder Arcanjo.

Fonte: 

Enviado pelo pesquisador José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo

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Revelado Zé Inácio do Barro

Por:Manoel Severo

Ainda em 2011 por ocasião do Cariri Cangaço chegando em primeira mão na acolhedora cidade de Barro tivemos um dos lançamentos mais festejados do evento: José Inácio do Barro e o Cangaço, do pesquisador, escritor e Conselheiro Cariri Cangaço, Sousa Neto. 

Leandro Cardoso, Sousa Neto, Wilson Seraine e Rubinho Lima

A obra dispensa apresentações não só pela intensidade da história de seu principal personagem, mas também pela qualidade, talento e dedicação de seu autor, Sousa Neto. Abaixo transcrevemos uma breve apresentação da obra pelo médico e pesquisador, também Conselheiro Cariri Cangaço, Leandro Cardoso.


"O trabalho que ora se apresenta é o resgate de um ilustre desconhecido: José Inácio de Sousa. Por tal nome, certamente muita gente nem mesmo faria a associação com o Cangaço. Agora, ao falar Zé Inácio do Barro, todos indiscutivelmente farão a associação com o grande protetor de cangaceiros do sul do Ceará. Frequentemente citado em obras de peso como protetor de cangaceiros, principalmente Sinhô Pereira e Luís Padre, o major Zé Inácio sempre foi uma incógnita. 

Não há qualquer referência prévia sobre seu nascimento, sobre os motivos que o levaram a deixar o Cariri, ou mesmo como angariara para si tanto poder. Que seja uma foto. Não havia nada. E olha que Zé Inácio foi um dos signatários do famoso “Pacto dos Coronéis”, capitaneado pelo Padre Cícero, tamanha sua influência política na região. Sua figura, apesar de frequentemente citada em obras de peso, passa à larga, sem que ninguém até o momento tivesse se ocupado em analisar-lhe a história e os meandros de sua atribulada vida. Finalmente, a lacuna foi preenchida pelo sertanejo do Barro de Zé Inácio, meu amigo Sousa Neto (...). 

Um excelente trabalho de resgate e documentação, não somente sobre Zé Inácio, mas também sobre Sinhô Pereira, Luís Padre, Lampião, na região do Cariri cearense. A análise da temperatura social e política da região é sóbria, mostrando conhecimento e interpretação correta de diversos aspectos da região enfocada. Não fosse o bastante, ele nos traz detalhes impressionantes sobre dois personagens de quem os pesquisadores muito já ouviram falar, mas quase nada sabiam a seu respeito: os irmão José Dedé e João Dedé, que tiveram participação importante em muitos episódios referenciais do cangaço, como por exemplo a morte de Luiz Gonzaga Ferraz, em Belmonte por Lampião e remanescentes do bando de Sinhô Pereira."

Dr. Leandro Cardoso Fernandes
Médico – Escritor , Conselheiro Cariri Cangaço

NOTA CARIRI CANGAÇO: Se você ainda não possui essa obra, mantenha contato com direto com o autor, Sousa Neto, através de seu endereço eletrônico: netobarro@bol.com.br

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