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domingo, 19 de agosto de 2018

O ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ – A HISTÓRIA DO MOTORISTA “GATINHO”


Por Rostand Medeiros

Quando Lampião e sua horda de cangaceiros estiveram no Rio Grande do Norte, entre os dias 10 e 14 de junho de 1927, com o objetivo de atacar Mossoró, um personagem deste drama entrou na história quase sem querer, tornando-se por algum tempo um estafeta do “Rei dos cangaceiros”. Este personagem foi o motorista Francisco Agripino de Castro, conhecido em Mossoró como “Gatinho”.


Nascido em 1905, “Gatinho” era um jovem de boa índole, simples, que buscava na profissão de motorista uma nova perspectiva em sua vida. Estava ainda na fase de aprendizado, sendo seu mestre o motorista João Eloi, conhecido como “João Meia-Noite”. A prática ocorria em um Chevrolet 1925, cujo proprietário era o Sr. Francisco Paula, para quem “João Meia-noite” trabalhava.

Seja por esperteza, medo ou desinformação, naquele dia 12 de junho de 1927, um domingo, João cedeu o veículo para “Gatinho” fazer o serviço que surgisse e ganhar mais perícia na condução.

“Gatinho”, como todos em Mossoró, estava apreensivo com a notícia da invasão do bando ao Rio Grande do Norte, os boatos sobre o tiroteio ocorrido no dia 10 de junho, no lugar Caiçara (próximo ao atual município potiguar de Marcelino Vieira), as muitas informações desencontradas, a movimentação para a defesa da cidade, a fuga dos moradores e outras situações que alteraram aquela inesquecível semana na “Capital do Oeste”. Mesmo assim “Gatinho” estava pronto para realizar qualquer viagem.

Na tarde daquele dia, o carro de Francisco Paula foi contratado pelo comerciante e fazendeiro Antônio Gurgel do Amaral, um rico proprietário que possuía uma fazenda no lugar “Brejo do Apodi”, próximo a então vila de “Pedra de Abelha” (atualmente município de Felipe Guerra). Gurgel estava preocupado com sua esposa, pois a mesma se encontrava na sua fazenda e desejava trazê-la a Mossoró.

Por volta da uma da tarde, os dois seguiram direção sul.

A viagem prosseguia tensa, como não poderia deixar de ser diante da situação reinante. O veículo trafegava por uma estrada irregular, não mais que um caminho estreito, que mal dava para um carro pequeno seguir.

Por falta de conhecimento ou nervosismo, “Gatinho” errou o trajeto e levou seu passageiro para o lugar Apanha Peixe, a 13 léguas da vila de São Sebastião (hoje município de Governador Dix-Sept-Rosado). Nas proximidades se localizava a fazenda “Santana”, de propriedade de Manoel Valentim, que neste momento tinha a sua residência invadida e era prisioneiro do bando de cangaceiros de Lampião.

Eram mais ou menos quatro horas da tarde quando “Gatinho” ouviu tiros que não sabia de onde vinha. O motorista se protegeu como pode, Antônio Gurgel ordenou a parada do veículo. Nove balaços de mosquetão teriam atingido a carroceria do veículo.

Ao levantar a cabeça, “Gatinho” viu um cangaceiro com um fuzil apontado para ele. Era um moreno forte, de estatura elevada, que por esta razão tinha a alcunha de “Coqueiro”.

Este cangaceiro, junto com outros membros do bando, mandou o motorista e o passageiro renderem-se e passou a rapinar os seus pertences. Do fazendeiro Gurgel foram arrecadados uma aliança, um par de óculos, uma caixa com cinquenta balas de rifle Winchester calibre 44, um conto de réis e uma pistola tipo “mauser”. Provavelmente uma pequena pistola com calibre 7,65 m.m., das marca “FN” ou “Colt.

O cangaceiro “Coqueiro” exultava a todo o bando de facínoras a prisão de um “coronelão de muito dinheiro”.

Depois da “coleta”, os dois prisioneiros foram levados à presença de Massilon Leite e Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”.

Junto ao líder dos bandidos estava José Tibúrcio e Fausto Gurgel, irmãos de Antônio Gurgel, que tiveram seus resgates estipulados em um conto e quinhentos mil réis. O bandido Sabino, depois de uma rápida palestra com o novo prisioneiro, estipulou a vultosa quantia de quinze contos de réis para a sua liberdade. Sem condições dos prisioneiros ponderarem, ficou decidido que o irmão Fausto retornaria Mossoró com “Gatinho”, para buscar a dinheirama.

E era realmente muito dinheiro.

Para se ter uma ideia deste valor, vamos observar como exemplo a edição de 18 de junho de 1927, do jornal “A Republica”, onde se encontra um balanço financeiro, listando as rendas postais apuradas em cada uma das agências dos correios existentes no Rio Grande do Norte em 1926. Na progressista Mossoró de então, que possuía Banco do Brasil, um forte comércio de algodão e até funcionava uma Alfândega, os Correios e Telégrafos apuraram em todo aquele ano 10.255$300 (dez contos, duzentos e cinquenta e cinco mil e trezentos réis).

Diante da quantia pedida, Antônio Gurgel preparou uma carta para ser entregue a seu cunhado Jaime Guedes, então gerente da agência do Banco do Brasil em Mossoró e pessoa certa para lhe salvar desta situação.

Neste meio tempo, “Gatinho” realizava pequenas voltas pela propriedade, com o veículo cheio de bandoleiros. Muitos destes cangaceiros estavam tendo o seu primeiro contato com um automóvel. A brincadeira acabou quando a chamado de Lampião, o motorista e Fausto Gurgel receberam a missão de levar a carta de Antônio Gurgel para Mossoró.

O “Rei do cangaço” exigia dos dois “estafetas” a maior discrição sobre o caso, se não Antônio Gurgel pagaria com a vida.

No retorno, “Gatinho” e Fausto encontraram dois conhecidos que pediam condução na beira do caminho. Eram Alfredo Dias e Porcino Costa, que se dirigiam a Mossoró.

Achando estranho o fato de Fausto estar àquela hora de retorno a “Capital do Oeste”, Dias inquiriu-o sobre o que estava fazendo? De onde viam? Se sabiam notícias dos cangaceiros? Fausto no inicio desviou o assunto, mas diante da insistência cedeu e narrou o ocorrido e o suplício por que passava seu irmão.

Ao chegarem à vila de São Sebastião, atual município de Governador Dix-Sept-Rosado, os dois viajantes pediram para descer do veículo e seguiram para a estação ferroviária, onde deram um alarme para Mossoró através de um telefone existente neste local.

“Gatinho”, para desespero de Fausto, saiu a divulgar pela vila a notícia alarmante; “-Se prepare todo mundo que os cangaceiros vão invadir”. Cinquenta anos depois, em um depoimento prestado ao jornal dominical natalense “O Poti” (edição de 13 de março de 1977), Francisco Agripino afirmava que poucos em São Sebastião lhe deram crédito.

O motorista e Fausto seguiram para Mossoró. Por volta das oito e meia da noite, encontraram-se com Jaime Guedes e o prefeito Rodolfo Fernandes, onde foram narrados os fatos e entregue a carta de Gurgel. O prefeito só ficou satisfeito em relação à veracidade da notícia quando viu a lataria do Chevrolet perfurada de balas.

Nesta mesma noite de 12 de junho, “Gatinho” ainda ajudou na defesa de Mossoró, transportando fardos de algodão de depósitos existentes na cidade, para pontos que seriam utilizados como baluarte de defesa.

“Gatinho” não estava em Mossoró no dia do assalto, fora contratado para seguir para Fortaleza, às nove da manhã de 13 de junho, com a esposa e dois filhos do médico Eliseu Holanda. Segundo o motorista, depois deste episódio, não mais teve notícias se este médico e sua família retornaram a Mossoró, “nem a passeio”.

Em Fortaleza, o “estafeta de Lampião” passou alguns dias esperando a situação se acalmar.

Muitos anos depois, em sua residência na Praça Redenção, 183, na tranquilidade de sua velhice, “Gatinho” narrou ao repórter Nilo Santos, de “O Poti”, as suas inesquecíveis lembranças da meia hora que passou entre o bando de Lampião. Para ele, muitos dos cangaceiros eram demasiado jovens para aquela vida, “umas crianças” ele afirmava. Na sua memória Massilon marcou como um sujeito feio, carrancudo, grosseiro, ignorante, “que dava até medo em olhar para ele”. Lampião lhe deixou uma impressão positiva, apesar da fama, “parecia um sujeito educado, pelo menos neste dia não estava furioso”. Sobre “Coqueiro”, o condutor o considerava um moreno forte, bem disposto e “bastante alto para justificar o apelido”. Quando o cangaceiro “Mormaço”, foi detido, informou as autoridades que “Coqueiro” havia deixado o bando no Cariri e seguira para o Piauí, entretanto, segundo o pesquisador Raimundo Soares de Brito, este cangaceiro foi morto pela polícia cearense, no lugar “Cruz”, aparentemente no município de Maranguape.
Francisco Agripino de Castro se tornou um profissional do volante respeitado, era conhecido como uma pessoa calma, amigo de todos e faleceu em 16 de março de 1991.

Fonte: Tok de História
Autor do texto: Rostand Medeiros
Página da Cris Silva 

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SILÊNCIOS E SOLUÇOS

*Rangel Alves da Costa

Noite. Com a escuridão o despertar maior dos sentimentos. Sob o seu véu um emaranhado de segredos, mistérios e fotografias, tudo querendo se revelar de uma só vez, ou manter-se ainda nos labirintos da alma.
Noite. Talvez noite chuvosa, mais pesada, mais entristecida. Os pingos que caem vão alimentando os íntimos mais escondidos para, de repente, tudo aflorar como flores vivar de lembranças, saudades e nostalgias.
A janela aberta para o negrume lá fora é chamado ao sofrimento. O horizonte escurecido aclara-se somente para vislumbrar as distâncias existentes somente dentro do ser. Os reflexos estarão nos olhos e no coração.
Uma velha fotografia vai surgindo à mão. O olhar encontra a parede e nela as imagens emolduradas. O velho baú é reaberto e as cartas e os bilhetes ressurgem entre o aflitivo e o melancólico. Ali um passado que faz doer pela recordação.
Em noites assim, em negrumes fechados assim, as janelas e portas da memória e da saudade se abrem de vez. E tudo vai chegando, tudo vai tomando conta, tudo vai transformando os instantes em dolorosos percursos.
Um amor distante, um amor desamado, um abandono, um adeus que não desejava ter. Palavras e imagens, sons e pensamentos, diálogos íntimos, reencontros indesejados, eis o percurso até que o descontrole passe a domar aquilo que parecia já resolvido na alma.
Mesmo sem música alguma ao redor, de repente uma velha canção vais surgindo. As folhagens farfalham vozes já ouvidas, a leve ventania para declamar poesia. Um rastro de lua vai deixando suas marcas em meio ao negrume que o olhar desejava transformar em reencontro.


A pessoa parece estar bem, quer estar bem, imagina que daquela vez não irá deixar que a saudade e o entristecimento novamente provoquem enxurradas. O contextual, contudo, entre o instante que chama e o interior que desperta, vai rompendo seus laços e os transbordamentos se tornam inevitáveis.
São em noites assim que as lágrimas procuram vazões no subsolo da alma e vão surgindo como pequenos veios de angústias e aflições. Primeiro, o noturno, depois a moldura do instante, depois as imagens e as recordações que vão surgindo. E depois e depois...
Depois os olhos queimando na febre da saudade. Depois os olhos marejando para se derramar em rios ardentes de aflição. Depois os prantos e os soluços inevitáveis. A pessoa já não está mais em si. A partir daí somente responde ao que a propensão interior desejar.
São em noites assim que os lençóis são encharcados, que os travesseiros são molhados, que os lenços são alagados, que os rios transbordam toda lágrima de dor, de saudade, de relembrança, de nostalgia. São em noites assim que a pessoa navega e naufraga dentro da própria memória.
Os outros passam pelas calçadas, pelas ruas, ao redor, e de ondem passam avistam apenas uma casa fechada, uma janela fechada, uma noturna solidão. Logo imaginam que assim pelo recolhimento da hora, pelo repouso noturno. Nem sempre imaginam que após aquela janela ou porta, dentro da casa, alguém sofre, alguém agoniza.
Na cama ou no sofá, na cadeira de balanço ou num vão qualquer, apenas a pessoa, suas lágrimas, seus soluços e suas dores. Quem está distante ou quem deu causa a tamanho sofrimento, sequer imagina a triste cena noturna do silêncio e do soluço.
E os rios transbordam, inundam, a tudo invade, até que o alvorecer ressurja sem trazer consigo todo o retrato passado. Mas a saudade não passa. A verdadeira saudade nunca passa. Um amor verdadeiro jamais é esquecido.

Escritor
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JORNA VAIDADE DE LAMPIÃO O TRANSFORMOU EM SÍMBOLO DO NORDESTE

Por Jáder Santana
Lampião e Juriti

Lampião sabia que estava sendo visto e gostava disso. Quando seu espólio pessoal foi resgatado naquela madrugada de 28 de julho de 1938, momentos depois da morte do bando pelas forças volantes do tenente João Bezerra, encontraram em seu bornal um exemplar do livro que levava seu nome, de autoria do escritor e médico sergipano Ranulfo Prata. 


Às margens das páginas, anotações do próprio Lampião sobre o texto que se propunha a narrar suas aventuras.


Outro escritor, Leonardo Mota cearense de Pedra Branca, escreveu em 1930 que Lampião parecia “possuir a volúpia da espetaculosidade”. Espetaculosamente, viveria mais oito anos aprimorando essa volúpia, a ponto de se fazer filmar e fotografar em 35mm. 

Escritor Leonardo Mota

Em uma dessas ocasiões, negociou com a Bayer do Brasil o uso de sua imagem: um comercial da Cafiaspirina, remédio para dor de cabeça, mostrava o cangaceiro distribuindo o medicamento para seu bando em frente a um cartaz com os dizeres “Se é Bayer, é bom”. Na reunião dos 24 quadros por segundo, Lampião se tornou garoto propaganda da farmacêutica alemã.



“Era o maior marqueteiro de si mesmo”, afirma em entrevista a O POVO o historiador Frederico Pernambucano de Mello, ex-superintendente do Instituto de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e autor de diversos livros sobre o cangaço, entre eles Estrelas de couro: a estética do cangaço e Guerreiros do Sol: violência e banditismo no Nordeste do Brasil. 

Frederico Pernambucano de Melo

“Lampião era um homem que ultrapassava os limites do sertão e que tinha ligações com o universo urbano e com o litoral”, explica.

Benjamim Abraão está apertando a mão de Lampião

Fotografada por Benjamin Abrahão, uma das imagens mais famosas do cangaço mostra Maria Bonita sentada, acariciando os cães Ligeiro e Guarany, e Lampião ao seu lado, em pé, exibindo a revista Noite Ilustrada, que vinha encartada com o jornal carioca A Noite. 


Na capa do periódico, voltada para a câmera de Abrahão, a atriz norte-americana Ann Evers em trajes de banho. “Eles viviam como nômades, mas não eram ocultos e nem faziam questão de se esconder. Muito pelo contrário, queriam se mostrar. Tinha muito a ver com uma vaidade de querer viver uma vida melhor”, justifica em entrevista a O POVO Ângelo Osmiro Barreto, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço e autor de livros e artigos sobre o tema.



Se Abrahão foi responsável pelo registro imagético do cangaço, a rápida circulação dessas capturas só foi possível pelo interesse quase obsessivo da imprensa brasileira por qualquer coisa que tivesse ligação com o bando de Lampião. Jornais e revistas de todo o País pareciam sedentos por novidade sobre Virgolino, e até o New York Times noticiou os avanços do bando em diferentes ocasiões durante a década de 1930. O líder cangaceiro reunia em sua figura as contradições que matizavam o Nordeste - disputas por terras, violência no campo, diferenças raciais - e que acentuavam a impossibilidade da unidade nacional.

O cearense Leonardo Mota escreveu em 1930 que Lampião parecia "possuir a volúpia da espetaculosidade"

Embora criticasse a atuação violenta do bando, a imprensa não escondia seu fascínio pelo líder, que era retratado como um vulto de corpo fechado. E Lampião fazia questão de colaborar com repórteres e fotógrafos enviados pelos veículos, utilizando o que estivesse à disposição para a construção de seu próprio mito. “Era um vaidoso. Desde que recebeu a patente de capitão honorário das forças legais por ordem de Padre Cícero, passou a utilizar o título até a morte. Nunca o dispensou. Se transformou no capitão Virgolino Ferreira da Silva, vulgo Lampião”, aponta Pernambucano de Mello.

“Saber que seu nome e seus feitos apareciam no jornal certamente era um estímulo. Ele foi o primeiro bandido nacional a ser midiatizado, digamos assim, com fotos e histórias circulando na imprensa. E tinha muito gosto em ver essas matérias. A produção da imagem, com o chapéu, as roupas, as armas, parece ter sido cuidadosamente trabalhada”, acrescenta em entrevista a O POVO a historiadora Isabel Lustosa, autora de De olho em Lampião: violência e esperteza. O apuro das vestes do bando impressionava a imprensa e também ajudava a atrair novos membros para o grupo, em geral jovens pobres e iludidos pelos homens de anéis nos dedos e armas nas cartucheiras.

Lampião desenhava e executava suas peças: rabiscava os moldes em um papel pardo e depois os cobria com tecido em sua máquina Singer. A indumentária do bando, comparada em algumas ocasiões à dos samurais e cavaleiros medievais, ainda marcava a diferença entre aquele e os demais grupos de cangaceiros ou policiais. Alguns do símbolos ostentados pelo bando funcionavam também como uma espécie de conforto místico, uma blindagem contra a má sorte. “Todos armados de mosquetões, usando trajes bizarramente adornados, entram cantando suas canções de guerra, como se estivessem em plena e diabólica folia carnavalesca”, publicou o Diário de Notícias, de Salvador, em 1929, sobre o bando de cangaceiros.

“A despeito de ser um criminoso muito violento e sem escrúpulos humanitários, era um homem que tinha um requinte muito grande e um senso estético à flor da pele”, explica Pernambucano de Mello. O historiador chama atenção para as peculiaridades do chapéu que Lampião usava quando foi assassinado em 1938: “De couro de veado com estrelas de couro brancas e pretas estampadas nas abas dianteiras e traseiras, mais 70 peças de ouro costuradas e uma testeira de couro com cinco moedas de ouro com quatro centímetro de diâmetro. As moedas eram de ouro vermelho, do Brasil colonial, de 22 quilates”.

Por razões funcionais, estéticas e místicas, Lampião e seu grupo desenvolveram um visual particular que acabava por derrotar, também no nível simbólico, as autoridades oficiais de polícia. Tanto é assim que, em 1938, a violência do ato da decapitação do bando e o exagerado cuidado na composição da fotografia das cabeças separadas foram lidos como uma espécie de vingança metafórica: naquela cenografia da morte, o corpo, que reunia todas as riquezas daquele homem, foi deixado sem sepultura.

Mas as sucessivas camadas de revanche tiveram um último vencedor. O chapéu em meia-lua e decorado com uma estrela, ponto de concentração alegórica do glamour, da vaidade e da valentia do cangaço, tornou-se símbolo do Nordeste. “Transmite a ideia de um homem valente, de coragem, que luta contra as intempéries, que vivia uma vida difícil, nômade, sem teto. Isso chamou atenção, ficou na memória de nossa gente, que acabou se reconhecendo nessa figura”, explica Osmiro Barreto.

Pernambucano de Mello, que se prepara para lançar um novo livro sobre o tema, também associa mitologia e identidade. “Eu diria que Lampião e o cangaço, indissoluvelmente ligados, respondem pela formação da mais importante mitologia popular brasileira, que é uma mitologia baseada no épico e que foi objeto da ocupação das mais ilustres cabeças do país, como José Lins do Rego, Graciliano Ramos e Jorge Amado”, explica ele, dando a entender que, oito décadas passadas, Lampião permanece mais vivo do que nunca.

https://mobile.opovo.com.br/jornal/vidaearte/2018/07/vaidade-de-lampiao-o-transformou-em-simbolo-do-nordeste.html

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NO DIA QUE O PADRE CÍCERO DO JUAZEIRO APORTOU NA VILA DE SÃO JOSÉ DE BELMONTE ( E, SOLUCIONOU UM GRANDE CONFLITO).


Corria o ano de 1892, a Vila de São José de Belmonte vivia seus primeiros tempos de sua emancipação do município de Vila Bela. A política local polarizada entre as duas tradicionais famílias Carvalho e Pereira começava a fervilhar, quando o governador de Pernambuco, por interferência do conselheiro Rosa e Silva, nomeou o coronel José Sebastião Pereira da Silva (Cazuzinha da Cachoeira) para o cargo de presidente intendente da Intendência Municipal de São José de Belmonte. Essa nomeação desapontou a família Carvalho, na época liderada pelo coronel Francisco Pires de Carvalho, que não concordou com a atitude do governador em nomear um Pereira para ocupar o cargo da presidência da Intendência Municipal. Os ânimos dos dois clãs se acirraram quando o coronel Antônio Pires Brandão, da família Carvalho, intima o coronel José Sebastião Pereira da Silva, presidente intendente, a lhe fazer entrega da Intendência Municipal. Este lhe respondera que assim procederia, mais debaixo de muito chumbo. Estava, dessa forma, declarada o início de uma guerra entre duas poderosas famílias do sertão. Guerra que envolveria muitos coronéis, dentre eles o coronel Basílio Quidute da cidade de Flores, que em auxílio à família Carvalho, chegou em Belmonte com 60 capangas em armas, bem como o coronel Correia da Cruz. De Floresta, chegava o famoso Enoque Pires com mais outros tantos homens bem armados. Antônio Clementino de Carvalho (Antônio Quelé), da fazenda Santo André, chegava com outro numeroso grupo. Do lado dos Pereiras vieram 50 homens da fazenda Pitombeira, mandados pelo Barão do Pajeú, e liderados por seu filho, o coronel Antônio Andrelino Pereira, aliando-se assim aos numerosos grupos da fazenda Olho d’Água, do coronel Antônio Cassiano Pereira, e da fazenda Tamboril, do coronel José Pereira de Aguiar. A vila de Belmonte regurgitava de muitos cangaceiros. 

Quando se soube que o coronel Antônio Pires Brandão vinha à vila atear fogo na Intendência Municipal, os Pereiras lhe prepararam uma emboscada na fazenda Exu. Estava ateado fogo no pavio. Porém, os emboscantes não conseguiram detonar as suas armas no coronel, pois este sabedor do plano dos Pereiras, foi à vila pela estrada da Várzea, montado no seu cavalo de estimação e trazendo na sua garupa sua filha Donana, de 5 anos de idade. Ao que a matriarca dona Rita Rosa de Jesus, sua mãe, postada na porta de sua casa gritava para todo mundo ouvir: “Entra meu filho, entra, nem que eu tenha que recolher seus pedaços em um cesto, mais você entra nesta Vila como um homem e não como um covarde.” 

Curiosíssima política a de Belmonte daquele tempo. A rua principal da Vila, à direita de quem olhava da Igreja Matriz, era o lado dos Pereiras, à esquerda o lado era dos Carvalhos. Nesse momento, para espanto de todos, aponta no início do velho arruado de tantas tradições, um padre montado a cavalo e um acompanhante, indo apear o animal no cruzeiro em frente a Igreja Matriz. Aparece então, nesse momento o sacristão José Honório Ferraz, a quem o padre manda tocar o sino. Nisso, as pessoas estranhando um toque de sino fora de hora, começam a se dirigir para a igreja. O sacerdote, depois de se identificar como sendo o padre Cícero Romão do Juazeiro, intima os chefes dos Carvalhos e dos Pereiras e pondera aos mesmos que acabassem, enfim, com aquela contenda, uma vez que só traria prejuízos muitos sérios para ambos, bem como para os habitantes da Vila de Belmonte. Depois de ter celebrado uma missa e firmado um pacto de concórdia entre as duas famílias, retorna o padre Cícero para o Juazeiro. A luta iniciada acaba com os coronéis e seus homens abandonando temporariamente as armas e voltando para suas fazendas.

Valdir José Nogueira de Moura

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CRUZ DO GAVIÃO CABRA DE SANTA CRUZ

Por Orildes Holanda 

Fizemos um dos maiores achados da história do Cangaço. A famosa Cruz do Gavião (cabra de Santa Cruz), morto cruelmente em 1912 em Boa Vista-PB. 

Quer saber esta história? Aguarde!!! — Se sentindo muito feliz em Boa Vista (1), Paraiba, Brazil.

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Livro "Lampião a Raposa das Caatingas"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

franpelima@bol.com.br

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LUTO!



Faleceu hoje dia 19 de agosto de 2018 a Sra. MARIA FERREIRA ROCHA (Iaiá), nascida em 11/10/1938, filha de Generosa Leite Rocha e de Pedro Leandro Ferreira, neta do Cap. ARLINDO ROCHA, grande combatente do banditismo rural, célebre perseguidor de Lampião.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2076139772420603&set=a.719754024725858&type=3&theater

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O CANGAÇO EM FLORESTA,PE - A RUA DOS COITEIROS


Por Sálvio Siqueira, "Grupo Ofício das Espingardas"

Naquele tempo, para sobreviver às inúmeras perseguições das volantes, Lampião arquitetou uma enorme e eficiente ‘malha’, rede, de colaboradores. Essa rede se fazia necessário para aquisição de material bélico, alimentação, vestimentas e, o mais importante, informações. Que, vira e mexe, O “Rei dos Cangaceiros” usava os ‘informantes’ para passarem a ‘desinformação’. Uma espécie de espionagem e contra espionagem na caatinga sertaneja.

O roceiro tinha que ser coiteiro, não simplesmente por ser. Havia o medo do que poderia lhe ocorrer, assim como a sua família, se se recusa ser colaborador. Tinha lá suas vantagens em ser colaborador do ‘Capitão’. A vida não era, e não é fácil para quem vive exclusivamente dos produtos retirados das pequenas propriedades. Pior ainda, quando o mesmo com sua família, era morador de uma fazenda. Às vezes o dono sabia, consentia e mandava seu ‘morador’ acolher e alimentar os grupos quando por suas terras passavam. Outra era só o colaborador quem sabia da passagem e estada deles naquelas brenhas.

A partir do momento em que ele matava a sede e a fome de algum cangaceiro, leva ou trazia algum recado, passava a ser colaborador, mesmo que nunca mais se repetisse esses atos. Aí vinha a dureza imposta por aqueles que os perseguiam, por ele ter dado água aos cangaceiros, eram, quando descobertos, presos, maltratados e até assassinados. No entanto, haviam aqueles que colaboravam por recompensas em dinheiro, favores e proteção, dependendo da sua colocação na pirâmide de colaboradores, se estavam na base, no meio ou no topo da mesma.

Certa feita, uma volante comandada pelo Anspeçada Sinhozinho, Manoel Gomes de Sá, rastreava os sinais deixados por dois cangaceiros, que tinham estuprado uma mulher em uma fazenda da região, no leito e margens de um riacho temporário no sertão do Pajeú. Próximo às margens dos riachos e rios, era o local preferido onde os sertanejos procuravam levantarem suas taperas para morarem.

Entretidos em decifrar e seguir o que os sinais ‘diziam’, os homens da volante nem percebem que estavam bem perto de uma casa.

Na casa, os dois foragidos, cangaceiros Zé Marinheiro e Sabiá, tinham matado sua sede e estavam a prosear embaixo de uma latada, quando, de repente, o dono da casa e sua esposa avisam aos dois da aproximação de soldados. Acredito que os cangaceiros que ali estavam, pensaram serem poucos os homens em seus rastros, pois um deles, Zé Marinho, faz pontaria e abre fogo contra aquele que estava na linha de tiro. 



O som do disparo, repentino àquelas horas e naquele silêncio da mata, não deixa os soldados atinarem o ponto correto de onde tinha partido o mesmo. O tiro teve endereço certo. Acertou o ouvido do militar e esse morre mesmo antes de chocar-se contra o solo seco do sertão. Demorados alguns instantes, a volante, já consciente do que ocorrera, manda bala em direção oposta de onde viera o disparo.

Embaixo da latada onde estavam os cangaceiros, havia um pilão de madeira, e após matar o soldado, é exatamente onde o cangaceiro Zé Marinheiro se protege dos disparos dos soldados, os quais retiram lascas da madeira e fazem o cabra escutar o zunido do projétil tomando outra direção, ou mesmo aquelas que penetram e se alojam no velho objeto de pilar milho e outras culturas.

Vendo o companheiro tombado, seus companheiros procuram cercar o local o mais fechado e rápido que poderiam. Aquele que matara seu companheiro não podia escapar da sua sentença. E acocham cada vez mais o círculo da morte. Vendo que estavam cercados, os dois cabras pulam para dentro da casa do roceiro, e, de lá, dão combate a volante.


Essa casa era d’um caboclo trabalhador, conhecido como Garapu. Casado com dona Carmina, geraram oito herdeiros. Quando os cangaceiros adentram na casa, sua companheira procura proteger sete, de seus filhos, colocando-os em lugar seguro. O caboclo tinha algum dinheiro, provavelmente ganho dos cangaceiros, pega seu ‘tesouro’ e o coloca entre uma telha e outra. Essa ação não passa despercebida por sua esposa, que naquela hora, lembra-se de seu primogênito que tinha ido fazer compras na vizinhança. O filho mais velho daquele casal estava mais perto do que ela, sua mãe, imaginava.

Viajando montado em uma burra, já na volta de sua viagem, escuta o tiroteio vindo das bandas de sua casa. Salta do animal e procura uma moita como esconderijo, vendo o que se passava com sua família. Soldados atacam, cangaceiros se defendem. Num momento infeliz, o comandante da volante passa diante de uma das janelas da casa, e, nessa estava o cangaceiro Sabiá, que sem demora, faz mira e abre fogo contra ele. O tiro e certeiro, levando a mais uma baixa na volante. Após a morte do comandante, vários de seus comandados não conseguem segurar o fogo. Dentre eles, estava o soldado Zé Tinteiro, valente e destemido, segura seu fuzil e combate os inimigos com maior afinco. 

Outro volante, Zé Freire, homem de um Santo Protetor fora do comum, estava tiroteando contra Zé Marinheiro. Esse, salta por sobre a porta de baixo, as portas da maioria das casas do sertão rural e mesmo nas cidades, naquela época, eram em duas partes e de madeira, e avança, ficando a centímetros de Zé Freire. Aponta a arma e aperta o gatilho. À bala impina, a espoleta não ‘quebra’, a arma não dispara. Zé Freire, quase que encosta a boca do fuzil na cabeça do cabra e faz fogo, estourando o crânio de Zé Marinheiro.

Seu companheiro, o cangaceiro Sabiá, continua a combater os soldados, virado numa fera ferida. Numa tentativa de louco, salta para fora da casa e nesse momento e atingido na barriga e em uma das pernas. Continuando a combater os soldados bolando pelo terreiro da casa. Até que os dois valentes volantes se aproximam e matam o terrível cangaceiro.

Após abater os cangaceiros, a tropa aproxima-se da casa e o soldado Zé Freire grita para que o dono saia para o terreiro... para morrer.

“(...) o soldado Zé Freire, revoltado com a morte do Aspençada Sinhozinho Gomes e dos outros dois companheiros, gritou para Garapu, dizendo: – Saia pra fora, Garapu. Você tá sabendo que vai morrer (...).”

(“AS CRUZES DO CANGAÇO – Os fatos e personagens de Floresta-PE” – SÁ, Marcos Antônio de. e FERRAZ, Cristiano Luiz Feitosa. Floresta, PE. 2016)

O coiteiro sabia sim sua sentença. Sabia que por ajudar bandidos seria condenado a morte certa. Estando dentro de um quarto, com sua esposa e os sete filhos, Garapu despede-se deles, saca de uma faca peixeira e parte de encontro a morte. Desfere um golpe em direção ao soldado que havia lhe inquirido, errando o alvo. O soldado Zé Feire, afasta-se para um lado e mata a tiros de revólver o coiteiro.

“(...) Com a morte de Garapu, Carmina teve que lutar sozinha para criar os filhos, lavando roupas de vizinhos, costurando e cuidando da lavoura(...).” (Ob. Ct.)

Dona Carmina, na época do tiroteio em sua casa, estava grávida. Alguns meses depois, pariu uma menina a qual deu o nome de Nair Carmina da Silva. Logicamente, essa, nunca soube o que é ter um pai, seus afagos e conselhos.

Os corpos dos militares mortos são levados pelo restante da tropa para seu QG. O corpo do caboclo Garapu e dos dois cangaceiros, Zé Marinheiro e Sabiá, são enterrados em uma vala comum bem próximo a casa.

As notícias voam com o vento. E aquela história da morte do caboclo Garapu se espalhou por toda a região do vale do Pajeú. Outros coiteiros, temendo a mesma sina, arrumam suas tralhas em cima de carro de bois, no lombo de animais e dão no pé. Na cidade de Floresta, PE, na rua Theófhanes Ferraz Torres, os fazendeiros “Manoel Januário, Rosendo Januário e Elói Januário", colaboradores de Lampião, estabelecem residência. A partir daí, essa rua passa a ser conhecida como “A Rua dos Coiteiros”, até os dias de hoje.





Fonte (“AS CRUZES DO CANGAÇO – Os fatos e personagens de Floresta-PE” – SÁ, Marcos Antônio de Sá - Marcos De Carmelita e FERRAZ, Cristiano Luiz Feitosa -Cristiano Ferraz. Floresta, PE. 2016). Foto Ob. Ct.

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XIII JORNADA CULTURAL DO MUSEU DO SERTÃO


DATA: 01 de setembro 2018 (sábado)
LOCAL: Museu do Sertão 
(Estrada da Alagoinha - Mossoró-RN)
PROGRAMAÇÃO
7:30 HORAS
- Missa de Ação de Graças.
8:30 HORAS
- Apresentação e execução do HINO DO MUSEU DO SERTÃO prlo GRUPO MUSICL INCANTO.
9:00 HORAS
- Palestra sobre a "LIVRARIA DE AUTORES CEARENSES".
PALESTRANTE: Escritor e Ex-Governador Gonzaga Mota.
9:30 HORAS
- Abertura da IFEIRA DE LIVROS DE ESCRITORES MOSSOROENSES, organizada pela AMARP / MUSEU DO SERTÃO.
10:HORAS
- Entrega de DIPLOMAS e COMENDAS.
10:30 HORAS
- Lançamento do livro: "LEMBRANÇAS CAMPESTRES", de autoria do Prof. BENEDITO VASCONCELOS EMNDES.
11:00 HORAS


- Visita ao Museu do Sertão pela Coordenadora Pegagógica SUSANA GORETTI LIMA LEITE.
12:30 HORAS
- Encerramento.


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MUSEU DO SERTÃO - MOSSORÓ RIO GRANDE DO NORTE


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