Seguidores

sábado, 27 de abril de 2024

FOTO RARÍSSIMA DE FREI DAMIÃO EM MONTEIRO NA PARAÍBA EM 1941.

Acervo do Pesquisador Guilherme Machado

Frei Damião de Bozzano, nascido Pio Giannotti, OFMCap foi um frade italiano radicado no Brasil. Está em processo de beatificação, tendo recebido os títulos de servo de Deus e venerável.

Nascimento: 5 de novembro de 1898, Massarosa, Itália

Falecimento: 31 de maio de 1997, Paissandu, Recife, Pernambuco

Local de enterro: Convento de São Félix, Recife, Pernambuco.

https://www.facebook.com/groups/893614680982844/user/100002818033461

http>://blogdomendesemendes.blogspot.com

FOTO COMPLETA...

 Por Robério Santos


Já viram esta foto completa, com mais detalhes da vegetação? Pois é. Encontrei hoje na revista História Viva de Setembro de 2005. Acervo: ABA FILM. Foto: Benjamin Abrahão (1936). Quem são estes?

https://www.facebook.com/groups/893614680982844/?multi_permalinks=2187129928297973%2C2187146488296317%2C2187080361636263%2C2186623748348591%2C2186002198410746%2C2185782731766026%2C2185143198496646&notif_id=1713976539884624&notif_t=group_highlights&ref=notif

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

JARDA, A ESPOSA MENINA

 Por Mulheres no Cangaço

“Esconde essa aliança e casa com outro. Chico já morreu”. Era o que Jardelina Nóbrega ouvia das pessoas aconselhando-a a desistir de se casar com Chico Pereira, que virou cangaceiro.  Jarda, como era chamada começou a namorar com Chico aos 12 anos, noivou aos 13, casou aos 14  e ficou viúva aos 17 anos de idade, com três filhos pequenos. O caçula tinha apenas seis meses.

Sua vida daria um filme, como já tentaram fazer.  Tudo começou em 1920, na localidade de São Gonçalo,  Sertão da Paraíba, quando Jarda conheceu Chico, então com 20 anos, um pacato  comerciante de cal. Filho do coronel João Pereira, pessoa bem relacionada na redondeza. De repente, o coronel viu-se envolvido numa briga  na sua mercearia.  E nela, foi morto o coronel. Uma morte encomendada por questões políticas. Agonizante, João Pereira pediu aos filhos que não queria vingança como ditava o código de honra da época.

Chico, o filho mais velho conseguiu prender Zé Dias, que matou seu pai e o entregou à polícia achando que assim a justiça seria feita. Mas na semana seguinte, Zé Dias estava solto, para revolta de todos. Chico era insuflado pelo povo a vingar-se e ao mesmo tempo não queria revidar, mas percebia a má vontade da polícia em prender Zé Dias.  Tinha receio de ser chamado de frouxo.

Então, o jeito foi fazer justiça com as próprias mãos, como fez Virgolino. A cidade de Souza perdeu a tranquilidade e a briga entre famílias    Pereira e Dias ganhava corpo. Chico vingou a morte do pai e tornou-se cangaceiro.  Formou um bando e sua vida mudou totalmente e a de sua noiva também.  Passou a ser foragido da polícia.

Entretanto, sua preocupação maior era Jarda,  sua noiva adolescente. Após uma longa conversa com ela, alertou para o tipo de vida que levava e, se ela quisesse desistir do casamento prometido, ele iria entender. “É com você que quero me casar” , foi a resposta. E como seria esse casamento?

Conseguiram celebrar por meio de procuração, na manhã de  26 de maio de  1925, na igreja de Pombal. Jarda continuou morando com a família e os encontros com o marido eram escondidos. Nasceu o primeiro filho, Raimundo. Depois vieram Dagmar e Francisco. Houve uma menina, mas morreu prematura.  Jarda teve uma vida marcada por mortes trágicas: pai, sogro, cunhado e marido.

Chico Pereira comandou vários ataques, inclusive com cangaceiros de Lampião. Passou seis anos nessa vida até encontrar a morte misteriosa numa estrada do Rio Grande do Norte, aos 28 anos de idade, a 24 de agosto de 1928. Uma morte até hoje não esclarecida.

Jarda, com três filhos pequenos, pensava o que seria dela. E dos filhos?  Futuros cangaceiros? Como iria educar os meninos com salário de professora rural? A solução foi deixar cada um com um parente. Periodicamente viajava a cavalo para ver os filhos.  Uma vida sacrificada.  Os três irmãos só se encontraram  bem mais tarde.

Certo dia,  recebeu um bilhete anônimo por meio de um cavaleiro desconhecido montado num cavalo branco, quando estava pensativa no alpendre da casa. O bilhete dizia:” Se queres ser feliz, perdoa seus inimigos”.  Uma cena quase irreal.  E Jarda tinha muito a quem perdoar. Decidiu queimar todas as cartas, livros de cordel, jornais, tudo que falava de Chico Pereira. Estava queimando seu passado para salvar o futuro dos filhos,  escreveu  Francisco  no seu livro “Vingança, não”.

Os anos foram passando e a primeira alegria  veio com  Raimundo que se formou em engenharia civil no Recife. Depois, foi a vez de Dagmar, que se tornou frade franciscano com o nome de frei Albano.  Surpresa maior veio com  Francisco,   ordenado padre  em Roma, onde estudou. Com ele, a alegria de Jarda foi maior,  pois assistiu sua ordenação, recebeu bênção especial do papa e a comunhão pelo próprio  filho na sua primeira missa. Jarda encontrou a felicidade através do perdão.

Dos três filhos, apenas frei Albano está vivo, no Convento de São Francisco, em Salvador, Bahia. Jarda ficou viúva para sempre e morreu em João Pessoa onde morava e o filho Francisco também.

Jarda foi uma Maria Bonita.

 NOTA – Conheci e convivi com dona Jarda desde menina até a idade adulta, na minha casa e na da minha irmã mais velha, Wanice, casada com  Raimundo com que ela morou durante muito tempo. Dona Jarda, muito alva, cabelos castanhos, bonita e vaidosa que me pedia para comprar batons de cores claras. Falava baixinho, gostava de conversar e contava com naturalidade sua vida com Chico Pereira. Demonstrava serenidade e nem parecia ter um passado sofredor. Os filhos diziam que ninguém conseguiu ver Jarda chorar. Gostava dela.

 https://mulheresdocangaco.com.br/project/jarda-a-esposa-menina-2/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

NAUTÍLIA A IRMÃ DE JARDA PEREIRA (esta última era esposa do cangaceiro Chico Pereira) FALECEU!

 Por José Mendes Pereira

Nautília de blusa cor clara e Raimunda Batista irmã da mãe de Maria das Graças Nóbrega

Clique neste link para ler sobre Nautília, artigo publicado em 07 de agosto de 2014
http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2014/08/nautlia-e-irma-de-jarda-pereira.html


Através de Maria Das Graças Nóbrega com quem mantenho contato em sua página no facebook, recebi informações sobre Nautília irmã de Jardelina Nóbrega Pereira, viúva do 

Foto colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

ex-cangaceiro Chico Pereira, assassinado em Currais Novos, nas terras do Rio Grande do Norte, que Nautília faleceu em junho de 2015, segundo informações que repassaram para ela.

Maria das Graças de Nóbrega e seu esposo

Maria das Graças Nóbrega não tem parentesco com a família Pereira, mas tem com a família de Nautília, e muitas amizades através de contatos com Jardelina, e principalmente com Nautília, quando moravam na mesma cidade, e Nautília tinha grande amizade com sua família.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com 

JARDELINA NÓBREGA, ESPOSA DO CANGACEIRO CHICO PEREIRA

Por Beto Rueda


Chico Pereira foi assassinado na madrugada de vinte e oito de outubro de 1928, na comunidade rural Maniçoba, na atual BR 226, a pouco menos de dez quilômetros de Currais Novos, pela escolta policial que o conduzia de Natal à Comarca de Acari, onde seria submetido a julgamento por um crime que supostamente havia cometido.

Jarda como era conhecida, foi sua namorada aos doze anos, noiva aos treze, esposa aos quatorze e viúva aos dezessete.

Sua vida foi sofrida, sempre conviveu contra as dificuldades e o sentimento de vingança.

Seu pai, esposo, sogro e cunhado foram assassinados. Essas quatro mortes lhe marcaram o passado. Essas três vidas - seus filhos, Raimundo, Dagmar e Francisco - lhe encheram o futuro. Foi filha do alto sertão paraibano, do sertão sem polícia, sem autoridade, sertão do bacamarte e da emboscada. Da vingança erigida em questão de honra e dever de consciência. Sertão dos anos de 1920 a 1930.

REFERÊNCIAS:

NÓBREGA, P. Pereira. Vingança, não: depoimentos sobre Chico Pereira e os cangaceiros do Nordeste. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1960.

SARMENTO, Guerhansberger Tayllow Augusto. Nas redes das memórias: As múltiplas faces do cangaceiro Chico Pereira. Natal: Sebo Vermelho, 2017.

https://www.facebook.com/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com