Ouve
um dia uma época,
Que existia o respeito,
Os alunos estudavam,
Dentro de um forte conceito,
Faziam os que os pai ordenavam,
E viviam satisfeitos.
Iam
para a escola fardados,
Tinha carinho e amor,
Seus heróis eram sagrados,
No seu mundo sonhador,
Viviam de todos amados,
Demonstrando o seu valor.
O
coração era patriota,
Aos símbolos do Brasil,
Não faziam tais chacotas,
E amavam a mãe gentil,
Turma chamava-se patota,
Coisas que você não viu.
Sentiam
grande prazer,
Em o seu fardamento usar,
E os momentos de lazer,
Não brigavam a estragar,
Diferente dos de hoje,
Por tudo falam em matar.
Se
sofressem uma topada,
Tinha-se a preocupação,
De um pé vim no calçado,
E o outro no chinelão,
Ainda passavam avisando,
Na mesa da direção.
Entoavam
o hino nacional,
Perfilados em sentimentos,
E a história de Pombal,
Todos tinham conhecimento,
No sistema educacional,
Não faltavam eram presentes.
Porém
este tempo mudou,
É triste hoje o que vemos,
A modernidade chegou,
Tem professores gemendo,
Com as dores do horror,
Numa sala padecendo.
A
farda virou prainha,
Estuda-se de qualquer jeito,
Gazeiam vão para a pracinha,
Será que ainda tem jeito,
De se colocar na linha,
Se criar novos conceitos.
Os
homens usam bermudas,
Portando fones de ouvido,
Se aprender dez por cento,
Desse sistema eu duvido,
Ao celular são atentos,
E os pais sendo iludidos.
Só
falam em tomar meiota,
E a droga no sertão chegou,
E neste fogo cruzado,
Pena sofre o professor,
Com um povo alienado,
Que de Deus perdeu o amor.
O
sistema manipula,
E as leis defede então,
Por territórios há disputa,
Todo cabra é valentão,
E assim vai sucumbindo,
A nossa educação.
Salve-se
quem puder,
É um conselho que dou,
Venha o que vier.
Ainda sou um professor,
É preciso muita fé,
Pra lecionar com amor.
Famílias
desestruturadas,
Soltam seus filhos na escola,
A muitos pela madrugada,
Divertindo sem ter hora,
Chegam pendendo de sono,
Mal entram já vão embora.
Saudades
daquele tempo,
Que havia amor ao estudo,
Se fazia um juramento,
Honrar os pais acima de tudo,
Aflorava-se o sentimento,
Tinham respeito por tudo.
Sonho
com uma transformação,
No âmbito educacional,
Sei que ainda há salvação,
Não é só meter o pau,
Aos mestres o meu respeito,
De maneira cordial.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
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