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quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

O ANDARILHO! POR FABIANO PIÚBA

Alemberg Quindins, Manoel Severo e Fabiano Piúba

O leitor é um andarilho. Está sempre em movimento enquanto ler. Um caminhante que faz o caminho ao caminhar. Como uma Alice no bosque ou um Teseu no labirinto de Creta. Quem entra num livro pode não sair mais o mesmo. A leitura é uma viagem de formação. Uma experiência de transformação. Quem lê realiza travessias e encontros com o outro, com o mundo e consigo mesmo.

Mas o bom leitor é aquele que lê com o corpo inteiro. Com a boca e o nariz, com os olhos e os ouvidos, com as mãos e os pés, com o ventre e o coração os sentimentos das palavras, das cores e dos sons.


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O MÉDICO E O CANGACEIRO? POR:ARCHIMEDES MARQUES


Dr Archimedes Ferrão Marques

A minha avó Helena Motta Marques, quando ainda com vida e lúcida, contava uma história ocorrida em Nazaré das Farinhas, cidade do sertão da Bahia, na madrugada do dia 27 de maio de 1929, época em que ela e o meu avô Archimedes Ferrão Marques, então médico, naquele município residiram por alguns anos.

O meu avô que era médico daqueles que de tudo fazia para ajudar as pessoas, além de ter um cargo estadual como sanitarista possuía também uma farmácia tipo drogaria onde atendia aos doentes e ali mesmo quase sempre manipulava e vendia os remédios que ele próprio receitava. A farmácia que servia de aprendizado e de complemento de renda familiar lhe dava outros bens de consumo, além da satisfação de curar doentes e salvar vidas, vez que, quando os seus pacientes não podiam pagar com dinheiro, presenteavam-no com galinhas, patos, cabritos, porcos e outros animais. Assim eles viveram uma vida dura e simples em Nazaré das Farinhas naquele tempo de muito trabalho, mas também de boas realizações e excelentes lições de vida.

O meu avô Archimedes era muito caridoso e atendia qualquer um a qualquer hora, independente da pessoa ter ou não como pagar pela consulta ou pelo medicamento utilizado. Bastava bater na porta da sua casa que ficava anexa a sua farmácia, que ele medicava, fazia curativos, pequenas intervenções cirúrgicas, engessamento em traumatismo de pernas e braços e até partos realizava com o maior prazer possível. Era médico por vocação, amava a sua profissão e tentava seguir fielmente o Juramento de Hipócrates.

Elane Marques, Manoel Severo e Archimedes Marques, em dia de Cariri Cangaço

Naquele dia, mais de perto na calada da madrugada, em meados das primeiras horas, chegaram a sua casa dois homens montados a cavalo, um deles com um dente bastante inflamado e "urrando" de dor, querendo a qualquer custo que ele o arrancasse e lhe livrasse daquele atroz sofrimento. Não bastaram as desculpas do meu avô em dizer que somente poderia aliviar a sua dor, pois não era dentista e sim um médico e, além disso, nunca tinha arrancado um dente na sua vida, além de não possuir os instrumentos pertinentes necessários para uma perigosa extração como aquela demonstrava ser.

O homem desesperado puxou de um punhal dizendo que se ele não arrancasse o seu dente seria sangrado ali mesmo sem dó ou piedade. Diante do novo "argumento" não restou outra alternativa senão cumprir a vontade do bandido. Aflita e trêmula de medo a minha avó logo foi buscar um alicate comum na caixa de ferramentas e o colocou para esterilizar em água fervente, enquanto o meu avô aplicava injeção de morfina na boca inchada do intransigente paciente e depois de muito suor, desespero, gemidos e luta do alicate com a boca, o dente do cidadão finalmente foi extraído. Em seguida o meu avô fez uma boa limpeza em toda a boca infeccionada do paciente, aplicando-lhe uma injeção antibiótica e, recomendando por fim, além da higiene necessária, repouso absoluto nos dois dias seguintes.

O homem agradecido e aliviado, em demonstração de possuir algum sentimento, tirou um anel de ouro de um dos seus dedos e o deu como paga ou presente para o meu avô que então mais à vontade, criou coragem para perguntar pelos nomes deles, obtendo a resposta do outro cidadão acompanhante, que os seus nomes não lhe interessava e se ele tivesse juízo que ficasse calado sobre o ocorrido para não ter um dia a sua garganta cortada. Em seguida montaram nos seus cavalos e desapareceram no escuro da noite para sempre.


Por via das dúvidas, diante do iminente perigo da ameaça e com receio dos homens voltarem em vingança caso fossem denunciados e presos, os meus avós preferiram guardar segredo dos fatos durante o tempo em que naquela cidade permaneceram, não prestando queixa à Polícia nem tampouco comentando com vizinhos e amigos sobre o desespero e terror pelos quais passaram naquela noite.

Diz o velho ditado que não há um mal que não traga um bem. Assim, a lição e o exemplo vividos pelo casal que inclusive já tinha filhos menores, serviram para que o meu avô adquirisse os instrumentos dentários essenciais e passasse também a extrair dentes, sendo então, mais uma fonte de satisfação e caridade aos mais necessitados que passavam pela angustia dessa insuportável dor, além do somatório próprio da renda familiar, vez que no município não existia um dentista sequer. Contava a minha avó que por vezes a fila para extrair dentes era bem maior do que as consultas médicas tradicionais realizadas pelo meu avô Archimedes.

Quanto aos dois desconhecidos que a minha avó dizia ser de compleição física sertaneja e rude, de cor morena queimada pelo sol e que usavam roupas grosseiras com bornais de couro e outros apetrechos, nunca souberam de quem se tratavam. Teriam sido cangaceiros desgarrados de algum grupo de Lampião ou teriam sido criminosos outros procurados pela Polícia?... Como não há nenhum registro de ataque ou presença de cangaceiros no município de Nazaré das Farinhas é mais provável a segunda opção.

Archimedes Ferrão Marques.

Nasceu em 2 de julho de 1892, em Salvador/BA, filho de Ernesto dos Santos Marques e Ana Ferrão Moniz Marques. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1917, defendendo a tese "Raspagem Uterina". Iniciou suas atividades médicas em 1918, combatendo a epidemia de varíola que grassava em todo o interior da Bahia, sendo em razão disso nomeado Inspetor Sanitário do 10º Distrito da Bahia e membro da Comissão Sanitária Federal de Combate à Febre Amarela. Em seguida, ainda em Salvador, foi transferido para o serviço de Saneamento Rural, onde fez carreira como médico, subinspetor, inspetor e chefe de distrito e zona até dezembro de 1930. Nomeado Sanitarista do Ministério da Saúde, atuou na Delegacia Federal de Saúde da 5ª Região da Bahia. Transferiu-se para Recife, onde atuou na Delegacia Federal de Saúde e Inspetoria de Saúde dos Portos, durante a 2ª Guerra Mundial. Em 1945 é designado para a Delegacia de Saúde da 6ª Região, em Aracaju. Cumulativamente exerceu o cargo de médico da Caixa de Aposentadorias e Pensões da Leste Brasileira. Atuou como clínico e obstetra. Faleceu em 17 de março de 1968, em Salvador/BA, com 76 anos.

Archimedes Marques, pesquisador e escritor
Presidente da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço
Conselheiro Cariri Cangaço - Aracaju-Sergipe
Fonte:http://www.cangacoemfoco.jex.com.br em 23 de Março de 2011


AVÓS NO CHÃO, NETOS NAS ESTRELAS

Clerisvaldo B. Chagas, 8 de janeiro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.242

Pokémon, Naruto, galáxias e outros babados futuristas levam nossos netos a se distanciarem da nossa antiga realidade. Vinte e quatro horas no ar diante da TV e de outros aparelhos têm levado a nova geração a não se desgrudar da telinha ou da telona. Nada de ximbra, pinhão e brincadeiras nas ruas, monturos e capoeiras. São muitos pintos de granja criados em diferente mundo. Nada de filosofar sobre o tempo. Não corra o risco de receber como resposta: “cada um no seu quadrado”. E nós, os avós, vamos fazendo malabarismos para também não ficarmos quadrados. Esse aprendizado novo (que será ultrapassado em breve) faz lembrar a antiga luta para ingressar na literatura. Fora os livros escolares, o  folheto de feira (cordel), os gibis, as novelas gráficas: Capricho,   Contigo, Idílio... E uma sede danada de aprender.
SANTANA DO IPANEMA. AV. CASTELO BRANCO. (FOTO: B. CHAGAS)

E por falar em gibi, com suas histórias americanas, era o desenho predileto da época. Zorro, Roy Rogers, Tarzan, Kid Colt, Os Filhos do Capitão, O Fantasma e tantos outros, faziam-nos sonhar, apurar a vista e nos deliciar. E lá no interior, no meu sertão querido de Santana do Ipanema, as novidades não paravam de chegar através do ônibus Maceió-Santana. E Dona Maria, esposa do alfaiate Quinca, vendia as revista novinhas e cheirosas na Rua Nilo Peçanha. Havia também os adolescentes que colecionavam gibis e estavam sempre trocando pelos inéditos para eles. Conheci três colecionadores mais poderosos: João Neto, filho do senhor Coaracy que morava no início da Rua São Pedro; João Soares Neto, vizinho, filho do senhor José Urbano e dona Florzinha; e o Wilson Alcântara (Vivi), filho do senhor Antônio Alcântara, morador na Rua Barão do Rio Branco, perto da Ponte do Padre.
João Neto do senhor Coaracy formou-se em Medicina. Vivi, acho que se tornou Promotor de Justiça e João Soares Neto, aposentou-se pela PETROBRÁS e se tornou advogado. Os dois primeiros já partiram. Sem celular, sem telefone, sem televisão, reinava a alegria e a felicidade.
Acho que passado e presente se complementam armazenando conhecimento e evoluindo o indivíduo.
Seguir pensando ou não pensar seguindo?
Sei não.


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O LOBISOMEM QUE TRAIU LAMPIÃO.


Por João Filho de Paula Pessoa

Lampião foi emboscado e morto em 1938 na Grota de Angico em terras do coiteiro Pedro de Candido que, acoado pela volante, entregou a localização exata do bando de Lampião, ocasionando sua morte e o fim do cangaço, em seguida recebeu a nomeação de subdelegado de Piranhas. Dois anos após, com a morte de Corisco deu por encerrada sua pendenga com o cangaço, sentindo-se seguro e livre de qualquer vingança, seguindo assim tranquilamente sua vida. 

Certo dia de 1941, numa sexta feira, após uma noite de farras em Piranhas, colocou uma capa preta e decidiu visitar sua amante numa localidade próxima. Ao entrar no povoado, no meio da noite, numa via escura deparou-se com um vulto repentino, e sentiu um forte supapo em seu peito, de uma facada certeira e fatal em seu coração, ouvindo em seguida “Matei o lobisomem, matei lobisomem...!!!”, gritava o jovem Sabino que tinha saído à caça do Lobisomem que amedrontava aquele povoado há alguns dias. 

Com a notícia correndo o povoado, o telegrafista ferroviário da cidade foi ao local com uma lanterna juntamente com outras pessoas, localizaram o corpo do “lobisomem” de bruços e ao desvirá-lo viram que tratava-se de Pedro de Cândido, morto como uma fera abominável. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 19/11/2019.


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O ALEIJAMENTO DO DIABO.

Por João Filho de Paula Pessoa
Colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

Em Outubro de 1939, com Lampião morto, o bando de Corisco, o Diabo Loiro, embora menor e com dificuldades ainda resistia e estava a caminho de Lagoa da Serra/Se para visitar sua filha com Dadá, que lhe seguia fielmente no bando. Ao chegarem próximo de seu destino, foram surpreendidos por uma volante que abriu fogo contra os cangaceiros, Guerreiro foi atingido na nuca e caiu, Roxinho abriu fogo bravamente mas também foi atingido e morreu, Corisco e Dadá e os outros seguraram o fogo contra as volantes. Dadá guerreou ferozmente até ficar sem balas, continuando na luta jogando pedras nos soldados.

Corisco ao tentar recarregar seu fuzil foi atingido por uma rajada de metralhadora que atingiu seus dois braços ao mesmo tempo, dilacerou o osso de seu braço direito que ficou pendurado por fiapos de carne e feriu gravemente seu braço esquerdo que ficou inutilizado, momento em que cai e grita por Dadá mostrando a desgraça em seus braços.

Os demais cangaceiros ao verem aquilo fogem e Dadá corre para acudir seu companheiro. Pega seu fuzil, recarrega e segue lutando contra os soldados até eles debandarem e conseguir fugir resgatando Corisco, aleijado dos braços e fora de combate. 

Dadá reagrupa o bando mais na frente e assume a liderança em virtude da impossibilidade de Corisco, tomando as decisões necessárias, no entanto os demais cangaceiros não aceitaram ser liderados por uma mulher e os abandonaram, restando assim, somente Dadá, cuidando de Corisco em todos os sentidos e em todas a necessidades, seguindo em frente. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 18/12/2019.


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FAMOSO ANICETO RODRIGUES DA SILVA .. VOLANTE QUE ESTAVA COM JOÃO BEZERRA NO ATAQUE A GROTA DE ANGICOS .....



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BREVE TEREMOS NOVIDADES NO CANAL "CANGAÇOLOGIA" (YouTube).



Um depoimento que será exibido pela primeira vez. Inédito. Exclusivo. Onde José Mutti de Almeida "Mutti" ex-comandante de Volante baiana, fala a respeito da "caça" aos coiteiros no sertão baiano e o encontro de sua tropa com o cruel cangaceiro Ângelo Roque o vulgo "Labareda".

Imperdível.
Breve.
Cortesia: Rubens Antonio


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LAMPIÃO ALÉM DA VERSÃO MENTIRAS E MISTÉRIO DE ANGICO


Um ótimo livro da lavra do mestre Alcino Alves Costa. 
Pedidos: 

franpelima@bol.com.br e 
whatsapp 83 9 9911 8286.

Este foi o primeiro livro que li sobre cangaço. Uma bela obra. Solicite-a, você não se arrependerá.

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NO SÃO JOÃO DO BARRO VERMELHO

Por Anildomá Willians de Souza

Florentino e Amélia saíram de São Sarafim e vieram morar em São João do Barro Vermelho, pertencente à Vila Bela, atual Serra Talhada. Em lá chegando entraram no ramo comercial adquirindo um estabelecimento de esquina já todo montado, com várias prateleiras, um balcão imenso que tomava conta da metade do salão, ficando a outra parte para os frequeses serem despachados. Como a povoação prosperava cuidou de adquirir outros produtos necessários para a população, como tecidos em várias opções em cores e águas de cheiro, gêneros alimentícios e medicamentos, enfim, como diz na região, um armazém sortido de tudo.


Certo dia Lampião estava na fazenda Ponta da Serra quando soube da chegada desse novo morador e do sucesso que estava fazendo com seu comércio repleto de novidades e bugigangas da moda. Mas soube também de coisas que não deveria saber, que a esposa do proprietário, dona Amélia, dizia vez em quando a uns e a outros “que os cangaceiros eram vagabundos, deveriam trabalhar ao invés de pedir o que é alheio”. 

Deixa que Lampião queria pra mandar buscar ao casal um conto de réis e duas caixas de bala de rífle. O marido até que não era de muita conversa, mas a mulher mandou a resposta sem muita diferença dos comentários que já fazia.

Passaram-se algumas semanas. Até que numa tarde risca no largo na única rua do povoado uns vinte cavaleiros em possantes cavalos. Uns amarram os animais no tronco de uma árvore frondosa, outros levam pra o oitão da igreja, onde não falta a meninada que se prontifica logo em dar água e comida às montarias. De dentro das casas e bodegas começam a sair as pessoas se dirigindo para os recém chegados abraçando e dando boas vindas aos cangaceiros e em especial a Lampião.

Todos foram arriando os chapéus e folgando as cartucheiras caminhando para o estabelecimento de secos e molhados de Seu Umbelino saborear suas bebidas mais chegadas, ao mesmo tempo a molecada corria acompanhando os cabras para receberem doces, bolacha, moedas e escutar histórias. Lampião juntamente com Antonio Rosa e Meia Noite foram direto ao comércio do Florentino. Cumprimentaram-se sem rodeios e com a educação natural dos sertanejos. Ao mesmo tempo Lampião corria a vista pelas prateleiras a modo de verificar o estoque e que produtos dispunha na loja que pudesse lhe interessar.

Os dois cangaceiros que acompanhavam o chefe começaram a pedir algumas mercadorias, e o dono ia colocando em cima do grande balcão: u
ma peça completa de tecido cáqui, mais uma peça azul mescla, uma caixa de linha e assim ia avolumando a compra, quando a mulher do dono aparece avexada entrando no comércio vindo de uma casa vizinha. Vendo o marido já embrulhando aquela quantidade de produtos, pergunta em tom desafiador:

- Quem vai pagar?

Lampião responde:

- Estava aguardando a senhora chegar pra dizer que quem vai pagar tudo isso vai ser a sua língua mal criada!

O casal empalideceu, engoliram saliva, arreganharam os olhos ao verem Lampião lentamente puxando um facão da cintura.

Seu Umbelino vinha entrando nesse exato momento e interviu, pedindo que Lampião não fizesse nada com Amélia, que era uma pessoa boa e que não conhecia todo mundo no São João, mas ajudava no zelo da igreja e da escolinha. 

Lampião ponderou, devolveu o enorme facão afiado de morte a bainha, entendeu resmungando qualquer coisa, mas disse que as conversas desaforadas daquela senhora iam custar alguma coisa. 

Os cangaceiros chamaram então as pessoas mais humildes que estavam por ali, mandou formar uma fila e destribuiram boa parte da mercadoria estocada. Por fim, quando não havia mais a quem entregar produtos, atearam fogo nuns rolos de tecidos que estavam na parte mais alta das prateleiras. 

Quando as labaredas começaram a se alastrar pra casa vizinha, os próprios cangaceiros cuidaram de apagar as chamas pra não gerar prejuízos aos que nada tinham haver com a história.

No meio da rua, os cangaceiros com garrafas na mão, rodeados de meninos, dançavam xaxado, cantando:

Livino é prata fina
Lampião cordão de ouro
Amélia é mala velha
Florentino surrão de couro
Olê Mulher Rendeira
Olé mulher rendá...

Essa história é escutada por qualquer pessoa que chega no São João do Barro Vermelho. Foi Ritinha Gomes, neta de dona Especiosa Gomes da Luz, comadre e costureira de Lampião, quem me narrou conforme está aqui.

Extraido do livro LAMPIÃO E O SERTÃO DO PAJEÚ, de Anildomá Willans de Souza.


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BANDA DO EXÉRCITO AMERICANO CANTA FORRÓ DE JACKSON DO PANDEIRO.


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O RASTREADOR - SOBREVIVÊNCIA NA CAATINGA



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