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sábado, 18 de janeiro de 2020

CORONEL MANUEL NETO DANDO UMA ENTREVISTA



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"O PATRIARCA"

Por Sálvio Siqueira

No dia 3 de setembro de 2016 será lançado, em Serra Talhada - Pe, mais uma obra prima da literatura sertaneja, intitulado 'O PATRIARCA', o livro nos traz a notória história do cidadão "Crispim Pereira de Araújo", que na história ficou conhecido como "Ioiô Maroto", contada pela 'pena' do ilustre amigo venicio feitosa neves

Crispim Pereira de Araújo (Ioiô Maroto) 

Sendo parente de Sinhô Pereira, chefe de grupo cangaceiro e comandante dos irmãos Ferreira, conta-nos o livro, a história que "Ioiô Maroto" foi vítima de invejas e fuxico. Após sua casa ter sido invadida por uma volante comandada pelo tenente Peregrino Montenegro, da força cearense.

Sinhô Pereira

Sinhô Pereira deixa o cangaço, não sem antes fazer um pedido para o novo chefe do bando, Virgolino Ferreira da Silva o Lampião e o mesmo cumpre o prometido.


Além da excelente narração escrita pelo autor, teremos o prazer e satisfação de vislumbrar rica e inédita iconografia.

Não deixem de ter em sua coleção particular, mais essa obra prima literária.

Adquira-o através deste e-mail: 

franoelima@bol.com.br

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/675945445902908/?notif_t=group_activity&notif_id=1471274094349578

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O JAGUNÇO E SUA TOCAIA NA HISTÓRIA

*Rangel Alves da Costa

Segundo relatos colhidos de fontes seguras e guardados no embornal da história - e agora repassados com toda veracidade -, num tempo onde as terras nordestinas, principalmente aquelas situadas nas regiões sertanejas de catingueira e vastidão de mataria, eram recebidas de eréu e depois transformadas em latifúndios nas mãos de uns poucos senhores, as poderosas amizades e os ódios sangrentos se desenvolveram no mesmo passo.
A imensidão de terras nas mãos de poucos senhores causava o empobrecimento e a submissão da maioria da população agrestina, já tão sofrida pelas secas de quase sempre. Mesmo que muito desses latifúndios servissem apenas para a criação de rebanhos soltos, a maioria mantinha alguma produtividade. E o plantio, a colheita, o cuidado com o gado, a queimada, o roçado e muito mais que a terra exigia, era trabalho do pobre homem do campo, cujo destino era apenas servir ao patrão.
Porém existia uma classe de homens, escolhidos a dedo pelos próprios patrões ou seus capatazes, que eram contratados para um trabalho diferenciado. Ao invés de cuidar dos afazeres da terra ou dos rebanhos, tinham que cuidar de seus senhores. Não como serviçais nas lides domésticas nos casarões, mas propiciando segurança, cuidando de preservar a vida de seus patrões.
Não só cuidar de seus senhores como proteger o verdadeiro feudo das ameaças e ataques inimigos. O poderio não estava representado apenas no homem poderoso, na feição daquele dono de homens, terras e bichos, mas na contextualização de seu nome perante a região e outros também poderosos. Daí que defendendo o homem estariam também zelando pela sua fama, sua riqueza, seu poder e sua honra forjada no respeito imposto.
Não podia ser diferente. O poder do latifúndio, que era também o poder político e econômico, era disputado por alguns senhores de mesma patente, e cada um querendo destruir o outro para aumentar ainda mais seu prestígio e força de mando. Mesmo se encontrando em almoços e reuniões, com visitas retribuídas e até a celebração de acordos políticos, a verdade é que nenhum daqueles homens suportava o outro. Daí que necessitavam de proteção, de homens valentes que servissem como alerta para que fossem evitadas as tramas contra o seu patrão, sob pena de o troco ser redobrado na violência.
Tais homens eram os jagunços, uma subclasse de impávidos sertanejos que ao invés de utilizar seu destemor em causa própria ou em ações positivas, vendiam sua honra e sua valentia aos senhores do latifúndio, aos donos do poder, aos coronéis nordestinos. Arregimentados, colocados ao redor dos casarões, ou mesmo nas moradias próximas, estavam prontos para agir a qualquer momento. Em tempo bom ou ruim, em clima de paz ou de tempestade sangrenta, deveriam responder e corresponder ao chamado do patrão.
Desse modo, no sertão nordestino o lugar do jagunço está situado na arcaica estrutura fundiária que caracterizou o latifúndio e a ascensão do coronelismo. A imensidão de terras proporcionou poder local e influência política, fazendo surgir uma classe de poderosos que buscava, a todo custo, aumentar ainda mais seu poder de mando. E o mando e o poder exigiam defesa contra os desafetos e ataque contra todos aqueles que contrariassem suas ordens ou servissem de empecilhos aos seus interesses.
No contexto do coronelismo político e latifundiarista, o jagunço representa a extensão da força pessoal do líder local ou regional. Como o senhor dono do mundo apenas ordenava que fosse feito segundo o seu desejo, cabia ao seu contratado cumprir a determinação. E isso era feito com a proteção ao senhor e seus bens, bem como preparando ofensivas para dizimar inimigos. E os meios utilizados, além das próprias armas de punho, era a tocaia ou emboscada, que consistia em agir nas sombras para surpreender mortalmente aquele que estivesse marcada para morrer.
Assim o lugar do jagunço, num mundo de poderio exacerbado sobre homens e bichos, num tempo onde a vida interiorana era comandada pelos velhos senhores vestidos em linho branco nas suas cadeiras de balanço. E também onde a lei só possuía vigência para os fracos e a sobrevivência da grande maioria sempre dependia das benesses do poder, como forma de garantir a continuidade do mando naquelas vastidões.
Quem dera que o jagunço tivesse sido apenas nos moldes relatados em algumas obras ficcionais, retratados apenas como rudes sertanejos, desvalidos da terra e dos meios de sobrevivência que, sem perspectiva de vida, optavam ou pela vida cangaceira ou pela submissão ao coronelismo beligerante e sanguinário. A maioria, contudo, mais parecendo seres domados pelas forças do patrão e, por isso mesmo, irreconhecível em si mesmo. Degenerados, desconheciam o valor de qualquer valor, principalmente da vida humana.
Mas não. A realidade foi mais consciente e sangrenta do que retratada na ficção. Não é um ser alheio ao mundo que escolhe o local mais apropriado para emboscar, que espera horas e horas a fio até a passagem da vítima e mira com tal obstinação que não deixa escapatória. Não é qualquer um que faz do ofício sangrento uma razão de existir.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

GENTE, OLHA O LIVRO DE MINHA AUTORIA: AS MULHERES NO CANGAÇO.



Gente,passei 5 anos escrevendo esse livro, a príncipio ele seria um projeto para um Seminário sobre as mulheres no cangaço que eu iria realizar no Centro Cultural Banco do Nordeste,mas como na época eu estava para fazer uma cirurgia de útero(passei 8 anos pra decidir se eu ia fazer a cirurgia ou não) então quando decidi fazer a cirurgia e o seminário, a política do centro cultural mudou,só iam serem remunerados projetos do próprio Centro Cultural, então decidi transformar a Apostilia em Livro.

Gente o livro custa R$ 36,50 com frete de R$8,50 para todo o Brasil, o endereço ´do site está abaixo da Sinopse.

Sinopse:O livro tem como prioridade resgatar a imagem das mulheres no contexto do cangaço e o papel social que elas desempenharam nos bandos de Lampião , de Corisco e de tantos outros, suas influências benéficas, mas também o risco que elas representaram para a estrutura e a manutenção da união desses grupos. Elas exerceram um papel importante sem deixar que sua sensibilidade e sexualidade feminina fossem usurpadas pelas circunstâncias, o projeto traz ao conhecimento do público um cangaço mais feminino composto não somente de rifle, fuzil e pistola mauser, mas também o cangaço de batom, brincos e de pó-de-arroz. É o cangaço feminino de Maria Bonita, de Dadá, de Sila, de Adília, de Lídia e de tantas outras. Nesse livro o leitor e a leitora vão descobrirem um pouco mais da biografia dessas sofridas e bravas mulheres que foram parar no bando de Lampião, de Corisco, de Zé Sereno, de Canário, de Zé Baiano, de Luís Pedro e de tantos outros.
O livro está a venda no Site



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O CANGAÇO NÃO FOI MERCENARISMO*


Por Raul Meneleu

O cangaço não pode ser confundido com o mercenarismo da capangagem a serviço dos coronéis locais, se bem que geralmente os coronéis aliavam-se com cangaceiros para suas investidas contra seus inimigos.

O capanga era subalterno do coronel ou de quem lhe pagasse, já o cangaceiro era um aliado momentâneo com propósitos definidos e eram a expressão de uma barbárie hereditária numa região atrasada; como um banditismo que impõe suas próprias leis, face à carência dos poderes públicos e à ausência de uma justiça imparcial na região, constituía-se de um banditismo de vingança e honra, uma revolta dos pobres contra o sistema latifundiário.

O cangaço foi também uma das manifestações que fizeram os autores de História do Nordeste se situarem quando se tratou de construir uma nação "moderna". É igualmente um dos fenômenos dos quais os representantes do poder se serviram para forjar essa nação, de acordo com representações que elaboravam.

Casarão do coronel Isaías Arruda ainda de pé em Missão Velha. (Foto: Antonio Rodrigues).

* Trecho do meu mais novo livro que breve estará à disposição dos amigos. (LAMPIÃO, Nordeste: Coronéis, Capangas e Jagunços).


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RIO VERMELHO, 1860, EM FOTOGRAFIA DE BENJAMIN MULOCK COLORIZADA POR MIM.

Colirida pelo pesqusiador e professor Rubens Antonio


"Vou mostrando como sou
E vou sendo como posso
Jogando meu corpo no mundo
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos encontros
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus
Ou vestidos de lunetas
Passado, presente
Participo sendo o mistério do planeta" 

Luiz Galvão - Moraes Moreira.


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MISSA CAMPAL EM AÇÃO DE GRAÇA PELA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL



A Missa Campal em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, em 17 de maio de 1888, foi uma celebração de Ação de Graças pela libertação dos escravos no Brasil, decretada quatro dias antes, com a assinatura da Lei Áurea. A festividade contou com a presença da princesa Isabel, regente imperial do Brasil, e de seu marido, o conde D´Eu, príncipe consorte, que, na foto, está ao lado da princesa, além de autoridades e políticos. De acordo com os jornais da época, foi um “espetáculo imponente, majestoso e deslumbrante”, ocorrido em um “dia pardacento” que contrastava com a alegria da cidade.

Cerca de 30 mil pessoas estavam no Campo de São Cristóvão. Dentre elas, o fotógrafo Antonio Luiz Ferreira que há muito vinha documentando os eventos da campanha abolicionista brasileira desde suas votações e debates até as manifestações de rua e a aprovação da Lei Áurea. Não se conhece um evento de relevância nacional que tenha sido tão bem fotografado anteriormente no Brasil. No registro da missa campal é interessante observar a participação efetiva da multidão na foto, atraída pela presença da câmara fotográfica, o que proporciona um autêntico e abrangente retrato de grupo.

Antonio Luiz Ferreira presenteou a princesa Isabel com 13 fotos de acontecimentos em torno da Abolição. Essas fotos fazem parte da Coleção Princesa Isabel que se encontra em Portugal, conservada por seus descendentes. Além desses registros, Ferreira tirou duas fotos das duas missas realizadas em ação de graças pela Abolição. Uma delas, a principal, intitulada “Missa campal celebrada em ação de graças pela Abolição da escravatura no Brasil”, é a que está aqui destacada e faz parte da Coleção Dom João de Orleans e Bragança. A outra missa foi celebrada pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos. Outros três registros foram feitos por Ferreira no dia 22 de agosto de 1888 e documentaram o retorno do imperador Pedro II ao Brasil. Também foram ofertados à princesa Isabel.

Ao todo, Antonio Luiz Ferreira fotografou 18 cenas ligadas às celebrações de 1888 e com isso, apesar de ter tido uma carreira discreta, tornou-se um importante fotógrafo do século XIX. As imagens captadas por ele nessas datas tão marcantes da história do Brasil caracterizam-se pela expressividade dos rostos retratados, decorrência da relevância do fato e da fascinação causada pela câmara fotográfica.

A pesquisadora e editora-assistente da Brasiliana Fotográfica, Andrea Wanderley*, identificou a presença de Machado de Assis na fotografia da Missa Campal de Ação de Graças pela Abolição da Escravatura realizada no dia 17 de maio de 1888, no Campo de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.

Fonte: Portal Brasiliana Fotográfica


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LAMPIÃO DESISTIU DE ATACAR CUSTÓDIA



Lampião estava decidido atacar o município de Custódia, no Sertão pernambucano, o cangaceiro mandou um garotinho até a cidade para verificar quantos soldados havia no quartel ou na delegacia. Ao voltar, o menino anunciou: 

- No quartel, só tem cem. 

Temeroso com o grande número de macacos, maneira pela qual chamava os guardas, Virgulino desistiu da invasão. O que ele não sabia é que Cem era o apelido do único soldado presente no quartel naquele dia.

Do livro:
Flores, Campos, Barros e Carvalho - Olhando para o passado até onde a vista alcança
De: Maria Stella Barros de Siqueira Campos


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