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segunda-feira, 11 de outubro de 2021

RAUL FERNANDES E O LIVRO “A MARCHA DE LAMPIÃO – ASSALTO EM MOSSORÓ”

Reprodução do jornal natalense O Poti, edição de 12 de março de 1978.

O Governo do Estado e a Universidade federal do Rio Grande do Norte (UFRN) deverão editar até o final do mês o livro “Marcha de Lampião – Assalto a Mossoró”, de Raul Fernandes. Filho de Rodolfo Fernandes, prefeito de Mossoró quando da invasão da cidade, Raul Fernandes demonstra além do conhecimento de longos anos de pesquisa, a experiência de quem teve a casa assaltada pelos cangaceiros.

Capa da terceira edição do livro de Raul Fernandes.

Formado em Direito e Medicina (especializado em otorrinolaringologia que ensina na UFRN), Raul Fernandes diz não ter escrito antes o livro, porque isso o afastaria dos clientes, que passariam a vê-lo como um escritor, um literário e não um médico. Aos quase setenta anos de idade e pensando na aposentadoria, ele diz ter sido criado com um rifle nas costas, servindo ao Exército Americano na época da guerra e com alguns anos de est5udos nos Estados Unidos e na Alemanha.

Como que querendo justificar-se pelo lançamento do livro, quase vinte anos depois que resolveu escreve-lo, explica que “todos que assistiram à luta sempre me assediaram para que eu escrevesse”. O próprio José Lins do Rego solicitou sua ajuda quando se dispôs a escrever seu último livro, “O Cangaceiro”. Além do mais afirma “não existiam livros sobre o assalto a Mossoró, apenas depoimentos”, o que tornou difícil a execução do trabalho.  

NOTA DO TOK DE HISTÓRIA – É de estranhar essa declaração de Raul Fernandes, pois em 1955 foi lançado o livro “Lampião em Mossoró”, de Raimundo Nonato, pela Editora Pongetti, do Rio de Janeiro. No ano seguinte foi impressa uma segunda edição.

NÃO ACREDITAVAM

Muito à vontade, enriquecendo o assunto com suas próprias experiências, ele fala sobre a tarde em que Lampião entrou em Mossoró, acompanhado de onze reféns, “hoje gente importante do Estado”. Seu pai é, na verdade o foco principal do livro, “o que me coloca numa situação delicada, pois podem dizer que escrevi o livro apenas porque o centro da resistência era meu pai. Mas não foi assim, eu realmente vi tudo muito de perto”.

Nascido em Mossoró, Raul Fernandes estudava na Bahia. “Vindo de férias encontrei minha casa protegida pelas trincheiras. Minha casa foi a única que se preparou a resistência, porque meu pai estava avisado. Mas a cidade de Mossoró não acreditava no ataque”.

Mossoró era um dos centros mais importantes do Nordeste e tinha comércio maior que Natal.

Lampião e seu bando após a derrota em Mossoró.

ERA UM CANGACEIRO INTELIGENTE

Preocupado em esclarecer  pontos um tanto desconhecidos, Raul Fernandes lembra que o ataque a Mossoró não foi feito apenas pelo grupo de Lampião, mas pelos cinco grupos existentes na época (1927) liderados por João Marcelino, Jararaca, Sabino Gomes e Massilon.  

A decisão de atacar Mossoró teria partido exatamente de Massilon, que não era propriamente um cangaceiro, mas um tropeiro. Massilon teria assassinado um soldado e precisava fugir do Nordeste. Vindo da Paraíba, ele idealizou o assalto para fazer reféns para conseguir dinheiro para sua fuga.

Raul Fernandes.

Juntou-se aos demais grupos, e segundo as pesquisas do professor Raul, Lampião teria relutado muito em concordar. “Ele mal sabia ler e escrever, era um homem rude, grosseiro, mas um cangaceiro muito inteligente”. Por ordem do prefeito, a cidade foi evacuada na noite anterior ao assalto (Rodolfo havia sido avisado por amigos da Paraíba que o grupo marchava para Mossoró). Conseguindo no comércio um pouco de armamento e o auxílio de vinte soldados de polícia. Os homens armados (quem não possuía armas foi obrigado a deixar a cidade) conseguiram repelir o ataque.

Aqui, o professor Raul faz uma homenagem à Paraíba: “Bandido nenhum ataca de dia (os cangaceiros atacaram entre 16 e 17 horas), mas Lampião vinha sendo perseguido por duas volantes da Paraíba e se demorassem no assalto acabariam nas mãos dos perseguidores”.

Trincheira do prefeito Rodolfo Fernandes em Mossoró.

GRANDE EXPERIÊNCIA

Raul Fernandes confessa que essa foi uma experiência incrível: Ver de perto os terríveis bandidos e entrevistar várias vezes o famoso Jararaca aprisionado em Mossoró, e lamenta estar desarmado na época. Com dezenove anos foi obrigado a levar sua família para fora da cidade em lugar protegido, sem participar ativamente da resistência.

Hoje ele fala do assunto com uma certa emoção, lembrando os tempos em que o Nordeste era dominado pelo cangaço, que por um longo tempo sofreu pouca repressão.

“Em 1935 eu vi um assalto ao Banco do Brasil, aqui em Natal e ninguém pôde fazer nada”. Depois da Revolução de 1930, conta, os governos se uniram para acabar com o cangaço. O cangaceiro que era preso era imediatamente fuzilado.

“Foi o único meio de reprimir o cangaço que tanto assustava o Nordeste”.

https://tokdehistoria.com.br/2021/04/07/raul-fernandes-e-o-livro-a-marcha-de-lampiao-assalto-em-mossoro/

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LIVROS PAJEÚ EM CHAMAS – O CANGAÇO E OS PEREIRAS (CONVERSANDO COM SINHÔ PEREIRA).

 Por Geraldo Júnior


Finalmente terminei de ler e posso afirmar que se trata de um trabalho de referência sobre a história da tradicional família “PEREIRA” e a sua ligação com o cangaço nordestino.

Resta-me apenas agradecer mais uma vez ao Professor Helvécio e parabenizá-lo por magnífico trabalho, que na verdade é um presente de valor inestimável para as futuras gerações, ao que se refere ao estudo, pesquisa e conhecimento histórico.

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Hervécio Neves Feitosa

Eu também já o li e aconselho aos amigos amantes do tema "Cangaço", que procurem lê-lo, é um excelente trabalho do escritor Hervécio Neves Feitosa.

Quem desejar adquirir o Livro PAJEÚ EM CHAMAS – O CANGAÇO E OS PEREIRAS (CONVERSANDO COM SINHÔ PEREIRA), basta entrar em contato com o Professor Francisco Pereira Lima através do e-mailfranpelima@bol.com.br
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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TIBAU DE TODOS OS TEMPOS


 Adquira já

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PRIMEIRA DEPUTADA NEGRA DO BRASIL CRIOU O DIA DO PROFESSOR EM 1948

A partir de 1963 o Dia do Professor passou a ser comemorado oficialmente em 15 de outubro em todo o Brasil. Mas a data já era celebrada em Santa Catarina desde 1948 por iniciativa de Antonieta de Barros, a primeira mulher negra a ser eleita deputada no país. Professora por formação e filha de uma ex-escrava, ela teve papel fundamental na luta pela igualdade racial e pelos direitos das mulheres.

O dia 15 de outubro foi escolhido como Dia do Professor em referência à data em que o imperador D. Pedro I instituiu o Ensino Elementar no Brasil, em 1827. No ano de 1947, o professor paulista Salomão Becker já havia proposto a criação de um dia de confraternização e homenagem aos professores. No ano seguinte, Antonieta de Barros apresentou à Assembleia Legislativa catarinense o projeto de lei que criava o Dia do Professor. Somente 15 anos depois é que a data passou a ser oficializada em todo o Brasil, após a assinatura de um decreto do presidente João Goulart.

A trajetória de vida de Antonieta de Barros é admirável. Nascida em Florianópolis, em 1901, ela teve uma infância difícil. Após ser libertada da escravidão, sua mãe trabalhou como lavadeira e, para completar o orçamento, transformou sua casa em pensão para estudantes. O pai de Antonieta, um jardineiro, morreu quando ela ainda era menina. 

Foi convivendo com os estudantes na pensão de sua mãe que Antonieta se alfabetizou. Aos 17 anos, entrou na Escola Normal Catarinense, concluindo o curso em 1921. No ano seguinte, fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, voltado para a educação da população carente.

Antonieta também trabalhou como jornalista, sendo fundadora do periódico A Semana, que circulou entre 1922 e 1927. Por meio de suas crônicas, divulgava ideias ligadas às questões da educação, dos desmandos políticos, da condição feminina e do preconceito.  

Em 1934, na primeira vez em que as mulheres brasileiras puderam votar e se candidatar, filiou-se ao Partido Liberal Catarinense, elegendo-se deputada estadual. Uma das principais bandeiras de seu mandato foi à concessão de bolsas de estudo para alunos carentes. Ela exerceu o mandato até 1937, quando começou o período ditatorial de Getúlio Vargas. No mesmo ano, sob o pseudônimo Maria da Ilha, escreveu o livro Farrapos de Idéias.

Em 1947, após o fim da ditadura Vargas, ela se elegeu deputada novamente, desta vez pelo Partido Social Democrático, cumprindo o mandato até 1951. Antonieta nunca deixou de exercer o magistério. Ela dirigiu a escola que levava seu nome até morrer, em 1952.  

Fontes: El PaísNSC TotalHypenessHuffPost BrasilFundação Cultural Palmares e A Cor da Cultura

Imagens: Instituto Histórico e Geográfico De Santa Catarina e Assembleia Legislativa de Santa Catarina

https://history.uol.com.br/historia-geral/primeira-deputada-negra-do-brasil-criou-o-dia-do-professor-em-1948?fbclid=IwAR0gZA__4Jipsr5QH2gnn7cOTTA_l-O8WAJ2dV0rVbXaEl2x5VNWtxI1q7s

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LUIZ GONZAGA, FAGNER - ABC DO SERTÃO (PSEUDO VIDEO)

 Por Gonzaga Music Entertainment

https://www.youtube.com/watch?v=6pkB_tpcDWU&list=OLAK5uy_lx7WV57B7TwZNFFAIDHGYTeSwPr1ef7fM&ab_channel=luizgonzagaVEVO

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ÚLTIMO SHOW DE LUIZ GONZAGA.ESSA FOI A DESPEDIDA DIA 06/06/1989 NO TEATRO DOS GUARARAPES EM RECIFE

Por Edinaldosidrimgentedecente

https://www.youtube.com/watch?v=Paimv2Ow1D0&ab_channel=EDINALDOSIDRIMGENTEDECENTE

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A IMPORTÂNCIA DO CANGAÇO PARA A CULTURA E PARA A HISTÓRIA NO BRASIL

 Por ALESP

https://www.youtube.com/watch?v=0jgBxXu_i-4

O Programa Alesp Conecta, realizado de forma virtual na Rede Alesp, recebe como convidado Robério Santos, Pesquisador e escritor, para falar sobre A importância do cangaço para a cultura e para a história no Brasil. Apresentação: Fábio de Lima

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ANTONIO CAIXEIRO

 Por Rubens Antonio

Antonio Ferreira de Carvalho, o Antônio Caixeiro, coiteiro de Lampeão. Pai do interventor federal no governo de Sergipe, Eronides, ambos foram seus fornecedores de armas e munição.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=6509357589104480&set=a.4837797889593800

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A CANGACEIRA LÍDIA DE ZÉ BAIANO – DO SALGADINHO ÀS PIAS DAS PANELAS

Por Manoel Belarmino

No Salgadinho, nas proximidades das bordas do Raso da Catarina, no então Município de Santo Antônio da Glória, hoje Paulo Afonso (BA), nasceu a mocinha, que mais tarde se tornaria cangaceira, de nome Lídia Pereira de Souza. Seus pais eram Maria Rosa e Luiz Pereira de Souza. A cabocla da mais bela tez morena que as caatingas já forjou, Lídia crescia como uma fulô naqueles sertões dos rasos. Todos os sobreviventes do Cangaço que conheceram Lídia afirmavam que a cangaceira era linda demais. Era a mais bela das mulheres que já tiveram no Cangaço. Talvez foi chamada em algum momento, ou merecia o apelido de “Lidia, a bonita”.

Eis que o destino marcava a vida daquela sertanejinha, arrastando-a para a mais cruel vida amorosa e sangrenta que o Cangaço já produziu. O feminicídio como acordo de grupo dos bandoleiros das caatingas.

No ano de 1931, o cangaceiro Zé Baiano, um dos mais temíveis chefes de subgrupos do bando de Lampião, ficou doente e teve que ficar acoitado no povoado Salgadinho, exatamente na casa do casal dona Maria Rosa e Luiz Pereira. Um tumor no pescoço do cangaceiro provocava dores fortes, impedindo o cangaceiro de seguir o grupo de Lampião. Dona Maria Rosa cuidou de Zé Baiano com rezas e plantas medicinais até o seu restabelecimento.

Lídia já era uma mocinha. Linda de doer. No alto dos seus 15 anos. Logo Lídia foi sendo seduzida pelo mais terrível dos cangaceiros de Lampião. Aquele que pegou a fama de ferrador de mulheres, e o mais feioso dos cangaceiros. O mais esperto no manejar do dinheiro e do ouro; era agiota, chegando a emprestar volumes altos de dinheiro a “gente grande” em Sergipe. Lídia não resistiu e, por livre e espontânea vontade, resolveu seguir o Zé na vida bandoleira. Conta-se que, depois, Lídia se arrependeu e queria sair do cangaço, mas já era tarde demais. Não tinha mais jeito.

Mesmo sendo “bem cuidada” por Zé Baiano, que era louco de paixão e amor por Lídia, Lídia não podia mais corresponder os carinhos e amores recebidos do seu companheiro. E Lídia via triste e desconsolada. Arrependida daquela decisão ingênua e equivocada, mas não era mais possível desistir.

Não demora muito, e Lídia reencontra um jovem cangaceiro chamado Ademórcio, que, nos tempos de meninos, brincavam juntos nas malhadas das casas do Salgadinho. Ademórcio no Cangaço era o Bem-te-vi (nome de um passarinho cantador das caatingas e malhadas das fazendas, costumeiro dos anúncios de novidades). Lídia e bem-te-vi, às escondidas, nas moitas e sombras das quixabeiras, nas longas conversas, envolvem-se num romance proibido. Um caso amoroso, tentador, perigoso, mas de amor ardente. Um amor mais forte que a morte.

O cangaceiro Coqueiro e outros eram loucos por Lídia. Mas quem era doido tentar alguma coisa? Zé Baiano tinha fama de valente e cruel. E ainda, no cangaço, a traição não era admitida; era motivo de morte. E morte cruel.

Certo dia, o cangaceiro Coqueiro, que vivia com os olhos voltados para Lídia, flagrou na sombra de uma moita, no coito, a cangaceira transando com o cangaceiro Ben-te-vi, no maior amor do mundo.

O cangaceiro Coqueiro, aproveitando a ocasião e do fato, tentou usar o flagrante para também ficar com Lídia. Lídia resistiu. Xingou e disse que jamais faria aquilo. E que não adiantaria as ameaças, porque ela ficou com o Bem-te-vi porque o amava. E que, se fosse denunciada, ela confirmaria tudo. Não conseguindo o intento resolveu delatar o caso de traição.

Naquele mês de julho de 1934, nas Pias das Panelas, nas proximidades do Riacho do Cartavo, em Poço Redondo, quando Zé Baiano retornou de uma viagem do Alagadiço que havia feito com Lampião, o cangaceiro Coqueiro resolveu contar tudo, exatamente na hora da janta, no coito, no momento em que todos estavam reunidos. Ao ouvir a delação de Coqueiro, Zé Baiano ficou parado, estarrecido. Olhou para Lampião esperando alguma ordem. Um silêncio tomou conta do coito. Lampião tirou o chapéu... coçou o quengo. Levantou-se do cepo. Não quis mais comer. E continuou calado.

Depois de um tempo em silêncio, Lampião disse que Zé Baiano tomaria as providências sobre Lídia e os cangaceiros resolveriam o caso de Bem-te-vi e Coqueiro. Depois da sentença de Lampião, Zé Baiano mandou que o cangaceiro Demudado amarrasse Lídia num pé de umburana ali mesmo próximo das Pias das Panelas, nas margens do Riacho do Quartavo, no coito. E Lampião ordenou que o cangaceiro Gato matasse o cangaceiro traidor (o Bem-te-vi) e o delator (o Coqueiro).

Gato puxou a mauser e disparou contra o Coqueiro, que já caiu ali estirado, morto. Quando se voltou para disparar contra o cangaceiro Bem-te-vi, viu que esse já havia fugido.

Zé Baiano não conseguiu dormir naquela noite. Deitou-se separado dos outros cangaceiros, calado. Teria que matar a cangaceira mais linda já vista no mundo cangaceiro e a mulher que ele amava. Quando o dia amanheceu, antes de o Sol aparecer, Zé Baiano pegou um cacete de pau d'arco e, com várias pauladas, matou Lídia. E, sem pedir ajuda a ninguém, ele mesmo cavou a cova e enterrou o corpo da cangaceira, ali mesmo embaixo do pé de umburana, nas proximidades das Pias das Panelas, no Riacho do Quartavo.

Se Lídia foi fotografada, as fotos ainda não apareceram nas mãos dos pesquisadores. Mas eu não tenho dúvida da beleza de Lídia.

Abaixo, posto aqui uma foto, feita pelo pesquisador Sandro Lee, da casa onde Lídia morou com os seus pais antes de entrar no Cangaço.

 https://www.facebook.com/photo/?fbid=4393689527319666&set=a.608577935830863

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FINALMENTE

 Clerisvaldo B. Chagas, 11/12 de outubro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - 

Crônica: 2.594

Sai o boato de que o terreno para a construção de casas das vítimas da enchente do rio Ipanema, já está sendo trabalhado. Fonte não oficial diz que serão construídas 400 residências, o que representa uma significativa vila, distrito ou povoado. Segundo essa mesma fonte, o local onde acontecerão as construções fica no sopé do serrote do Cruzeiro, numa área entre o plano e a encosta, longe do centro, mas a expansão benfazeja da nossa cidade tem mesmo que seguir pelas periferias já dividindo terras com a zona rural. O crescimento da cidade está sendo dirigido naturalmente para os quatro pontos cardeais. Esperamos, portanto, que não haja aborrecimentos futuros entre os novos moradores da área e a vegetação de segunda do próprio serrote do Cruzeiro, mas bastante conservada. Um dos pulmões verdes de Santana.

Neste momento em que estamos vivenciando a Festa do Padroeiro São Cristóvão, a boa notícia das 400 casas novas, alivia todos aqueles que viverão uma diferente realidade, longe de área de risco, nem enchentes, nem barreiras, um lugar privilegiado pela firmeza do terreno e uma das mais belas paisagens de Santana. São pessoas de cerca de três bairros diferentes que irão conviver numa outra situação. Desejamos paz, harmonia e progresso para todos os habitantes que chegarão à área oferecida. Os esforços para o empreendimento estão sendo dirigidos pelo deputado Isnaldo Bulhões e a prefeita Christiane Bulhões.

Não somente apenas um novo lugar de morada. 400 casas, um verdadeiro povoado, traz mercadinhos, farmácias, manicures, cabeleireiros, mototaxistas, lanchonetes... Isto é, os mais diversos do comércio, prestações de serviços que sempre iniciam pelos mais simples ou básicos. Vão gerando emprego, renda e novas oportunidades para empreendedores. O grande beneficiário será o Bairros Domingos Acácio, onde está localizada a entrada para o alto do serrote Cruzeiro, o maior mirante de Santana do Ipanema. Não longe dali, funciona o Instituto Federal de Alagoas – IFAL, na AL´-125. Paz e progresso. Adeus, águas do PANEMA.

TERRENO LIMPO VISTO DO ALTO DO LOTEAMENTO COLORADO A 330 METROS DE ALTITUDE. (FOTO: ÂNGELO RODRIGUES).

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