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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

SERTÃO: A SECA E A INUNDAÇÃO

Por Rangel Alves da Costa*

De vez em quando afirmo sobre o destino de Eclesiastes existente no sertão nordestino. Quando o livro bíblico diz sobre nascer e morrer, entristecer e depois se alegrar, sofrer e depois se contentar, como um percurso inevitável de acontecimentos, com um ocorrendo e depois se fazendo o inverso, certamente que tudo se amolda à realidade sertaneja.

Ora, o que é a vida do sertão senão ou a seca ou a chuva, a chuva e depois a seca, e assim em diante? E por consequência a tristeza pelo sol escaldante devorando tudo e o renascimento festivo quando as chuvaradas começam a cair. Mas não duram muito o contentamento, a terra semeada e o grão brotando em flor, para novamente faltar a paz e o sossego do humilde trabalhador. E com a falta de água e de chuva, logo a sede, a fome, a desesperança. Então surgem os rogos, as orações e as promessas para que as forças do alto façam cair pingo d’água.

Talvez daí também a força da expressão de ser o sertanejo antes de tudo um forte. Não apenas pela valentia, pelo destemor e pelo caminho de luta, mas principalmente por suportar - e sem se alquebrar de vez - os desconcertantes caprichos do tempo e as dolorosas imposições climatológicas. Não é tarefa fácil ao ser humano aturar o que o sertanejo silenciosamente tolera na força da fé e do amor nutrido pelo seu raquítico rebanho, pela sua vaquinha no couro e no osso. E também saber que depois da chuvarada voltará ao mesmo sofrimento, pois assim acontece desde que o seu mundo é mundo.

A exemplificação disso tudo está ocorrendo agora. Já fazia muito tempo que o sertanejo outra coisa não fazia senão sonhar com as chuvaradas, as chuvas de invernada, as trovoadas tão milagrosas. A cada dia que passava o sofrimento aumentava pelo chão ressequido, o cacto definhando, a falta do de beber e do de comer para o bicho e para o homem. E tendo de se submeter aos políticos aproveitadores na esperança de uma carrada de água. E tendo de se fragilizar - e na fragilização as sombras do escravismo - perante as ambições impiedosas daqueles mesmos desumanos aproveitadores.


Mas as barras do horizonte avermelharam, as nuvens prenhes chegaram e de repente aquele bafo quente e de cheiro inconfundível levantando da terra ao receber molhação. As chuvas chegaram. Como cumprimento do destino do Eclesiastes, as chuvas chegaram. Há cerca de dez retornei de meu sertão sergipano de Nossa Senhora da Conceição de Poço Redondo e por lá deixei a seca maior do mundo. Tudo cinza, tudo esturricado, um calor de mil sóis, uma desolação de entristecer e fazer chorar. Mas desde os cinco ou seis últimos cinco dias que as notícias que chegam de lá são de chuvaradas fortes e trovoadas.

Numa questão de poucos dias, a coivara da terra se transformou em poça e lamaçal, a planta morta ou quebradiça vai renascendo verdosa, o barro do fundo de tanque se diluiu para se transmudar em água jorrando pelas beiradas. Coisa de não acreditar, mas é assim que acontece por lá. Para um exemplo desse destino eclesiástico, o Riacho Jacaré, que passa entrecortando a cidade de Poço Redondo, desde muito seco, devastado e putrefato, de repente irrompeu com uma cheia desde muito não avistada. Chegou veloz, em correntezas e seguindo imponente para desaguar no Velho Chico. Mas como dito, apenas uma feição passageira.

Em alguns municípios sertanejos as chuvaradas foram menores, mas enchendo fontes e tanques e alagando ruas e estradas, mas noutros a situação se tornou de calamidade. Uma barragem rompeu em Monte Alegre de Sergipe e suas águas invadiram ruas e casas, deixando famílias quase ao desabrigo. A pista asfáltica entre o mesmo município e Nossa Senhora da Glória não suportou a força das correntezas de um riachinho e foi parcialmente destruída por uma cratera aberta, impedindo o trânsito de veículos.

Quer dizer, no sertão é assim, ou tudo ou nada. Ou seca demais ou chuva em excesso. Até o sol novamente vingar e tudo voltar ao percurso de sempre, com as secas e as promessas para chover. Assim é e assim será. Sempre. Só na política que há uma continuidade perniciosa, aviltante e lesiva à população sertaneja.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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“O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS


O livro “O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS custa:
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Como adquiri-lo:
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LOCAL DA MORTE DO CÉLEBRE CANGACEIRO JESUÍNO BRILHANTE

Foto: João Lima

Serrote da Tropa localizado na comunidade Santo Antônio em Brejo do Cruz-PB, local da morte do cangaceiro Jesuíno Brilhante em dezembro de 1879.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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SÓ ENQUANTO NÃO VEM CANGAÇO - INDIRA GANDHI


Em 19 de janeiro de 1966, INDIRA GANDHI se torna a primeira ministra da Índia, e primeira mulher chefe de governo do país. Seria morta por dois de seus guarda-costas, em Nova Délhi, em 31 de outubro de 1984, foram eles: Beant Singh e Satwant Singh. 

Beant Singh

Beant Singh foi morto minutos depois do assassinato de Indira Gandhi e 


Satwant Singh foi condenado a morrer enforcado em 1988. - 

LEIA MAIS SOBRE INDIRA GANDHI
https://pt.wikipedia.org/wiki/Indira_Gandhi


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HERÓIS DO POVO - O POVO QUIS ASSIM

Por Raul Meneleu
Robin Hood

Robin Hood é um herói mítico inglês, um fora-da-lei que roubava da nobreza para dar aos pobres. Teria vivido no século XIII, aos tempos do Rei Ricardo Coração de Leão, e das grandes Cruzadas. 

Rei Ricardo Coração de Leão

Prezava a liberdade, vivia ao ar livre, e o espírito aventureiro o imortalizou como o "Príncipe dos ladrões". Robin Hood é para muitos, um dos maiores heróis da Inglaterra.

O rei Lampião

Tomemos agora alguns "heróis" brasileiros e vejamos que a coisa é bem assim. O povão sempre está ao lado daqueles que insurgem-se contra a polícia e os impostos. Vejam o caso de Lampião. 

Sinhô Pereira

Antes dele tivemos outros "heróis" como  Sinhô Pereira, Antonio Silvino, entre outros. 

O Cangaceiro Antonio Silvino

A mentalidade sertaneja no seu modo de ver, tinha Lampião como um herói e sua valentia nos combates contra a força policial/governo o cobria de glória pois era um perseguido, um revoltado contra as injustiças. O sertanejo que pagava impostos, sem terem escolas, estradas, remédios, justiça e nem o combate à secas seguidas pela falta de investimentos em açudes, fora a roubalheira. Nesse seu abandono, vocês acham que ficariam ao lado do governo?

Lampião aos olhos da maioria empobrecida dos sertanejos era considerado um símbolo da revolta que sentiam, mas não podiam fazer nada. Com todos os outros cangaceiros antes dele, se deu o mesmo: eram vistos como heróis pelos sertanejos pobres.

Assim como no nordeste brasileiro, era idêntico esses fatos em outras plagas do mundo. Em Portugal também tivemos "heróis" aos moldes dos nossos, como o famoso Zé do Telhado, sentenciado e preso na mesma penitenciária em que o grande escritor português Camilo Castelo Branco cumpria pena por sedução. Esse Zé do Telhado parecia mais com Lampião.

Zé do Telhado

Muitos personagens dos velhos filmes de bang-bang realmente existiram, mas na verdade tais mocinhos não foram realmente “mocinhos” e tão valentes ou infalíveis como dizem as lendas, como também alguns “bandidos” não se tornaram fora da lei por simples opção ou por pura malvadeza. Alguns assaltantes de bancos famosos, como Jesse James, foram praticamente empurrados para o crime devido a Guerra Civil americana. Mas fazem parte do imaginário popular como heróis.

Jesse James

Jesse James e seu irmão Frank foram o terror por muitos anos para as companhias férreas intercontinentais, que praticamente expulsavam os agricultores de suas fazendas para dar passagem aos trilhos, e para os bancos no Missouri. Mas antes de se tornar um fora-da-lei Jesse era agricultor e ajudava seu pai administrar suas terras. Com sua morte, Jesse James conquistou um status próximo ao de mártir e até hoje é venerado pelos americanos. 

Outro bandido famoso e que caiu na graça popular foi Billy The Kid. Na turma dos “heróis” americanos temos Wild Bill Hickock, um autêntico pistoleiro e aventureiro que às vezes carregava uma insígnia de delegado no peito. Outro destemido memorável seria Wyatt Earp. Este foi um dos poucos a exercer a lei e ordem no velho oeste e morrer de velhice. Wyatt tinha uma personalidade forte, quase arrogante, era para alguns um exímio jogador de cartas, e para outros, um trapaceiro. E na esteira de homens violentos que se tornaram "heróis" temos ainda Doc Holliday, Bat Masterson e Buffalo Bill, entre outros.

Como dizia o escritor cearense Gustavo Barroso, "É necessário olhar o sertão e os acontecimentos do sertão com os olhos dos sertanejos... Em idêntico estágio de sua evolução, os outros povos, mesmo os mais civilizados, não eram superiores aos sertanejos."

http://meneleu.blogspot.com.br/2016/01/herois-do-povo-o-povo-quis-assim.html

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LAMPIÃO, CABOCLO E A GLOBO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 19 de janeiro de 2016 - Crônica Nº 1.498

A Rede Globo de Televisão iniciou seus preparativos para mais uma novela. Um dos lugares escolhidos para algumas filmagens foi o estado de Alagoas no povoado Caboclo, município de São José da Tapera.

POVOADO CABOCLO. Foto (Hector Emílio).

Caboclo é um povoado típico sertanejo, situado em pleno Alto Sertão alagoano, de antiga procedência. Tendo como pano de fundo uma bela montanha esbranquiçada, realiza feira semanal e missa do vaqueiro todos os anos. Os emboladores e seus pandeiros mágicos já se desafiavam na tradicional feira de Santana do Ipanema:

“Você não dá
Pra dançar no gabinete
Cabra velha não dá leite
Nem bode dá de mamar...”

“Venho pra cá
Boto a sela no porco
Vou à feira do Caboco
Antes do galo cantar...”

Foi nesse famoso arruado que Lampião, após invadir a vila de Olho d’Água das Flores com 102 cabras, fez passagem e assassinou o cidadão proprietário José Vieira. O fato aconteceu no dia 07 de junho de 1926. Virgolino babava para atacar Pão de Açúcar, ali pertinho, mas sempre desistia diante dos “homens machos” do lugar. O senhor José Vieira pagou-lhe pela frustração.

Mas, em 22 de março de 1936, quase dez anos depois, foi o próprio Lampião quem foi derrotado no povoado Caboclo. Invadindo a rua para matar um ex-volante nazareno (a volante dos nazarenos - povoado de Nazaré, Pernambuco - era a maior perseguidora do bando) teve assassinado um dos seus asseclas chamado Pó Corante, pelo barbeiro local. Sem nada poder fazer, o sinistro chefe da caterva apenas fez sepultar o morto e ameaçar os habitantes do lugarejo, caso eles desenterrassem o cangaceiro.

O ex-volante perseguido conseguiu trazer uma volante comandada por Lucena Maranhão que estava em São José da Tapera, mas o bandido já havia ido embora.

É esse o povoado escolhido pela Rede Globo, repleto de histórias, lendas e fantasias.


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CANGACEIROS = ENTREGAS

Ponha em seu acervo para não esquecer mais os seus nomes

Subgrupo de cangaceiros comandados por Ângelo Roque "O Labareda".

A entrega se deu no ano de 1940 em Paripiranga estado da Bahia. Nesse mesmo ano houve o cerco e morte ao cangaceiro Corisco. A foto foi batida em abril de 1940, na Sede da Secretaria de Segurança, em Salvador/BA. Os cangaceiros haviam se entregado antes, em Paripiranga. Foram enviados até Salvador, acompanhados de soldados. Então, na Secretaria, em cerimônia para a imprensa, bateram a foto.

Legenda da Imagem

1 - Saracura (Benício Alves dos Santos)
2 - Flauzina ( Flauzina Alves de Lima, companheira de Saracura)
3 - Zephinha ( Josepha Maria de Jesus)
4 - Deus te Guie ( Domingos Gregório dos Santos)
5 - Ozana ( Anna da Conceição, companheira de Deus Te Guie)
6 - Josepha (Josepha Maria da Conceição, companheira de Jandaia)
7 - Maria Eunice (filha de Flauzina com um cangaceiro já falecido)
8 - Patativa ( Antonio Pedro da Silva)
9 - Labareda ( Ângelo Roque)
10-Jandaia

Fonte: http://historiaparasecontar.blogspot.com.br/
Fonte: facebook
Página: Pedro R. Melo

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A CANGACEIRA MOÇA

Moça e Inacinha

Joana Gomes dos Santos, conhecida nas hostes cangaceiras como Moça. Foi companheira do cangaceiro Cirilo de Engrácia.


O cangaceiro Zé Sereno

Noádia Costa - Segundo depoimento do cangaceiro Zé Sereno ela era encrenqueira e de gênio forte. Tendo desentendimento com o mesmo, após exigir que ele lavasse seus pés e ele não haver atendido.


O cangaceiro Cirilo de Ingrácias

Após a morte de Cirilo Moça não arrumou outro companheiro, e Corisco não aceitou que a sua permanência em seu bando, dizendo que de "encrenca já bastava a mulher dele".


O cangaceiro Corisco

Foi levada em segurança até a residência de sua família, levando consigo o dinheiro e ouro que pertenciam a Cirilo seu companheiro. Depois foi denunciada e presa. Mas passou pouco tempo na prisão. O dinheiro e o ouro que ficou em suas mãos deu lhe uma vida com conforto após ser libertada da prisão.  

Segundo relato, ao saber da morte de Cirilo a mesma ficou inconsolável, e chorava muito entrando em desespero. Após passar o luto como não arrumou outro companheiro, foi devolvida a família.  As pessoas falam que Corisco era perverso, mas ele também teve atitudes dignas, como no caso da cangaceira moça.

ADENDO DR. IVANILDO ALVES SILVEIRA


MORTE DE "CIRILO DE INGRÁCIA" - CURIOSIDADE Ivanildo Silveira - 4 de dezembro de 2009 

A morte desse cangaceiro aconteceu porque fatos totalmente imponderáveis levaram a esse final trágico em 5 de agosto de 1935. Resumindo, o que aconteceu foi o seguinte:

O grupo de CIRILO certa vez estava acoitado em uma fazenda no Salgadinho, povoado do município de Paulo Afonso, e trouxeram uma bacia para uso geral. O chefe fez uma viagem rápida e na sua ausência MOÇA (companheira de Cirilo), disse a Zé Sereno:

- Zé, apanhi água, boti no fogo pra amorná, e lavi meus pés; Sereno recusou-se a obedecer, o que causou discussão com a mulher de seu tio ,que terminou com a seguinte ameaça:

- Quando CIRILO voltá ocê vai vê si lava ô num lava.

No dia seguinte, ao retornar, ele foi colocado ao par do ocorrido e para demonstrar seu poder, apanhou uma vara e ordenou ao sobrinho:

- Ô vai lavá ô vai apanhá !.

ZÉ SERENO manobrou o fuzil e disse:

- Si mi batê num conto os buraco, i num fico mais junto.

Manoel. Moreno e Jararaca, parentes de Cirilo e também de Zé Sereno se equiparam e acompanharam o jovem, deixando só o casal.

Pouco tempo depois “MOÇA” deu a luz e os únicos que receberam o casal foram CORISCO e DADÁ.


Dadá e Corisco


VEJA, LOGO ABAIXO, FOTO DE "CIRILO E SEUS MATADORES, Morto em Mata Grande:




Parte 02:

Era tempo de inverno, chovia muito e MOÇA ficou na chuva. O marido queria que ela ficasse dentro de casa por dois motivos: proteção contra a chuva e evitar ser descoberta pelas volantes que sempre passavam por ali. Houve discussão e o cangaceiro acabou dando uns safanões na mulher que era muito teimosa.

CORISCO ordenou que Limoeiro fosse no dia seguinte buscar o enxoval de seu filho, que estava para nascer, e o CIRILO resolveu acompanhar o jovem, a fim de esfriar a cabeça.

Viajaram logo cedo. Quando chegaram na serra da Mata Grande viram uma casa e foram até lá pedir comida. Estavam conversando com os moradores, quando foram avistados e atacados pelo subdelegado AGRIPINO FEITOSA e seus cinco acompanhantes armados.

Os cangaceiros fugiram, cada um indo para um lado. Limoeiro por ser moço e forte escapou ileso.

CIRILO foi ferido, e para esconder o rastro, desceu para dentro do riacho e seguiu andando por dentro d'água, despistando os perseguidores. Mas a hemorragia do ferimento minou-lhe a resistência, e ao tentar subir pela margem do riacho, desmaiou pela perda de sangue, e acabou morrendo.

Ao ser encontrado, ainda estava ereto apoiado no barranco, com as mãos crispadas.

Limoeiro ao retornar ao grupo de CORISCO contou o que acontecera. Não sabia ainda da morte do companheiro, mas logo a notícia espalhou-se pelo sertão, e até foto com os matadores ladeando o cadáver, que se vê em pé e amarrado em uma tábua, foi exibida por coiteiros ao grupo.

MOÇA ficou muito abalada com a morte do marido. Chorou. Lastimou-se, julgando-se culpada pela morte dele.

Quando lhe foi sugerido que procurasse um novo companheiro, entre os componentes dos outros grupos e não entre os "meninos" de CORISCO, a Joana Conceição dos Santos (este, seu nome real) recusou terminantemente essa possibilidade.

ABAIXO, FOTO DA CANGACEIRA "MOCA" - Companheira de "CIRILO":


Parte 03:


Parte 04:

DADÁ costurou-lhe algumas roupas e num vestido escuro colocou na bainha do mesmo o dinheiro que era do finado e também uma certa importância arrecadada entre os componentes do grupo de CORISCO.

Após permanecer algum tempo na casa dos familiares, MOÇA foi denunciada e presa. Teve sorte. Não foi judiada na cadeia onde permaneceu por pouco tempo, sendo logo libertada.

PARTE FINAL:

Continua Ivanildo Alves da Silveira - "CURIOSIDADE: (por Ivanildo Silveira)"

Visualizando a primeira FOTO do corpo do cangaceiro CIRILO, se percebe, com relativa facilidade, que em volta da cabeça do famoso cangaceiro, HÁ UMA ESPÉCIE DE PANO, ENVOLVENDO TODO O PESCOÇO, como se fosse um cachecol. Ora, como é verificado na literatura lampiônica, cangaceiro nenhum, usava esse TIPO DE PANO enrolado no pescoço, e sim, lenços de cores.

Para os pesquisadores/escritores do cangaço (Dr. Sérgio Augusto de Sousa Dantas e João de Sousa Lima), esse detalhe do pano enrolado no pescoço do cangaceiro CIRILO, por ocasião da morte do mesmo, e, feitura da FOTO, foi para encobrir, que o famoso bandoleiro, já estava com a cabeça separada do corpo. Logo, o pano em volta do pescoço, foi a maneira encontrada para disfarçar essa realidade.

Observem, que a cor da roupa do cangaceiro, é totalmente diferente da cor do pano envolta do pescoço do mesmo. Note, também, as características do citado pano, que nada tem a ver com a indumentária cangaceira. O pano é um objeto estranho na composição da FOTO.

Em nossa modesta opinião, CONCORDAMOS em gênero, número e grau com as observações dos dois grandes pesquisadores, acima nominados.

Como se constata, trata-se de mais uma "CURIOSIDADE DO CANGAÇO ".

(*) O texto principal foi extraído do livro "Lampião e as Cabeças Cortadas, pg 29/31", do famoso autor e autoridade em cangaço, o Dr. Antonio Amaury Correia de Araujo.

(**) - As Fotos foram acrescentadas para auxiliar na compreensão do texto

Um abraço a todos, e façam suas observações, após a leitura do texto.

IVANILDO ALVES SILVEIRA
Colecionador/Membro da SBEC
Natal-RN
http://orkut.google.com/c624939-t7a0b9086b3a9771d.html


Foto: Imagens do Google
Administrador Pedro R. Melo

Fonte: facebook
Página: Pedro R. Melo

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