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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL E PRÓSPERO 2013!

Por: Dr. Lima
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Dr. Lima - Estúdio FM Comunitária 98,7MHz

O Natal se aproxima e com ele chega 2013.

É momento de Paz, Alegria, Reflexões, Comemoração, Orações, Troca de Presentes, Fazer e Receber Visitas de Amigos e Parentes.

Quero expressar a minha solidariedade a todos aqueles que aproveitam este momento para viver o Nascimento do Menino Jesus e festejar a chegada do Ano Novo.

Que possamos sentir a presença de Jesus nas grandes comemorações, nas reuniões de famílias, nas crianças abandonadas, nos moradores de rua, nos enfermos e encarcerados, nas famílias sem lar, nos que sofrem descriminações ou injustiças sociais, naqueles que já não encontram mais motivos para sorrir e nem esperança de serem felizes.

Que 2013 seja um ano de fartura para o nosso trabalhador rural, de muitas alegrias para as donas de casa, de muito sorriso no rosto de nossas crianças, de amor e paz para nossa juventude.

Quero convidar a todos para continuar a nossa luta em defesa dos necessitados, sendo porta-voz daqueles que não sabem falar, denunciando as mazelas da nossa sociedade e as injustiças sociais.

Quero agradecer aos milhares de ouvintes dos programas Agronomia em Ação -Caminhando com a Comunidade- e A Comunidade e o Cidadão (ZYL – 383 - Rádio FM Comunitária 6 de Abril – Cruz - CE) e aos leitores dos Blogs www.blogdafolha.blogspot.com.br;

www.blogdodrlima.com e www.mendesemendes.com através dos quais levamos noticias com credibilidade e responsabilidade a todos os nossos leitores.

Que seja um ano de geração de emprego e renda para nossa juventude. Que todas as festas e alegrias de Fim de Ano permaneçam entre nós no Ano Novo. 

Que as Luzes do Natal nos iluminem em 2013.

Dr. Lima

http://blogdodrlima.blogspot.com.br

Lampião, o rei do cangaço


NASCE UM BANDIDO 

Apesar de ser o maior ícone do Cangaço, Lampião não foi o criador do movimento. Os relatos mais antigos de cangaceiros remontam a meados do século 18, quando José Gomes, conhecido como Cabeleira, aterrorizava os povoados do sertão. Lampião só nasceria quase 130 anos mais tarde, em 1898, no sítio Passagem das Pedras, em Serra Talhada, no Estado de Pernambuco. Após o assassinato do pai, em 1920, ele e mais dois irmãos resolveram entrar para o bando do cangaceiro Sinhô Pereira.

O cangaceiro Sinhô Pereira

Duramente perseguido pela polícia, Pereira decidiu sair do Nordeste e deixou o jovem Virgulino Ferreira, então com 24 anos, no comando do grupo. Era o início do lendário Lampião. Os dezoito anos no cangaço forjaram um homem de personalidade forte e temido entre todos, mas também trouxeram riqueza a Lampião. 

Frederico Pernambucano de Melo

No momento da sua morte, levava consigo 5 quilos de ouro e uma quantia em dinheiro equivalente a 600 mil reais. "Apenas no chapéu, ele ostentava 70 peças de ouro puro", ressalta Frederico de Mello. Foi também graças ao cangaço que conheceu seu grande amor: Maria Bonita.

Maria Bonita

Em 1927, após uma malograda tentativa de invadir a cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Lampião e seu bando fugiram para a região que fica entre os Estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Bahia. O objetivo era usar, a favor do grupo, a legislação da época, que proibia a polícia de um Estado de agir além de suas fronteiras. Assim, Lampião circulava pelos quatro Estados, de acordo com a aproximação das forças policiais.

Raso da Catarina 


Numa dessas fugas, foi para o Raso da Catarina, na Bahia, região onde a caatinga é uma das mais secas e inóspitas do Brasil. Em suas andanças, chegou ao povoado de Santa Brígida, onde vivia Maria Bonita, a primeira mulher a fazer parte de um grupo de cangaceiros. A novidade abriu espaço para que outras mulheres fossem aceitas no bando e outros casais surgiram, como 

Os cangaceiros Corisco e Dadá 

Corisco e Dadá e Zé Sereno e Sila. Mas nenhum tornou-se tão célebre quanto Lampião e Maria Bonita. Dessa união nasceu Expedita Ferreira, filha única do lendário casal.

Expedita Ferreira - Filha de Lampião e Maria Bonita - próxima aos 80 anos

Logo que nasceu, foi entregue pelo pai a um casal que já tinha onze filhos. Durante os cinco anos e nove meses que viveu até a morte dos pais, só foi visitada por Lampião e Maria Bonita três vezes. "Eu tinha muito medo das roupas e das armas", conta. "Mas meu pai era carinhoso e sempre me colocava sentada no colo pra conversar comigo", lembra dona Expedita, Vivendo em Aracaju, capital de Sergipe, Estado onde seus pais foram mortos.

CABEÇAS NA ESCADA

Em julho de 1938, após meses perambulando pelo Raso da Catarina, fugindo da polícia, Lampião refugiou-se na Grota do Angico, perto da cidade de Poço Redondo. 

Grota do Angico, em Sergipe

Ali, no meio da caatinga fechada, entre grandes rochas e cactos, o governador do sertão - como gostava de ser chamado - viveu as últimas horas dos seus 40 anos de vida. Na tentativa de intimidar outros bandos e humilhar o rei do cangaço, Lampião, Maria Bonita e os outros nove integrantes do grupo mortos naquela madrugada foram decapitados e tiveram as cabeças expostas na escadaria da Prefeitura de Piranhas, em Alagoas. 

Cabeças dos bandidos assassinados -inclusive Lampião e Maria Bonita

Os que conseguiram escapar se renderam mais tarde ou se juntaram a Corisco, o Diabo Loiro, numa tentativa insana de vingança que durou mais dois anos, até a morte deste em Brotas de Macaúbas, na Bahia. Estava decretado o fim do cangaço.

Não são poucas as lendas que nasceram com a morte de Lampião. Uma fala de um tesouro que ele teria deixado enterrado no meio do sertão. Outra conta que Lampião não morreu na madrugada de 28 de Julho de 1938, fugindo para o Estado de Minas Gerais (conversa mal contada). Mas a verdade é que, mesmo 75 anos depois da sua morte, Virgulino Ferreira da Silva, aquele menino do sertão nordestino que se transformou no temido Lampião, ainda não foi esquecido. E sua extraordinária história leva a crer que nunca o será.

*Matéria publicada na edição #135 da revista Os Caminhos da Terra.

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Despretoebranquizar o passado

Por: Rubens Antonio
Minha foto

Colorir fotos antigas ajuda a romper um certo imobilismo intelectual ou entraves, em relação à contemplação do passado. 
Talvez a expressão nem seja "colorir o passado", mas sim "despretoebranquizá-lo"... Auxilia-nos rumo a uma percepção mais próxima dos eventos.

Aqui, algumas imagens coloridas e montadas por mim.

Chico Pereira

Arvoredo

Jararaca

Luiz Pedro

Maria, a Basé, e Lampeão.

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço: 
Rubens Antonio

http://cangaconabahia.blogspot.com.br/


LUÍS FUMEIRO

Por: Clerisvaldo B. Chagas, 24 de dezembro de 2012. Crônica Nº 935

O nosso livro “O Boi, a bota e a batina; história completa de Santana do Ipanema” terminou cedendo prioridades para outros cinco livros. Estava na frente e foi para o final da fila. No dia 12 de janeiro estaremos lançando os dois já anunciados. Depois iremos fazer força para lançarmos dois romances e um livro de poesia, de uma só vez. Somente após os cinco livros, então, virá a história de Santana.


Faleceu semana passada e, eu nem soube, o fundador do time Ipiranga, de Santana do Ipanema, que muitas glórias e alegria proporcionaram ao povo santanense. Não vi nenhuma homenagem, nem movimento anormal, nada que fizesse justiça ao senhor Luís Soares Filho, conhecido como Luís Fumeiro, por ser vendedor de fumo de rolo, na feira. Luís Fumeiro, além de fundar a Associação Atlética Ipiranga, a essa organização dedicou grande parte do seu capital e de sua vida. Foi dali que saíram muitos jogadores que adquiriram fama na região e no estado, quando o seu rival imorredouro era Ipanema Atlético Clube, também da mesma cidade.

Luiz Fumeiro - mão no queijo

Luís Fumeiro foi quem fundou as Ruas Pancrácio Rocha e Nossa Senhora de Fátima. Fazia casas iniciando as ruas abertas e as vendiam. Foi assim que sustentou o Ipiranga por muitos anos. Estive visitando o desportista em 2006, à Rua do Aterro quando o meu amigo contava com 83 anos de idade. Fiz uma longa entrevista, justamente para o futuro livro sobre a história de Santana, temendo pela falta de memória do nosso povo. Eu tinha razão, pois nem os órgãos noticiosos da cidade falaram sobre sua morte, somente um carro de som que nem foi ouvido por todos nas ruas, inclusive eu. Com o título “Um homem preto e branco”, com o subtítulo (memorial vivo) fiz minha homenagem ao fundador do Ipiranga, dedicando-lhe duas páginas sobre a história do time fundado por ele. Um homem preto e branco porque foi ele mesmo quem deu o nome a Associação e escolheu as cores acima. Foi pena o home ter falecido antes do lançamento do livro, mas o início da história do Ipiranga está registrado com as palavras de Fumeiro.  Agora vale ouro, para a memória do povo santanense.

A entrevista que virá no livro “O boi, a bota e a batina; história completa de Santana do Ipanema”, registrada às páginas 178 e 179, revelará fatos importantíssimos para o nosso acervo histórico. Solteiro e esquecido faleceu o desportista que ajudou a crescer o futebol da terra, Luís Soares Filho: LUÍS FUMEIRO.

Autobiografia

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA

Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 
  Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seutrabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
  
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2012/12/luis-fumeiro.html

Falar com mendigo, nem sempre ele quer esmola

Por: José Mendes Pereira

Todos os dias o mendigo estava na parada do semáforo, no  cruzamento da Presidente Dutra com a Rua Francisco Mota, angariando uma moedinha, ou até mesmo uma cédula com maior valor monetário. 

Algum passava e com um olhar orgulhoso, não lhe dava o mínimo valor. Outro chegava e antes que o sinal liberasse, abria o vidro da porta do seu carro e repassava para ele uma moedinha. Satisfeito, agradecia-lhe dizendo: "-Deus é quem vai lhe pagar". 

Certa vez, já bem próximo ao natal do Senhor Jesus Cristo, o mendigo lá estava, bem vestido, sapatos novos, barba feita, cabelos cortados, unhas limpas e aparadas e cheio de esperanças. Dirigiu-se ao primeiro condutor daquele carro, e com educação pôs-se a bater no vidro da porta.

O condutor que já sabia da sua mania de sempre, indicou com o dedo que não tinha moedas para lhe dar naquele momento. O mendigo insistiu. Até que o condutor já quase irritado, resolveu abrir o vidro da porta para melhor explicar-lhe:

- Com o meu dedo, eu já expliquei que não tenho moeda para lhe dar, rapaz!

O mendigo com paciência e educadamente disse-lhe:

- Eu pedi para o senhor abrir o vidro do seu carro, não para lhe pedir esmola. Hoje o que eu quero do senhor e de todos condutores de automóveis, é que me prestem um pouquinho de atenção: Eu quero desejar ao senhor e a todos condutores de automóveis, seus familiares, amigos e a todos aqueles que fazem parte das suas amizades:  "UM FELIZ NATAL, UM FELIZ ANO NOVO".

O pai que nos deu a vida e nos dá o pão nosso de cada dia também é o pai do mendigo.

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O NATAL É VOCÊ (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

O NATAL É VOCÊ 

O natal é você. Antes de simbolizar a cristandade, o nascimento, a paz, o natal representa o quanto você realizou até este momento, até a data da comemoração. Se não buscou o grão, se não semeou, não cuidou do fruto brotando, então pouco haverá de colher. Assim, festejar o que?

Sim, certamente você, como pessoa tomada do senso de religiosidade, festejará a data pela simbologia cristã que acolhe festivamente o nascimento do Menino Jesus. Ou ainda brindará mais um final de ano, mais um período de muitas lutas vencidas, como um dever cumprido e um agradecimento por continuar entre os seus. Contudo, intimamente, você encontra motivos para comemorar.


Assim, afirmar que o natal, muito mais do que qualquer outra coisa – ainda que tudo seja plenamente válido -, deve ser essencialmente você, significa também afirmar que o brinde será tão mais justo e saboroso se a sua voz interior verdadeiramente agradecer pelo que seu corpo externamente fez. E corpo que envolve a alma, na leveza do contentamento, e o espírito, tão elevado quanto a soma de suas ações.

Talvez tenha muitos amigos e por isso mesmo terá o agraciamento de muitos presentes. Mas a pessoa que recebe a joia é realmente merecedora de recebê-la, a pessoa que agradece o perfume se acha digna de tal lembrança, a pessoa que granjeia uma grata surpresa sente-se reconhecida para tal? O amigo secreto será também amigo em todas as ocasiões?

Se você acha que realmente merece receber tais presentes, mas não pelo que se mostrou enquanto presença durante todo o ano, e sim pelo que silenciosamente fez para o reconhecimento, então merece também o melhor dos natais. E o natal será seu porque você representa o verdadeiro espírito natalino: a bondade que se renova para ser sempre amor!

Que bom que as luzes natalinas estejam também brilhando no seu íntimo, na sua mente, no seu coração. Quem dera que a doce melodia da harpa angelical esteja ecoando também no seu pensamento que se solta, que voa feliz e enternecidamente pelo ar. Que encantador é reconhecer-se assim, igualmente natal.

E o natal será você ainda que nesse período se encha de melancolia, de relembranças e recordações. Só sente saudade quem ama, quem sente falta, quem deseja a presença. E pensar no outro, que já partiu ou simplesmente está ausente, é tão significativo quanto expressar o melhor dos sentimentos. É o dimensionamento do sentir que diz o quanto você se importa consigo e com o próximo. E não há um natal mais bonito.

E já que tem um natal tão bonito, e este natal possui a sua feição e que, portanto, é você, permita que os outros, ou algumas pessoas especialmente, encontrem o seu espírito na sua presença, diante da própria luz. E cada reconhecimento que fizer ao humilde, cada lembrancinha que entregar ao desvalido, cada visita que fizer ao enfermo, cada presença que compartilhar com o idoso, será um verdadeiro presépio aos olhos dos que tão ansiosamente esperam o natal.

O espelho no quarto também quer refletir o natal. Mire-se, olhe, sorria, sinta tudo como um reencontro, uma grande amizade entre velhos conhecidos. Contudo, há sinceridade nos gestos, nos sorriso, nas expressões? Não há nada mais doloroso que o fingimento consigo mesmo, que não ter coragem de ser realista nem diante da própria imagem. As luzes são inexistentes numa pessoa assim, e não haverá natal se assim for você.


Por outro lado, o reflexo do espelho é mais verdadeiro que a própria pessoa. Igualmente a fotografia que invisivelmente envelhece junto com o seu dono, o espelho jamais nega a realidade da pessoa que se coloca à sua frente. Daí que o espelho reconhece a razão do brilho no olhar, o sorriso exposto, o aspecto alegre ou entristecido. E intimamente também dirá quanta felicidade é refletir uma feição com a singeleza do natal.

Verdade que o natal existe para todos, porém poucos são iguais ao natal. Não adianta fingir nas comemorações e nas trocas de presentes. O maior presente só a pessoa mesma pode se dar. Reconhecendo-se digna de recebê-lo, digno também será de compartilhá-lo. E todos esperam ser agraciados do seu natal, pois sabem quanto amor, amizade e honradez existem em você.

Então, Feliz Você. Feliz Natal!

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com


É Natal


Por: João Mossoró

Mensagem natalina do cantor João Mossoró


João Mossoró

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