Seguidores

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

[Cangaço na Bahia] "Alecrim"...

Por: Rubens Antonio

O cangaceiro "Alecrim", como aparece na imagem, vulgo de Pedro Vieira da Silva. Posto em "liberdade vigiada", em 1935, foi encaminhado para Itabuna, no sul do Estado da Bahia, junto com o cangaceiro "Bananeira", de nome Horácio Teixeira Júnior.

A sugestão é que foram aproveitados por suas habilidades de "percorrerem o mato".

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

http://cangaconabahia.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O crânio de Gavião

Por: Rubens Antonio

Abatido o cangaceiro Gavião, em dezembro de 1929, o vaqueiro Domingos Enéas apresentou à Secretaria de Polícia, em Salvador, no início de 1930, um crânio já descarnado, indicando ser daquele que havia morto.

Se verdade, foi o primeiro crânio de cangaceiro do bando de Lampeão a chegar a Salvador.

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

http://cangaconabahia.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Aurora reencontrando sua verdadeira história no Cariri Cangaço 2013

 Por: José Cícero Silva

Contemporânea da intrépida lavrense Fideralina Augusto Lima, Generosa Amélia da Cruz em Santana do Cariri;  além dos feitos e ações que nos remetem até mesmo a  heroína Bárbara de Alencar;  Maria da Soledade Landim – Marica Macedo do Tipi d’Aurora, compôs com folga de mérito e valentia o histórico quarteto  das chamadas matriarcas dos sertões do Cariri.  Nasceu ao que tudo indica no início de 1865  na localidade de Gameleira do Pau na  serra do Araripe  região do Jamacaru (bem ao lado da fazenda  Serra do mato do não menos famoso cel. Santana – conhecido coiteiro de Lampião)  em Missão Velha.

 Adailton Macedo e Vicente Landim Macedo

Filha de João Manuel da Cruz(Joca da Gameleira) e de Dona Joaquina de Sales Landim(D. Quininha). Casara pela primeira vez entre 1883-1885 na igreja de Missão Velha com José Antonio de Macedo(Cazuzinha do Tipi)  seu parente. Ambos descendentes dos “Terésios. Em 1891 o casal decide ir morar em Aurora  comprando a propriedade do sítio Sabonete onde mais tarde se formaria a vila Tipi; local onde  fixaram residência até o fim da vida.

 

Informações esporádicas dão conta de que era uma mulher de gênio, determinada e de inteligência incomum para aqueles tempos. Além de ousada, perspicaz e valente, notadamente quando se tratava  de defender  posições e  os interesses do seu clã.  Mesmo numa época  em que  imperava a supremacia do sistema patriarcal que, via de regra, relegava à mulher  a uma posição social das mais subalternas.  No mais das vezes, relegada aos afazeres domésticos, conquanto  confinada à cozinha e a criação da prole.

De tal forma que, qualquer tentativa de se contrariar  o velho padrão era encarado quase como  um sacrilégio. Porém,  com Marica do Tipi, o que  até então era tido como  regra  acabou dando lugar à exceção. Pelo menos por aquelas bandas do Ceará... E assim foi que ousou, desafiou e se impôs do seu modo particularmente austero e imperativo ao status quo vigente. Por sua coragem e valentia  de autêntica ‘amazonas sertaneja’, logo se tornou conhecida, influente e respeitada  por todos os quadrantes do Cariri e  região circunvizinha. Tanto que, ainda hoje alguns historiadores chegaram a denominá-la de “a coronel de saia” ou simplesmente de ‘a brava sertaneja de Aurora’.


A força do seu nome, portanto foi muito além  do riacho do Tipi de onde construiu o seu  poder. Que além de político era alicerçado no criatório de gado,  lavoura  de milho, algodão, casa de farinha e  engenho de rapadura. Gostava de  idéias  novas e pioneiras. Como por exemplo, quando Antonio Macedo (seu filho), assumiu a prefeitura em 1919 ela ordenou que o município fosse divididos em quatro partes  no sentido de facilitar   administração. Cabendo a ela própria gerir os problemas e os interesses da região que ia do sítio Cobra, Sabonete, Mel e Tipi até à fronteira com a Paraíba. Há quem diga, que fizera  uma excelente administração.

Da casa grande, quanto   da bagaceira do leito dava ordem  aos seus comandados com  a mesma autoridade e energia dos coronéis  do seu tempo. Suas determinações tinham verdadeira força de lei. Tornando-se, por conseguinte, uma mulher de invejável poder e respeito não somente no que tange às questões familiares, como inclusive  na política aurorense onde se pontificou por vários anos não, diretamente, mas através de filho,  parentes e aliados.

Esteve no centro de questões emblemáticas, a exemplo do chamado “fogo do Taveira” que redundou  na invasão e saque de Aurora em 1908 por mais de 600 jagunços sob o comando de Zé Inácio do Barro ante os auspícios de quase todos os coronéis da região. Quando foi deposto  por meio das balas o então intendente municipal Antonio Leite Teixeira Neto(Totonho de Monte Alegre) pondo em seu lugar o seu fiel aliado, o cel. Cândido do Pavão. Um episódio que de tão marcante ainda hoje ocupa lugar de destaque nos anais da história do Cariri, do  Ceará e do Nordeste.
O  tal  “Fogo do Taveira” aconteceu  entre os dias  16 e 17 de dezembro do ano de  1908 no sítio Taveira de Aurora, situado já nos limites de Milagres  e contíguo ao Barro.  Quando num tiroteio fora morto o seu filho mais novo José Antonio de Macedo(Cazuza) de apenas 14 anos sendo também ferido o proprietário da casa .  Coincidentemente,  mesmo dia e  na mesma ribeira se dava a  polêmica demarcação das célebres  minas do Coxá pertencentes ao padre Cícero Romão Batista. Objeto de disputa entre o sacerdote e pequenos sitiantes das imediações. O que decerto, contribuiu ainda mais para o acirramento dos ânimos entre a gente do coronel Totonho de Monte Alegre, Marica Macedo, Zé Inácio do Barro e coronel Domingos Furtado de Milagres.

Distrito do Tipi em Aurora

Sabendo disso, Marica   solicitou ajuda a Floro Bartolomeu que se encontrava nas imediações do sítio Maracajá (Pavão) com um grupo jagunços armados até os dentes.  Não querendo participar diretamente do conflito o representante do padre Cícero apenas usou do seu prestígio junto ao então governador do estado -  Nogueira Acióli que ordenara a retira imediata do destacamento policial que dava apoio ao cel. Totonho. O que facilitou ainda mais a estratagema para  a invasão e deposição do então intendente municipal. Assim, o fogo do Taveira representou  o verdadeiro estopim para a invasão e saque de Aurora, por  cerca de 600 jagunços  a mando dos coronéis da região a pedido de Marica. Como era bastante comum  naquele tempo, todos os grandes coronéis, invariavelmente, possuíam  seus grupos particulares de jagunços e cangaceiros.

O dato predito culminando com   a deposição forçada do então intendente Cel. Antonio Leite Teixeira Neto(Totonho de Monte Alegre) parente da matriarca.  Sendo em seguida colocado em seu lugar o cel. Cândido do Pavão, rendeiro e amigo do padre  Cícero e aliado incondicional da matriarca. Quanto  viúva, casara  pela segunda vez em 1906   com o barbalhense Antonio Abel de Araújo.   Mandona e dominadora, dizem que não costuma levar desaforo pra casa. Nada acontecia na Aurora do seu tempo, tanto na política quanto nas questões mais comezinhas que não fosse do seu inteiro conhecimento. Influente e respeitada era de fato uma grande liderança. Ao passo que também, tinha a força de juiz, prefeito, delegada, assim como senhora de engenho e conselheira familiar.

 

Uma mulher sertaneja que, dentre outras qualidades, se notabilizou  sobre tudo por está muito além do seu tempo... Morreu supostamente de ataque cardíaco em 6 de janeiro de 1924 na residência de sua filha, localizada  a rua José dos Santos, na beira fresca de Aurora.

Palestra durante o Cariri cangaço em Aurora: Na noite do dia 20 de setembro durante o seminário Cariri Cangaço 2013 em grande estilo Aurora celebrará pela terceira vez, tanto à memória quanto o resgate desta palpitante  história  protagonizada  por  Marica Macedo,  quando se comemora a passagem dos  148 anos do seu nascimento. A palestra ficará por conta do seu neto, o Dr. Vicente Landim de Macedo residente na capital federal e presidente de honra da AFA-Brasília*. Indubitavelmente, um momento dos mais afirmativos em que a população aurorense será convidada a conhecer um pouco mais sobre a história de uma das mais célebres mulheres do Cariri e do Nordeste brasileiro.  Um instante de verdadeira celebração da geração do presente  com  alguns  dos grandes acontecimentos do seu passado.  Por fim,  um verdadeiro brinde ao resgate e a preservação da  memória histórica de Aurora, do Cariri e do Nordeste.

Prof. José Cícero
Secretário de Cultura e Turismo
Pesquisador do Cangaço
e conselheiro do Cariri Cangaço.
Aurora – CE.

Obras Consultadas:
Aurora, História e Folclore – Amarílio Gonçalves Tavares
Marica Macedo, a brava sertaneja de Aurora – Vicente Landim de Macedo.
Matriarcas do Ceará(Papéis Avulsos) – Raquel de Queiroz e Heloísa Buarque de Hollanda.
Estripe de Santa Tereza – Joaryvar Macedo.
Venda Grande d’Aurora – João Tavares Calixto Jr.
Império do Bacamarte – Joaryvar Macedo.
Revista Aurora – edição 2007.


CARIRI CANGAÇO 2013! 
AURORA:
Dia 20 de setembro de 2013 
TEMA: “Marica Macedo do Tipi – Sertaneja d’Aurora, Matriarca do Cariri”.

Dr. Vicente landim de Macedo  

Neto de Marica, Presidente de Honra da AFA-Brasília.

http://cariricangaco.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Só enquanto não vem cangaço - Onça suçuarana

Por: José Mendes Pereira

 Quem não tem medo de onça? Todos nós temos. 

Imagine você caminhando numa estrada, pensando na namorada, ou nos filhos, ou até mesmo no futuro, e de repente depara-se com uma enorme onça, de olhar traiçoeiro, desejoso, e sabendo você que o seu corpo não resistirá uma luta contra aquele felino de dentes afiados e com uma bocarra assustadora. Você imagina tudo, que irá ser sangrado por ela, depois estraçalhado, arrastado, e quando ela estiver farta da boa presa que pegou, irá ser depositado em uma toca para quando ela sentir fome, retornará a saborear alguns pedaços de carne que ali entre os ossos ficaram. Que Deus o tenha dó!

Anathália Cristina e seu pai Júlio Batista

Recentemente contou-me um primo meu, Júlio Batista Pereira, empresário no ramo gráfico em Pau dos Ferros, que um senhor de suas amizades, contara-lhe que certo tempo era morador lá na Serra do Mel, quando ainda era lugar de bravas onças vermelhas, que além de perseguirem os seus bezerros, ainda saboreavam ovelhas, cabras e outros animais de pequeno porte.

 
Onça suçuarana - www.iplay.com.br

Como ele já era um sábio sobre elas, isto é conhecia todos os lugares que elas frequentavam, mesmo atacando o seu rebanho, não gostava de sair com espingardas para eliminá-las daquelas terras, achava ele que não se deve matar os viventes que Deus  deixou sobre a face da terra; assim como ele que vivia batalhando por alimentos para sua sobrevivência, as onças também mereciam caçar as suas presas. Mesmo subtraindo o seu rebanho, não tinha coragem de matar uma onça.

nossaterrafp.blogspot.com

Certo dia, chegara de férias um dos seus sobrinhos para lhe fazer companhia durante um mês; este ainda não conhecia a região, mas sabia que ela hospedava onças perigosas, valentes, afoites, que só com uma tapa, vencem as suas presas, e além do mais, covardes.

Querendo saber algumas informações sobre elas o sobrinho pôs-se a interrogá-lo, perguntando-lhe onde elas mais frequentavam naquela região, os lugares de costume para malharem, o tamanho, quantos quilos mais ou menos, quantos quilômetros elas poderiam alcançar durante a carreira.

O velho tio disse-lhe tim, tim por tim, tim...

Querendo ir mais além, perguntou-lhe:

- Tio, quando a gente ver uma onça bem pertinho, o que a gente deve fazer?

- Onça tem medo de tudo, dizia o velho, principalmente daquilo que ela nunca viu. Uma maneira muito boa para espantar onças é fazer caretas em sua direção. E se você tiver um objeto em suas mãos, além das caretas, se ela não quiser ir embora, pegue o objeto e fique como se estivesse mostrando-a. E como ela não conhece aquela peça, sem demora irá embora.

- E se ela não for embora, continuava o sobrinho, qual é a última solução para não ser estraçalhado pela a onça?

- Já que ela não foi embora, com certeza irá tentar o ataque, aí a solução será rebolar merda nela.

- Suponhamos que isto irá acontecer comigo. Mas se não tiver merda por perto para rebolar nela?

O velho olhou para um lado, depois para outro. e em seguida disse-lhe:

- Quanto a isto não se preocupe, porque você arranjará logo.

- Como assim, tio, insistiu ele, se por perto não tem merda de ninguém?

- Você é quem diz, meu sobrinho! Basta passar a sua mão na cueca, que irá encontrar uma porção de merda, porque no momento em que você ver uma onça, já estará todo cagado.

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

Fonte:
http://minhasimpleshistorias.blogspot.com

http>//blogdomendesemendes.blogspot.com

Lampião em Sergipe

Escrito por Alcino Alves Costa

No dia 1º de março de 1929, fugindo do cerco das volantes baianas, Virgolino Ferreira da Silva - Lampião - refugia-se em Sergipe e, a partir daí, estabelece um reinado que durou nove anos. É essa a história que Alcino Costa nos conta, a trajetória do rei do cangaço na região conhecida como Sertão do São Francisco. 

João de Sousa Lima, Alcino Alves e Antonio Vilela de Sousa

Das cidades que sofreram com peso da presença dos bandoleiros, das tragédias que acometeram o povo sertanejo, das atrocidades cometidas pelos asseclas do cangaço e pelas "forças da lei", o autor narra episódios estarrecedores, no entanto, afasta-se das lendas buscando a verdade sobre histórias fantasiosas que rondam o nome de Lampião. 


"Lampião em Sergipe", não se refere somente ao mais ilustre dos cangaceiros, dando espaço também aos coadjuvantes como Corisco, Azulão, Zé Baiano, Maria Bonita, Dadá, Sila e Adília, estas últimas têm dedicação especial do autor no capítulo "A mulher no cangaço".

Adília

O livro faz ainda um cuidadoso levantamento dos sergipanos - homens e mulheres - que aderiram ao banditismo, marcando para sempre suas vidas e de suas famílias.

"Lampião em Sergipe" é antes de tudo a história dos sertanejos, que experimentaram um sofrimento sobre-humano vivenciando na árdua vida do sertão uma verdadeira guerra.


Guerra que só viria a ter fim com o controverso episódio na Grota do Angico onde Lampião foi morto e, segundo o autor, com ele o cangaço.

http://www.abeu.org.br/editoraeditora-diario-ofici/ciencias-humanas/lampiao-em-sergipe/1-124-7/detalhestitulo.aspx

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

Nossos agradecimentos aos alemães



Nossos agradecimentos aos alemães que diariamente acessam o nosso blog: http://blogdomendesemendes.blogspot.com.

Os muitos acessos por esta nação europeia, é o reconhecimento pelos bons artigos escritos por quem entende de cangaço.

São conteúdos enviados pelos escritores, pesquisadores e colaboradores, que mantêm respeito aos leitores, sem fantasias e sem mentiras.

Na foto acima, os três da frente são: Benjamim Abrão, (o único homem que filmou Lampião e seu bando nas caatingas do sertão nordestino). Virgulino Ferreira da Silva, o afamado e temido cangaceiro Lampião, e a sua direita, a  rainha do cangaço, Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita ou Maria do capitão. 

Continuem acessando o nosso blog, conhecendo o que é cangaço, o que os facínoras fizeram nos sertões do nordeste brasileiro, nas cidades, nas fazendas, suas vinganças, morte de cangaceiras quando traíam os seus companheiros, suas famílias, seus perseguidores, seus coiteiros, seus protetores, seus traidores, os assaltos e estratégias feitos pelo o mais sanguinário e temido cangaceiro, o Lampião.

Tudo isto está registrado em livros pelos competentes estudiosos do cangaço, que muitas vezes abandonam por alguns dias os seus familiares, e se mandam pelas caatingas do nordeste brasileiro, no intuito de mais informações.

Dizem que as fontes sobre o cangaço estão secando, mas ainda tem muito o que registrar, através de José Alves de Matos, o cangaceiro Vinte 

O escritor João de Sousa Lima e o cangaceiro Vinte e Cinco

e segundo o escritor João de Sousa Lima, ele reside em Maceió, Alagoas, funcionário público aposentado e  é dono de uma mente brilhante, relembrando seu passado com detalhes vividos nas caatingas).

Temos  ainda Dulce Menezes, a cangaceira Dulce (segundo o escritor João de Sousa Lima, foi uma das sobreviventes de Angico, e hoje reside em campinas, no Estado de São Paulo).

Da esquerda para direita: Dulce Menezes, Dona Dil sobrinha da Dulce. Dona Cícera (irmã de Dulce), faleceu recentemente com mais de 100 anos. Residia em Paulo Afonso, e o escritor João de Sousa Lima.

Se você deseja adquirir alguns livros sobre cangaço, basta solicitar através da SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, com sede em Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte – Brasil, que ela entrará em contato com os escritores do cangaço.



Email do presidente da SBEC.
lemuelrs@uol.com.br 

São centenas de autores que se encarregaram de pesquisar e organizar a Literatura Lampiônica. 

A Alemanha é a terceira nação que mais acessa este blog. 
"Estudar cangaço é fantástico".

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Se você interessar acesse os blogs abaixo: 
São filhos do: http://blogdomendesemendes.blogspot.com

http://sednemmendes.blogspot.com
http://mendespereira.blogspot.com
http://jmpminhsimpleshistorias.blogspot.com

ENTREVISTA C/ CANGACEIROS NA PRISÃO, EM 1944 - PARTE II:


Link da Parte I

http://www.orkut.com/Main#CommMsgs?tid=5293056904671056060&cmm=387513&hl=pt-BR

O grande jornalista "JOEL SILVEIRA", no ano de 1944, realizou uma célebre ENTREVISTA com os cangaceiros (VOLTA SECA; ÂNGELO ROQUE, SARACURA, CACHEADO, DEUS TE GUIE E CARACOL), quando todos eles se encontravam presos, na Penitenciária de Salvador/BA, cumprindo pena.

Que cada um contasse a sua história, as razões que o haviam levado a deixar a Lei, suas roças e seus empregos para a tremenda aventura do banditismo sertanejo. E que falassem, com toda a sinceridade.


ÂNGELO ROQUE fez um aparte, numa voz rouca:


- Eu sempre falei com sinceridade.

E me conta, dando início á conversa, que entrou para o cangaço para desafrontar a sua honra. 

- Sempre fui um homem de ordem. Sempre vivi honestamente do meu trabalho.

Sua história é simples, e escuto do próprio "velho Ângelo", na sua linguagem seca e típica. Ângelo Roque da Costa nasceu em Jatobá, Tacaratu, em Pernambuco. Entrou para o banditismo em 1928, quando conheceu LAMPIÃO. Seu primeiro encontro com VIRGULINO foi na Fazenda Arrasta-Pé, na margem baiana do São Francisco.

- Não me esqueço da primeira impressão que LAMPIÃO me deu: a de um homem tão sujo que dava nojo.

Pouco antes de 1928, em Jatobá, um soldado da força local DEFLOROU uma irmã de Ângelo, é o que me diz. O caso foi para a Justiça, mas o soldado era protegido da política "de cima" - as queixas de Ângelo de nada valeram.

- Então resolvi fazer justiça com as minhas próprias mãos. Fui na casa do soldado, mas só estava lá a mulher dele. Esperei na porta até que ele chegasse. De noitinha ele apareceu, e então eu lhe disse que ia morrer. Atirei duas vezes. O "praça" caiu de bruços, mas não morreu. Me disseram depois que andou muito tempo á beira da morte, mas não morreu".

O medo da prisão jogou Ângelo Roque na caatinga: durante vários meses, andou como um sem pouso pelos áridos caminhos do sertão. Pouco aparecia nas cidades. Trabalhou em roças, dormia no mato. Conheceu, depois, os cangaceiros CORISCO e ARVOREDO, e os dois lhe explicaram que a única maneira de viver tranquilo, longe da polícia, era entrar para o cangaço. Em 1928, quando conheceu LAMPIÃO, se decidiu. Mas demorou pouco tempo ao lado de VIRGULINO.

CONTINUA:

http://www.orkut.com/Main#CommMsgs?tid=5293056904671056060&cmm=387513&hl=pt-BR

Dr. Ivanildo Alves Silveira pesquisador e colecionador do cangaço

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Barro, anfitrião de luxo do Cariri Cangaço 2013

 Prefeito Neneca Tavares e Secretário Sousa Neto recebem Manoel Severo

O prefeito do município de Barro, Neneca Tavares, ao lado do Secretário de Cultura, pesquisador e escritor Sousa Neto, receberam o curador do Cariri Cangaço Manoel Severo para reunião de trabalho quando foi fechada a participação oficial de Barro na edição do Cariri Cangaço 2013. O encontro seu deu no gabinete do prefeito Neneca  Tavares e contou ainda com a participação da primeira-dama do município e de outros assessores e colaboradores da municipalidade.

Para Manoel Severo, "Barro é sem dúvidas um dos cenários mais privilegiados de todo cariri no que diz respeito ao cangaço, notadamente de Sinhô Pereira e Virgulino Ferreira. Foi aqui onde boa parte de tudo começou, onde se consolidou o bando de Sinho Pereira, foi para cá que vieram Dona Chiquinha Pereira e família após a morte de seu marido e era aqui que vivia e fez história um dos grandes e marcantes personagens do coronelismo nordestino: major Zé Inácio do Barro, teremos um Cariri Cangaço inesquecível; com o apoio vital e definitivo do excelente prefeito Neneca Tavares e do querido amigo Sousa Neto" completa.

 

Sousa Neto e Manoel Severo em visita a "Casa das André"

Além de toda riqueza histórica do município de Barro, os convidados do Cariri Cangaço terão a oportunidade de conhecer de perto o início da Saga de um dos mais famosos cangaceiros nordestinos; Sinhô Pereira. Dentre as visitas programadas para o evento, teremos a Casa  do Coité, do padre Lacerda, cenário de célebre combate entre o mesmo e o bando de Sinhô Pereira e Virgulino; à fazenda do Cel. Domingos Furtado, à Casa das André, hoje espaço multi-uso onde está instalada a Secretaria de Cultura, além da fazenda do Major Zé Inácio e o local onde foi sepultada dona Chiquinha Pereira, mãe de Luiz Padre.


 Secretário Sousa Neto e o zêlo com a história e tradição de Barro



Para Sousa Neto um dos pontos altos da Programação do Cariri Cangaço 2013, no município será a homenagem à família Pereira, através de placas comemorativas na Casa de Sinhô Pereira e no local onde está sepultada dona Chiquinha Pereira. Completa Sousa Neto "No Cariri Cangaço 2013 teremos também a grande honra de receber os filhos de Luiz Padre, o Dr. Hagahús e o Dr. Wilson, além de um dos netos de Abílio Wolnei, Dr. Abílio Neto, além da brilhante Conferência com o Dr. Leandro Cardoso; será um dia histórico".

 
Casa das André e Santuário da Divina Misericórdia em Barro


Barro recebe o Cariri Cangaço 2013 no dia 18 de setembro e promove uma das mais dinâmicas agendas de todo o evento. É esperar para conferir. Todos estão convidados.

Cariri Cangaço

http://cariricangaco.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com