Seguidores

sexta-feira, 5 de abril de 2024

A MULHER E O CANGAÇO - REMANESCENTES, VÍTIMAS E FAMILIARES

 Por: João de Sousa Lima

 *Ximando o almoço de Durvinha

Há um fascínio natural quando se fala da mulher no cangaço. Em uma época tão difícil o que levou tantas mulheres - meninas a entrarem para esse mundo desconhecido e de certa forma brutal? Que tipo de atração o mundo feminino viu no movimento cangaceiro? Quais foram os motivos que causaram tanto deslumbramento aos olhos daquela juventude?

A sergipana Adília


Apreciando o silencio de Maria de Jurity

Essas são algumas perguntas que fazemos tentando entender os reais motivos da entrada da mulher no cangaço. Mesmo diante dos depoimentos de algumas que foram forçadas a seguir seus companheiros, como foi o caso de Dadá que foi raptada por Corisco, no caso de Dulce que foi trocada por jóias pelo cunhado, de Aristéia que seguiu o cangaceiro Catingueira por sofrer maltrato da policia, Tanto Antônia quanto Inacinha forçadas por Gato, podemos citar vários casos dessa natureza, porém a maioria foi por pura paixão como é o caso de Durvinha que se apaixonou por Virgínio, Lídia por Zé Baiano, Maria por Lampião, Nenê por Luiz Pedro, Eleonora por Serra Branca, Naninha por Gavião, Aninha por Mourão, Catarina por Nevoeiro, Joana por Cirilo de Engrácia.

Edson Barreto, Ex Cangceira Dulce, João e Maria Cícera irmã de Dulce com "103 anos de idade"

João vive a mimar a ex cangaceira Aristéia

Alguns cangaceiros não concordaram com a entrada das mulheres no cangaço como foi o caso de Balão que deixou depoimentos confirmando que as mulheres atrapalhavam as caminhadas dentro da mataria, principalmente quando ficavam grávidas. Os tiroteios diminuíram e Balão era um dos cangaceiros que gostava dos confrontos.

Dona Rita, vitima de estupro praticado pelo cabra  Sabiá


A centenária Dona Mocinha (irmã de Lampião)

Para outros, com a mulher no cangaço, os estupros diminuíram, a violência sem aparente razão se atenuaram.
A verdade é que com a mulher no cangaço o movimento ganhou uma áurea romanesca, as histórias contadas sempre falam do amor entre casais famosos, no cinema, nos versos tantos eruditos quanto populares, no livreto de cordel, na arte plástica, na música, no teatro, na literatura, os romances sempre mexeram com a capacidade de imaginar o cavaleiro em seu cavalo alado salvando as mocinhas e donzelas para viverem o amor eterno.

Dona Joana ( irmã de Dadá)

Uma irmã da cangaceira "Moça" de Cirilo

A mulher cangaceira deixou para sempre na historiografia do nordeste brasileiro o nome da mulher sertaneja como sinônimo de mulher guerreira, bravia, independente, sem perder sua feminilidade, sua capacidade de amar, independente das circunstâncias.

*Ximar? É o mesmo que  desejar

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Antonia%20de%20Gato

http://blogdomendesemendes.blogspot.com



SÍTIO HISTÓRICO EM JEREMOABO, BA - AS RUÍNAS DA CARITÁ DO BARÃO

 Por: Biu Vicente

Fazenda Caritá - Barão de Jeremoabo
Foto de Biu Vicente

Em minhas andanças pelo Brasil algo que me trouxe uma profunda emoção foi olhar o enorme lago onde está sepultado o que restara da cidadela criada por Antonio Vicente Maciel e os seus seguidores que o chamavam de Conselheiro. Aquela imensidão de água, estancando a passagem do Rio São Francisco*, era a vitória definitiva sobre o sonho louco de quem se pusera em confronto com gente muito poderosa. Mas, ali, perto daquelas águas que esconderam a “Velha Canudos” foi erguido um monumento, uma enorme estátua do Conselheiro que, lá de cima, olha sobranceiro, vitorioso sobre os seus vencedores.

Mas, surpresa maior eu tive na visita que, em Jeremoabo, à Fazenda Caritá, local de nascimento de Cícero Dantas Martins, que é mais conhecido como Barão de Jeremoabo, uma das ilustres personalidades da Bahia imperial e das primeiras décadas da República. O Barão de Jeremoabo foi proprietário de imensos territórios que herdou de seu pai, administrador das terras da Casa da Torre, e fez crescer graças às suas habilidades de comerciante e empresário inovador. Ele inaugura o período das usinas de açúcar, em uma de suas fazendas. Nos dias atuais seus descendentes continuam atuando e influenciando os destinos da Bahia e do Brasil.

Barão de Jeremoabo
Wikpédia


Morto em 1903, o Barão tem notoriedade nos livros de História por sua participação na fase inicial da Guerra do Fim do Mundo, a Guerra de Canudos. Recente publicação das Cartas do Barão – homem de letras, estudos e comércio – se diz que Cícero Dantas Martins tentou convencer a Antonio Conselheiro desistir de seus projetos em organizar um povoado. 

O Barão teria auxiliado a idéia da organização da primeira tropa que acometeu os Conselheiristas. Claro que a atuação de um “desorganizador” da mão de obra na região criou instabilidade na Bahia dos latifúndios e na República dos Coronéis da “Guarda Nacional”, instituição que deveria ser extinta com a República, mas que se manteve no imaginário e cotidiano dos mais pobres. 

A surpresa que tive, entretanto é que nessa terra que nada guarda, nada conserva de sua história, também está deixando ser destruída o conjunto que forma a Fazenda Caritá: 3 casas de moradores, a Casa Grande e sua cozinha externa (com um dos primeiros serviços de água aquecida para o banho), o engenho de tração animal e a casa de banhos da família. Tudo isso está sendo reduzido a cinzas sob a proteção do INCRA e o silêncio do IPHAN. Esse conjunto nem mesmo está tombado pelo Patrimônio Histórico, ele está tombando.

 Engenho de Tração Animal na Fazenda Caritá 
Foto de Biu Vicente


É fácil entender que uma república de latifundiários não queira mostrar as ruínas das vidas arruinadas dos trabalhadores rurais, por isso Canudos está sob as águas de uma barragem, mas será que essa república se envergonha dos latifundiários do passado, e quer esconder no esquecimento os que destruíram Canudos para construir o Brasil de Hoje? 

Nós queremos nossa História. O INCRA não tem o direito de deixar virar cinzas um dos conjuntos arquitetônicos e residencial que explicam a nossa história. O IPHAN tem que ser acionado.

Pesquei no Biu Vicente

*Com o objetivo de ajudar nas informações, o leitor "P. J. L. N". lembra ao autor que o rio que abastece a barragem de Tucano, não é o São Francisco, e sim o Vasa Barriz. 

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Bar%C3%A3o%20de%20Jeremoabo

ttp://blogdomendesemendes.blogspot.com

AQUI FOI SEPULTADO O CORONEL SANTANA - CANAL CANGAÇO EM FOCO

Por Cangaço em Foco
 https://www.youtube.com/watch?v=2ybiEIHc1AI&ab_channel=CANGA%C3%87OEMFOCO

Visitamos o Cemitério Público de Barbalha/CE. Junto com o neto do coronel santana, fomos ao local onde o mesmo foi enterrado.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O SALÃO DO POVO – HISTÓRIA PURA

 Clerisvaldo B. Chagas, 5 de abril de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.031


Estava ali o casarão de esquina com a Igreja Matriz de Senhora Santana (motivo da capa do livro O BOI, A BOTA E A BATINA; HSTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA). Pertencera o casarão, ao coletor federal, maestro da primeira banda de música da vila de Santana e fundador do primeiro teatro, Manoel Queirós, simplesmente “Seu Queirós”.  Mas na minha infância, estava sendo habitado por uma das suas filhas, Antéa. Dona Antéa, florista, zeladora da igreja, solteira, intelectual, branca e alta, cedeu parte do seu quintal ajardinado repleto de jasmins, à Paróquia, para que o padre Luís Cirilo Silva, construísse o Salão Paroquial. Também deixou que mais tarde, o seu casarão se transformasse em Museu pela prefeitura do município, onde ela própria tomava conta, com muito amor, educação e competência.

Foi um grande feito para a época de dificuldades, a construção do citado edifício. O Salão Paroquial, imponente, bem feito, fazia jus às grandes construções da vizinhança da Igreja Matriz. Além de aliviar os serviços eclesiásticos cotidianos, o Salão muito serviu à sociedade santanense. Era cedido para eventos de reuniões diversas, recepção à autoridades, cantoria de viola... Sem nenhuma cobrança monetária. apenas para servir. Como a frente ficou alta com acesso de degraus, o padre construiu na parte inferior da varanda da frente, uma gruta dedicada a Nossa Senhora. Possuía um gradeado e um recipiente para se colocar donativos, passando o braço por entre as grades.

A frente do edifício com sua varanda oferecia uma paisagem privilegiada de parte ampla do Comércio com praça principal, cinema, começo e fim da Rua Barão do Rio Branco, que se iniciava ao seu lado e se prolongava até o rio Ipanema.  Uma paisagem altamente atrativa para visitantes, embora Santana do Ipanema não constasse no mapa turístico do estado, assim como nos dias atuais.

O zelador da Igreja, negro velho de cerca de oitenta anos, originário do povoado Tapera do Jorge (Poço das Trincheiras) denominado “Major”, guardava no salão as charolas após as procissões de Semana Santa.

Preito de saudade a dona Antéa e ao padre Luís Cirilo Silva.

AUTOR EM LANÇAMENTO NO RESTAURANTE SANTO SUSHI



http://blogdomendesemendes.blogspot.com

OS TRAPALHÕES FAN

O ator Mauro Gonçalves, o Zacarias nos anos 50 e Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum nos anos 60, antes de entrarem para "Os Trapalhões".

Mussum entrou para "Os Trapalhões" a convite de Dedé Santana por volta de 1972 qd o grupo estava na Record TV com o programa "Os Insaciáveis" e Zacarias chegou no grupo em 1974 a convite de Renato Aragão qd o grupo estava indo pra na TV Tupi.

Siga o instagram Os Trapalhões Fan

ADENDO: http://blogdomendesemendes.blogspot.com

BIOGRAFIA DE ZACARIAS. CLIQUE NO LINK ABAIXO:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Zacarias_(comediante)

https://www.youtube.com/watch?v=ef-7gpegAtg&ab_channel=VariedadeseMem%C3%B3riasdaTV%2FCinema

BIOGRAFIA DE MUSSUM: -  CLIQUE NO LINK ABAIXO:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Mussum

https://www.youtube.com/watch?v=oycOK8O5xBw&ab_channel=TrapasTube

https://www.facebook.com/photo/?fbid=985537666269069&set=a.303932334429609

http://blogdomendesemendes.blogspot.com