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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

VAMOS COM MAIS UMA SENSACIONAL ENTREVISTA DO SAUDOSO LUIZ DE CAZUZA.

Por Sálvio Siqueira
DESTA FEITA HÁ UM PONTO BASTANTE IMPORTANTE PARA A HISTÓRIA. EM QUASE 100% DAS OBRAS LEMOS QUE O CANGACEIRO "VASSOURA", LIVINO (FERREIRA), FOI QUEM ARQUITETOU TODA A TRAMA DA MORTE DO IRMÃO DE CRIAÇÃO ANTÔNIO ROSA.
NA ENTREVISTA, VEREMOS QUE A COISA NÃO FOI BEM ASSIM.
VEJAMOS ENTÃO O IMPORTANTE DEPOIMENTO QUE SOBRINHO DE ZÉ SATURNINO NOS DEIXOU.
MAIS UMA SENSACIONAL PRODUÇÃO COM O SELO DE Aderbal Nogueira.
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Livro "Lampião a Raposa das Caatingas"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
franpelima@bol.com.br
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.
franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: 

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563

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VIAJANDO NO CANGAÇO II - OS 70 ANOS DA MORTE DE LAMPIÃO

 Ancelmo Gois nascido na cidade de Frei Paulo, em Sergipe, no ano de 1948 é um jornalista e colunista brasileiro. Ainda criança foi para Aracaju. Trabalhou na Gazeta de Sergipe. Durante muitos anos assinou o Informe JB, no Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro.
Mantém uma coluna diária no jornal O Globo, um dos principais do país, vendido no Rio de Janeiro. Em sua coluna, Ancelmo fala sobre assuntos diversos do Rio de Janeiro e do Brasil, através de notas curtas que ocupam meia página do noticioso diário. Durante anos escreveu coluna semelhante na revista Veja. Sua coluna está dentre as mais lidas na cidade do Rio de Janeiro [carece de fontes?], e comumente dá furos sobre o mercado financeiro e imobiliário, além de noticiar fatos culturais e eventos artísticos e também aqueles que são parte do modo de ser do carioca.

Abaixo sua entrevista, em matéria sobre os 70 anos da morte de Virgulino Ferreira da Silva, o famoso LAMPIÃO, o Rei do Cangaço. Nesta primeira parte ele entrevista Vera Ferreira, neta de Lampião e Maria Bonita. Logo depois da entrevista co Vera Ferreira, ele se dirige à cidade de Piranhas em Alagoas, onde defronte à prefeitura da cidade ele conversa com Vera Barroso, socióloga, jornalista e apresentadora de televisão. É neta do jornalista e escritor Gustavo Barroso (1888-1959), fundador e primeiro diretor do Museu Histórico Nacional (MHN), em 1922, e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), eleito em 1923.
 
Reportagem essa entrecortada com passagens da vida real de Lampião e Maria Bonita e cangaceiros em seu dia a dia, filmados por Benjamim Abrahão, fotógrafo amador que embrenhou-se na caatinga para fotografar e filmar Lampião e seu bando de cangaceiros.
 
PARTE 1
 
 

Na parte 2 da entrevista sobre Lampião e seu bando de cangaceiros, a jornalista Vera Barroso faz uma visita ao Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas e entrevista seu presidente que mostra diversos objetos de Lampião. Também temos logo após a entrevista de Anselmo Góis com o escritor, pesquisador e historiador do cangaço, Frederico Pernambucano de Melo.
 
PARTE 2
 
Na parte terceira, temos Anselmo Góis no Museu do Folclore no Rio de Janeiro entrevistando a antropóloga, pesquisadora e professora da universidade do estado, Witegard Barros que teve familiares aprisionados por Lampião. Também Vera Barroso entrevista Raimundo Santa Helena que teve o pai assassinado pelo facínora e a mãe estuprada e marcada com ferro
 
PARTE 3
 
Na quarta e última parte da entrevista temos o ator Marcos Palmeira e o teatrólogo Almir Haddad falando sobre a peça em que Lampião e Maria Bonita discutem como marido e mulher, como um casal normal. Encerrando a entrevista com Anselmo Góis conversando com Marcos Palmeira e sendo concluído com cenas verídicas e música de Luiz Gonzaga.
 
PARTE 4
 
E a história de Lampião e Maria Bonita cada vez mais  tornando-se um marco fincado na literatura nacional, onde proliferam livros, filmes, peças teatrais, dança, música e turismo nas cidades por onde ele e seu bando passou.


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DELMIRO E MARIA BODE

Clerisvaldo B. Chagas, 16 de agosto de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.164

         Entre tantas notícias ruins do jornalismo, nós que não somos jornalistas, preferimos as boas; especialmente quando tratam sobre o nosso sertão alagoano. Devagar aqui e ali, vão chegando obras e empreendimentos que vão se agregando e formando o todo. A duplicação de trecho da AL-145, em Delmiro Gouveia estava prevista para ontem (15) a partir das 10 horas. Esse trecho corresponde o acesso a Delmiro desde a localidade Maria Bode que virou pequeno povoado. São oito km de asfalto, apenas, mas de grande significado para o município de onde saíram as volantes para matar Lampião. Cidade progressista, Delmiro serviu de acampamento flutuante para a hidrelétrica de Xingo. Dai para cá seus ganhos têm sido constantes no Alto Sertão.
DELMIRO GOUVEIA (FOTO: DIVULGAÇÃO).

A duplicação foi construída pelo Programa Pró-Estrada. “O trecho duplicado em Delmiro Gouveia facilitará o escoamento da produção local, beneficiando mais de 50 mil sertanejos. A obra melhora a qualidade do tráfego na região, alavancando ainda mais o desenvolvimento urbano com a expansão da cidade. Moradores de Pariconha, Água Branca e Olho D’Água do Casado também serão favorecidos pelo investimento, já que haverá diminuição do tempo de viagem entre os municípios”. (Agência Alagoas).
Estando em Maceió, você poderá visitar Delmiro Gouveia e conhecer as belas e ensolaradas cidades sertanejas. São três opções. Primeira, via Arapiraca, entrando no Sertão por Jaramataia e seguindo: Batalha, Jacaré dos Homens, Monteirópolis, Olho d’Água das Flores, São José da Tapera e Olho d’Água do Casado. Segunda, pela BR-316 chegando ao Sertão com Cacimbinhas, Dois Riachos e Santana do Ipanema. Terceira, indo via Arapiraca, chegando a Olho d’Água das Flores, Santana do Ipanema.
Caso queira ainda pegar a rebarba da inauguração, leve dinheiro, pois não foi dito que o churrasco do bode e a cerveja serão por conta das autoridades.

Texto: Agência Alagoas
Foto: Ascom Setrand


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CLÃS DOS BACAMARTES

*Rangel Alves da Costa

Clã, poder e bacamarte, são três termos que se conjugam para dar feição às forças familiares e coronelistas que se impuseram por longo período na história do Brasil, principalmente nordestina, e que ainda possuem forte atuação nas políticas e disputas locais. O tempo ainda não conseguiu apagar os ranços, os ódios, as intrigas, os sentimentos apaixonados e quase sempre sangrentos.
Com raiz de força desde os tempos do Império até o florescer da República, ainda hoje os seus resquícios são sentidos e avistados em muitas localidades nordestinas. Os livros, as histórias locais e familiares, bem como os anais respingados pelos suores das desavenças e o sangue das lutas, testemunham bem as guerras pelo poder. E tudo gestado a partir de nomes e sobrenomes de peso, famosos, e que ainda hoje causam verdadeiros temores pela mera citação. Por trás dos sobrenomes, todo o livro aberto. Os nomes em si possuem pouca valia ante a herança maior.
Em muitas localidades, as ruas e avenidas, prédios públicos e outras fachadas, dizem bem do enraizamento dos poderosos núcleos familiares. É com se a perpetuação do poder não se contentasse com determinado período de mando – ou desmando -, tendo que se eternizar de modo que o peso de ontem possa influenciar na conquista de domínio das novas gerações. E logo dizem que o prefeito é neto de tal coronel, que o deputado é de tal portentosa família, que o magistrado traz na veia descendência das mais conhecidas. Assim, os desaparecidos vão ressurgindo nos novos, e estes logo cuidando de enveredar filhos pelos mesmos caminhos.
Bisnetos ou tataranetos ainda muito se orgulham das linhagens coronelistas primeiras. O orgulho é tanto e tamanho que, muitas vezes, passam a imitar as ações que permitiram a chegada e manutenção de seus clãs no pedestal do poder. Daí também a utilização dos mesmos métodos violentos e truculentos perante os desafetos, opositores ou qualquer um que diga uma verdade que doa. Nos clãs dos bacamartes é assim: os inimigos devem ser combatidos sem trégua e sem limites. E de prontidão permanecem se as rixas familiares já são de raízes de outros tempos.
Os antigos casarões possuem nas suas paredes os testemunhos dos clãs familiares. Nos retratos antigos, amarelados, porém bem emoldurados, a demonstração da importância e da atuação de determinada família. Ali um patriarca ou matriarca, ali um filho que foi intendente, acolá outro filho que foi juiz de paz, mais adiante outro filho que acumulou, por indicação, diversas funções. Retratos de prefeitos, vereadores, poderosos senhores vindos da mesma raiz e que, no passado, ditaram o viver e a vida de todos que faziam parte de seus redutos. Mas isso ainda é quase nada. Basta que os relatos históricos comecem a surgir para que surjam os espantos.
Espantos estes surgidos pelas formas de aquisição, manutenção e expressão, de todo aquele poder familiar. Parecendo eventos saídos das páginas de Jorge Amado, um entremeado de emboscadas, tocaias, de jaguncismo e capangagem. Ora, a força coronelista nada seria sem a arma, sem a ordem brutal, sem a violência, sem a perseguição e a morte de desafetos. O coronelismo de poder e mando nada seria sem o clavinote, sem o bacamarte, sem o rifle, sem o mosquetão. E também jamais conquistaria espaço sem as vinditas de sangue entre os próprios coronéis e seus asseclas. Mas foi na luta entre famílias poderosas da mesma localidade onde se observou maior violência e de onde saiu o poder que ainda hoje comanda vidas.
Ora, é fácil imaginar o que não faria um latifundiário antigo, um homem de grande prestígio e posses, um senhor reconhecido pelo destemor e valentia, ante a necessidade de se impor perante os demais de igual poder e riqueza. Outra solução não era encontrada senão lançar mão da arma para o ataque. Como o outro coronel não esperava desprotegido ou desatento, então as guerras de fim de mundo vomitavam seus cascavéis. Aquele que se sobressaísse perante o outro, além da desonra imposta consigo levaria o curral eleitoral e um prestígio ainda maior. Ainda assim na certeza que nada chegava ao fim com aquela vitória, pois os revides chegariam e outros inimigos surgiriam para lutar pelo mesmo poder e mando.
Mesmo no seio familiar as vinditas pipocavam. Irmão brigando contra irmão pelo poder, primo com primo, parente com parente. Dentro de uma mesma família, mas uma guerra armada e pronta a explodir a qualquer momento. E por isso mesmo que as famílias foram se dividindo perante os senhores de nomeada. Uma família Pedrosa, por exemplo, vai sendo dividida entre Albuquerque e Cansanção, e estes vindos da mesma raiz, mas a partir de então se tornando inimigos ferozes pelas escolhas.
Em Sergipe não existe mais a profusão da ameaça dos bacamartes como em outros estados nordestinos. Pernambuco, Ceará, Alagoas e Paraíba talvez se sobressaíam tanto nas vinditas pelo poder como pelas lutas familiares, entrincheirando-se entre si. Sobrenomes em guerra, um Albuquerque contra um Cansanção, mas cujo luto repousa na mesma família. O sangue da veia vai se tornando o sangue do ódio.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com   

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QUEM SÃO OS FUNDADORES DA ABLAC?



Fundada em 25 de julho desse ano, em Juazeiro do Norte, Ceará, a ABLAC - Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço, conta com 27 fundadores de 8 Estados diferentes. São eles:

1- Pernambuco, 6 - Ana Lucia Granja de Souza, Luiz Ruben F. de A. Bonfim, Antônio Vilela de Souza, Euclides José de Almeida Junior, Geraldo Ferraz de Sá Torres Filho e Lourinaldo Teles Pereira Lima.

2- Sergipe, 5 - Archimedes José Melo Marques, Elane Lima Marques, Raul Meneleu Vasconcelos, Osvaldo Abreu e Rangel Alves Costa.

3- Ceará, 5 - Aderbal Simões Nogueira, Ângelo Osmiro Barreto, Juliana Pereira, Manoel Severo Gurgel Barbosa e Severino Neto de Souza.

4- Bahia, 4 - Gilmar Teixeira Santos, João de Sousa Lima, José Bezerra Lima Irmão e Voldi Ribeiro.

5- Paraíba, 3 - Bismarck Martins de Oliveira, Jorge Remígio e Narciso Aparecido Dias.

6- Rio Grande do Norte, 2 - Ivanildo Alves da Silveira e Francisco Honório de Medeiros Filho.

7- São Paulo, 1 - José Sabino Bassetti.

8- Piauí, 1 - Leandro Cardoso Fernandes.


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PEDRO DO CORDEL.


Amigos é com muita alegria que vamos apresentar amanhã a Cordelteca de Bauru para todo Brasil.

Quero agradecer a todos os amigos, parentes , poetas que abraçaram esta causa cultural conosco. 


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LUIZ CAZUZA - MAJOR THEÓFANES E OS NAZARENOS


Por Sálvio Diqueira - Vídeo do cineasta Aderbal Nogueira

LUIZ DE CAZUZA - SOBRINHO DE ZÉ SATURNINO - FALA EM ENTREVISTA SOBRE O COMANDANTE TEOFANES FERRAZ TORRES - OS NAZARENOS E AS TROPAS MILITARES ENVIADAS DO RECIFE PARA DAREM COMBATE AOS BANDOS DE CANGACEIROS NO VALE DO PAJEU DAS FLORES -SERTÃO PERNAMBUCANO.

MAIS UMA PRODUÇÃO COM A REFERÊNCIA DE QUALIDADE Aderbal Nogueira.


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VIAJANDO NO CANGAÇO I - A REPORTAGEM QUE REINVENTOU LAMPIÃO


A reportagem que reinventou Lampião

Há exatos 75 anos, a revista carioca A Noite Ilustrada publicou a maior cobertura da imprensa sobre a morte do mais famoso cangaceiro, fato que evidenciava sua importância como notícia e lenda.
   
Imagem que fez história – A foto das cabeças decepadas de Lampião e seu bando foi estampada nas páginas centrais de A Noite Ilustrada pouco mais de uma semana depois do massacre de Angicos e correu o mundo ao longo do século 20
A capa da edição da quarta-feira 9 de agosto de 1938, da revista A Noite Ilustrada, lançada 11 dias depois do massacre na Fazenda Angicos, município de Piranhas, entre Alagoas e Sergipe, onde morreram Virgulino Ferreira da Silva (1898-1938), o Lampião, Maria Bonita e mais nove pessoas, é emblemática. Em vez de estampar o mais famoso e temido cangaceiro do País, a imagem trazia em destaque outro bandoleiro, Corisco, conhecido pela polícia e pela imprensa como Diabo Louro. A mensagem parecia clara: sem Lampião, o cangaço sobreviveria pelo herdeiro e compadre de seu antigo chefe. Rei morto, rei posto? Não. A legenda explicava que aquela foto havia sido encontrada entre muitas outras em um dos bolsos do famoso criminoso, quando os soldados da “volante” foram saquear seus bolsos, em busca de joias e dinheiro, no momento em que seu corpo jazia, cravado de balas.
Em 28 páginas sobre o massacre, a revista, comandada pelos jornalistas Gil Pereira e Vasco Lima, trazia a primeira grande reportagem sobre o assunto, que se tornou aula e marco do jornalismo na época. Motivo: a publicação tinha conseguido mandar uma equipe – fotógrafo e repórter – do Rio de Janeiro até o local, a dois mil quilômetros de distância, em pouco mais de 24 horas. Ao que parece, foi uma operação de guerra. Tão logo as primeiras notícias da morte de Lampião chegaram às redações do Rio de Janeiro, via telegrama, nenhum jornal ou revista teria se interessado em mandar equipes.
Por mais de dez anos, a grande imprensa acompanhou as muitas caçadas a Lampião, promovidas pela polícia de pelo menos seis estados do Nordeste por onde ele e seu bando circularam e “aterrorizaram” – Bahia, Sergipe, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. A viagem dos jornalistas de A Noite Ilustrada só foi possível porque eles conseguiram embarcar antes do meio-dia em um voo internacional da Pan American, que fazia a rota Miami-Rio de Janeiro-Buenos Aires. As escalas eram feitas em Montes Claros (MG), Barreiras (BA) e Carolina (MA).
Os jornalistas desceram em Barreiras, no cerrado baiano, e de lá cruzaram de carro ou de trem boa parte do território baiano, até chegar à cidade de Piranhas. Na manhã seguinte, eles se depararam com a tropa de 49 homens do tenente João Bezerra na pequena cidade de Pedras, no meio do caminho até Santana do Ipanema, onde ficava o batalhão que realizou a operação militar.
Os enviados se tornaram a primeira equipe de jornalistas a visitar a “gruta” de Angicos, depois do massacre. Acabaram por fazer fotos que se tornaram famosas ao longo dos 75 anos seguintes e foram reproduzidas incontáveis vezes por jornais, revistas e livros sobre o tema. São imagens que chocaram os leitores. Logo na página três, aparecia a cabeça decepada quase em tamanho real da mulher mais famosa do cangaço e um pequeno texto dizia: “Companheira de Lampião, fotografada em Pedra, durante o regresso da ‘volante’ (tropa) do tenente João Bezerra, quando ainda conservava a regularidade dos traços e a serenidade da expressão. Mesmo depois da morte violenta, justificando a alcunha, a cabeça da bandoleira mostra vestígios de tranquila beleza”.

Nas páginas centrais, como pôster de 43 cm x 86 cm, A Noite Ilustrada estampava a foto mais famosa da história do banditismo no Brasil, que se tornou símbolo do grau de selvageria que dominava mocinhos e bandidos nos confins da caatinga brasileira: as cabeças decepadas dos mortos de Angicos, arrumadas na escadaria de uma igreja, identificadas com uma etiqueta ao lado de cada uma. Apareciam, pela ordem de cima para baixo, da esquerda para a direita: Diferente, Desconhecido, Cajarana, Enedina, Caixa de Fósforos, Mergulhão, Elétrico, Luis Pedro, Maria Bonita e, sozinha na parte de baixo, Lampião.
Ao redor, parte dos pertences recolhidos – armas e balas em quantidade, embornais e uma máquina de costura aparentemente da marca Singer. No local do tiroteio, há uma foto que mostra com números e setas como tudo aconteceu: onde estavam os soldados e em que ponto Lampião foi mortalmente atingido, sem ter chance de qualquer reação.
A notícia tinha corrido o Brasil como fogo em pólvora. Todos os grandes jornais destacaram o fato na primeira página. Por 18 anos, Lampião e seu bando atacaram, principalmente, pequenas e miseráveis localidades em que a população vivia sob o chicote e o domínio eleitoreiro das dinastias dos coronéis. A imprensa das regiões Sul e Sudeste sempre se interessou pelo assunto, destacava a crueldade de Lampião e de seus comparsas e o heroísmo da polícia em sua captura. Ficaram famosos nomes como do sargento Odilon Flor que, por oito anos caçou e perseguiu o cangaceiro, e o do tenente Campos de Menezes, que o perseguia desde a década anterior – por diversas vezes, Menezes e seus homens trocaram tiros com Lampião. Mas a glória coube ao desconhecido tenente Bezerra, transformado em herói nacional literalmente da madrugada para o dia.
Não havia qualquer discussão na imprensa sobre as intenções do cangaceiro que eram apenas roubar e saquear a partir de uma índole criminosa natural, como aconteceu depois e o transformou em herói para muitos, por contestar o poder dos coronéis – Lampião seria fruto do inconformismo de um mundo injusto e sem lei. “Ido desta capital de avião, o serviço dos enviados especiais de A Noite Ilustrada ao sertão e à capital de Alagoas trouxe a lume o sensacional acontecimento por todas as suas faces mais empolgantes, acumulando uma sucessão de documentos que se encontram em parte nesta edição”, explicou a revista, em seu editorial. Para seus editores, a publicação havia feito algo extraordinário. Tanto da parte de seus repórteres quanto da polícia, mostrada como heroica. Dizia o título: “O sensacional acontecimento do sertão alagoano”. (Nota: Antônio Correa Sobrinho, de Aracaju, pesquisador do cangaço em 2 de outubro de 2013 às 19:36 fez o seguinte comentário na matéria original - "Com os cumprimentos ao autor pelo valioso trabalho, esclareço que Lampião, sua Maria, nove outros cangaceiros e o soldado da força alagoana, Adrião, morreram em território sergipano, e não em Piranhas, das Alagoas. O massacre ocorreu na grota-coito da fazenda Angicos, em Poço Redondo, à época povoado do município de Porto da Folha. Sergipe que, além de túmulo, deu ao cangaceiro-mor estada, por que não dizer, tranquila."
Prosseguiram eles, na apresentação. “Releva notar o acervo de fotos feitas no próprio local do combate entre a polícia alagoana e o bando do ‘Rei do Cangaço’, a grota situada na fazenda Angicos, das quais se encontram na última página da revista, e testemunham não apenas a coragem, mas a temeridade dos nossos auxiliares.” No mesmo texto, destacou o pequeno vidro encontrado no corpo de Lampião, cheio de um pó amarelo, que, “verificou-se nesta capital, por experiência feita no laboratório de Pesquisas Científicas da Polícia, ser um veneno poderoso. É também um pormenor de sensível interesse”, porque se sabia, “por informações anteriores”, que era uma prevenção para não cair com vida em mãos das autoridades.

Porta-voz de Vargas

A redação de A Noite Ilustrada funcionava na Praça Mauá, 7, centro do Rio de Janeiro, e onde ficavam redações de jornais e revistas, e emissoras de rádio importantes. Lançada em 1930, a publicação surgira como um marco por sua qualidade de impressão, graças ao moderno sistema de rotogravura. Pertencia ao jornal A Noite, mesmo diário fundado por Irineu Marinho e Geraldo Rocha. A Noite sobrevivera ao longo da década de 1930 sob o duro castigo de ter apoiado o grupo derrotado pela Revolução de 1930.
Na ocasião, sua redação foi saqueada e incendiada e Rocha se refugiou em Minas Gerais. O diário sofreu intervenção do governo. Pressionado, Rocha reconheceu em cartório que tinha dívidas e abriu mão de seus bens para os bancos do governo, inclusive de A Noite. O jornal se tornou, então, uma espécie de órgão a serviço de Vargas e radicalizou seu oficialismo com a decretação do Estado Novo, em novembro de 1937, quando assumiu a mesma postura nazifascista do ditador brasileiro. Essa orientação editorial dava o tom na cobertura do massacre de Angicos e no modo de como a tropa do Exército foi tratada.
“Consciente da enormidade de seus crimes, o cangaceiro não suportava a ideia de expiá-los. Pode suceder, também, que um amor próprio a seu modo lhe fizesse intolerável à possibilidade de vir a ser dominado pelos que considerava inimigos odiosos.” Ou seja, sua decisão era de jamais se deixar prender vivo pela política. Cometeria suicídio antes. “Verificou-se ainda que Lampião foi colhido por uma rajada de balas, pois seu famoso punhal, de cabo trabalhado a ouro e marfim, foi atingido numa das lâminas, e a própria cartucheira do bandido, onde o ímpeto de uma das balas que recebeu detonou outra da própria cartucheira do antigo ‘Terror do Nordeste’, que o atingiu mortalmente.”
O que se nota em toda a edição de A Noite Ilustrada é que em nenhum lugar são ditos os nomes do repórter e do fotógrafo, embora eles aparecessem em duas fotos e fossem assim identificados. Em uma delas, o fotógrafo, de óculos, posava à frente dos voluntários e soldados, sorrindo para a câmera. Em outra, o jornalista cumprimentava o aspirante Ferreira, cercados de soldados que apoiavam as mãos nos ombros dos dois. Uma legenda informava: “O corpo do bandoleiro foi identificado e fotografado por um dos enviados de A Noite Ilustrada na grota de Angicos, sendo que outros ali voltaram, ainda, depois, a fim de minudenciar o terreno fotograficamente, facilitando uma reconstituição do choque entre a polícia e os bandoleiros”. A edição trazia também o primeiro episódio de uma série em quadrinhos sobre a vida do cangaceiro, roteirizada e ilustrada por Euclides L. Santos. Com dez quadrinhos cada página, iniciava uma série que seria publicada duas vezes por semana no jornal A Noite, nos cinco meses seguintes.
Singularmente ingrato
Lampião jamais imaginou que poderia ser morto em Angicos. Aquele era seu esconderijo havia muitos anos e ele acreditava, mesmo se traído, uma volante não conseguiria chegar ali. O terreno, no dizer de um geógrafo entrevistado pela revista, contou que o local era “singularmente ingrato”. E explicou que ficava “entalado entre a margem do rio e a montanha pedregosa e íngreme que da mesma margem começa logo a erguer-se, apertada entre gargantas e pequenas contraescarpas de serra, e ingrato, estéril e árido, ostentando rochedos de granito e penhascos inacessíveis. Essa topografia era da conveniência para os cangaceiros que, por isso mesmo, sempre procuravam Angicos, nas imediações de Piranhas, quando se sentiam inseguros e acossados”. Mas a força policial, comandada pelo tenente João Bezerra, reunia veteranos combatentes do cangaço, não teve dificuldades alcançar aquele ponto.
Os cangaceiros haviam chegado a Angicos no dia anterior, 27 de julho, exaustos, famintos. Era noite, chovia muito e todos dormiam em suas barracas. O aguaceiro, em vez de dificultar a aproximação de alguma volante, ajudou, graças ao barulho da água que caía. Tanto que nem os cães de Maria Bonita pressentiram. Bezerra relatou depois que o bombardeio ainda não tinha começado, por volta das 5h15 do dia 28, e teve de ser precipitado. No momento em que os cangaceiros levantaram para rezar o ofício, de acordo com o ritual estabelecido pelo Rei do Cangaço, e se preparavam para tomar café, um cangaceiro deu o alarme. Tarde demais. Bezerra gritou: “Fogo”. Os soldados dispararam suas metralhadoras portáteis, que cuspiram dezenas de balas por minuto, por cerca de 20 minutos. Corisco e os outros que estavam mais distantes, e acabaram protegidos pelos rochedos, conseguiram se arrastar e fugiram.

Lampião foi um dos primeiros a morrer. Dentro dos costumes da época, Maria Bonita, gravemente ferida, teve sua cabeça decepada – fizeram o mesmo com o marido, em seguida. Na euforia que se seguiu, sem se preocupar se alguém tinha escapado, os policiais saquearam os cadáveres e os mutilaram com selvageria. Também foram degolados vivos Quinta-Feira e Mergulhão que estavam  feridos. Um dos policiais, com ódio de Lampião, deu um golpe de coronha de fuzil na cabeça do cangaceiro tão forte que a deformou. Afirmou-se depois que todas as cabeças foram salgadas e colocadas em latas de querosene, com aguardente e cal, enquanto os corpos foram abandonados e devorados por urubus. Para evitar a disseminação de doenças, dias depois foi colocada creolina sobre os corpos. Como alguns urubus morreram intoxicados pela substância, esse fato ajudou a difundir a crença de que eles haviam sido envenenados antes do ataque, com alimentos entregues pelo coiteiro traidor. Outra versão dava conta de que as cabeças não passaram por qualquer processo de conservação nas 48 horas que se seguiram ao massacre. E mesmo inchadas – como se vê nas fotos –, foram vistas por milhares de curiosos nas cidades onde o pelotão passou.
Em Pedra, ao alcançar a volante, a equipe de A Noite Ilustrada conseguiu reunir 47 dos 49 homens que estiveram em Angicos para uma foto histórica. Duas outras mostravam a multidão que se concentrou em uma praça em Maceió para ver as cabeças dos 11 cangaceiros. “Em Piranhas, as tropas chegaram inesperadamente, quando terminara a feira ali erguida, e quando, portanto, ninguém imaginava a possibilidade de acontecimento de tal monta. A polícia alagoana, conduzindo os troféus do sangrento encontro, foi recebida por aclamações populares intensas, mais vivas e constantes, à medida que os populares se inteiravam do êxito completo do combate com o bando de cangaceiros. Ferido, embora sem gravidade maior, o Tenente Bezerra, cuja valentia é conhecida em todo sertão circundante, era visado particularmente nos aplausos do povo aglomerado”.
O mesmo espetáculo foi verificado pela equipe da revista em Pedra e Água Branca, “onde as populações, vítimas durante tantos anos dos sustos constantes pelo perigo de incursões dos cangaceiros, mal podiam acreditar no extermínio do monstro da caatinga”. Em todas essas localidades, o chefe dos volantes determinou a exposição das cabeças. “Visava principalmente evitar alguma lenda de negação do fato, coisa muito natural em face da crença, alimentada pelos próprios acontecimentos, durante tantos anos, da intangibilidade do chefe do cangaço. Os soldados jubilosos pelo resultado da sortida, e sua alegria se misturava à do povo, compondo um espetáculo expressivo da sensação de libertação que pairou sobre aqueles recantos da civilização sertaneja.”
Em Santana do Ipanema, “esse jubilo popular atingiu maiores proporções”. Segundo o repórter, as cabeças dos cangaceiros, que haviam sido fotografadas em Pedra, foram novamente expostas à curiosidade pública “e numerosas pessoas reconheceram a cabeça decepada de Lampião e de outros seus comparsas do crime”. O espetáculo bizarro prosseguiu em Maceió. No Instituto Médico Legal de Aracaju, as cabeças foram medidas, pesadas e examinadas pelo médico Carlos Menezes. Suas observações fizeram com que os criminalistas mudassem a teoria de que um homem bom não viraria um cangaceiro, e este deveria ter características sui generis.
Diferentemente do que acreditavam, as cabeças não apresentaram qualquer sinal de degenerescência física, anomalias ou displasias, apesar da decomposição avançada. Acabaram classificadas como de indivíduos normais. Do sudeste do País, apesar do péssimo estado, seguiram para Salvador. Ali, permaneceram por seis anos na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia. Nenhuma patologia foi encontrada após novos exames. Por mais de três décadas, ficaram expostas no Museu Antropológico Estácio de Lima, no prédio do IML Nina Rodrigues, no Terreiro de Jesus, em Salvador. Atraíam milhares de curiosos todos os anos, que queriam ver, principalmente, as cabeças de Lampião e Maria Bonita.
Enquanto isso, as fotos de A Noite Ilustrada corriam o Brasil e o mundo. Sem autorias definidas, perderam sua identidade, ao mesmo tempo que se tornavam documento de uma época. Por mais que a revista chamasse Lampião de facínora, o resultado de seu esforço jornalístico mantinha a força de uma história e não conseguiu evitar que de suas páginas nascesse uma lenda que, como tal, ainda fascina. Suas fotos e textos, enfim, por mais que se tenha feito um trabalho de reportagem louvável, não evitou que Lampião continuasse a andar pela caatinga, mesmo como um fantasma, cada vez mais vivo na imaginação das pessoas pela coragem de cabra macho que era em enfrentar os poderosos. Que se publique a lenda.

Lampião lia a Noite Ilustrada

Pelo acaso, lampião acabou por se tornar garoto propaganda de A Noite Ilustrada. dois anos antes de morrer, ele aparecia em uma de suas mais famosas fotos, feita pelo fotógrafo e caixeiro viajante Benjamin abraão (1890-1938), mostrando um exemplar da famosa revista carioca, ao lado de maria Bonita, que aparecia sentada, acariciando os cães ligeiro e Guarany. a edição, de 27 de maio de 1936, trazia na capa a nadadora americana anna evers, uma das promessas da olimpíada de Berlim daquele ano.
Casal bem informado – Lampião com um exemplar de A Noite Ilustrada, de 1936, ao lado de Maria Bonita. O casal gostava de acompanhar pelas revistas as novidades do Brasil e do mundo
Na legenda, lia-se: “a sereia e sua rede… anna evers exibindo um formoso modelo praiano em santa mônica, califórnia”. segundo depoimentos das cangaceiras aristeia e dadá, as fotos foram feitas entre junho e julho de 1936, portanto um mês ou dois depois do lançamento da revista. abrahão seria morto pouco mais de dois meses antes de lampião, em serra talhada, no dia 10 de maio de 1938. de origem sírio-libanesa-brasileira, ele se tornou o responsável pelo registro iconográfico do cangaço e de seu líder, lampião. para fugir do serviço militar em seu país, durante a Primeira Guerra Mundial (1914- 1918), ele veio para o Brasil. chegou em 1915. foi mascate em recife e Juazeiro do Norte, atraído pela frequência de romeiros em busca do padre cícero, de quem se tornou secretário e conheceu lampião, em 1926, quando foi à cidade receber a bênção do célebre vigário e a patente de capitão, para auxiliar na perseguição da coluna prestes. anos depois, obteve do cangaceiro autorização para acompanhar o bando na caatinga e realizar as imagens que o imortalizaram. foi assassinado com 42 facadas e o crime nunca foi esclarecido.


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Revista Brasileiros