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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O cangaceiro Corisco

 Por José Mendes Pereira
  Cristino Gomes da Silva Cleto.
              
Este nome nos lembra um grande cangaceiro. E na verdade é ele mesmo! O temido Corisco. Corajoso à admiração dos comparsas. Se falarmos em Lampião, com certeza lembramos deste imediatamente. Era um grande astro da Empresa de cangaceiros Lampiônica & Cia. 
       
Nasceu no dia 10 de agosto de 1907, em Matinha de Águas Brancas, no Estado de Alagoas. Seus pais eram: Manuel Gomes da Silva Cleto e Firmina Cleto.
             
Aos 17 anos em uma festa, quando tentava se aconchegar aos braços de uma jovem, apesar de ter sido rejeitado por ela, mas mesmo assim continuou insistindo. 
            
Um dos parentes da moça que no momento observava a sua teimosia, querendo que ela fosse dançar com ele, o esmurrou no meio da festa.
            
Não aceitando a desmoralização, Corisco foi até a casa do patrão, apoderou-se de uma arma, voltou à festa e lá assassinou o seu agressor.
             
Temendo ser preso, atirou-se às matas. Mas no meado do ano de 1926, um fazendeiro amigo de Lampião, conseguiu a sua colocação no bando do rei. 
           
Corisco foi um dos grandes amigos de Lampião, e chegou a dizer que todos os seus subgrupos de cangaceiros eram excelentes batalhadores. Mas o que mais lhe dava lucros era o de Corisco. 
             
Mas não dar para se entender. 
            
O rancor que o rei guardava de Alagoas, por que tinha tanta adulação com Corisco que também era Alagoano, quando toda sua vida de bandoleiro, as maiores desgraças e decepções que sofreu foram causadas por gente de Alagoas?

1 - Foi em Alagoas que em 1920 Lampião  perdeu a sua amada e honrada mãe.
         
2 – Foi em Alagoas que também com poucos dias da morte da mãe, o seu pai José Ferreira da Silva foi barbaramente assassinado pela volante policial de Zé Lucena, que também era alagoana.
          
3 - E por má sorte, a volante do tenente João Bezerra que o assassinou no dia 28 de julho de 1938, lá em Sergipe, na Grota de Angicos, também era Alagoana.
        
O escritor Alcindo Alves em ”Lampião Além da Versão – Mentiras e Mistérios de Angicos”, diz o seguinte: “ Uma estranha versão conta que nos últimos dias que antecederam o cerco na Grota de Angico, os famosos José Lucena e Aniceto Rodrigues foram até o coito, com a finalidade de acertarem algo que poderia mudar os caminhos do banditismo com o falado Diabo Loiro”. Diz ainda Alcindo: “-É esta visita misteriosa, um dos grandes segredos que cercam os fatos de Angico”. 
         
Esta é a minha opinião: Teria sido o amigo Corisco um dos traidores do capitão Lampião, entregando o rei aos famosos José Lucena e Aniceto Rodrigues, já que eles foram ao seu coito com a finalidade de acertarem algo que poderia mudar os caminhos do banditismo? Ainda diz Alcindo, que quando aconteceu a chacina que levou o rei, Maria Bonita e mais nove cangaceiros, Corisco e seus asseclas se encontravam acoitados entre as fazendas Coidado e Emendadas. 
         
Será que Corisco não foi para o acampamento quando aconteceu o ataque aos bandidos, porque sabia o dia em que seria feita a chacina, uma vez que a volante não iria ter tempo de escolher quem morreria e quem ficaria vivo? E aí, leitor? 

José Mendes Pereira- Mossoró-Rn. 
  
Fonte de pesquisas: 
“Lampião Além da Versão – Mentiras e Mistérios de Angicos” – Escritor: Alcindo Alves da Costa. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CANGACEIROS QUE AINDA ESTÃO VIVOS

Por: José Mendes Pereira 

           Do grupo reunido por Lampião no início do século XX, cinco ainda estão vivos
 
          De acordo com o escritor João de Sousa Lima, todos já têm mais de 90 anos. São eles:

        1 - Manuel Dantas Loyola, o Candeeiro, hoje mora em Buíque, no Estado de Pernambuco.                                                                                                                            

         2 - José Alves de Matos, o Vinte e Cinco. Mora em Maceió, no Estado de Alagoas.

      3 - Dulce, em Campinas – no Estado de São Paulo. Esta, com a morte da cangaceira Adelaide, companheira do cangaceiro Criança, aquela que morreu na Planta do Milho, filha de Lé Soares e irmã de Rosinha de Mariano.  Logo que Adelaide faleceu,  Dulce amasiou-se com Criança.                                

        4 - Aristeia Soares de Lima, que era a companheira do cangaceiro Catingueira, morava em Paulo Afonso, no Estado da Bahia. Mas atualmente mora na cidade Delmiro Gouveia, no Estado de Alagoas.                                                                                                               

         5 – O cangaceiro Bem-Te-Vi aquele que causou a tragédia de Lídia de Zé Baiano, a mais bela das cangaceiras, assassinada por seu companheiro o Zé Baiano. Bem te vi delatou a traição de Lídia ao seu companheiro. 
      João de Sousa Lima  soube que ele com 101 anos residia numa roça próxima a Paulo Afonso, fui atrás da história, mas a família não permitiu que ele conversasse com ele.
 
          6 - Maria do cangaceiro Juriti (aquele que foi morto pelo delegado Deluz, dentro de uma fogueira).  Diz João de Sousa Lima que essa o deixou frustrado. Qunado soube que ela ainda estava viva, foi a sua procuras para fazer uma entrevista. em companhia do amigo cineasta Wolney Oliveira e diz ele que  quando tocaram no assunto  “Cangaço” a mulher ficou bastante inquieta, nervosa, disse que poderia enfartar se eles insistissem com perguntas sobre este assunto. 
          Maria de Juriti faleceu recentemente. Eu não conseguir a data do falecimento de Antônia, a primeira mulher do cangaceiro Gato, mas ela morreu recentemente com mais de 100 anos de idade.                                                
        Essas informações são de grande credibilidade, pois o maior caçador de cangaceiros para registrá-los, é o escritor e pesquisador do cangaço, João de Sousa Lima, o qual nos dá essas notícias.


                                               Mossoró 27 de dezembro de 2010.

                                    José Mendes Pereira – Mossoró - estudante  do cangaço.