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terça-feira, 17 de abril de 2018

ESPANTANDO MORCEGOS

Clerisvaldo B. Chagas. 17 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.881

Gosta do que é bom? Veja que maravilha de texto:
“Os morcegos são mamíferos que possuem uma alimentação variada. São conhecidas cerca de 1.100 espécies de morcegos. Entre elas apenas três espécies se alimentam de sangue. Os morcegos das demais espécies podem se alimentar de: frutos (manga, banana, mamão, goiaba, por exemplo); néctar e pólen de flores, como a do ipê e maracujá-de-restinga; folhas diversas; animais diversos como certos insetos, ratos, pássaros, lagartos e rãs.

ilustração: (CIÊNCIASHOJE).
Os morcegos podem auxiliar na manutenção da vida em cavernas escuras. Nesses ambientes, em virtude da ausência de luz solar, não se desenvolvem seres fotossintetizantes. Os morcegos saem da caverna em busca do seu alimento. Quando retornam, eliminam fezes ricas em nutrientes, que se acumulam no piso das cavernas. As fezes dos morcegos podem então alimentar animais, como certas espécies de grilos, moscas e besouros que habitam as cavernas. Esses animais, por sua vez, podem servir de alimento para outras espécies desse mesmo ambiente, como certas aranhas e centopeias.
Se os morcegos abandonarem as cavernas à procura de outro local em que possam se instalar, grilos, besouros, aranhas e centopeias, entre outros animais, ficam à míngua de alimentos, e a vida corre o risco de desaparecer pouco a pouco nesse ambiente.
Assim, trazendo matéria e energia do mundo banhado de luz para o interior das cavernas escuras, os morcegos atuam como o elo entre o mundo iluminado e o mundo das trevas”.
BARROS, Carlos & PAULINO, Wilson. Ciências, o meio ambiente. São Paulo, Ática, 2011. Pág. 36.
Diz o dicionário sobre morcego: “Nome comum aos mamíferos da ordem dos quirópteros, de corpo semelhante ao de um rato, e que têm os membros anteriores dotados de patágio, o que lhes permite funcionar como asas”.


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CHORE NÃO MENINA FLOR (POESIA)

Por Rangel Alves da Costa

Chore não menina flor
quem te ama amará
quem partiu retornará
quem é teu de ti será

chore não menina flor
o outono já passou
a folha o vento levou
a tristeza já acabou

chore não menina flor
passe morango no lábio
jogue lavanda no corpo
bote uma rosa no cabelo

e vá viver menina flor
e vá amar menina flor
quem te ama já desponta
e quer um buquê de amor.

Rangel Alves da Costa

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A HISTÓRIA DO CANGAÇO É, SEM SOMBRA DE DÚVIDAS, CATIVANTE.


Por Sálvio Siqueira

SABEMOS DE COMO OCORRERAM OS FATOS NO DECORRER DA SUA EXISTÊNCIA E MESMO ASSIM SEMPRE ESTAMOS DISPOSTOS A ASSIMILAR MAIS CONHECIMENTOS SOBRE ESSA HISTORIOGRAFIA SERTANEJA.

ABAIXO, VEREMOS ALGUMAS IMAGENS CAPTURADAS PELO AMIGO PESQUISADOR Edinaldo Leite, QUANDO DE NOSSA VISITA A FAZENDA COLÔNIA.


A FAZENDA COLÔNIA É HISTÓRICA DEVIDA TER SIDO O BERÇO DO CANGACEIRO MANOEL BATISTA DE MORAIS, ANTÔNIO SILVINO E DE SEU PRIMO JOÃO BEZERRA DA SILVA COMANDANTE DE UMA FORÇA POLICIAL ALAGOANA QUE MATOU O CHEFE CANGACEIRO VIRGOLINO FERREIRA, LAMPIÃO, CONSIDERADO O "REI DO CANGAÇO", MAIS DEZ CANGACEIROS, EM 28 DE JULHO DE 1938.


A LOCALIZAÇÃO DESSA FAZENDA AINDA HOJE É MOTIVO DE ALGUMA DIVERGÊNCIA QUANTO A SUA POSIÇÃO E A QUAL MUNICÍPIO PERTENCE.


ELA ENCONTRA-SE JUNTO AO DISTRITO DE IBITIRANGA, DISTRITO DE CARNAÍBA - PE. AINDA HOJE É COMEMORADO A FESTA DE SANTO ANTÔNIO NA DITA FAZENDA DEVIDO NELA EXISTIR UMA CAPELA COM O NOME DO SANTO.


INGAZEIRA, CARNAÍBA, IBITIRANGA E OUTRAS POVOAÇÕES, TODAS EM PERNAMBUCO, FORAM DISTRITOS DE FLORES, PE, E FLORES DA CIDADE, NA ÉPOCA, DE VILA BELA, HOJE SERRA TALHADA, PE. POR OUTRO LADO, O DISTRITO DE AFOGADOS DA INGAZEIRA PERTENCIA A CIDADE DE INGAZEIRA, DEPOIS AFOGADOS DA INGAZEIRA PASSA A SER SEDE DO MUNICÍPIO E INGAZEIRA SEU DISTRITO. AO MESMO TEMPO, O DISTRITO DE CARNAÍBA PASSANDO A CIDADE, IBITIRANGA, E OUTRAS POVOAÇÕES CIRCUNVIZINHAS PASSAM A SER DISTRITO DELA. ALGUNS DESSES DISTRITOS COMO QUIXABA, PE, POR EXEMPLO, DEIXAM DE SER DISTRITO DE CARNAÍBA E PASSAM A SER CIDADE. NO ENTANTO, IBITIRANGA CONTINUA SENDO DISTRITO DE CARNAÍBA ATÉ OS DIAS DE HOJE.

Sálvio Siqueira - Administrador

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LAMPIÃO E O CANGAÇO (DUBLADO E LEGENDADO)

https://www.youtube.com/watch?v=V5BYeitZt38

Publicado em 1 de ago de 2017
Video mostra como éra dura a vida no nordeste, e a criação dos cangaceiros.
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A BALA QUE QUASE MATOU MANUEL NETO


Por Antonio Corrêa Sobrinho

Não vejo, dentre os que mais corajosa e afanosamente combateram o cangaceiro Lampião, quem tenha sobrepujado Manuel Neto, o militar pernambucano da família Ferraz, de Nazaré dos Picos, também conhecido por Mané Neto, este que, só por causa do destino, que não permitiu, deixou de dar cabo de Lampião e nem por ele foi abatido. 

Da mesma forma que não vejo, no grupo destes destemidos comandantes militares, caçadores vorazes e contumazes de cangaceiros, quem mais se expôs ao perigo, arriscou-se mais e, agora quem se arrisca sou eu, feriu-se mais nas medonhas refregas com o chefe Lampião e seus comparsas, do que este mesmíssimo Manuel Ferraz Neto. 

Manuel Neto que, nos dias do cangaço, tanto se arriscou e, segundo alguns, pouco caso fez de sua própria integridade física durante os tiroteios, vivenciou o mais grave dos seus ferimentos, o qual quase o levou à morte, ironicamente bem longe dos campos de batalha nas caatingas, que se deu nos dias iniciais do mês de junho de 1945, quando, dentro da cadeia da cidade de Sertânia (antiga Alagoa de Baixo), município onde exercia o cargo de delegado regional, leva um tiro na barriga, conforme leio no jornal “O Diário de Pernambuco”, de 09 deste mês e ano.

Segundo a notícia, o destemido Manuel Neto prendera pessoalmente elevara à prisão um conhecido e perigoso ladrão de animais (nome não revelado), quando, num breve descuido da parte deste militar, o ladrão sacou de um revólver e, à queima-roupa, desferiu um tiro certeiro no abdome do capitão, prostrando-o. E que, diante da gravidade do ferimento, ele foi conduzido para o município de Pesqueira, em cujo hospital foi operado, onde se encontra em estado grave de saúde, mas apresentando melhoras, conclusão do informe. Recuperou-se, com certeza, o mais afamado dos caçadores de Lampião, temido e respeitado por este cangaceiro.

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VEM AÍ A GRANDE FESTA DA ALMA NORDESTINA !!!


Cariri Cangaço Fortaleza - 26 a 29 de Abril de 2018 - Fortaleza, capital do Ceará

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QUEM NÃO SE ORGULHA DE VER A BARRAGEM DO RIO MOSSORÓ ASSIM!


Por Pedro Paiva
Pedro Paiva e Graça Moura

Bom dia, estou muito feliz! Chegar na minha querida cidade Mossoró, ver a sangria da barragem no Centro da cidade, coisa que tinha acontecido no 2009. 

Glória Deus! Jesus e maravilhoso!


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BODEGAS SERTANEJAS.


Por Benedito Vasconcelos Mendes

Nas décadas de 1950 e 1960, a bodega do Seu Raimundo Galdino, localizada ao lado da igreja do distrito de Caracará, município de Sobral-CE, a quatro quilômetros da propriedade  do meu avô (Fazenda Aracati) era muito surtida e a única existente naquela vila. Ocupava a sala da frente da residência de seu proprietário. Não fechava para o almoço e funcionava de maneira ininterrupta, das cinco horas da manhã até às oito horas da noite. Funcionava inclusive nos domingos e feriados. Às vezes, abria de madrugada, quando algum freguês batia em sua porta, solicitando a compra de medicamentos para dor de dente, diarreia, dor de cabeça, vômito, febre ou azia, ocasião em que o Seu Raimundo Galdino oferecia as poucas opções do seu estoque de medicamentos populares (Cibalena, Cibazol, Melhoral, Sonrisal, Elixir Paregórico, Óleo de Rícino, Pílulas de Vida do Dr. Ross, Pílulas de Matos, Mercúrio Cromo e mais uns poucos outros remédios).

A frente do prédio era de duas portas e tinha um alpendre com um banco de carnaubeira deitada, sobre duas forquilhas de aroeira fincadas no chão. Embora a construção fosse de taipa, o piso era de cimento vermelho e a coberta de telhas  artesanais, com uma calha de estirpe de carnaubeira no beiral do alpendre, formando uma bica, onde, no período das chuvas, a meninada tomava banho. Nos fundos da bodega, ao lado das prateleiras de madeira, havia uma porta, que se comunicava com a residência do proprietário. No oitão da bodega tinha um poste de bambu, bem alto,  com uma antena de rádio na extremidade. No interior da bodega, sobre uma pequena mesa de pau-branco, estava um rádio Philips a válvula, ligado a uma bateria de caminhão, que só pegava na frequência AM (ondas médias e curtas), pois ainda não existia FM. O rádio da bodega funcionava o dia todo, com muito chiado, retransmitindo a programação da Rádio Iracema de Sobral. Só era desligado à noite, quando começava a Hora do Brasil.

O balcão de madeira, revestido com folha de zinco, exibia algumas moedas antigas furadas (pataca, cruzado e vintém), fixadas  por pregos na parte de cima do balcão. Na extremidade do balcão, uma passagem com dobradiças de couro, que permitia levantar o tampo do balcão, quando o bodegueiro necessitava sair para pegar algum produto pendurado nos caibros do espaço externo. A balança de pratos, a lâmina de cortar fumo de rolo, a guilhotina de partir rapadura, o rolo de papel de embrulho e a gamela com toicinho de porco salgado (sal preso) ficavam sobre o balcão. A pobreza regional era tão grande que a rapadura podia ser vendida em pedaços. Era comercializada por unidade, por banda (meia rapadura) ou ainda  por pedaço de  um quarto de rapadura. A lata de querosene (da marca Jacaré), com a bombinha de zinco, para bombear o querosene, acoplada a ela, localizava-se sobre um estrado de madeira no canto da parede.

Os gêneros alimentícios podiam ser comercializados no peso ou no volume. No litro eram vendidos farinha de mandioca, milho, feijão-de-corda e arroz-vermelho em casca. O litro era feito de madeira e tinha a forma quadrada. O produto era colocado dentro do litro, com o auxílio de um casco de cágado. O toicinho, a linguiça caseira, a carne de sol, a tripa de porco salgada, as carnes verdes (de bode, ovelha ou de porco), a banha de porco, o açúcar, o sal grosso, o café em grão,  a goma de mandioca e outros alimentos  eram vendidos por quilo. Comprava-se o sal grosso na bodega e em casa pilava-se no pilão, pois naquela época não existia sal moído. Seu Raimundo Galdino tinha muita prática de embrulhar com papel de embrulho, usando os dedos, os produtos vendidos, pois os gêneros alimentícios não eram acondicionados  em pacotes, tudo vinha à granel. Para o querosene tinha medidas apropriadas, feitas de zinco, que depois de cheias eram despejadas na garrafa do freguês, usando um funil de zinco. Cada residência tinha sua garrafa de comprar querosene, a qual era transportada pendurada no dedo indicador do freguês, pois a mesma  tinha um barbante amarrado no gogó, que terminava em laço, para pendurá-la no dedo. A manteiga de garrafa, o óleo de coco, o mel de abelha (jandaíra ou mandaçaia) e o mel de engenho eram comercializados em garrafas de 600 ml. A bodega vendia de um tudo, pois na vila não existiam lojas nem farmácias. Além de alimentos, lá se comprava ferragens (enxadas, pás, machados, facas, lamparinas, ralo de flandres para ralar milho verde, facões, pregos e arame farpado); remédios populares; aviamentos (elásticos, cianinhas, bicos, linhas, agulhas, botões etc); aspiral para repelir muriçocas; sabão da terra, sabonetes, creme dental, chinelas de rabicho de sola e de pneu (tiras de couro e solado de pneu de automóvel); louças de barro (panelas, potes, quartinhas etc); cestos de cipó; artigos feitos com palha de carnaubeira (chapéus, bolsas, esteiras, urus, vassouras, surrões e outros); urupemas; abanos;  cuias; cuités; gamelas; cochos e outros utensílios domésticos.

Parede e meia à bodega, morava Seu João Enfermeiro, um profissional da área da saúde que tinha muita habilidade e prática para curar as enfermidades dos habitantes daquela comunidade rural. Era um misto de enfermeiro, farmacêutico, dentista e de médico. Ele encanava braço, arrancava dente, aplicava injeção no músculo (não aplicava injeção na veia), costurava, com linha zero e agulha grande de coser tecidos, facadas e outros ferimentos e vendia meizinhas (raízes, folhas e outras partes de plantas medicinais, sebo de carneiro capado e banhas de animais, como banha de tejo, de raposa, de cobra cascavel, de galinha, de traíra, de cágado e de jia). A mulher do bodegueiro, Dona Ciça, era parteira e rezadeira, pois curava quebranto, espinhela caída, mau olhado, moleira caída e outras doenças de crianças. Ela também curava, no rasto, bicheiras dos animais, com suas rezas.

Uma coisa que me chamava a atenção era a convivência pacífica de  três animais que ficavam soltos, o dia todo, dentro da bodega, sem brigas. Uma gralha cancão para comer baratas, um gato para pegar ratos e um cachorro de estimação e guarda. Interessante que o gato e o cachorro eram adestrados para não comerem as carnes, toicinho e linguiça da bodega. Eles só se alimentavam em horário certo e dentro da casa do bodegueiro, nunca no interior da bodega. Também, o gato não perseguia o cancão.

A bodega do Seu Raimundo Galdino vendia doses de cachaça no pé do balcão, com tira-gosto de queijo de coalho. A cachaça vinha em ancoretas feitas de imburana, sobre lombos de animais, da Serra da Meruoca.

Seu Raimundo Galdino era um senhor de muito respeito, imprimia em sua bodega um ambiente familiar, onde mulheres e crianças faziam compras com segurança. Embora fosse um estabelecimento comercial de muita ordem e seriedade, não deixava de ser também o local onde as notícias e as fofocas chegassem em primeira mão. As novidades, como doenças, queda de cavalo, chifrada de touro brabo, coice de vaca, coice de burro ou de cavalo sofrido por algum membro da comunidade, primeiramente, eram noticiadas, de boca em boca, a partir do bodegueiro. Ele tinha prazer em comunicar, em primeiríssima mão, as novidades locais e as notícias que captava pelo rádio. Quando alguma mocinha da vila engravidava, também ele era o primeiro a saber, pois seu vizinho, João Enfermeiro vendia Cabacinha e Babosa para fazer chá para abortar e ele não se continha em não contar para o seu vizinho e compadre Raimundo Galdino o segredo precioso de quem comprava estas ervas. O bodegueiro sabia a vida de todos os habitantes da vila Caracará e vizinhanças.

Quase todas as compras neste ponto comercial eram feitas fiado, na caderneta, para serem pagas, semanalmente, no sábado à tarde, embora um cartaz pregado na parede anunciasse: FIADO SÓ AMANHÃ.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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"LAMPIÃO E O ESTADO MAIOR DO CANGAÇO"


Indicação bibliográfica. Livro raro. "Lampião e o Estado Maior do Cangaço", excelente livro de Hilário Lucetti e Magérbio de Lucena. Usado, em bom estado, preço R$ 110,00 com frete incluso. 

franpelima@bol.com.br e WhatsApp 83 99911 8286.

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FÉ EM CANUDOS


Indicação bibliográfica. "Fé em Canudos", excelente livro do Padre F. Montenegro. Novo. 239 páginas. 

Preço R$ 60,00. 

franpelima@bol.com.br e 
WhatsApp 83 99911 8286.


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