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quinta-feira, 8 de junho de 2017

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Serviço
“O Sertão Anárquico de Lampião” (de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016)
Valor do livro: R$ 50,00 (Frete fixo: R$ 5,00)

Através do e-mail anarquicolampiao@gmail.com
Informações: Luiz Serra – (61) 99995-8402 luizserra@yahoo.com.br
Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563leidisilveira@gmail.com
Fontes: 

https://tokdehistoria.com.br/2016/08/17/na-capital-federal-lancamento-do-livro-o-sertao-anarquico-de-lampiao-de-luiz-serra/

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NOVO LIVRO "ECOS NA LITERATURA E CINEMA NORDESTINOS"


Já está disponível este excelente livro  
"ECOS NA LITERATURA E CINEMA NORDESTINOS" 
da escritora Vera Figueiredo Rocha. 
São 278 páginas.
 Preço R$ 40,00. 
Levarei para Piranhas - Alagoas 
Dia 25 de Julho de 2015
Pedidos: franpelima@bol.com.br

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JOSÉ LEITE DE SANTANA O CANGACEIRO JARARACA

Por José Mendes Pereira
Jararaca ao centro da foto

José Leite de Santana, conhecido por "Jararaca" nasceu no dia 5 de maio de 1901, em Sertânia no Estado de Pernambuco, mas foi registrado em Buíque no mesmo Estado, tendo sido assassinado na cidade de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, em 18 de junho de 1927). 

Túmulo do cangaceiro Jararaca

O cangaceiro Jararaca fez parte do bando de cangaceiros do afamado capitão Lampião, porém, entre 1920 e 1926, foi soldado do exército brasileiro, onde participou da Revolta Paulista de 1924, sob o comando de Isidoro Dias Lopes, mas deixou a farda para entrar para o cangaço, com uma participação neste grupo, bastante curta, pois no ataque à cidade de Mossoró, em junho de 1927, foi preso e justiçado (morto sumariamente sem julgamento, após 5 dias de prisão) pelo soldado João Arcanjo.

Túmulo do cangaceiro Jararaca

Em Mossoró, acredita-se que o cangaceiro Jararaca é um santo, pois antes de morrer, arrependeu-se dos crimes praticados,  e depois de morto, credita-se a ele algumas graças alcançadas, portanto, é considerado um santo popular na região de Mossoró.

Túmulo do cangaceiro Jararaca

Não se sabe se isto é real ou apenas admirado por pessoas bastante religiosas, que mesmo sabendo que ele foi um dos cangaceiros mais cruéis do bando de Lampião, confiam nele como um santo.

O escritor João de Sousa Lima visitando o túmulo do cangaceiro Jararaca

Acreditar que ele é realmente "santo" depende da fé de cada um, e sendo santo ou não, seu túmulo no Cemitério São Sebastião em Mossoró, é o mais visitado, principalmente no dia de finados. 

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QUANDO O AMANHÃ CHEGAR

*Rangel Alves da Costa

Li num cartão postal que a noite está terminando. E agradecido está por mais um dia vivido e vencido. Igualmente assim quando chegar o amanhã.
Se o amanhã chegar...
O amanhã aqui referido não diz respeito somente ao dia seguinte. Mas um amanhã significando todas as manhãs e dias da existência, enquanto sobre a terra existir.
Se este amanhã chegar...
Um amanhã que dure daqui a um, dois, cinco, dez, vinte, trinta anos ou mais. Um amanhã que seja a permanência entre as flores e os espinhos da estrada, entre as alegrias e os sofrimentos.
Mas se este amanhã chegar...
Mas supondo que este amanhã vá chegando a cada dia e assim se prolongue por muitos anos, que seja um amanhã refletindo a idade e a experiência alcançadas e não a angústia daquilo que não possível ser feito no passado.
Mas somente se este amanhã chegar...
Quando o amanhã chegar e se o amanhã chegar, haverá em mim um espelho refletindo tudo já conhecido e um girassol voltando suas pétalas à luz de cada instante presente.
Se o amanhã chegar...
Se o amanhã chegar e neste amanhã, que seja daqui a trinta ou cinquenta anos, certamente que não ocultarei a idade, a fragilidade, a dificuldade do passo nem a lágrima que sozinha descerá pelo rosto enrugado.
Mas só se o amanhã chegar... 


Se o amanhã chegar e um menino se aproximar com olhar estranho perante a velhice, compreenderei o seu espanto, porém sem qualquer vontade de lhe explicar o porquê de a vida ser assim. Desejarei apenas que alcance o mesmo amanhã.
Mas somente se o meu amanhã chegar...
Quando o amanhã chegar e no meu caderno de vida ainda restarem algumas páginas, nada mais escreverei senão sobre a felicidade de ter tanto vivido. Nada que faça recordar as angústias e aflições, mas somente as conquistas.
Se este amanhã chegar...
Quando o amanhã chegar e na minha cadeira de balanço ao entardecer de calçada eu estiver, não vou querer avistar horizontes com olhos entristecidos nem abrir velhos baús para relembrar o que me faça espantar o prazer do momento.
Se o amanhã chegar...
Quando o amanhã chegar e a vividez do meu pensamento ainda puderem buscar retratos de alegrias e contentamentos, então outra coisa eu não farei senão sentir ainda beijando bocas, abraçando corpos, acariciando seios, sugando sexos, tendo incontidos prazeres.
Mas apenas se o amanhã chegar...
Quando o amanhã chegar ainda não serei totalmente envelhecido se ainda sentir na boca o gosto do pirulito, o sabor da cocada, o prazer de um bolo de leite. Se sentir como se correndo nu pelas ruas em dias de chuvarada, dando batim das pedras grandes do riachinho.
Se o amanhã chegar...
Quando o amanhã chegar, ainda que nada mais possa realizar a partir do físico vigor, ainda assim feliz estarei pelo muito que sonhei, pelo muito que realizei, pelo muito que construí em meu nome e para o próximo.
Mas só se o amanhã chegar...
Se o amanhã chegar, mesmo que a solidão seja fiel companhia, jamais soltarei o braço de minha tão bela amada, jamais deixarei de estar juntinho dela e dizendo “te amo, te amo e te amo...”.
Mas somente se o amanhã chegar, pois se o amanhã não chegar, então que reste no epitáfio: Viveu!

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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HOTEL ESTRELADO

Por Aderaldo Luciano

Em algum ano da década de 80, eu, menino ainda, pude entrar pela primeira vez em um hotel estrelado e entender o que era aquela possibilidade de prazeres inacessíveis a mim, mas por breve modorna, ali sob a mira de meus olhos. O Hotel Bruxaxá, plantado em um minarete da serra, dando para o vale eterno que nos levaria a João Pessoa, era o símbolo de nossa pujança, da pujança cultural do que foi a "terra da cultura", Areia, no brejo paraibano.



Nas paredes de seu saguão, devidamente enquadrado em metal e vidro, estava um poema de Carlos Pena Filho, com pranchas desenhadas por Wilton de Souza, dispostas as pranchas uma ao lado da outra de forma que por toda a parede podíamos ler o poema como em frames cinematográficos. Nunca esqueci os versos, nem os desenhos. Tentei decorá-los para cantar na viola. Naqueles tempos, eu não sabia que aquilo era uma publicação, era um livro cujas páginas se transformaram em quadros.



O Hotel Bruxaxá foi sugado em toda sua beleza, tudo que produziu foi chupado para o nada. O prédio continua lá, amarrado numa pendenga judicial, abandonado ao mato, sujo e soterrado. 



Quando o amigo Luiz Fernando Prôa postou em seu perfil o resgate dessa obra Episódio Sinistro de Virgulino Ferreira, prestes a ser jogada no lixo, as imagens vieram de todo em minha cabeça e revivi toda a emoção do dia em que, ainda menino, como disse, li nas paredes do Bruxaxá tão bela obra.



Que estrada é essa que nos leva sempre ao reencontro? Pedi ao meu sobrinho, Lourivaldo Bernardo, digno cidadão areense, ainda residente na cidade, que conseguisse fotografar o espólio do hotel onde estivessem essas pranchas, agora com sua história completa para mim. E ele o fez. 



Graças ao Luiz Fernando e a Lourivaldo, fecho a porta de um galpão aberto há 32 anos. Nesse galpão aconteceu meu primeiro encontro com Carlos Pena Filho e Wilton de Souza. O nosso desastre cultural nos servirá algum dia para a consciência crítica.


Aderaldo Luciano

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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PADRE CÍCERO DO JUAZEIRO

POR PE. JOÃO MEDEIROS FILHO
Padre Cícero

“É inegável que o padre Cícero Romão Batista, no arco de sua existência, viveu uma fé simples, em sintonia com o seu povo e, por isso mesmo, desde o início, foi compreendido e amado por este mesmo povo”. Estas foram palavras do Cardeal Parolin, no documento de reconciliação do Patriarca do Juazeiro. Datada de 20 de outubro de 2015 (centenário da diocese do Crato), a carta foi enviada a Dom Fernando Panico, pelo Secretário de Estado do Vaticano, em nome do Sumo Pontífice. Recorda a incansável missão do padre Cícero no Nordeste e sua dedicação aos pobres e sofridos. Suas virtudes eram bem maiores que as limitações, sua fé e amor a Cristo suplantavam suas falhas, a misericórdia divina transbordava em seus atos e palavras. Daí, o reconhecimento do povo de Deus, que sempre o venerou ao longo do tempo, apesar da proibição da hierarquia eclesiástica, passados mais de oitenta anos de sua morte. Somos de um tempo, em que não podíamos batizar as crianças com o nome de Cícero. Não raro, tínhamos problemas na pia batismal. Por ordem das autoridades diocesanas, devíamos acrescentar um prenome (José, Francisco, Antônio, Manuel etc.) a Cícero. 

Em 1964, Dom José de Medeiros Delgado, então arcebispo de Fortaleza, lançou o movimento pela reabilitação de Padre Cícero. Constituiu uma comissão composta dos padres Azarias Sobreira, pesquisador e escritor, Murilo de Sá Barreto, pároco de Juazeiro e os sociólogos: Francisco Cartaxo Rolim, frade dominicano e Eugênio Collard, professor da Universidade de Louvain (este último serviu à arquidiocese de Natal, durante três anos), auxiliados pelos historiadores Luís Sucupira e Renato Cassimiro. Tal equipe tinha como missão estudar o fenômeno do Juazeiro. O próprio dom Delgado dedicou-se à pesquisa e levantou a tese de que Padre Cícero “foi um incompreendido e mártir da disciplina eclesiástica”. O resultado de suas buscas consta de dois trabalhos publicados com os títulos: “Juazeiro, Padre Cícero e Canindé” e “Padre Cícero, o mártir da disciplina”, editados respectivamente em 1968 e 1970. O segundo tinha o intuito de comemorar o centenário da ordenação do “Santo do Juazeiro”. A partir desses levantamentos, começaram a aparecer estudos mais documentados, objetivos, menos apologéticos e negativos, dentre os quais podemos destacar: a acurada pesquisa do Monsenhor Sobreira “O Patriarca do Juazeiro” e a tese doutoral do brasilianista Ralph della Cava, intitulada “O milagre em Juazeiro”, defendida na Universidade de Columbia. Não é menos importante a dissertação de mestrado da Professora Luitgarde Cavalcanti Barros, apresentada à USP, que resultou numa valiosa obra: “Um estudo do movimento religioso de Juazeiro do Norte”. Padre Cícero não foi um teólogo, ideólogo, cientista político, filósofo, intelectual etc. Era, sim, um pastor do seu tempo sensibilizado com os problemas humanos e sociais de seus irmãos na fé. Não podemos nem devemos ideologizar as ações e o pensamento do venerável patriarca. É preciso fazer a leitura dos fatos e ver o personagem com os olhos da época e dentro do agir da Igreja do seu tempo.

Uma carta de padre Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva (que veio a ser o primeiro bispo do Crato) a Dom Joaquim José Vieira, datada de 01 de julho de 1903, deu novo rumo às pesquisas. Assim lemos no documento: “Tenho a honra de comunicar a V. Exª Revma. que levei ao conhecimento do Revmo. Padre Cícero Romão Batista o ofício de V. Exª. mandando aquele sacerdote suspender as obras da capela que estava construindo perto da povoação do Juazeiro e ele me respondeu que obedeceria prontamente a V. Exª, suspendendo o serviço, o que efetivamente fez”. Era a prova inconteste do espírito de obediência do Patriarca do Juazeiro, vítima de idiossincrasias, intrigas políticas e “invidia clericalis”. Segundo dom Delgado, um dos motivos de controvérsias, contribuindo para a exclusão de Padre Cícero, foi o seu desejo de criar uma diocese, no sul do Ceará, cuja sede não seria no Crato. Dom Delgado chegou a propor à Nunciatura Apostólica a ereção de uma prelazia eclesiástica na cidade de Juazeiro.

O Papa Francisco não apenas reabilitou – tratando da recuperação das ordens sacras que estavam suspensas – mas também o reconciliou, anulando qualquer oposição à ação pastoral de padre Cícero. Esta decisão reconhece como autênticas manifestações de fé cristã as romarias e devoção ao “Santo do Juazeiro”, possibilitando, deste modo, maior aproximação dos romeiros com a Igreja Católica. Para os devotos do Patriarca do Cariri, nada mais confortador. Neste tempo, conturbado por agruras, seca, problemas de toda espécie, a reabilitação de Padre Cícero é uma brisa do céu, um mimo e afago do Sumo Pontífice a nos mostrar a face da ternura de Deus. Assim se expressa o Papa Francisco: “A atitude do padre Cícero em acolher a todos, especialmente os pobres e sofredores, aconselhando-os e abençoando-os, constitui sem dúvida, num sinal importante e atual” daquilo que deve ser a Igreja, sacramento da misericórdia divina.



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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DE MOSSORÓ PARA O MUNDO POR ANCELMO GOIS



Enviado pelo poeta José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo

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CRÂNIO DE MARIA BONITA (Exumação)


Acessem o link abaixo e venham fazer parte do Grupo de estudos "O CANGAÇO". Conheçam a história e seus personagens.
Todos (as) estão convidados.


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HOJE, AINDA, NÃO CONSEGUIMOS FAZER POSTAGENS EM NOSSO BLOG.


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