Gratidão a Deus e a todos que compareceram ao lançamento do meu 3⁰ livro, na Livraria do Luiz. "Lugares de Memória" do Cangaço, reuniu familiares e amigos que estavam tão distantes! Um beijo no coração de cada um.
Nos onze anos que passei pesquisando para escrever “Lampião – a Raposa das Caatingas” (que já está na 4ª edição), colhi muitas informações sobre a rica história do Nordeste. Concebi então a ideia de produzir uma trilogia que denominei NORDESTE – A TERRA DO ESPINHO.
Completando a trilogia, depois da “Raposa das Caatingas”, acabo de publicar duas obras: “Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste” e “Capítulos da História do Nordeste”.
Na segunda obra – Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste –, sistematizei, na ordem temporal dos fatos, as arrepiantes lutas de famílias, envolvendo Montes, Feitosas e Carcarás, da zona dos Inhamuns; Melos e Mourões, das faldas da Serra da Ibiapaba; Brilhantes e Limões, de Patu e Camucá; Dantas, Cavalcanti, Nóbregas e Batistas, da Serra do Teixeira; Pereiras e Carvalhos, do médio Pajeú; Arrudas e Paulinos, do Vale do Cariri; Souza Ferraz e Novaes, de Floresta do Navio; Pereiras, Barbosas, Lúcios e Marques, os sanhudos de Arapiraca; Peixotos e Maltas, de Mata Grande; Omenas e Calheiros, de Maceió.
Reservei um capítulo para narrar a saga de Delmiro Gouveia, o coronel empreendedor, e seu enigmático assassinato.
Narro as proezas cruentas dos Mendes, de Palmeira dos Índios, e de Elísio Maia, o último coronel de Alagoas.
A obra contempla ainda outros episódios tenebrosos ocorridos em Alagoas, incluindo a morte do Beato Franciscano, a Chacina de Tapera, o misterioso assassinato de Paulo César Farias e a Chacina da Gruta, tendo como principal vítima a deputada Ceci Cunha.
Narra as dolorosas pendengas entre pessedistas e udenistas em Itabaiana, no agreste sergipano; as façanhas dos pistoleiros Floro Novaes, Valderedo, Chapéu de Couro e Pititó; a rocambolesca crônica de Floro Calheiros, o “Ricardo Alagoano”, misto de comerciante, agiota, pecuarista e agenciador de pistoleiros.
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Completo a trilogia com Capítulos da História do Nordeste, em que busco resgatar fatos que a história oficial não conta ou conta pela metade. O livro conta a história do Nordeste desde o “descobrimento” do Brasil; a conquista da terra pelo colonizador português; o Quilombo dos Palmares.
Faz um relato minucioso e profundo dos episódios ocorridos durante as duas Invasões Holandesas, praticamente dia a dia, mês a mês.
Trata dos movimentos nativistas: a Revolta dos Beckman; a Guerra dos Mascates; os Motins do Maneta; a Revolta dos Alfaiates; a Conspiração dos Suassunas.
Descreve em alentados capítulos a Revolução Pernambucana de 1817; as Guerras da Independência, que culminaram com o episódio do 2 de Julho, quando o Brasil de fato se tornou independente; a Confederação do Equador; a Revolução Praieira; o Ronco da Abelha; a Revolta dos Quebra-Quilos; a Sabinada; a Balaiada; a Revolta de Princesa (do coronel Zé Pereira),
Tem capítulo sobre o Padre Cícero, Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos, o episódio da Pedra Bonita (Pedra do Reino), Caldeirão do Beato José Lourenço, o Massacre de Pau de Colher.
A Intentona Comunista. A Sedição de Porto Calvo.
As Revoltas Tenentistas.
Quem tiver interesse nesses trabalhos, por favor peça ao Professor Pereira – ZAP (83)9911-8286. Eu gosto de escrever, mas não sei vender meus livros. Se pudesse dava todos de graça aos amigos...
O texto abaixo foi publicado originalmente no blog História pelos Cantos pelo jornalista Robson Leite, em 19 de setembro de 2021 e republicado em 22 de novembro de 2022 por ocasião da morte de Pablo Milanés.
“Yolanda” é a original, enquanto que “Iolanda” é a versão brasileira. Por trás dessas canções, dois gênios da música latino-americana: Pablo Milanés e Chico Buarque. Vou contar primeiro quem é essa mulher que inspirou versos tão apaixonados e depois explico como que o Chico entrou nessa história.
Produtora de cinema e TV em Cuba, Yolanda Benet era a esposa de Pablo em 1970. Ela acabara de dar à luz Lynn, a primeira filha do casal. Mas o cantor e compositor não pode estar presente ao parto por causa do trabalho. Milanês tinha apresentações agendadas longe de Havana.
Foram apenas alguns dias longe da família. Mas a saudade da esposa e a vontade de estar ao lado dela naquele momento tão especial, inspiraram o poeta. E, quando finalmente retornou, tinha escrito uma das canções mais lindas e românticas do mundo.
Esto no puede ser no mas que una canción Quisiera fuera una declaración de amor Romantica sin reparar en formas tales Que ponga freno a lo que siento ahora a raudales
Te amo Te amo Eternamente te amo
Si me faltaras no voy a morirme Si he de morir quiero que sea contigo
Mi soledad se siente acompañada Por eso a veces se que necesito Tu mano Tu mano Eternamente tu mano
Cuando te vi sabia que era cierto Este temor de hallarme descubierto Tu me desnudas con siete razones Me abres el pecho siempre que me colmas De amores De amores Eternamente de amores Si alguna vez me siento derrotado
Renuncio a ver el sol cada mañana Rezando el credo que me has enseñado Miro tu cara y digo en la ventana
O casamento não durou muito, cinco anos somente. Mas a canção taí, até hoje, fazendo muita gente suspirar. Em entrevista à Marie Claire brasileira, Benet deu o seguinte depoimento:
“Conheci Pablo na casa de um amigo comum, em Havana. Eu tinha 23 anos e era continuísta de cinema. Casualmente, três dias depois começamos a trabalhar juntos em um filme e nos apaixonamos. Pablo compôs Yolanda quando nossa primeira filha tinha dez dias. Ficou chateado por ter de viajar.”
“Quando regressou, trouxe a canção. Eu estava com Linn nos braços, dando-lhe o peito, e ele me disse: ‘Olha o que fiz para você’. Pegou o violão e cantou ‘Yolanda’. (…) Pensei que aquela canção era algo íntimo, que só eu poderia compreender o que Pablo estava dizendo. Mas parece que ele fez com tanto amor que todos são capazes de entender (…)”
Pablo Milanés é um dos cantores e compositores mais influentes de Cuba. Foi um dos precursores do movimento Nueva Trova ao lado de músicos alinhados a temas políticos e sociais, conectados a movimentos populares no Chile, Argentina e também no Brasil.
Nesse contexto, conheceu Chico Buarque.
O brasileiro fora a Cuba como convidado pela Casa de las Americas para ser jurado num concurso literário. Ficaram amigos e passaram a gravar canções e mesmo versões de canções um do outro.
Marcando mais uma passagem de Pablo pelo Brasil em 2014, o Correio Brazilense relembrou Chico em Cuba: “sentou-se ao lado do colombiano Gabriel García Márquez e de outros intelectuais latinos. Na plateia, a então esposa Marieta Severo acompanhava o evento. Pouco depois, de volta ao Brasil, Chico e Marieta foram detidos pela polícia e obrigados a prestar esclarecimentos acerca daquela visita(…)”
Em 1978, Milton Nascimento e Chico Buarque gravaram “Canción por la Unidad Latinoamericana” que foi incluída no disco “Clube da Esquina 2”.
Buarque também gravaria “Como se Fosse a Primavera”, em espanhol e numa versão em português dele mesmo, com a participação do próprio Milanés.
Só em 1984 finalmente surgiu uma versão em português para “Yolanda”. A letra de Chico é bem fiel à proposta original de Pablo Milanés em fazer uma declaração de amor à então esposa. Pra facilitar, por aqui ficou “Iolanda”, com “I” mesmo.
E a primeira gravação saiu num disco da cantora Simone.
Foi em “Desejos” (1984) que ela e Chico gravaram um dueto memorável e apresentaram ao público toda beleza da poética de Pablo, com uma tradução quase fiel e com a sensibilidade costumeira de Chico Buarque de Hollanda.
Uma ou outra palavra foram alteradas para soar melhor em português.
Foi um sucesso imediato. Em entrevista a um programa de TV, Simone revelou que “Iolanda” não sai do repertório dos shows dela desde então. A cantora disse ainda que considera a versão de Chico mais bonita que a letra original. “Iolanda” cativou tanto o público que tornou-se a canção a mais executada de todo repertório de Chico Buarque.
Pablo Milanés veio diversas vezes ao Brasil, gravou inclusive disco por aqui. Em 1986, fez uma aparição inesquecível no global “Chico & Caetano”. Como não poderia deixar de ser, ele e o filho do seu Sérgio cantaram juntos o grande sucesso de suas vidas.
A canção foi regravada por artistas de diversos países, como Guadalupe Piñeda (México), a Orquestra Guaycán (Colômbia) e ainda a Danza Invisible (Espanha). No Brasil também houve regravações marcantes.
Há uma muito bonita de Ney Matogrosso em 1998, incluída no DVD da turnê do cantor pelo Brasil em 2019.
Outra regravação muito lembrada é a dos sertanejos Christian & Ralph que está no show Acústico (CD e VHS) da dupla, também de 1998, mas que seria relançado em DVD em 2004.
Por essas e outras, é que a tal da “Yolanda” não sai da nossa cabeça.
Robson Leite, dono do blog História pelos Cantos, é jornalista e publicou esse texto em 19 de setembro de 2021
1848 -
Lucas da Feira, ao ser preso, é levado à Corte Imperial, a pedido de D. Pedro
II, que desejava conhecê-lo antes que fosse enforcado em Feira de Santana (BA).
1848 – Em
28 de Janeiro foi preso o cangaceiro Lucas da Feira, o Nego Lú. Posteriormente
foi julgado e condenado à morte em forma de
enforcamento. - Fonte: http://portaldocangaco.blogspot.com
* - 1849 - Em 23
de Janeiro, após ter sido alvejado com um tiro no braço, o
perigoso e afamado cangaceiro Lucas da Feira foi preso. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Feira_de_Santana
* - 1849 -
Em 25 de Setembro Lucas da Feira, o mais célebre bandido de seu tempo, foi
enforcado num patíbulo erguido no campo do gado de Feira de Santana.
Segundo informação que adquiri em minhas simples pesquisas sobre cangaço e outros assuntos (não disponho da fonte, vez que esta está por alguns anos adormecida em meu desorganizado acervo), o médico Dr. Octacílio Macêdo ficou famoso ele e a entrevista que conseguiu com o capitão Lampião, quando esteve em Juazeiro do Norte em março de 1926, na cidade de Juazeiro do Norte. Era excelente orador e jogador profissional de baralho, mas a sua grande vocação e paixão mesmo era o jornalismo.
Patrono da cadeira nº 13 do Instituto Cultural do Cariri. Foi a melhor entrevista concedida pelo famoso cangaceiro. Os irmãos Macedo tinham mesmo uma tendência a envolver-se com o Lampião.