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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

MAIS UM ORGULHO NACIONAL

Por Clerisvaldo B. Chagas, 16 de dezembro de 2016 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.607

Outra grande notícia que envaidece o brasileiro e ainda na área militar. As primeiras foram o submarino atômico, a construção de navios de guerra em  território nacional, os caças, submarinos convencionais e o satélite nosso. Agora é anunciado o maior avião militar fabricado no país e em fase de testes.

KC-390. Foto: (G1. Divulgação).

Trata-se do cargueiro KC-390 de 87 toneladas que pode alcançar 870 km/h e levar 80 soldados. “Foram sete anos de estudo em parceria com Argentina, Portugal e República Tcheca para desenvolver o protótipo. Quando ele chegar ao mercado concorrerá com o Hércules C-130 fabricado nos Estados Unidos”. Veja o que disse o piloto de testes Márcio Brisola Jordão: “A sensação é maravilhosa. Além de a gente ficar orgulhosa de estar voando no avião mais pesado, maior, com maior capacidade, já produzido no Brasil, a gente fica orgulhosa de ver como o avião é fácil, agradável, gostoso de voar, apesar do tamanho”.

Ainda o piloto: “Além de busca e salvamento, reabastecimento em voo, pouso em pistas não preparadas ou semipreparadas, pouso na Antártida. É um avião fantástico, com uma gama variadíssima de missões”.

Para ganhar certificação a ser vendido, faltam mais dois anos de testes, mas a FAB já comprou 28 aeronaves que devem ficar prontas em 2018.

Segundo a Embraer, os pedidos no mundo poderão chegar até 500 aeronaves. Já pensou na economia ao comprar aviões aqui e não nos Estados Unidos e ainda o dinheiro das vendas para o exterior?!

“Vamos buscar uma fração importante desse mercado que é bastante bem distribuído no mundo. Cerca de 80 países repartem essa demanda. É a marca brasileira para o mundo inteiro, com certeza”, frase do diretor do programa KC-390, Paulo Gastão.

Continuam as boas notícias em todas as áreas como Medicina, Astronomia e Robótica que se diluem nos meios dos alarmes sobre corrupção e violência. Os jornais endoidam e colocam as besteiras do dia a dia policial – e  que  antes ficavam na última página – em  manchetes da primeira. Mas, nem tudo está perdido. “Fé em Deus e pé na tábua”, diz o caboclo nordestino.

Fonte: G1. (divulgação – 16.12.2016). Adaptado.


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A NOITE DO LOBO

*Rangel Alves da Costa

A noite do lobo é também a noite do homem. Não de todo lobo. Não de todo homem. No animal ou na pessoa há de existir todo um contexto propício para se reconhecer dentro da noite do lobo. E na noite do lobo sempre a solidão, a angústia, o sofrimento, a saudade, a mais triste desolação.

Os lobos são animais noturnos. Até se torna fácil imaginá-los por cima dos montes, com a cabeça voltada pra lua, seus dentes afiados sobressaindo e os uivos, os longos e tristes uivos sendo ecoados. Mas por que os lobos uivam tanto e sempre procuram lugares bem altos, geralmente rochedos e montanhas, para expressar sua solidão? Não seriam de tristeza, aflição, angústia, desespero, dor do abandono, os uivos dos lobos?

Dizem que os lobos uivam para espantar as dores, angústias e aflições aprisionadas dentro do peito, para se fazer ecoar nas sombras da noite, para gritar seus lamentos nas montanhas enluaradas. Mas dizem também que os gemidos altos e estridentes nada mais são do que o mais angustiante e doloroso brado de um coração que não mais tem por quem clamar.

Mas outros, talvez pretendendo negar o poder sentimental dos lobos, dizem apenas que o uivo é o meio através do qual eles mantêm contato entre si. Contudo, não negam que esses sons, muitas vezes assustadores aos ouvidos humanos, são emitidos para manifestar os mais diversos sentimentos. Daí reconhecerem que os lobos possuem outras motivações nos seus lamentos. Ressentem-se das saudades e relembranças, mas a principal delas é mesmo a necessidade de gritar contra as agruras do mundo.

O uivo gritante dos lobos contra as asperezas da realidade ecoa com feições de revolta, de indignação, de enraivecimento, repulsa, ira, enojamento, fúria, insurreição, insurgência; enfim, tudo aquilo que possa se resumir numa única sentença moral: Não aceitar a realidade como ela está sendo, impiedosamente, imposta. Então o lobo faz de seu grito um brado dizendo não, uma forma de negar o seu contentamento com a realidade.


Diante do que foi dito acerca dos lobos selvagens e seus uivos, urge perguntar: Por que tantas pessoas sobem nas montanhas, em noites do mais cortante entristecimento? Por que parece se ouvir gritos, ruídos, lamentos, chamados aflitos, verdadeiros uivos de lobos solitários? Por que parece que faces se voltam pra lua e corpos de braços abertos querem encontrar significados para suas noites, seus instantes de solidão, suas vidas solitárias?

Não possuem caninos afiados, não assustam, não são apavorantes como os lobisomens nem selvagens quanto os lobos, mas verdadeiras matilhas vagam pelos ares da noite procurando aquilo que não conseguiram encontrar durante o dia. O dia inteiro na esperança de uma lembrança ao anoitecer, um telefonema, um encontro marcado, um toque na porta e nada.

Ora, pessoas tão normais, tão alegres, fagueiras, parecendo sempre felizes e contentes e basta se aproximar o anoitecer e vão se transformando totalmente. Mas também todo mundo sabe que as angústias, as dores da solidão e outros sentimentos não andam tão visíveis assim pelos rostos.

Talvez seja por isso que todas as feições exteriores de determinadas pessoas, inclusive suas roupas, seus pertences e seus luxos nada mais são do que falsas couraças encobrindo ou tentando esconder verdadeiros lobos que não veem a hora da noite chegar, a lua descer suas cores de abandono, para subirem nas suas montanhas para os uivos de sempre.

Talvez nem fechem bem as portas atrás de si para se transformarem em lobos. Ali à frente, logo ao primeiro olhar, na montanha mais alta do quarto, da sala ou da varanda, estará sempre a lua repousando sobre a fotografia, sobre a carta esquecida em cima da escrivaninha, sobre os restos de um amor que nunca foi esquecido. E então vão surgindo os uivos, os tristes uivos de lobos tão solitários.

E as matilhas vão vivendo os seus dilemas, buscando suas explicações, como se aqueles uivos molhados de uísque, cheios de fumo dos cigarros, molhados pelos lenços que se espalham ao redor, fossem trazer respostas.

Nunca trazem porque as montanhas sempre estarão no mesmo lugar à espera de seus lobos e estes animais indomáveis parecem não querer conhecer outras paisagens que transformem seus gritos em leves cantos nem passear pelos trigais que tão belamente brilham ao anoitecer.

Noites assim, de lobos e homens, de uivos e gritos. Enquanto a lua brilha ou se esconde por trás das nuvens, as vastidões distantes e os quartos fechados ouvem e sentem suas presenças. Quase um lancinante miado agourento de gato em cima do telhado, mas apenas o lobo na sua noturna dor.

Escritor
Membro da Academia de Letras de Aracaju
blograngel-sertao.blogspot.com

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O BOM É VOCÊ - A BUSCA DA CORREÇÃO, BONDADE E JUSTIÇA



Por Sergio Levy
José Rogério Dias Xavier

Nascido em 23 de outubro de 1943, no sítio Candeia, na época distrito de Martins, depois de Lucrécia e hoje Frutuoso Gomes, Rogério Dias era o quarto filho dos catorze do casal de agricultores Osmídio Xavier da Fonseca e Tertulina Dias Xavier. Onze deles nascidos nesta localidade e os últimos três já em Mossoró, aonde chegaram em 1954 com o objetivo de oferecer mais condições de estudos e de vida a todos da prole.

A terra de mais de 500 hectares ficou na responsabilidade de moradores, em regime de meia, mas seu Osmídio estava presente quinzenalmente para acompanhar a produção. Descia do trem uma estação antes da de Frutuoso Gomes e pegava uma canoa que atravessava a lagoa de Lucrécia e o deixava pertinho da casa do Sítio. Na bagagem de volta sempre trazia as riquezas da produção: rapadura, feita no próprio engenho de cana; farinha provinda da roça e produzida na Casa de Farinha; queijo de coalho e de manteiga provenientes do rebanho; batata doce e frutas como manga, banana e goiaba.

Quando ainda em Candeia, Rogério estudou a Cartilha do ABC com a professora Ritinha, ainda viva e morando em Martins. Seu primeiro colégio foi o 30 de Setembro, já em Mossoró, onde hoje funciona a Faculdade de Enfermagem. O pai havia alugado ao Sr. Raimundo Filgueira não só a casa na rua Venceslau Braz, próximo ao já existente Abrigo Amantino Câmara, como também sua torrefação, que funcionava no prédio vizinho de esquina.

Durante três anos a família de Rogério produziu e vendeu não só café como ainda corante para alimento, milho de mungunzá, massa de cuscuz e um produto que era conhecido como o chá de burro. “Era uma mistura dos grãos de café com os de milho que torrávamos, moíamos e muita gente comprava devido o preço ser mais acessível. Mas todo mundo sabia do que se tratava, além de ser um alimento rico e de gosto agradável, sucesso de vendas por um bom tempo na cidade”, conta.

Lembra também de uma vizinha em particular, a professora D'Alva Estella Nogueira Freire, patronesse do conservatório de música da UERN, que com sua voz marcante cantava e tocava piano e violino com maestria, para delícia dos ouvidos da vizinhança. No final de 1956, a família mudou a torrefação para um armazém que ficava no fundo da casa em que foram morar na rua Marechal Floriano, nos Paredões. Rogério ajudava o pai em todos os serviços e passou a estudar no Colégio Dom Bosco, da professora Dagmar Filgueira, quando ainda funcionava em uma casa de taipa na rua Machado de Assis. Terminou o ensino médio na Escola Estadual, no anexo instalado na ESAM.


SOMENTE QUANDO o pai fechou definitivamente seu negócio é que Rogério foi trabalhar em outras empresas. Primeiramente na C. Martins e Cia, de Hugo Freire Pinto, Apolônio Filgueira e Nilson Chaves, que vendia eletrodomésticos. Em seguida na Farmácia Medeiros, de Elder Andrade de Medeiros, recém-falecido, localizada em frente à Praça do Pax, onde fazia de tudo, desde vender no balcão, até os serviços de limpeza e outros mandados.

Trabalhou também no Banco Mossoró, atendendo os clientes com as fichas datilografadas e as transações escritas na mão. Certa vez, lembra Rogério, viu um dos funcionários entrar e sair sorrateiramente da Caixa Forte, o cofre do banco, apesar das ordens expressas de que ali era proibida a entrada sem a devida permissão. “No final do expediente o gerente chama a todos e comunica que devido o desaparecimento de determinada quantia seria o valor descontado de todos os funcionários. Adiantei-me e disse que do meu não sairia um centavo, até porque sabia quem havia tirado o dinheiro”, disse.

O gerente então o chama para denunciar o autor. Ele, porém, colocou uma condição para resolver a questão. Pediu a garantia de que a pessoa não fosse demitida, pois precisava muito daquele emprego. Assim foi feita a negociação, após a aprovação dos diretores da instituição. Rogério chamou o colega de trabalho e explicou a situação, perguntando se ele ainda tinha o dinheiro, ao que ouviu que só tinha menos da metade, pois havia comprado um remédio para esposa. “Organizei com os demais funcionários uma cotinha para completar o montante e o fiz devolver tudo. Anos depois, em um acidente de lambreta no caminho para Baraúna, soube que ele havia falecido”, revela sem dizer o nome.

Saiu do banco devido este mesmo senso de justiça e correção que sempre teve. Desafiou a esposa de um dos cotistas do banco por causa de uma amiga dela que passava constantemente cheques sem os devidos fundos. A regra era que o funcionário que pagasse acabava no prejuízo, no mínimo com uma forte reclamação. Em certo momento, Rogério se negou a pagar um determinado cheque que chegara as suas mãos, comprando assim a briga que lhe custou o emprego. “Recebi a notícia no outro dia através de um amigo que, todo sem jeito, veio me comunicar sobre minha demissão. Só fiz da meia volta e fui embora. Sempre fui muito positivo em minhas ações e decisões”, revela.




ENTROU EM SEGUIDA na COMEMSA (Companhia Melhoramentos de Mossoró SA), empresa responsável pela distribuição de energia e telefonia da cidade. Rogério era telefonista e tinha decorado os números dos trezentos primeiros clientes da telefonia em Mossoró, na época cada um com três dígitos apenas. Também fazia ligações interurbanas para São Sebastião (Governador Dix-sept Rosado), Areia Branca, Caraúbas e Patu. Cidades que já tinham a ligação da energia elétrica por postes, por onde também era instalada a fiação telefônica. “Era só conectar o plug correspondente a cada cidade”, conta.

A maior confusão no seu setor era quando se furava a fila dos pedidos de ligação. Questão resolvida quando o diretor da empresa baixou uma ordem dizendo que a partir daquela data estava expressamente proibido ‘furar a fila’ das ligações. “Ele ainda acrescentou: nem se for para mim mesmo vocês devem desrespeitar a ordem de pedidos”, lembra Rogério. 

Na semana seguinte, uma senhora importante da cidade liga e Rogério a atende. Queria uma ligação urgente para São Sebastião. Ele então comunica a cliente que quando chegasse a sua vez ligaria para ela direcionando a chamada. Irritada, perguntou se ele sabia com quem estava falando, exigindo que a ligação fosse feita de imediato. Ao negar descumprir as ordens da direção, Rogério se viu em meio a uma situação vexatória. O diretor desceu poucos minutos depois e perguntou a turma quem havia se negado a fazer a ligação daquela cliente. Rogério se apresentou e disse cumprir ordens dele mesmo. O diretor então o mandou fazer a ligação, ao que ele respondeu: “Sente-se nesta minha cadeira e se quiser faça o senhor mesmo”. Foi embora em seguida, para saber no outro dia que estava demitido.

Cansado de tentar ser honesto para servir aos outros, Rogério resolveu ser honesto para si mesmo. Entrou no mundo do empreendedorismo, abrindo primeiro uma serigrafia e, logo em seguida, uma escola de datilografia. Esta funcionava no prédio onde antes era a mercearia de seu Cali, na avenida Dix-sept Rosado. Calistrato Nascimento já havia falecido, mas Rogério namorava sua filha caçula, Célia Maria do Nascimento, o que facilitou as negociações para a escolha do local. Eles se conheceram em uma festa de Santa Luzia. Depois de nove anos de namoro casaram em 05 de abril de 1974. Tiveram três filhos: Janssen Klauss, advogado e funcionário da UERN; e os gêmeos bivitelinos Janssen Khallyo, advogado, e Janssen Kladno, contabilista e funcionário do INSS, especialista em previdência.
  


NESTA ÉPOCA, a família de Rogério foi toda morar em Natal, ideia de sua irmã Socorro Dias, que alugou uma casa por lá e um caminhão para levar a mudança. Ele foi o único que permaneceu na cidade devido os negócios que estavam dando certo. Continuou morando na casa próxima a Catedral de Santa Luzia, alugada a Osmídio Juvino, empresário que morava na capital. “Morei dezessete anos neste local, nove depois que minha família se mudou. Não morava só pelo fato de alugar quartos para amigos ou jovens que vinham estudar ou trabalhar em Mossoró”, conta. 

A escola Dat-Rápida estava de vento em popa, tanto que recebeu da professora Izaura Braga, a maior autoridade do ensino de datilografia no Brasil, autora de seu principal manual, ‘votos de que aquela escola seria em breve um modelo a ser seguido em cada estado brasileiro’. Rogério investiu no negócio, chegando a ter 70 máquinas de escrever e 600 alunos matriculados, funcionando das 6 às 22hs. Comprou e leu 13 manuais diferentes para criar o Manual da Dat-Rápida, que possibilitava fazer o curso em até um mês.

Até hoje guarda muitas das Fichas de Matrículas dos mais de 10 mil alunos que formou. Gente que acabou estabelecendo grandes negócios na cidade, como também pessoas das mais humildes, pois mais de 4 mil estudaram gratuitamente. “Sempre fui humano e caridoso acima de tudo. Nunca dei valor a dinheiro. Sensibilizava-me com os pais dos alunos que não tinham como pagar o curso e dava até o papel que eles usavam nas aulas”, confessa Rogério, demonstrando satisfação por ter feito.

Certa vez, um rapaz de Apodi chegou na cidade de uma hora da madrugada e ficou na Feira das Melancias, que ficava por trás da Catedral, até às cinco horas, quando foi bater na porta da Dat-Rápida. Rogério o recebeu e ouviu dele que precisava estar em São Paulo em 12 dias para assumir um emprego que um amigo havia conseguido, só que tinha um detalhe: precisava ser datilografo. Contou ainda que nas escolas de sua cidade ninguém pôde o ajudar e que estava ali pedindo para que seu problema fosse resolvido.

De imediato, o novo aluno foi matriculado, se formando cinco dias depois de passar por todas as etapas do Manual próprio da Dat-Rápida. Três meses depois o rapaz, que Rogério não lembra o nome, ligou para a escola agradecendo mais uma vez a colaboração e comunicando que no departamento de uma metalúrgica em Santo André, onde trabalhava, havia ficado em primeiro lugar como datilografo entre todos os 54 funcionários. “Esta história me dá muito orgulho, retrato das inúmeras boas lembranças que carrego daquela minha iniciativa”, explica. 
  


A ESCOLA ACABOU fechando em decorrência dos novos tempos, impossíveis de serem evitados. O computador estava chegando para ficar. Rogério foi diminuindo as máquinas, as emprestando para jamais cobrá-las de volta, pois não tinha como também voltar o tempo. Ficou apenas com a pioneira, uma Syemag alemã, para sua recordação pessoal. Já a serigrafia durou cerca de 24 anos. Era onde Rogério dedicava a maior parte de seu tempo, pois exercia a função de criador das peças publicitárias produzidas. “A melhor parte da minha vida, onde pude exercitar meu potencial criativo e também minha arte de desenhar”, explica.

Abriu também a Auge Publicidade, primeira agência de propaganda de Mossoró, ao lado do irmão Ivanaldo e de Nelson Rebouças. Tanta criatividade que algumas vezes causava muita confusão. Uma noite estava assistindo o jornal da TV Cabugi quando ouviu a notícia de que Mossoró havia registrado 37 casos de dengue. Rogério acamado com a doença, começou a contar quantas pessoas conhecidas estavam naquela mesma situação. Apenas perto de sua casa somou 35 pessoas, resolvendo assim produzir duas faixas com os seguintes dizeres: “Adquira já sua dengue hemorrágica por apenas uma picada do Aedes Aegypti e saia por aí se esvaindo-se em sangue.”

A assinatura das faixas ainda trazia em letras garrafais: MOSSORÓ, CAPITAL DAS EPIDEMIAS. Era o dia do aniversário do prefeito Dix-huit Rosado, que ao se deparar com a faixa colocada na Estação das Artes logo mandou a arrancar e ligou para o jornal Gazeta do Oeste denunciando a subversão, a agressão à democracia representada por aquela pouca vergonha. 

O jornal publicou no outro dia um texto denunciando os terroristas, sem saber de quem se tratava. Um advogado amigo de Rogério, no entanto, que acompanhava toda a celeuma, ligou para ele e perguntou: “Amigo, você tem algo a ver com estas faixas?”. Ao que ouviu Rogério responder: “Fui eu que escrevi, mandei fazer e colocar”, contou rindo. O negócio só não foi mais pra frente pelas ‘cobertas de panos quentes’ colocadas por vários amigos. 


ROGÉRIO APROVEITOU ainda toda sua capacidade de comunicação, irreverência e polêmica para enveredar no mundo da política, disputando duas eleições. Em 1976, ficou na primeira suplência de vereador. Já em 1982, foi o candidato a vice-prefeito na chapa do professor João Batista Xavier. Segundo ele, decidiu nunca mais ser candidato a cargo algum durante a apuração dos votos daquela eleição, que era feita de forma manual e onde viu acontecer tudo a favor de quem detinha o poder há décadas na cidade. “Algo seboso, nojento, que atrasa a sociedade privilegiando alguns poucos”, resume.

Colecionador de peças raras, Rogério possui em seu acervo diverso mais de 50 mil moedas antigas, uma ossada de baleia, artesanatos em madeira, decorativos, punhais raros, inclusive o que recebeu de presente do cangaceiro Asa Branca, que se tornou seu amigo, entre tantos e tantos outros objetos a decorar sua residência. Peças que decoravam também uma das suas maiores paixões: o restaurante Chap-Chap, onde teve a oportunidade de fazer muita coisa importante no mundo cultural.

“Abri o espaço antes mesmo de encerrar as atividades da serigrafia. O nome era uma homenagem a expressão dos americanos durante a segunda guerra quando se referiam a degustação, seja em locais de refeição, seja nos cabarés. Durante muitos anos foi point da alta elite cultural de Mossoró, com exposições diversas, música ao vivo, palestras educativas, cursos e até um ato ecumênico em lançamento de livro. 

Também era o lugar onde podia expor suas ideias sem ninguém colocar limites ou exercer poder de censura. As paredes decoradas com suas frases, retratava sua busca pela correção, bondade e justiça: “Me chamam de Fome, mas meu nome é... Desatenção”; “Porque tantas interrogações em nossas vidas, se a própria vida é a maior das interrogações”; “A insensibilidade não derrama lágrimas, não sente fome, não sente dor, não tem amor, não sente, não sente, não sente...”

Fotos: Pacífico Medeiros

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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MULHERES DO CANGAÇO CANGACEIRA MARIA DE PANCADA



O verdadeiro nome dessa jovem era Maria Adelaide de Jesus, era chamada de Maria Jovina por ser filha do senhor Jovino Nonato. Residia na zona rural do município de Santana do Ipanema, Alagoas. Foi roubada por Lino José de Souza conhecido no Cangaço pela alcunha de Pancada tornando se então cangaceira. Os dois já se conheciam e flertavam antes mesmo de Pancada se tornar cangaceiro. Foi roubada pelo mesmo em 1935 com apenas 14 anos de idade, passando a ser conhecida como Maria de Pancada no Cangaço. 


Uma polêmica que envolve o nome dessa cangaceira seria sua traição a Pancada com o cangaceiro Balão, que chegou a dizer em depoimento que manteve relações sexuais com a mesma por diversas vezes seguidas, durante uma viagem. 

O cangaceiro Balão

Depoimento esse que deve ser analisado com bastante cuidado. Pois o Cangaceiro Balão teve a tendência de mentir e aumentar os acontecimentos durante seus depoimentos. 

Maria de Pancada

Essa jovem participou das entregas juntamente com Pancada e seu subgrupo. O jornal A Noite do dia 14 de novembro de 1938 traz a reportagem sobre a entrega desse grupo de cangaceiros. Ao citado jornal, Maria Adelaide disse as seguintes palavras: “que não gostava da vida que levava, só acompanhando o amante sob ameaça. Fizera diversos planos para fugir, mais receava fosse morta por Pancada e sua família viesse a sofrer. Disse que ao sair de casa não gostava de Pancada, mais agora está gostando muito dele e é seu desejo se casarem assim que possam". 

Maria e Pancada

Outro fator que não podemos deixar de analisar é a mudança brusca da aparência física pela qual essa jovem passou durante sua estadia no Cangaço. Na foto de número 1 a mesma aparece com o rosto arredondado e com vitalidade. Na foto de número 2 que tirou antes da sua entrega, a mesma aparece em estado de extrema magreza mesmo estando grávida e com o rosto envelhecido e cansado. 

Na foto de número 3 que foi tirada durante a entrega do grupo de Pancada a polícia, percebam o ar de incômodo e tristeza dessa jovem. A vida no Cangaço para algumas mulheres representava a chance de liberdade, o sonho de uma vida melhor, pura ilusão e euforia. Pois a realidade era bem diferente. Violência, privações, perseguições, fome. Sorte dessa jovem ter escapado com vida, pois muitas mulheres como por exemplo Maria Bonita, Eleonora, Lídia, Enedina terminaram encontrando a morte no Cangaço.

ADENDO JOSÉ MENDES PEREIRA 

Apesar de não ser nenhuma autoridade no que diz respeito sobre "Cangaço" mas eu tenho esta mesma opinião da pesquisadora Noádia Costa: 

Veja a seguir o que eu penso clicando no link abaixo:

http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2012/04/o-cangaceiro-balao-enfeitou-as-suas.html

Fonte de Pesquisa: Lampião o cangaço e as mulheres
Jornal A Noite 14 de Novembro de 1938
Foto 1: Acervo Abba FILM
Foto 2: Cortesia Família Teodureto Camargo do Nascimento, postada no Blog dos Mendes
Foto 3 : Extraída do livro Estrelas de Couro

https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/

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RELATOS DO CANGAÇO

Por Pedro R. Melo

Sérgia da Silva Chagas, vulgo "Dadá" falou à revista "Realidade" fatos da sua vida no cangaço.

Após ter sido levada e violentada por "Corisco"

"— Eu não podia mais ver meus pais. Era "mulher de cangaceiro" e, se fosse a casa deles, eles seriam considerados coiteiros pela polícia. 

Mesmo assim, meus pais apanharam da volante, minhas irmãs de cinco e nove anos passaram frio e fome na cadeia, meus irmãos tiveram as unhas arrancadas. Minha mãe quase morreu de tanto desgosto. 
Enfrentando uma vida de tiros, correria e luta contra a polícia.

Às vezes, dormíamos em travesseiros recheados de dinheiro e não havia o que comer. Mas quando a polícia dava folga, tudo de bom se tinha, perfume, cavalos. Vivíamos como as mulheres da sociedade, ao pé do marido, como uma dona de casa."

Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Depois que eu me equivoquei, trocando um nome de um senhor por outro, fiquei com medo de afirmar as coisas quando não estou com a fonte  (livro) em mãos, para provar e indicar a página que faço as minhas observações sobre um determinado assunto. Por isso, não vou citar a fonte que fala sobre a ida de Dadá para o cangaço. 

Esta foto foi colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

Mas este autor afirma em seu livro que a cangaceira Dadá companheira do facínora Corisco, entrou para o cangaço por espontânea vontade, e não por ter sido raptada pelo o cangaceiro de quem seria primo. 

Se ela foi violentada pelo seu companheiro o Diabo Loiro, aí é outra história. 

Fonte: Revista "Realidade", maio de 1968.


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INVASÃO EM MOSSORÓ (PARTE 2)

Por Geziel Moura

Após deixar a Serra do Diamante, região de Aurora (CE), o bando de Lampião tendo como guia Massilon Leite, atravessaram os limites com o Estado vizinho, a Paraíba, sendo a primeira parada significativa o, então, povoado Canto do Feijão, atualmente Santa Helena (PB).


Segundo o escritor Sérgio Dantas... a escala no Canto do Feijão, era para realizar ajuste de contas, do cangaceiro Massilon Leite em Raimundo Luis do Nascimento, inspetor de quarteirão do pobre povoado, que havia matado certo "valentão" para o lado do município do Barro (CE), cuja família prometera, repetidamente, vingança contra ele, e Massilon foi fazer o "serviço".


Naquela época, a maior importância do povoado, era a presença da estrada de ferro Fortaleza - Recife, sendo que a casa de Raimundo Luis, localizar-se ao lado da estação, portanto, sua vigilância era da janela de sua própria casa.


O bando invadiu o povoado no inicio da tarde, daquele dia 9 de junho de 1927, a primeira vítima foi a caixa d´água da estação, para anunciar a chegada da tropa de meliantes, ato continuo, cercaram a casa do inspetor de quarteirão e a cabroeira, não deu vida boa a ele, por mais que D. Rosinha a esposa do Infeliz Raimundo Luiz pedisse pelo companheiro, não houve acordo, e este, além de ser torturado á base de punhais, foi executado com três tiros, findou-se o inspetor de quarteirão do Canto do Feijão.


Numa tentativa "Kamikaze" o auxiliar de Raimundo Luiz, chamado de Elisário ao ouvir a confusão, na rua do povoado, correu com revolver para a casa do chefe, em busca de armamento mais pesado, porém foi colocado fora de combate, com tiros de fuzis dos cabras, vindo da casa daquele.

Após alguns poucos roubos nas bodegas, do pobre lugar, e Lampião aborrecido da demora, pois esta causa não era dele, ordenou a retirada do bando, seguindo para os limites com o Rio Grande do Norte.

Continua...

https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/1695330307446140/?notif_t=group_activity&notif_id=1481831290603483

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DELMIRO GOUVEIA, A ANTIGA VILA DA PEDRA

 Publicado em 14-07-2016 por Ticianeli em Memória Urbana 
Vila da Pedra em 1929 com a igreja de 1920

O documento mais antigo sobre as terras onde hoje se encontra o município de Delmiro Gouveia remonta a 1769 e registra o leilão de diversas sesmarias realizado naquele ano em Recife. A sesmaria original envolvia ainda as terras que pertencem hoje a Mata Grande, Piranhas e Água Branca.

Companhia Agro Fabril Mercantil, produtora da linha Estrela, na Pedra

Foi o capitão Faustino Vieira Sandes quem arrematou as terras e nelas instalou uma fazenda de gado que deu origem aos primeiros núcleos de povoamento. A família Viera Sandes, com seus três irmãos, foram os primeiros habitantes das terras a terem seus bens registrados na Prefeitura Municipal.

O primeiro nome dado à cidade de Delmiro Gouveia foi Pedra e o povoado se constituiu a partir de uma estação da estrada de ferro da então Great-Western. A denominação Pedra veio de grandes rochas que existiam junto da estação.

Cachoeira de Paulo Afonso em 1875

Em 1871, o livro Geografia Alagoana de Tomaz do Bomfim Espíndolanão faz nenhuma referência a existência do povoado Pedra. Em 1897, no Almanaque Administrativo do Estado Alagoas, o local já aparece como um povoado do município de Água Branca.

Considerada uma povoação “muito florescente” em 1902, Pedra é apontada como “ponto da via férrea e estação para Água Branca e Cachoeira de Paulo Afonso” pelo Indicador Geral do Estado de Alagoas.

Moreno Brandão, em um artigo escrito para a Agência Brasileira e publicado no jornal Correio Paulistano em 2 de maio de 1930, noticia o falecimento em Maceió do Coronel Manuel Francisco Corrêa Telles, então com 85 anos, e informa ter sido ele quem fundou a localidade chamada Pedra.

Coronel Delmiro Gouveia

Em 1903 chegou à região, vindo de Recife (PE), o cearense Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, que se estabeleceu vendendo couros de bovinos e peles de caprinos. Segundo Félix Lima Júnior o empresário “encontrou apenas a estação da estrada de ferro e oito ou dez casas”.

Usina Angiquinho

Em 1913, começou a funcionar a usina denominada Angiquinho, fornecendo energia elétrica para todo o vilarejo. No ano seguinte ele instalou uma fábrica de linha com o nome de Companhia Agro Fabril Mercantil, atraindo para a região muitos moradores e trazendo o desenvolvimento. Em 1921, Delmiro Gouveia conseguiu dotar o lugar também de água canalizada, vinda da cachoeira de Paulo Afonso. A vila operária passou a ser conhecida como a “Pedra de Delmiro”.

Vila Operária da Pedra. Acervo Museu Delmiro

A fábrica proporcionou grande geração de empregos. A vila dispunha ainda de telégrafo, telefone, tipografia, capela, cinema, lavanderias, fábrica de gelo, grandes armazéns de depósitos e escola para crianças e adultos.

Os habitantes não pagavam pela água e pela luz consumidas, mas não podiam portar armas nem consumir bebidas alcoólicas. Quem jogasse lixo nas ruas recebia multa para preservar a limpeza pública. As casas dos moradores, com quatro cômodos, tinham um alpendre largo na frente.
Após o assassinato de Delmiro Gouveia, em 1917, os herdeiros não conseguiram manter a empresa por muito tempo. Em 1927, a firma pernambucana Menezes Irmãos e Cia. comprou as ações dos proprietários. Os novos empresários, sem o apoio necessário do governo, não conseguiram superar a crise financeira e restabelecer o funcionamento da fábrica. Enfim, em 1929, sem perspectivas de viabilidade, a fábrica e todos os acessórios foram vendidos à Machine Cottons, empresa britânica.


Delmiro Gouveia nos anos 60

O desenvolvimento o povoado da Pedra era tal que em 1922, o livro Terra das Alagoas registra que das 12 escolas de instrução primária instaladas no município de Água Branca, quatro ficavam na sede e seis na Pedra.

Neste mesmo período, o jornal de maior circulação na região era o Correio da Pedra, que foi criado em 1918 por uma associação local e era avaliado como “material e intelectualmente muito bem feito”.

A história registra como fato importante a visita do Imperador D. Pedro II à cachoeira, datada de 20 de outubro de 1859 e assinalada por um marco de pedra, erguido no local.

Dom Pedro II ao centro

Em 1938 foi criado o distrito com o nome de Pedra. Em 1945 foi mudada a denominação da vila para Delmiro Gouveia. O município, porém, só foi definitivamente desmembrado de Água Branca em 1952.

A principal atração do município é sua própria história, que pode ser pesquisada no Museu Delmiro Gouveia. Como beleza natural, a cidade ostenta parte do cânion do São Francisco.

Formação Administrativa

Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário em Delmiro Gouveia em 1983

Distrito criado com a denominação de Pedra pelo Decreto Estadual n.º 2.435, de 30 de novembro de 1938, subordinado ao município de Água Branca.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939 a 1943, o distrito de Pedra figura no município de Água Branca.

Pelo Decreto-lei Estadual n.º 2.909, de 30 de dezembro de 1943, o distrito de Pedra passou a denominar-se Delmiro.

Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950 o distrito de Delmiro figura no município de Água Branca.

Elevado à categoria de município com a denominação de Delmiro Gouveia pela Lei Estadual n.º 1.628, de 16 de junho de 1952, sendo desmembrado de Água Branca. Sede no atual distrito de Delmiro Gouveia. Constituído do distrito sede. Instalado em 14 de fevereiro de 1954.

Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960 o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014.


 http://www.historiadealagoas.com.br/delmiro-gouveia-a-antiga-vila-da-pedra.html

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BIOGRAFIA JOSÉ RIBAMAR PESQUISA E ORGANIZAÇÃO BIOGRÁFICA:

Prof. Ms. José Romero Araújo Cardoso

José Ribamar de Carvalho Alves nasceu em 16 de março de 1962 em Caraúbas/RN. Filho de José Alves Sobrinho (In Memorian) e Rosa Maria de Carvalho.

Seu pai era agricultor e sua mãe dona de casa. Provém de uma família de 10 irmãos:

Maria do Socorro, José Alves Filho, Maria Vilani, Maria da Saúde, Antônio Alves, Maria da Conceição, Maria Lúcia, Maria Betânia, José Odair e Francisco Alves (In Memorian).


É casado com Rita de Oliveira Carvalho, com quem tem quatro filhos:
Isaías, Itamar, Itamara e Taumaturgo. Netos: Érica Kauane, Luiz Henrique, Kaio Manoel e Maria Clara.

Antes de completar um ano de idade, foi levado de onde nasceu para morar no Sítio Boa Vista, município de Severiano Melo-RN, onde viveu sua mocidade, recebendo as primeiras lições do alfabeto da madrinha Cici Ferreira, em sua própria residência, na casa de fazenda no Sítio Boa Vista.

Depois, quando fazia o primeiro ano primário em um grupo escolar do povoado de Boa Vista, foi afastado da escola para ajudar seu pai no trabalho da roça.

Dezoito anos depois, a família foi morar no Sítio Baixa Branca município de Baraúna-RN, onde conheceu Rita de Oliveira, a mãe dos seus filhos.
Começou a cantar profissionalmente em 1983, com 22 anos de idade, já pai de dois filhos. Somente em novembro de 2001, começou a escrever e publicar poesias. 

Chegou a participar de Congressos e Festivais de repentistas nestas cidades abaixo citadas e outras mais. 
     
Planaltina-Goiás
Mossoró-RN
 Pombal-PB
Alto Santo-CE
Tabuleiro do Norte-CE
São José do Seridó-RN
Catolé do Rocha-PB
Martins-RN
Caicó-RN
Caraúbas-RN
Natal-RN
Touros-RN
Umarizal-RN e Lucrécia-RN.

Chegou a ganhar algumas premiações de primeiro lugar.
Com a criação de grupos de cantadores, acabou ficando de fora, então passou a escrever para continuar vivendo da profissão.

Foi titular de programas de Rádio:   

Na Rádio Centenário de Caraúbas/RN, em parceria com Chicó Gomes e Raimundo Lira, por mais de 3 anos.

Na Rádio Libertadora de Mossoró/RN, com Raimundo Lira, durante dois anos e quatro meses.

Na Rádio Rural de Mossoró/RN, com Raimundo Lira, durante um ano e seis meses.

Na Rádio Tapuyo de Mossoró/RN, com Severino Inácio, durante dois meses.

Por último na Rádio Rural de Mossoró/RN, com Raimundo Lira, por muito tempo, Programa-Violas e Repentes.

Participou de eventos culturais como:

Auto da Liberdade, Lançamento do Projeto Arca das Letras-Natal,
Projeto Quartinha Cultural da Petrobrás, Projeto Canto Potiguar,
FESTUERN, Por duas vezes.

Participou do prêmio fomento de literatura de cordel – edição 2006, tendo obtido a 2ª. Colocação. Participou do prêmio fomento de literatura de Cordel – edição 2007, tendo obtido a 6ª. Colocação.

Em 2010, teve o Cordel Pela Vida do Planeta escolhido pelo PNUD, Programa das Nações Unidas. Ainda em 2010, o Cordel Pela Vida do Planeta, foi contemplado pelo Ministério da Cultura através do Edital Patativa do Assaré.

Nos anos 2010, 2011 e 2012, foi contratado como artista, Pelo SESC de Mossoró-RN, durante feiras de livros.

Participou do prêmio fomento de literatura de cordel- edição 2011, tendo obtido o 1ª Colocação.

Participou do 1º Concurso de Literatura de Cordel da Biblioteca Municipal Belmonte – Edição 2005 – Santo Amaro – SP, tendo obtido a 6ª Colocação, dentre 68 participantes de todo Brasil.

Participou do Seminário sobre Literatura de Cordel – 1977 - Casa do Cantador do Oeste Potiguar – 40 horas.

Participou do curso de Iniciação à Poesia – Semana da Poesia – 1999 – Espaço Cultural O Sujeito.

Participou da oficina de Normas Técnicas da Literatura de Cordel – 2003 - Mossoró Cidade Junina.

José Ribamar é autor de vários folhetos de literatura de cordel

Eis alguns: Armadilha do destino, Confusão no cemitério, Escolhas das mãos humanas, Mistérios de um transplante, Debate do professor com o pai do estudante, A outra face da fé, Escravidão de menores,

Pela vida do planeta, Visões da vida, A trajetória cristã de João Paulo II,
Vozes do além, Documentário da vida de Elizeu Ventania.
Deveres do cidadão e tantos outros.

Também é autor dos livros:

Meia Dúzia de Cordéis (2006) Brinquedos do Pensamento (2007), Espelho de Carne e Osso (2011) Chorando na Chuva (2012), Pela Vida do Planeta (2014), Solidão Noturna (2015), Viagem Sem Passos (2016)

Ainda é autor das estorinhas infantis:

O menino bonzinho e o Peixinho falante (publicado em 2016), Sonhos de criança, A galinha castigada, O boi que dizia não, A conversa da Cabrinha com a amiga Vaquinha e Papagaio de papel.

José Ribamar mora em Mossoró-RN, desde março de 1998.

Contato com José Ribamar:

José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Escritor. Professor-Adjunto IV do Departamento de Geografia (DGE) da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FAFIC) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Membro do ICOP (Instituto Cultural do Oeste Potiguar), SBEC (Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço) e da ASCRIM (Associação dos Escritores Mossoroenses). Diretor de Acervos da ASCRIM (Associação dos Escritores Mossoroenses) (Biênio 2017-2018).

Enviado pelo professor José  Romero de Araújo Cardoso

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