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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

RELATOS DO CANGAÇO

Por Pedro R. Melo

Sérgia da Silva Chagas, vulgo "Dadá" falou à revista "Realidade" fatos da sua vida no cangaço.

Após ter sido levada e violentada por "Corisco"

"— Eu não podia mais ver meus pais. Era "mulher de cangaceiro" e, se fosse a casa deles, eles seriam considerados coiteiros pela polícia. 

Mesmo assim, meus pais apanharam da volante, minhas irmãs de cinco e nove anos passaram frio e fome na cadeia, meus irmãos tiveram as unhas arrancadas. Minha mãe quase morreu de tanto desgosto. 
Enfrentando uma vida de tiros, correria e luta contra a polícia.

Às vezes, dormíamos em travesseiros recheados de dinheiro e não havia o que comer. Mas quando a polícia dava folga, tudo de bom se tinha, perfume, cavalos. Vivíamos como as mulheres da sociedade, ao pé do marido, como uma dona de casa."

Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Depois que eu me equivoquei, trocando um nome de um senhor por outro, fiquei com medo de afirmar as coisas quando não estou com a fonte  (livro) em mãos, para provar e indicar a página que faço as minhas observações sobre um determinado assunto. Por isso, não vou citar a fonte que fala sobre a ida de Dadá para o cangaço. 

Esta foto foi colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

Mas este autor afirma em seu livro que a cangaceira Dadá companheira do facínora Corisco, entrou para o cangaço por espontânea vontade, e não por ter sido raptada pelo o cangaceiro de quem seria primo. 

Se ela foi violentada pelo seu companheiro o Diabo Loiro, aí é outra história. 

Fonte: Revista "Realidade", maio de 1968.


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