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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

O VELHO

*Rangel Alves da Costa


A cama desforrada de dias. Não havia pressa nem qualquer prazer em dobrar os panos, ajeitar o travesseiro, deixar tudo arrumado para a noite seguinte. Mesmo forrada, assim que deitava tudo parecia em redemoinho. Virava-se de lado a outro, estendia o braço ao outro lado, mas desde muito que ali já não deitava ninguém. Por fim, levantava o olhar em direção ao telhado e começava a viajar por um mar sem fim. Somente nas ilusões de ilhas e cais conseguia adormecer. Uma saudade fingida.
Levantava-se quase na madrugada. Caminhava para a cozinha, colocava água na chaleira para fazer café, acendia o fogão e depois abria a porta de trás, tendo o quintal adiante. De xícara à mão, dava passos lentos pelos arredores, olhava para os espaços ainda de pouca luz e então iniciava um ofício que trazia como compromisso desde que se viu em viuvez. Ajeitava as plantas do canto do quintal, aguava, conversava com cada ramo, cada folha e cada flor. Sempre pressentia estar sendo carinhosamente vigiado por sua falecida esposa. E por isso mesmo repetia sempre o seu nome. Não raro que suas lágrimas também caíam sobre as plantinhas.
Não forrava a cama todo dia, mas jamais se esquecia de varrer a casa. Todo santo dia passava a vassoura de canto a outro. E depois, de espanador à mão, afastava o pó acumulado pela ventania do dia passado. Em dois instantes se demorava mais na sua limpeza. Ao chegar defronte ao retrato da falecida na parede, ali parava em profunda reflexão. Olhava e olhava, mirava e mirava, falava baixinho, para depois sacudir qualquer impureza que na moldura estivesse, mas não sem antes levar a mão e, em gesto amoroso e suave, tocar a face através do vidro. Era com se a sentisse afagando pela face a sua mão.
Noutro momento, já perante a velha mesa da sala, postava-se em frente ao antigo jarro com flores de plástico. Trazia o jarro para perto de si e chegava a acariciar cada flor já sem cor. Carícia de saudade, de dolorosa recordação, um devotamento tão singelo ao que um dia havia sido ali colocado por sua amada. Lembrava-se que ela cuidava daquele jarro como se fosse de um caqueiro florido, de flores vivas, colhidas em jardim. Tanto cuidado ela tinha que de vez em quanto ele ouvia as flores de plástico sendo chamadas por carinhosos nomes. Por fim, dizia: ela já não está, mas façam de conta que suas mãos ainda zelam por este jardim tão perfumado na memória.
A porta da frente só era aberta depois de a casa varrida. Mas tudo cedo demais ainda. O dia ainda amanhecia e o velho já havia completado seus pequenos afazeres de toda manhã. Então abria a porta e caminhava pelos arredores. E arredores tão solitários quanto a sua solidão. Nada além que um descampado, um canteiro sem flores entregue ao outono, um banco carcomido de madeira, amendoeiras que desciam folhas aos turbilhões, um tempo de silêncio, apenas. Caminhava pelo canteiro, tocava os roseirais magros pela estação, juntava gravetos e restos, reclamava da vida sem cor. Seguia depois para o banco e ali ficava aguardando a chegada de qualquer passarinho ou borboleta.
Aquele velho banco do amanhecer mais parecia sua pedra de meditação. Ali sentava, ali pensava, ali voltava ao passado, ali refletia sobre tudo. E por isso mesmo tanto entristecia. De repente seus olhos amiudavam de tal modo que mais pareciam querer fechar. Ficavam apertados demais, comovidos demais, entristecidos demais. Mas ao abri-los pressentia-se perante uma estrada ainda a ser caminhada, uma vida ainda a ser vivida, mesmo que o seu corpo e sua idade já estivessem na plenitude esmaecida dos outonos da vida. Então dizia uma palavra qualquer, talvez que esperasse um pouco mais. Sabia que sua amada estava sentada ao lado. Sua falecida esposa nunca saía de sua presença.
Então levantava para retornar. Nada mais que cinquenta metros entre o velho banco de jardim sem flores e a porta de casa, mas ia caminhando tão lentamente que parecia nunca querer chegar. Por que a pressa se dentro de casa apenas o silêncio e a solidão? Por que a pressa em ficar sozinho e na presença daquela que não podia abraçar, acarinhar, e dizer da saudade? Desejava mesmo dizer: Leva-me contigo, meu amor!
  

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

O DIA EM QUE LAMPIÃO COMETEU A CHACINA DE QUEIMADAS

Lampião, à frente de um numeroso grupo de cangaceiros, perpetrou uma das maiores barbaridades de sua história de crimes
Foto: Google Imagens
O prédio a esquerda é a delegacia onde Lampião matou sete soldados
Na  tarde do dia 22 de dezembro de 1929 a cidade de Queimadas, no interior da Bahia, foi palco de uma tragédia de grandes proporções. Seguindo sua trajetória errante nos sertões, o bandido Lampião, à frente de um numeroso grupo de cangaceiros, invadiu a sede do município para perpetrar uma das maiores barbaridades de sua história recheada de crimes sanguinários.


Utilizando-se dos mesmos métodos empregados em centenas de cidades do interior dos sete estados que atormentou durante quase três décadas, Lampião cortou as linhas de transmissão do telégrafo da cidade, único meio de comunicação com o mundo externo à época. A seguir, dirigiu-se à sede do destacamento da Força Pública, atual Polícia Militar da Bahia, situado na Praça da Bandeira, no Centro da cidade.

Lampião, em 1929
(Foto: Google Imagens)
Lá, surpreendeu o efetivo de serviço, libertando os presos e trancafiando os policiais militares. O sargento Evaristo Carlos da Costa, comandante do destacamento, atraído pelo silvo de um apito, expediente utilizado para convocar os policiais militares ao quartel, também foi preso pela quadrilha.

Com a aterrorizada cidade sob seu domínio, Lampião passou a saquear aqueles que possuíam algum recurso financeiro, exigindo quantias pré-estipuladas de acordo com suas próprias impressões. O sargento Evaristo foi colocado entre o bando e obrigado a percorrer as ruas da cidade durante o saque, desarmado, sem chance de esboçar qualquer reação.

Terminada a operação criminosa, Lampião e seu bando passaram a se dedicar a mais odiosa das ações encetadas naquele fatídico domingo: retornaram ao destacamento, posicionaram-se em frente à sede e retiraram, um a um, os soldados presos. Ao saírem, foram baleados e, com requintes de crueldades, friamente abatidos a golpes de punhal.

Neste casarão funcionava a cadeia pública, local onde o bando de Lampião matou sete soldados, no dia 22 de dezembro de 1929 (Foto: Google Imagens)
Mesmo diante de tão trágicos destinos, registraram-se cenas da mais enraizada coragem, a exemplo do soldado Aristides Gabriel de Souza que desafiou o chefe dos criminosos a encará-lo sem a cobertura dos demais cangaceiros. Por esse ato de bravura, sofreu uma morte mais dolorosa que os outros, sendo executado com redobrada intensidade.

Sargento Evaristo Costa já
em idade avançada
(Foto: Rubens Antonio)
Poupado em razão de um pedido feito a Lampião por uma moradora da cidade, D. Santinha, esposa do coletor federal, Sr. Anfilófio Teixeira, o sargento Evaristo não conseguiu assistir à chacina pedindo para morrer primeiro ou se retirar do local, tendo o líder da súcia lhe ordenado a retirada imediata.

O pedido de Dona Santinha ao famigerado bandido ocorreu em função da admiração que esta nutria pelo policial, haja vista a identificação positiva que este construiu junto a comunidade.

Encerrado o trucidamento dos policiais militares, Lampião, como prova do seu completo desprezo à vida, ainda permaneceu na cidade até a madrugada, promovendo, inclusive, um baile para o qual forçou o comparecimento de inúmeras famílias, em que pese o estado de choque que tomou conta dos moradores de Queimadas diante dos acontecimentos.

Por fim, abandonou a cidade deixando para trás uma população traumatizada pelas barbaridades presenciadas, profundamente enlutada pelo infeliz destino daqueles que a protegiam.

Notícias de Santa Luz

Para postar um comentário:

“É livre a manifestação de opiniões, sendo vedado o anonimato”

https://novapalmeiraoficial.blogspot.com/2016/10/diario-de-um-massacre-o-ataque-de.html?m=2

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CORONEL MANOEL PEREIRA LINS (NÉ DA CARNAÚBA),


(Contemporâneo do cangaço lampiônico na região do Pajeú)

Manoel Pereira Lins (Né da Carnaúba) nasceu em 23/06/1868 e faleceu em 01/08/1964, era filho do segundo casamento de Joaquim Pereira da Silva (Joaquim da Carnaúba) com Constância Pereira de Sá, casou-se três vezes, o primeiro com Maria Pereira da Silva, o segundo com Ana Pereira da Silva e o terceiro com Pautília de Menezes Lins, deixou descendentes dos três casamentos, com Maria Pereira da Silva a filha Constância Pereira Lins, com Ana Pereira da Silva o filho Deósio Pereira Lins, com Pautília de Menezes Lins os filhos Leônidas Pereira de Menezes, Maria Pereira de Menezes, Ana Pereira de Menezes, Hilda Pereira de Menezes, Iracema Pereira de Menezes e Argemiro Pereira de Menezes. Manoel Pereira Lins, exerceu grande influência política na região, foi o 7º prefeito de São José do Belmonte-PE no período de 18/07/1902 a 14/11/1904, e vereador de Serra Talhada-PE por três legislatura de 1922 a 1928.


Manoel Pereira Lins (Né da Carnaúba) vivenciou todo período do cangaço lampiônico e a última fase da luta entre os clãs Pereiras e Carvalhos que por muitos anos se digladiaram no sertão do Pajeú, tendo participação ativa nos eventos de defesa e ataque da sua família Pereira contra os Carvalhos. 

Em alguns eventos ligados ao cangaço que ocorreram na região do Pajeú, aparece a figura de Né da Carnaúba, o primeiro combate dos irmãos Ferreiras “Antonio, Levino e Virgolino (Lampião) assim que ingressaram no grupo de Sinhô Pereira, ocorreu em meados do ano de 1921 nos arredores da Fazenda Carnaúba de propriedade de Né, contra a volante do cap. Zé Caetano, onde tombou Luiz Macário um dos homens de confiança de Sinhô Pereira. Além desse combate que ocorreu em suas terras, teve a questão do bilhete que o Padre Cicero enviou a Lampião, que esse fosse ao Juazeiro se juntar aos homens do Padre para combater a Coluna Pretes. O portador da correspondência destinada a Lampião foi o Tenente Francisco Chagas de Azevedo, do Batalhão patriótico, que o encontrou em 01 de março de 1926, próximo a Fazenda Malhada Grande, município de São José do Belmonte-PE. Virgolino olhou para o papel, escrito a máquina, leu o seu conteúdo, desconfiado, levou a carta para Né da Carnaúba que era seu conhecido desde a época que lutou ao lado de Sinhô Pereira, para que o Coronel pudesse verificar a autenticidade da assinatura. 

Em resposta a desconfiança do cangaceiro, o Coronel garantiu a Lampião que era mesmo a letra do Padre Cicero do Juazeiro. “Eu não vou. Isso está me cheirando a traição ou armadilha. Estão querendo é me pegar nessa arapuca” disse desconfiadamente.

“Vá homem, a carta é do Padre Cicero, eu conheço bem essa letra, é a assinatura do Padre, garantiu Né da Carnaúba. Se afirma é do Padre, então eu vou, disse Lampião.

Virgolino decidiu ir ao Juazeiro, mandou seus homens se prepararem e colocou o pé da estrada. No dia 04 de março de 1926, Lampião recebe a suposta patente de Capitão do numeroso Batalhão Patriótico, formado para combater a Coluna Prestes, e no mesmo mês, aos 08 de março de 1926, morre no Rio de Janeiro o secretário do Padre Cicero e representante na Assembleia Provincial o caudilho Floro Bartolomeu. No dia 06 de maio de 1926, o Padre Cicero é eleito Deputado Federal, ocupando a vaga deixada por Floro Bartolomeu. 

Manoel Pereira Lins (Né da Carnaúba) foi figura importante na história do sertão do Pajeú, uma grande liderança política. O gosto pela luta política foi herdado por muitos dos seus descendentes, que até os dias de hoje militam politicamente, principalmente em São José do Belmonte-PE.

Por Cicero Aguiar Ferreira
Fontes: O livro “o Patriarca” de Venício Feitosa Neves, Genealogia Pernambucana.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?ref=br_tf

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RECEBIMENTO DE MATERIAL

Por Volta Seca

Hoje, recebi duas revistas que procurava a um bom tempo. Trazem matérias específicas sobre MARIA BONITA, a mulher de Lampião. Elas, agora, farão parte do meu pequeno acervo.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?ref=br_tf

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PRESIDENCIAIS BRASIL 2018 LULA NÃO PODE VOTAR NAS PRESIDENCIAIS DE DOMINGO NO BRASIL



A lei determina que tem que haver um número mínimo de 20 eleitores para a instalação de urnas nas prisões do Brasil, e não há na cela especial de uma unidade da Polícia Federal onde cumpre pena.

LUSA e 
PÚBLICO 

Clique no link para você acompanhar toda a matéria

https://www.publico.pt/2018/10/03/mundo/noticia/lula-nao-vai-poder-votar-nas-presidenciais-de-domingo-1846166?utm_source=notifications&utm_medium=web&utm_campaign=1846166

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A MORTE DO SARGENTO DELUZ

Por José Mendes Pereira 

Amigo leitor do nosso blog, esta é a história sobre a morte do sargento Deluz, que é do conhecimento de todos que foi ele quem assassinou o cangaceiro Juriti, queimado em uma fogueira. O autor dela é o saudoso Alcino Alves Costa, lá da cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe. É uma história excepcional e você irá muito agradecer ao autor pela excelente narrativa. É bom ler o que é bem narrado. Este livro alguém me emprestou, mas quando isso aconteceu eu não estava com tempo para mandar scanear e postar no blog.

Se você tem interesse em adquirir o livro acima entre em contato com o professor Francisco Pereira de Lima lá de Cajazeiras no Estado da Paraíba. O seu e-mail para contato é: franpelima@bol.com.br













Este material me foi enviado pelo pesquisador do cangaço Jose Irari.

https://www.facebook.com/profile.php?id=100011331848533

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TODOS OS PERSONAGENS DO CARIRI CANGAÇO SÃO JOSÉ DE BELMONTE...

Por Manoel Severo
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Estamos todos comprometidos com a realização de mais um grande, responsável e inesquecível evento com a marca Cariri Cangaço. Os que pesquisam a temática sabem do tamanho da força e significado de São José de Belmonte para a historiografia do Cangaço. Nessa maravilhosa terra abençoada por Deus, cheia de tradição e história repousa o legado de uma das mais extraordinárias sagas nordestinas, a saga dos Carvalho e dos Pereira; gênese forte do nascimento de personagens inesquecíveis como Sinhô Pereira, Luiz Padre e Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião...

Desde o dia de sua abertura na noite de quinta, 11 de outubro, até seu termino na manhã do domingo dia 14, reuniremos uma verdadeira seleção de alguns dos mais destacados pesquisadores de todo Brasil para discutirmos e trazermos à mesa temas pra lá de palpitantes e que nos transportam no tempo e no espaço para compreender melhor os acontecimentos que marcaram uma época.
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Honório de Medeiros, Juliana Pereira, Aderbal Nogueira, João de Sousa Lima
Elane Marques, Wescley Rodrigues, Professor Pereira, Geraldo Ferraz: 
Que comece o Grande Encontro da Alma Nordestina
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A apresentação do Cariri Cangaço na  noite de abertura ficará por conta do Conselheiro Cariri Cangaço Honório de Medeiros, que trará aos participantes, as origens, o objetivo, a essência e os principais números do Instituto Cariri do Brasil que realiza sua 23ª edição na terra da Pedra do Reino. Ao lado de Honório de Medeiros se unem na noite de abertura os Conselheiros; João de Sousa Lima, Elane Marques, Ivanildo Silveira, Juliana Pereira, Wescley Rodrigues e Cristina Couto além dos secretários de cultura de Exu; Rodrigo Honorato e de Crato; Wilton Silva que em nome do Cariri Cangaço entregarão um conjunto de Diplomas e Comendas a várias personalidades locais e regionais.
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A noite de abertura terá como ponto alto a entrega das Comendas de "Personalidade Eterna do Sertão", a Ariano Suassuna; in memoriam; através da presença honrosa do grande Manuel Dantas Suassuna, e de "Equipamento Imprescindível à Perpetuação da Memória e Cultura do Sertão" ao Castelo Armorial de São José de Belmonte, iniciativa ousada e vitoriosa do empresário Clécio Novaes. As boas vindas a todos ficará a cargo de Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço e Valdir José Nogueira, Presidente da Comissão Local Organizadora e anfitrião do grande Cariri Cangaço São José de Belmonte.
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Só os Fortes Compreenderão...
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As visitas técnicas nos levarão aos principais cenários da história marcante do cangaço e do conflito secular Carvalho e Pereira, como também à mistica e enigmática história da Pedra do Reino; uma das mais fortes manifestações do Sebastianismo em terras brasileiras. Aqui o sangue de sertanejos se misturou à terra sagrada nordestina num dos mais impressionantes e trágicos episódios de todo o nordeste. 
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Conferencistas de peso com os pesquisadores, Helvécio Neves Feitosa, Clênio Novaes, Débora Cavalcantes, Ernando Carvalho, Luiz Ferraz Filho, Valdir José Nogueira e os Conselheiros Cariri Cangaço, Sousa Neto, Jorge Remígio, João de Sousa Lima, Narciso Dias, Juliana Pereira e Aderbal Nogueira, estarão entre os que formarão um time de peso à frente das conferências do Cariri Cangaço São José de Belmonte .
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Ivanildo Silveira, Lili Conceição, Quirino Silva, Tomaz Cisne,
Rangel Alves da Costa, Edvaldo Feitosa, Sousa Neto, Carlos Alberto:
Cariri Cangaço, onde o Brasil de Alma Nordestina se Encontra !
Daniel Walker, Francimary Oliveira, José Irari, Jair Tavares,
Getúlio Bezerra, Wilton Silva, Manoel Serafim, Maria Oliveira:
O Brasil de Norte a Sul tem um compromisso em terras da Pedra do Reino!
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Mais uma vez uma seleção de Conselheiros do Cariri Cangaço formará fileira para as homenagens à várias Instituições culturais e folclóricas como também a personalidades do universo do estudo e pesquisa de temas nordestinos, com destaque para os Conselheiros; Edvaldo Feitosa, Manoel Serafim, Luiz Ruben, Lili Conceição, Professor Pereira, Kydelmir Dantas, além do Presidente do ICC, pesquisador Heitor Feitosa. Dentre as instituições homenageadas estarão a Associação de Bacamarteiros de São José de Belmonte, a Cavalhada Zeca Miron , o IHGP - Instituo Histórico e Geográfico do Pajeú , como também o espaço Tempero do Reino. 
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Em um dos cenários que marcou o início da história de Virgulino Ferreira da Silva; no vale do Pajeú, o Cariri Cangaço São José de Belmonte promove um dos mais esperados debates sobre o desfecho final do rei dos cangaceiros, a programação reserva uma mesa especial para o debate sobre Angico, sob a luz do vídeo documentário "Angico-80 Anos..." do Conselheiro Cariri Cangaço Aderbal Nogueira.
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E é Aderbal Nogueira que nos conta: "Para mim Angico está totalmente elucidado. Após esse vídeo eu não tenho mais nenhuma dúvida do que, e como tudo aconteceu. Quem conta não sou eu e nem é nenhum pesquisador ou historiador, são eles, os que lá estavam. O grande quebra-cabeças foi montado e eu não tenho como duvidar de depoimentos que batem em tudo, as divergências são muito pequenas e somente em relação a coisas que não influenciam em nada o fim da história.O FAMOSO BILHETE, TEM GADO NO CURRAL - COMO AS VOLANTES SE REUNIRAM - A CHEGADA DAS VOLANTES EM PIRANHAS - A BUSCA PELAS CANOAS - A DESCIDA PELO RIO - COMO SE APRISIONOU PEDRO E DURVAL - QUEM MANDAVA EM QUEM - O CAMINHO ATÉ A GROTA - COMO DIVIDIRAM AS TROPAS - O PAPEL DE PEDRO E DURVAL - O PRIMEIRO TIRO - O COMBATE - A MORTE DE MARIA - A MORTE DE LAMPIÃO - QUEM MATOU ADRIÃO - QUEM FICOU COM OS EMBORNAIS - O CORTE DAS CABEÇAS - A BRIGA PELO ESPÓLIO - COMO LEVARAM AS CABEÇAS - QUANTO TEMPO DUROU O TIROTEIO - COMO TANTOS ESCAPARAM - TEVE VENENO - DURVAL PRESENCIOU O COMBATE - isso e muito mais detalhes sobre o combate de Angico". Ao lado de Aderbal Nogueira, os pesquisadores Narciso Dias, Juliana Pereira e João de Sousa Lima nos dão a certeza de nitroglicerina pura, é só aguardar o Cariri Cangaço São José de Belmonte.
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 Jorge Remígio, Cristina Couto, Raul Meneleu, Bosco André
Kydelmir Dantas, Ana Lúcia, Narciso Dias, Archimedes Marques:
Cariri Cangaço um legado e uma história...
Rodrigo Honorato, Manoel Belarmino, Robério Santos, Nivaldo Pereira
Cicero Moraes, Augusto Martins, Gustavo Costa, Márcia Filardi:
Cariri Cangaço, mais que um Evento, um Sentimento !
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O Brasil de Alma Nordestina tem um encontro marcado em terras pernambucanas. De todos os lugares do país uma plêiade de destacados nomes estarão presentes. Além dos já citados acima, as importantes confirmações continuam com os Conselheiros Cariri Cangaço; Raul Meneleu Mascarenhas, Archimedes Marques, Rangel Alves da Costa, Ana Lucia Souza, Geraldo Ferraz, Júnior Almeida e Louro Teles, além dos pesquisadores; Robério Santos e Nininho, do canal "O Cangaço na Literatura" e Thiago Meneses do canal "Odisseia do Cangaço". Nomes como João Tavares Calixto Junior, Cícero Aguiar, Ione Sampaio, Saulo Gomes, Getúlio Bezerra, Edízio Carvalho, Jair Tavares, Nivaldo Pereira, Noádia Costa, Bismarck Oliveira, Francimary Oliveira, Zé Carlos Nascimento, Aglézio de Brito, Daniel Walker, José Irari, Mabel Nogueira, Carlos Alberto Silva, Edson Araujo, Paulo George Lampião, Gustavo Farias, Jorge Figueiredo, Rúbia Lóssio, Manoel Belarmino, Aline Melo, Waquinho Ferraz, Cris Silva, Cristiano Ferraz, Luciano Costa, Augusto Martins, Carlos Santos, Márcia Filardi e Neliton, João Andrade, Afrânio Oliveira, Fernandes Reis, Paulo Moura, Antônio Edson, Tomaz Cisne, Richard Pereira, Afrânio Gomes, Bibi Saraiva, Thiago Gontijo, Bruno Yacub, Leonardo Gominho, Comendador Mariano, Amélia Cardoso, Arthur Holanda, Divonildo Sobreira, Maria Oliveira, Valdenor Feitosa, Tássio Sereno,  Beto Souza, Vera Costa, sem falar nos queridos Alcides e Gerlane Cavalcante, dentre muitos outros marcarão o Cariri Cangaço São José de Belmonte como uma das maiores iniciativas já realizadas pela marca Cariri Cangaço. 
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 Noádia Costa, Afrânio Gomes, Camilo Lemos, Cris Silva
Paulo Moura, Afrânio Oliveira, Cicero Aguiar, Cristiano Ferraz:
O Maior legado do Cariri Cangaço é unir as pessoas...
João Tavares Calixto Junior, Dionizio Apodi, Clênio Novaes, Helvécio Feitosa 
Heitor Macedo, Luciano Costa, Luiz Ferraz Filho, Rossi Magne:
Cariri Cangaço você nunca viu nada igual...
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Significativos representantes das várias manifestações da cultura e arte do sertão como o casal, Quirino Silva e Célia Maria, do poeta Cícero Moraes, do poeta e cerimonialista Rossi Magne, de Rita Pinheiro - a garimpeira da cultura, do ator Dionízio Apodi, do artista plastico Camilo Lemos, além da extraordinária caricaturista Eliana Giolo e da pequena Francine Maria e Pedro Lucas Feitosa também estarão prestigiando o evento que já encerra as atividades do Cariri Cangaço para o ano de 2018; ano chave em que realizou ainda, as festejadas edições de Fortaleza, no Ceará em abril , Poço Redondo em Sergipe, e Pedro Alexandre na Bahia, no ultimo mês de junho. 
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oAline Melo, Bismarck Oliveira, Edson Araujo, Aglézio de Brito 
Bibi Saraiva, Célia Maria, Antonio Edson, Alcides Carneiro

Cavalhada de Zeca Miron, tradição e beleza na grande festa do Cariri Cangaço 
Sã José de Belmonte 2018
Rita Pinheiro, Jorge Figueiredo, Louro Teles, Junior Almeida 
Gerlane Cavalcante, Eliane Giolo, Luiz Ruben Bonfim, Rúbia Lóssio:
A certeza de mais um evento inesquecível...
Pedro Lucas Feitosa, Waguinho Ferraz, Carlos Santos, Paulo George Lampião
Divonildo Sobreira, Arthur Holanda, Tássio Sereno, Valdenor Feitosa
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"A cada dia que passa,  a cada realização, a cada edição de nosso Cariri Cangaço, cresce em nosso coração o mais sincero sentimento de gratidão a esta imensa família que acostumamos a chamar de Família Cariri Cangaço; um exemplo de dedicação e absoluta paixão, um exemplo de zelo e amor pelo que temos de mais precioso: Nossas raízes, nosso chão... Novamente estaremos juntos, mais uma vez em Pernambuco, mais uma vez vivendo intensas emoções, mais uma vez fazendo tudo valer a pena, então que venha o Cariri Cangaço São José de Belmonte", conclui Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço.
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"A Vida é a Arte do Encontro" 
A isso chamo Cariri Cangaço... 
Então que dobrem os sinos: 
A Alma Nordestina já tem um encontro marcado...São José de Belmonte
11 a 14 de Outubro de 2018

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LIVROS


Por Francisco Pereira Lima

Indicação Bibliográfica. Já tenho disponível esses dois excelentes livros, ao preço de 60,00 cada, com o frete incluso. 

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HERANÇA DO CANGAÇO.


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Cabeça "mumificada" do cangaceiro Azulão II.

Resumo de sua biografia:

Primo do cangaceiro Balão II (Guilherme Alves).

1 - Entrou para o bando em 1929, após abusar sexualmente de uma irmã menor, e ser ameaçado de linchamento por todos que o conheciam.

2 - Participou do Massacre de Queimadas-BA em 22 de dezembro de 1929, quando sete praças da polícia baiana foram assassinados.

3 - Participou do massacre de Mirandela, no distrito de Ribeira do Pombal-BA, no dia 25 de Dezembro de 1929, onde foram mortos dois civis e um soldado.

4 - Participou do ataque a Aquidabã-SE, em Outubro de 1930.

5 - Participou do ataque a Floresta-PE, em 26 de Novembro de 1930, fazendo parte de um grupo de aproximadamente vinte cangaceiros, quando mataram e degolaram vários inimigos de Lampião, extorquindo fazendeiros e praticando depredações.

6 - Com dois cabras e uma mulher atacou a Fazenda Maravilha, em Agosto de 1933, na região de Campo Formoso-BA, roubando e saqueando.

7 - No dia 13 de Outubro de 1933, comandando um pequeno grupo no qual estava sua companheira Maria, Canjica, Zabelê, Calais, Arvoredo e Joana companheira de Calais, invadiu a Fazenda Morrinho, de Zezé Almeida, matando o proprietário, seu filho e um vaqueiro, sangrando a punhal, além de estuprar duas meninas, da Fazenda Carrancuda, que ficava próxima.

Foi morto no dia 14 de Outubro de 1933, na Fazenda Lagoa do Lino, no município de Monte Alegre-BA, juntamente com os companheiros Canjica, Zabelê e Maria Dora ou Maria de Azulão. Depois do massacre, as cabeças dos cangaceiros ficaram expostas na calçada da cadeia pública de Monte Alegre, hoje Mairi-BA.

Sua cabeça era uma das que estavam expostas no Museu em Salvador-BA, somente sendo enterrada em 13 de Fevereiro de 1969, por ordem do Governador da Bahia, Luis Viana Filho.

Fonte: Livro "Cangaceiros de Lampião de A a Z" de Bismarck Martins de Oliveira.

Foto: Cortesia de Rubens Antonio (Salvador-BA)

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