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quarta-feira, 8 de maio de 2013

EM SETEMBRO, NO CARIRI CANGAÇO, LANÇAMENTO DE "POR QUE LAMPIÃO INVADIU MOSSORÓ?"

Por: Honório de Medeiros

"Saberia Lampião que sua incursão ao Rio Grande do Norte para atacar Mossoró, Estado onde nunca estivera, a percorrer região plana, descampada, larga e extensa[1], sem elevações importantes desde Luis Gomes até Mossoró, tirante a Serra do Martins, na contramão do percurso, feita com barulho, saques, depredações, tiros, mortes, contrariando toda sua experiência anterior, contaria com a omissão do Governo estadual?"

José Augusto Bezerra de Medeiros, Governado do Rio Grande do Norte quando da invasão de Lampião a Mossoró

[1] Em quatro dias os cangaceiros cobriram aproximadamente 900 quilômetros entre ida e volta a Aurora, Ceará. Raimundo Nonato observa:“Constituída, em menor parte, de vasto descampado e larga área de terreno plano, quase sem outras elevações importantes, depois dos prolongamentos subordinados às ramificações e contrafortes das Serras de Luis Gomes e Martins, a região era precariamente escassa de abrigos e desprotegida aos elementos essenciais de amparo, defesa e esconderijos naturais” (“ LAMPIÃO EM MOSSORÓ”; Sexta edição; Coleção Mossoroense; 2005; Mossoró).

Postado por Honório de Medeiros 

http://honoriodemedeiros.blogspot.com.br

Mangabeiras das Lavras


Por: Linhares Filho

Vila de São Vicente de Lavras 

E o poeta Linhares Filho, bendiz seu torrão natal, Lavras da Mangabeira em amorável e terna confidência:

“Nossa Terra! Antes de seres Lavras da Mangabeira, foste a Mangabeira das Lavras, revelando-se bem tua natureza de árvore, natureza pela qual, completando o aconchego de colo materno do chão, abrigas, refrescas com tua sombra e alimentas com os teus frutos os teus filhos e os que moram em ti, como e extinta Mangabeira anciã, que acolhia os teus primeiros povoadores e os viajantes que passavam por teu solo. Posta em boa hora nos trilhos do progresso estás, no entanto serás sempre a doçura e singeleza da nossa eterna infância, o reencontro de nós mesmos, cansados e desfigurados pelos caminhos enganosos da vida, nós que vimos a ti, materno seio, para a queixa e o alívio.” 

Joaryvar Macedo.

http://cariricangaco.blogspot.com

Paulo Afonso recebe a visita de: Sebastião Fonte: Um dos primeiros pioneiros das obras da CHESF.

Por: João de Sousa Lima
Na Foto: (Antonio Galdino (jornal folha sertaneja), Sebastião Fontes, Flávio Mota e João de Sousa Lima.)
 
Flávio Mota, engenheiro da CHESF, trouxe ao Jornal Folha Sertaneja, o senhor Sebastião Fontes, um dos primeiros pioneiros da criação da CHESF.
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Poder ouvir as histórias de Sebastião em total lucidez, aos 84 anos de vida foi um privilégio para minha carreira de historiador.

Sebastião chegou a Paulo Afonso em junho de 1948, três meses depois da criação da CHESF e aqui construiu 06 casas de madeira na Alves de Souza, para acomodar o presidente Antonio José Alves de Souza e mais alguns funcionários do alto escalão da empresa.. depois construiu o refeitório com cozinha e a abóboda da I Usina.. fato interessante é a inscrição de Sebastião, ele foi o 6º funcionário fichado na empresa, ficha número 06.


Sebastião Fontes (funcionário ficha número 06 da CHESF) e João Lima


Galdino, Sebastião, Flávio Mota e João

Postado por João de Sousa Lima no João de Sousa Lima em 5/08/2013 06:14:00 AM

"Tenho muito orgulho de meu pai" Final

Por: Expedita Ferreira

OUTRA FAMÍLIA - "Fui criada sabendo que tinha outros pais. Vivi em fazendas do interior de Sergipe. Meu pai de criação era Manuel Severo, e minha mãe de criação, se chamava Aurora".

ORGULHO - "Tenho muito orgulho de meu pai, era isto o que eu gostaria de dizer a ele  agora. Estou certa de que  ao lado de Deus, onde está, ele sabe o quanto o amo. Quero também agradecer a ele e minha mãe por serem eles os meus pais".

O NOME - Meu pai escolheu o nome de Expedita porque, sendo devoto do padre Cícero, ele fez uma promessa. Se tivesse um filho o nome seria Expedito, um santo guerreiro. Minha madrinha é a Imaculada Conceição".


MARIA BONITA - "O nome Maria Bonita, minha mãe, era na verdade, Maria Gomes de Oliveira. Ela sempre vinha com o meu pai quando ele me visitava".

VISITAS - Não devo ter estado com o meu pai mais do que três vezes, mas sua presença ficou muito forte em mim. Eu sempre era avisada de que ele vinha. Me arrumavam para recebê-lo. Eram sempre muito rápidas as visitas que meu pai me fazia. Numa das vezes, lembro que ele comeu depressa e foi embora. Sei que ele me visitava na medida do possível. Não podiam ser constantes os encontros para evitar suspeitas. Mas onde eu estava ele ia me ver".

MEDO - "Quando meu pai chegava eu tinha medo e corria pra me esconder debaixo da cama. E ele ia me tirar de lá. O medo que eu tinha não era dele, mas me assustava aquele monte de gente que sempre chegava junto com ele, cheio de coisas, as roupas, chapéus, aquele povo com aquela tranqueira toda".

CARINHO - "Meu pai era muito carinhoso comigo. Sempre me botava no colo, me dizia palavras de que não me lembro porque eu era muito nova. Um dia me viu chorando num canto e, para me consolar, começou a botar um bocado de moedinhas bonitas em cima de mim".

PRESENTE - "Uma das coisas de que me lembro do meu pai é que ele me levava sempre muitos presentes. Me recordo bem de uma tesourinha e de um cordão que me deu". 

MORTE - Quando meu pai morreu não me lembro de ter causado um impacto grande em mim. Eu ia fazer seis anos. Só lembro que alguém me disse: Seu pai morreu, mas a notícia não teve o impacto que teria se eu vivesse junto dele. Eu estava numa fazenda do interior de Sergipe".

IMAGEM - "Durante muitos anos falaram muito mal de meu pai. Diziam monstruosidades a respeito dele. Somente quando já estava adulta foi que vim saber do lado bom dele. Foi em 1969, quando conheci Balão, Criança, Dadá e Sila (ex-cangaceiros) que vim a entender e conhecer o lado bom. Isso ficou mais forte quando conheci uma pessoa maravilhosa, a Cristina da Mata Machado, que escreveu o livro "As Táticas de Guerra dos Cangaceiros", que lançou em São Paulo. Antes eu não gostava de falar do meu pai".

MEU PAI - Você me pergunta com que nome eu chamava meu pai. \nunca o chamei senão de "meu pai". Sua presença nunca apago de dentro de mim. Ele é uma pessoa muito viva dentro de mim".

Fonte:

Diário Oficial
Estado de Pernambuco
Ano IX
Julho de 1995

Material cedido pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir Dantas

http://blogdomendesemendes.blogspot.com