Por José Mendes Pereira
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Lampião e seu bando no Diário de Noticias, 4 de Junho de 1931. Foto da reportagem foi tirada na Faz. Jaramataia, Gararu(SE), Agosto de 1929.
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Por Guilherme Velame Wenzinger
Quando
pesquisamos jornais da época em busca de notícias sobre o cangaço é
extremamente comum o erro de identificação dos personagens citados. Obviamente
não eram propositais, tendo em vista que as informações antigamente eram mais
escassas e difíceis de conseguir, justamente por isso não podemos tomar como
verdade absoluta aquilo que lemos. ⠀⠀⠀
Trago aqui
três identificações totalmente equivocadas de jornais: O cangaceiro Massilon
Benevides identificado erroneamente como Volta Seca. O cangaceiro Mergulhão
identificado erroneamente como Corisco. O jagunço Zé Pedro identificado
erroneamente também como Corisco.
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Acervo Digital: Guilherme Velame.
Repórter do jornal "A Noite" e pioneiro ao percorrer o Nordeste atrás de cangaceiros e volantes, em busca daquilo que compunha o fenômeno do cangaço. Autor de uma das mais completas e brilhantes reportagens da época, referência para o estudo até hoje. Suas matérias no jornal "A Noite" continha fotografias e depoimentos inéditos daqueles que estavam na linha de frente da perseguição aos bandoleiros.
A foto de
Vitor do Espirito Santo, que para mim era inédita, foi postada no "Diário
de Notícias", em 06 de Janeiro de 1931. A legenda diz: "O jornalista
Victor do Espirito Santo, enviado especial dos Diários Associados, nas
caatingas de Canna Brava, no sertão sergipano";
https://www.facebook.com/photo/?fbid=7343339182421318&set=gm.2311988459010085&idorvanity=179428208932798
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Por Pedrinho Sanharol (Prof. Antonio Morais)
· Para não
tornar a leitura muito longa, dividimos toda história em 04 partes.
Por volta de
1890, chega a Juazeiro atraído pelos milagres ali ocorridos no ano anterior e
pela fama de santidade do Padre Cícero, um paraibano de nome José Lourenço da
Silva. De princípio, fixa-se na cidade e vai trabalhar como agricultor pelos
sítios. Aos poucos vai se inserindo, de maneira marcante, na vida religiosa e
se transforma em renomado beato.
Ao correr do
tempo passa a ser admirado por sua capacidade de trabalho e inteligência.
Observado pelo Padre Cícero é aconselhado a arrendar terras na região onde
pudesse trabalhar por conta própria. Seguindo o conselho recebido, José
Lourenço aluga um sítio, pertencente a João de Brito numa localidade chamada
Baixa Dantas na cidade do Crato.
Na nova
paragem fez grandes plantações de macaxeira, feijão, cana de açúcar e inúmeras
fruteiras. Em virtude de sua fama de caridoso e acolhedor de pobres, logo seu
sítio recebe grande quantidade de fanáticos que lá foram morar em busca de
trabalho e religiosidade. Uma ou duas vezes por mês, José Lourenço, juntamente
com seus moradores, ia a Juazeiro assistir missas e visitar o Padre Cícero.
Em uma de suas
idas, recebeu do reverendo um boi Zebu, chamado Mansinho, para ser criado na
Baixa Dantas. O animal foi cuidado com todo zelo e carinho pelos fanáticos,
mormente por se tratar de uma doação feita pelo “Santo Padim Cícero”, como
gostavam de se referir ao sacerdote. Aos poucos, a estima dedicada ao Boi
Mansinho foi se transformando em adoração. Os chifres eram adornados com flores
e fitas; sua urina transformada em remédio milagroso e as pontas das unhas em
amuletos.
Monsenhor
Joviniano Barreto, pároco de Juazeiro, denunciava às autoridades eclesiásticas
da região que na Baixa Danta os fanáticos estavam se desviando da ortodoxia da
Igreja Católica, e se praticando o fetichismo em total heresia aos cultos da
Santa Igreja.
Dr. Floro
Bartolomeu atendendo os anseios do Monsenhor e evitar críticas da imprensa, pôs
fim no totemismo ao prender o Beato José Lourenço e mandar sacrificar o Boi
Santo na presença de muitos fanáticos.
Em 1926, João
de Brito, cedendo às pressões, desfaz o acordo de arredamento do sítio Baixa
Danta forçando o Beato José Lourenço ocupar uma propriedade do Padre Cícero
conhecida como Caldeirão dos Jesuítas também localizada na cidade do Crato.
Exatamente como antes procedera, o Beato José Lourenço juntamente com 300
famílias fez grandes plantações de algodão, imensos canaviais, construiu dois
açudes, ergueu uma capela e várias casas no novo assentamento.
Tudo que era
produzido pertencia a todos inexistindo um dono exclusivo. Em 1934, com a morte
do Padre Cícero, muitos os sertanejos desamparados de um líder foram ter
guarida nas terras do Caldeirão. Se havia falta de emprego no Cariri, nas
terras do Beato, ao contrário, todo mundo trabalhava e mais ainda: o que era
plantado ou criado pertencia à coletividade inexistindo a figura do patrão.
(Continua na Parte 02)
Fotos -
Capitão José Bezerra e José Lourenço.
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