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quarta-feira, 29 de março de 2017

O JORNAL DE LAMPIÃO

Por Rostand Medeiros

Em uma das fotografias mais clássicas de toda a  história do cangaço, podemos ver Maria Bonita sentada acariciando os cães Ligeiro e Guarany e Lampião ao seu lado, em pé, com um jornal nas mãos. Sempre tive curiosidade em saber que jornal era aquele e quem seria a mulher que aparecia na página.


Conversando com um amigo, grande pesquisador do cangaço, ele disse ser ela uma miss Brasil, informação vaga e insegura.

Quando comecei a pesquisar  sobre  o coronel João Sá, deputado constituinte da Bahia, figura  histórica da cidade de Jeremoabo e um dos maiores coiteiros do cangaço em todo território baiano, descobri na sua fazenda Espaduada  alguns documentos que teimavam em permanecer intactos mesmo estando cercados por cupins devoradores. Muita coisa havia se perdido e dentre as poucas que sobreviveram estava lá o jornal que tanto prendia minha curiosidade:  A NOITE ILUSTRADA.


Na capa não é uma miss e também não é brasileira, ela é uma modelo e no texto da capa diz o seguinte:

“ A SEREIA E SUA REDE…

ANNA EVERS EXHIBINDO UM FORMOSO MODELO PRAIANO EM SANTA MÔNICA, CALIFÓRNIA (vide página 32)”

Na página 32 tem a foto  da modelo e podemos apreciar o texto que segue em anexo.

Na verdade Lampião não está naquele momento lendo o jornal, ele está apenas fazendo pose para ser fotografado, a foto da modelo é a capa do jornal e Lampião tem para sua visão a contracapa.

Na capa tem as informações: Director: Gil Pereira – Gerente: Vasco Lima- 27-5-1936- N. 354 – CAPITAL  400 rs.- ESTADOS  500rs.

Segundo depoimentos das cangaceiras Aristeia e Dadá as fotos feitas por Benjamin Abraão foram entre junho e julho de 1936, portanto um mês ou dois depois do lançamento do jornal que tem a data de 27 de maio de 1936.


O jornal  (ou mais provável revista) tem 40 páginas, dezenas de excelentes fotografias e propagandas de cremes, remédios, loções e veneno para insetos.

Dentre as propagandas citadas, algumas coisas que ainda temos na atualidade, tais como: Vick Vaporub, Canetas Parker, Emulsão Scott, Leite de Colônia, Leite Condensado Marca Moça, Gillette, Pastilhas Valda, General  Eletric, Sal de Fruta ENO e Creme Dental Colgate.

Li todo o jornal e pude ter uma idéia do que circulava nas reportagens da época.

O jornal-revista faz parte de meu acervo particular, porém servirá para quem estuda  as histórias  do Brasil, principalmente a história do nordeste  e está aqui à disposição para quem interessar possa.


Para as lentes eternas de Benjamin Abraão e  a posteridade da fotografia brasileira, repousa uma mulher que acaricia dois cachorros e uma modelo que figura em páginas hoje amareladas pelo tempo, as notícias guardadas atiçam a curiosidade de quem pesquisa, o achado alegra a visão de quem acha o que procura, o olhar enigmático nega a visão de quem lê na pose que perpetua o contexto histórico de uma simples fotografia, retratos da vida, imagens de uma época, figuras infinitas.

João de Souza Lima – Escritor, Pesquisador, autor de 09 livros. membro da Academia de Letras de Paulo Afonso e da SBEC- Sociedade Brasileira de estudos do Cangaço. telefones para contato: 75-8807-4138 9101-2501 email: joaoarquivo44@bol.com.br joao.sousalima@bol.com.br
APENAS COMPLEMENTANDO AS INFORMAÇÕES


Anna Evers, a modelo fotografada na capa de “A Noite Ilustrada”, na verdade era a atriz Ann Evers, que atuou em Hollywood entre as décadas de 1930 e 40, sendo contratada pelos Estúdios Paramount. Entre suas trabalhos cinematográficos se destacam Marie Antoinette (1938), If I Were King (1938), The Mad Miss Manton (1938), Gunga Din (1939, onde contracenou com Cary Grant), Casanova Brown (1944, onde contracenou com Gary Cooper). Ann Evers nasceu no dia 6 de setembro de 1915, em Scranton, Pennsylvania e faleceu aos 71 anos de idade, no dia 4 de junho de 1987.


Já a “Noite Ilustrada” era uma revista de variedades. Ironicamente um exemplar de “A Noite Ilustrada” estamparia a famosa foto da derrocada de Lampião e seu bando, aquela onde aparecem as cabeças. Esta revista tinha grande importância na imprensa brasileira da época, conforme podemos ver na capa que mostra o retorno dos combatentes da FEB – Força Expedicionária Brasileira dos campos de batalha da Itália, em 1945.

https://tokdehistoria.com.br/2011/08/12/o-jornal-de-lampiao/

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SÃO JOSÉ – PADROEIRO DA CHUVA

Por Severino Coelho Viana

Voltemos o nosso olhar de clemência e piedade para os céus, neste dia consagrado ao bondoso São José, que o acolhe em seu manto a todos os seus filhos, indistintamente. 

REZAR é a melhor maneira de pedir e agradecer ao nosso Santo Padroeiro pelas chuvas caídas e a continuidade do inverno que alimenta e mata a sede do homem, do gado e vivifica e frutifica a plantação. Esta é uma doação sem recompensa e sem cobrança.

O Dia de São José, celebrado a cada 19 de março, prestamos homenagem ao padroeiro da Chuva e do Trabalhador, carregando um significado especial para o sertanejo. Trata-se de um importante marco simbólico e de um dia magistral na tradição e na expectativa do povo nordestino. A crença popular indica que, se chover até o Dia de São José, o ano será de bom “inverno”, com chuva garantindo a safra e a mesa farta. A fé no santo padroeiro se soma à esperança do agricultor, do vaqueiro, do homem do campo. Do homem, da mulher e do menino.

Para a fé do nordestino --especialmente em época de seca--, a chegada do dia de São José é marcante. Reza a tradição secular que, se não chover neste domingo, dia 19, o inverno será ruim, e o agricultor não vai colher a safra.

Abençoado seja o teu nome, ó bondoso São José! Glorificamos o teu dia. Somos teus filhos pela graça do nosso Deus todo poderoso.

Amém!
João Pessoa – PB, 19 de março de 2017.

SEVERINO COELHO VIANA

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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A QUEDA E O VOO

*Rangel Alves da Costa

“Venham até a borda, ele disse. Eles disseram: Nós temos medo. Venham até a borda, ele insistiu. Eles foram. Ele os empurrou... E eles voaram”.

A belíssima frase acima é do escritor e poeta francês Guillaume Apollinaire. E nela está demonstrada a força humana ante o perigo. Ou a capacidade de vencer os obstáculos tidos como insuperáveis.

Chamar até a borda e eles se recusarem a ir por medo. Novamente chamar até a borda e eles seguirem pela insistência. E já à borda, sem tempo de qualquer diálogo ou confabulação, simplesmente serem empurrados. E de repente a queda de cima pelos espaços vazios.

Mas sem que vagassem pelos espaços vazios entre a borda e os desvãos abaixo, pois bastou o impacto do empurrão e logo eles encontraram a única solução que os livrassem do pior: o voo. Mas sequer sabiam que seriam empurrados, sequer sabiam voar, e então como voaram?

Há neste ímpeto de voo uma máxima simbologia. Ou mesmo muitas simbologias a partir de uma mesma situação de voo repentino, num bater de asas como única salvação para se fugir do abismo. E o que realmente significa tal voo?

Eles não sabiam voar, mas foram repentinamente empurrados e se sentiram capazes de voar no instante mais desesperador que podia existir. O que os salvaria senão o voo? Eis o tino humano em busca de soluções em instantes de aflição e sempre encontrando um meio de salvação.

Ante o perigo real, o voo como o encontro da instintiva força humana. Ante o empurrão inesperado, o afloramento ligeiro da capacidade de encontrar uma solução a todo e qualquer custo. Certamente eles não voariam se não fossem empurrados.


Certamente eles não voariam se não fossem empurrados por que não instigados a agir assim. Eis, então, o confronto entre a comodidade e a necessidade. Aquele que só caminha nunca vai saber que também pode voar. Aquele que se contenta somente com a planura do chão jamais conhecerá a beleza das nuvens.

A verdade é que todo ser humano possui asas e sabe voar. A verdade é que toda pessoa tem a capacidade de abrir suas asas e alcançar outros horizontes. Não apenas em instantes desesperadores, mas a todo o momento que deseje fluir sua capacidade de realizar.

O voo após o empurrão se situa no mesmo contexto de outras situações. Ante a sede, bebe-se lama. Ante a fome, se farta de folhagem e de qualquer coisa. Ante o desespero, qualquer saída é sinal de salvação. Estando em jogo a própria existência, então o homem inventa-se dentro de possibilidades antes desconhecidas em si mesmo.

Ainda assim, acaso eles não fossem empurrados e a queda se desse por um descuido qualquer ou por desejo próprio, certamente que não encontrariam tão rapidamente aquela saída do voo. Somente voaram por que foram empurrados.

E sendo tão traiçoeiramente empurrados, então o susto. No susto, o desespero. No desespero, a busca de qualquer luz. Em quantos instantes aflitos assim o homem tem que encontrar as mais rápidas saídas para não sucumbir? Ou faz fruir toda a sua capacidade ou simplesmente desaba.

Há nesse voo uma grande lição: A capacidade de voar deve ser conhecida pelo homem antes mesmo de qualquer situação desesperadora. E assim por que se corre o risco de as asas não abrirem no momento que mais necessitar de um voo que garanta salvação.

E as mesmas palavras dirigidas a você, tão temeroso e amedrontado: “Venha até a borda, ele disse. Você disse: Eu tenho medo. Venha até a borda, ele insistiu. Você foi. Ele o empurrou... E você voou”.

Você teria sido encorajado a voar se não se visse na iminência da queda, de despencar da borda do penhasco? Você se sentiria com tamanha capacidade de vencer aquela tão nova e difícil situação se não fosse instigado a isso?

Agora a vida lhe dizendo: “Suba ao ponto mais alto do penhasco e depois se atire abaixo, de modo a encontrar seu destino de vitória. Você diz: Mas eu tenho medo. Suba logo até a beirada e pule, a vida ordenou. Você subiu. Forças invisíveis o empurraram... E você naquele instante, já em queda livre, criou asas para voar e no voo alcançar outros horizontes, e nos horizontes vencer as demais dificuldades impostas pela vida”.

Agora saiba que perto de você sempre há uma borda. E que alguém pode lhe empurrar a qualquer momento. Cadê suas asas?

Escritor

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VOA SABIÁ

Por Clerisvaldo B. Chagas, 29 de março de 2017 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - “Crônica” 1.654

Vamos brindar os leitores com o mais recente gênero introduzido na Cantoria de Viola Nordestina: Voa Sabiá. Após cada estrofe improvisada de oito linhas (oito versos) por um dos cantadores, ambos cantam juntos o refrão: Voa sabiá/do galho da laranjeira/que a bala da baladeira/vem zoando pelo ar. 

SABIÁ. Ilustração (Alberto Vilas).

Esse gênero veio animar muito as pelejas, o povo se balança com a melodia e canta o refrão com os cantadores. Improvisando:

Lá na fazenda
Logo cedo da manhã
Passa alegre a jaçanã
O azulão vem cantar
O Bem-te-vi
Sempre considerarei
Mas o sabiá é rei
Ninguém pode lhe açoitar

Voa sabiá
Do galho da laranjeira
Que a bala da baladeira
Vem zoando pelo ar
(Bis)

O meu amor
Vem esquentar minha cama
O perfume se derrama
Na penumbra do lugar
A madrugada
Corre nos becos da rua
Eu despido e ela nua
Deixo o amor dominar

Voa sabiá
Do galho da laranjeira
Que a bala da baladeira
Vem zoando pelo ar
(Bis)

No meu sertão
A seca acaba com tudo
Deixa o vaqueiro mudo
Só a sede pra matar
O gado berra
Com fome detrás do morro
Os latidos do cachorro
Fazem seu dono chorar

Voa sabiá
Do galho da laranjeira
Que a bala da baladeira
Vem zoando pelo ar
(Bis)

O Brasil joga
Vamos ver um grande embate
Deus me livre de empate
Deixe meu Brasil jogar
Vou ver o jogo
Hoje Paraguai apanha
Com inteligência e manha
Dos golaços de Neymar

Voa sabiá
Do galho da laranjeira
Que a bala da baladeira
Vem zoando pelo ar
(Bis).


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NO TEMPO DA CASA DO ESTUDANTE EM JOÃO PESSOA/PB

Por Ignácio Tavares de Araújo

Qual foi o estudante pobre que não passou pela casa do estudante? Localizada na Rua da Areia, abrigava centenas de estudantes, - em larga escala do sertão paraibano - que vinham estudar em João Pessoa. Vivíamos em família, mas vez por outra havia estranhamentos por razões de somenos importância. Logo cedo tomávamos o café e pegávamos a poética ladeira da Borborema e seguíamos em direção ao Liceu Paraibano. Todo dia era a mesma coisa, mas aos sábados íamos visitar alguns parentes a fim de pegar um repasto de melhor qualidade.Com certa frequência aos domingos pela manhã fazíamos uma visita ao bar de dona Maria, depois de fazermos uma cota a fim de comprar uma meiota que servia de aperitivo para o raquítico almoço que nos esperava; O bar de dona Maria ficava por trás da Casa e era bastante frequentado. Numa ocasião assistimos ao estranhamento entre Zé doido - zelador da Casa - e um soldado de polícia que era habitual freguês do local. Não sabíamos porque os dois de repente entraram em uma luta corporal e dona Maria aos gritos falava..."Zé Doido o home ´é sordado... sorte o home Zé"... Zé respondia..."é em cima da sorda que quero torar esse filho da puta". Com muita peleja conseguimos apartar a briga e levar Zé Doido pra Casa do Estudante. Isso mesmo, a gente sofria, mas se divertia, principalmente com a turma do Vale do Piancó que se julgava os donos da Casa do Estudante, pelo fato de Wilson Braga, - ex-morador da Casa -, como deputado estadual consignar recursos no orçamento para manutenção da casa. Fiz boas amizades que as mantenho até os dias de hoje... A verdade é que sem a Casa do Estudante seria impossível os estudantes pobres das diversas regiões do estado estudar em João Pessoa onde se localizava os melhores colégios de segundo grau do estado, bem como as melhores faculdades;;Valeu...

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ZEFINHA A GAROTA QUE SUPOSTAMENTE CORISCO E DADÁ A SEQUESTRARAM


Zefinha, a garota que "supostamente" Corisco e Dadá, teriam sequestrado. Foi encontrada debaixo da cama com medo dos tiros trocados entre a volante de Zé Rufino e o casal de cangaceiros.

"Meu padrinho era muito bom pra mim" Teria dito ao repórter do Jornal.


Corisco quando nasceu seus pais estavam separados. Foi criado apenas por sua mãe. E mesmo, ou apesar disso, o terrível facínora conhecido por seus requintes de crueldade, foi um pai amoroso aos seus filhos. 

Sílvio Bulhões filho dos cangaceiros Corisco e Dadá

Várias cartas atestam o seu zelo e amor. Em especial, cito o carinho dispensado ao seu primogênito, Sílvio Bulhões entregue ao padre Bulhões. E o mais incrível, é a reciprocidade do filho ao pai, mesmo sem uma convivência. 

Nessa fala da garota Zefinha ao jornal, percebemos que o "Diabo Louro"  Corisco era muito paternal. Notem que ela se refere ao padrinho, como sendo muito bom!

José Mendes Pereira: 

Comentam-se por aí os escritores e pesquisadores do cangaço que o cangaceiro "Corisco ou Diabo Loiro" não mexia com mulheres. Acredito que por ser feminina, zelou por ela enquanto esteve em sua companhia. 

Mas está faltando uma confirmação desta pergunta que farei agora:

Uns afirmam que ela foi raptada pelo casal de cangaceiros, para que ele fosse protegido, enquanto tivesse se deslocando de um lugar para outro, assim, a polícia deixaria passar, já que aquele casal conduzia uma criança, e jamais os policiais iriam atacá-lo.

E por que ela o chamava de padrinho, já que fora raptada?

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PELOS MEANDROS DA MEMÓRIA: SEGUNDO TRABALHO LITERÁRIO DE AUTORIA DA ARTISTA PLÁSTICA, GEÓGRAFA (ALUNA EGRESSA DO CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA DO CAMPUS CENTRAL DA UERN) E ESCRITORA FRANCI DANTAS

Por José Romero de Araújo Cardoso

Artista plástica, geógrafa (aluna egressa do Curso de Licenciatura em Geografia do Campus Central da UERN) e escritora Franci Dantas segurando com carinho, como a um filho (a), seu segundo trabalho literário, intitulado Pelos Meandros da Memória


Segundo trabalho literário de autoria da artista plástica, geógrafa (aluna egressa do Curso de Licenciatura em Geografia do Campus Central da UERN) e escritora Franci Dantas.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CASA DO COITEIRO DE LAMPIÃO EM SÃO JOÃO DOS LEITES - FLORES PE

https://www.youtube.com/watch?v=YFTo7pCtH3M

Casa do coiteiro José Josino de Góis, em São João dos Leite, também, era proprietário da fazenda Baixa do Juá, próximo ao povoado do Tenório, onde mataram Livino Ferreira, irmão de Lampião.

Uma das primeiras fotografias do bando de Lampião (primeiro à esquerda). Nessa fotografia de 1921 ou 1922 está ainda o seu irmão, Antônio Ferreira (último à direita), o outro irmão Levino Ferreira (terceiro) e o irmão de criação e amigo, Antônio Rosa Ventura (segundo).

Enviado em 29 de janeiro de 2009
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https://www.facebook.com/groups/545584095605711/?fref=ts

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LAMPIÃO E O MAJOR TIBURTINO ALVES DE CARVALHO BARROS: ( BISA-AVÔ DE DR: RONALDO LUSTOSA DE CARVALHO).

Acervo do Paulo George

Depois do tiroteio da Fazenda Tapera, município de Floresta-Pe, Lampião e seu bando (93 cabras) chega na Fazenda Água Branca do major Tiburtino com dois cangaceiros baleados, João Cesário "Coqueiro", e José Paulino "Gengibre". 

Lampião insistiu que o major Tiburtino ficasse com os feridos, e o major disse:

- Virgulino, eu não posso ficar com cangaceiro porque eu sirvo ao governo, sou major da Guarda Nacional, e além do mais, sou juiz distrital, e eu não posso servir ao cangaço de maneira alguma.

O filho do major Tiburtino “Alcides Alves de Carvalho Barros” ficou ao lado ouvindo a conversa e preocupado, pois Lampião não satisfeito poderia queimar toda a fazenda ou até mesmo matar.

Lampião disse-lhe:

O senhor é quem sabe por onde é mais perto. Eu já sou inimigo do seu genro “Martins Rodrigues” da Caieira, no município de Salgueiro, e sei que o senhor é sogro também de Helvécio Pires de Carvalho, da vila de Belém (Belém do São Francisco Pe). E me disseram que ele tem muitas armas e dinheiro. O senhor é quem sabe por onde quer ir, se me quer como inimigo ou me quer como coiteiro ".

Alcides vendo aquele clima, se prontificou de cuidar dos cabras baleados. Passando vários dias, os cabras já restabelecidos, foram embora.

No dia 23 de agosto de 1927, terça feira, o major Tiburtino foi intimado a comparecer ao distrito de Carnaubeira da Penha, que na época, pertencia à Floresta Pé, para depor sobre esses acontecimentos, suspeito de ter dado tratamento aos cangaceiros em sua propriedade.

Acompanhado do seu filho Alcides e escoltado pelo tenente Arlindo Rocha que durante todo o trajeto, Alcides disse tudo que ocorreu, e que culpa nenhuma tinha seu genitor, e disse ainda ao tenente que, se alguém tivesse que ser preso, tinha que ser ele, e não seu pai, que nunca tinha saído de casa para levar nem sequer uma xícara de café para cangaceiro.

No dia 17 de setembro de 1927, numa segunda-feira, o major Tiburtino foi escoltado até vila Bela (Serra Talhada-Pe), regressando na quinta-feira, 10 de novembro de 1927, para sua fazenda, e posteriormente obrigado pela justiça a retirasse no dia 22 de dezembro de 1927, para cidade de Belém do São Francisco-pe, vindo retornar de Belém no dia 27 de setembro de 1928, numa quinta-feira.

Depois desses acontecimentos desgostosos com as penas e perseguições, o major tiburtino Alves isolou-se em sua propriedade, e faleceu repentinamente no dia 27 de novembro de 1929, sexta-feira, aos 63 anos, 8 meses e  23 dias.

Fonte: livro As Cruzes do Cangaço.

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5

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O CORDEL BRASILEIRO: ENTRE O ÓDIO DAS ELITES E O AMOR DOS RESISTENTES


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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A ÚNICA FILHA DE LAMPIÃO E MARIA BONITA EXPEDITA FERREIRA


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ICOP - INSTITUTO CULTURAL DO OESTE POTIGUAR

Por Benedito Vasconcelos Mendes

O Presidente da Comissão Organizadora das Festividades dos 60 Anos de Fundação do ICOP-Instituto Cultural do Oeste Potiguar, escritor Antônio Clauder Alves Arcanjo divulgou os nomes dos outros membros da referida comissão: David de Medeiros Leite, José Edilson de A. G. Segundo e Paulo Medeiros Gastão. 

O Prof. Benedito Vasconcelos Mendes , Presidente do ICOP, esteve hoje com o escritor Clauder Arcanjo trocando ideias sobre a programação da solenidade festiva que ocorrerá no dia 30 de setembro próximo, para marcar os 60 anos de criação da mais antiga instituição cultural da região oeste do Rio Grande do Norte. 

Os detalhes e os principais pontos da referida sessão solene serão discutidos e aprovados pelos membros da Comissão Organizadora.  

Espera-se que seja uma grande festa cívica, que contará com o apoio das Academias de Letras e outras instituições congêneres, Universidades, Entidades de Classe, Maçonaria, Clubes de Serviços, Meios de Comunicação, Prefeitura de Mossoró, Conselho Estadual de Cultura e Fundação José Augusto (Secretaria Estadual de Cultura ), com a participação efetiva dos estudantes, professores e do povo em geral. 

Mossoró, como a Capital Cultural do Semiárido Brasileiro, saberá reconhecer os méritos dos abnegados intelectuais do passado, que no dia 30 de setembro de 1957 fundaram este instituto cultural. 

O Fundador do ICOP, Prof. João Batista Cascudo Rodrigues, auxiliado por Jerônimo Vingt-Un Rosado Maia, José Leite, Dalva Stella Nogueira Freire, Manoel Leonardo Nogueira, Luiz Fausto de Medeiros, Cônego Francisco de Sales Cavalcanti, José Octávio Pereira Lima, José Maria Gonçalves Guerra, Monsenhor Raimundo Gurgel do Amaral, Gilberto Tamyarana de Sá Barreto e Moacir de Lucena, por ocasião dos festejos da Abolição dos Escravos do dia 30 de setembro do ano de 1957, presentearam Mossoró com a primeira instituição cultural de nossa região.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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NOTA DE PESAR!


É com pesar que a ADUERN informa o falecimento do docente André Camurça de Almeida, lotado na Faculdade de Ciências da Saúde (FACS).

O falecimento ocorreu em Mossoró na noite da sexta-feira (24) e o sepultamento foi realizado em Fortaleza (CE) no sábado (25).

A ADUERN deixa suas mais sinceras condolências a amigos e familiares.

Jornalista
Cláudio Palheta Jr.
Telefones Pessoais :
(84) 88703982 (preferencial)
Telefones da ADUERN:

ADUERN
Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Fone: (84) 3312 2324 / Fax: (84) 3312 2324
E-mail: aduern@uol.com.br / aduern@gmail.com
Site: http://www.aduern.org.br
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidente da ADUERN
Lemuel Rodrigues

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso


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BANDEIRANTE (EDHIR IZZI LINS)

Por Jorge Carvalho de Mello
Bandeirante (Edhir Izzi Lins) - Nascimento 16 de Setembro de 1923 Falecimento 18 de Outubro de 1980
Naturalidade Rio Claro (SP) 

O maior legado de Bandeirante para o violão brasileiro é o pioneirismo do ensino pelo método de cifras, além de ser o introdutor das primeiras concepções sobre harmonia funcional no país. Desde os anos 1940 até perto de morrer, foi professor de inúmeros músicos e artistas, entre eles Carlos Lyra e Bola Sete, e publicou vários livros nos quais difundiu sua didática revolucionária.  

Antes de Bandeirante, os métodos de violão até então existentes eram, na verdade, coleções de acordes, enquadrados em nomenclatura bem simples, com expressões do tipo “primeira do tom”, “terceira do tom” e “preparação”. É verdade que o uso de cifras já era utilizado no Brasil, como nos arranjos escritos da Rádio Nacional, mas faltava a aplicação no ensino do violão. Coube ao Bandeirante inaugurar essa didática. 

Neste sentido, Bandeirante é considerado precursor das revistas de violão e guitarra, as chamadas “vigus”, que invadiram as bancas de jornais do país, sobretudo entre as décadas de 1970 e 1980. Da mesma forma, os livros de Bandeirante representam a base inicial para métodos surgido depois, como o de Paulinho Nogueira e, principalmente, os de Almir Chediak, que empreendeu grandes mudanças editoriais no campo de acordes cifrados, harmonia e a coleção de dezenas de songbooks.    

Origem

Filho do tenente do Exército Manoel Balbino Lins e de Thereza Izzi Lins, Edhir Izzi Lins nasceu em Rio Claro, São Paulo. Começou a estudar violão aos 15 anos, já morando na capital paulista, e praticamente sozinho, pois ao que consta a família não tinha inclinações musicais. Os progressos no instrumento foram tão vertiginosos que ele abandonou a tentativa de seguir os rumos do pai, apesar de inicialmente ter se planejado nesse sentido.

Na trajetória pelas emissoras, Bandeirante começou tocando na Rádio Clube de Rio Claro, em 1939.  Em 1940, passou a se apresentar nas rádios Record e Piratininga, em São Paulo e, dois anos depois, acompanhou em festivais, cinemas e teatros os grandes cantores como Francisco Alves, Carlos Galhardo, Orlando Silva e Vicente Celestino, com que chegou a fazer uma pequena excursão pelo interior paulista.

Em 1943 integrou a orquestra do maestro J. França. É a partir desta época que Bandeirante tem interesse de desenvolver um método diferente para o ensino do violão. Este processo passou a ser conhecido mais tarde pelo nome de cifras.

Bandeirante na Orquestra de J França

Cassino e boates cariocas

Em 1945, Bandeirante foi morar na cidade do Rio de Janeiro, indo trabalhar em lugares como Cassino da Urca, Hotel Quitandinha, Boates Casablanca e Nigth and Day, junto a orquestras dirigidas por Vicente Paiva, George Brass e Waldemar Szpillman e conjuntos como os de Djalma Ferreira, Waldyr Calmon e os Milionários do Ritmo. Ao longo de 1950, na programação da Rádio Guanabara, aparece com frequência “Bandeirante e seu conjunto”.

Nesse mesmo ano integrou como guitarrista do sexteto de Georges André, junto com Abel (clarinetista), Carlinhos (pianista), Gugú (contrabaixista), Gaúcho (baterista) e Roberta (cantora) (Carioca,17/08/1950,pg52).

Professor de violão e guitarra

Ainda em 1950 – e com o slogan de professor Bandeirante da Rádio Guanabara - ele anunciava em jornais o Curso Euterpe, no qual dava aulas de violão e guitarra havaiana por um “método ultramoderno, bastante prático e eficiente”. O músico também ensinava como transformar um violão acústico em elétrico, adaptando no instrumento o novo intersonus que, para amplificar o som, era ligado a aparelhos de rádio.

As aulas podiam ser individuais ou coletivas e até por correspondência. Bandeirante ensinava também cavaquinho e bandolim e as aulas presenciais eram dadas em sua casa, que ficava numa vila na rua Voluntários da Pátria nº 34, em Botafogo, Rio de Janeiro.

Em 16 de setembro de 1951, apresentou-se na Rádio Ministério de Educação, no programa A Hora do Comerciário, como integrante do trio formado por ele, Babi de Oliveira (Piano e solovox) e Gumercindo Silva (contrabaixo). Nessa apresentação, Bandeirante tocou violão elétrico, guitarra havaiana e violão celeste (Diário de Notícias, 16/09/1951, pg8).

Discos

Na série de LPs de 10 polegadas da gravadora Rádio - Ritmos Melódicos - inaugurada por Waldir Calmon e seu Conjunto em 1952, o segundo disco foi gravado por Bandeirante e Seus Melódicos, que em outubro do mesmo ano liderou a lista dos “dez discos mais vendidos na semana que passou”, da loja especializada de W. M. Reis (que ficava na Av. Rio Branco, esquina com a rua do Ouvidor). Na esteira do sucesso, Bandeirante e Seus Melódicos atuaram em bailes, como na Festa de Coroação da Rainha do E. C. Trieste, em 13 de dezembro, e no réveillon da Associação Atlética do Banco do Brasil.

Em janeiro de 1953, Bandeirante reabriu o curso, ensinando a solar e a acompanhar músicas no violão, guitarra havaiana, cavaquinho e bandolim. No anúncio publicado no Jornal do Brasil, em 31 de janeiro (pg 12), ele sugere aos futuros alunos a escutar nas lojas de discos o LP Bandeirante e Seus Melódicos. As atividades didáticas foram continuadas ao longo daquele ano.

No cinema, Bandeira participou da comédia Carnaval em Marte, produzida e dirigida por Watson Macedo, com elenco formado por Anselmo Duarte, Ilka Soares e Violeta Ferraz. Na parte musical, os sucessos para o carnaval de 1955, eram apresentados por Ângela Maria, Emilinha Borba, Linda Batista, Carmen Costa, Jorge Veiga, Jorge Goulart, Caubi Peixoto, Bandeirante e Seus Melódicos e outros artistas. (Diário Carioca.09/01/1955)

Sinter, Uruguai e Argentina

De contrato assinado com a Sinter desde o final de 1953, Bandeirante e Seus Melódicos gravaram dois 78 RPM. O primeiro deles, lançado em 1954, tem a polca Rumo à Suiça e o bolero Ibéria, ambas de sua autoria. Já em março de 1956, veio o segundo disco, no qual Bandeirante lança mais duas de suas músicas: o baião Saara e o bolero Lembranças.

De acordo com vários jornais da época, a exemplo de Fon Fon (26/03/1955, pg 12), Diário Carioca (06/02/1955,pg2) e A  Noite (22/04/1955,pg9),  Bandeirante e Seus Melódicos lançaria o LP Sucessos Populares. Mas esse disco encontra-se desaparecido. Ainda em 1955, o conjunto de Bandeirante atuou na boate Stud do Téo, em 2 de março, com o concurso dos cantores Waldir Foster e Olinda Alves.

Pioneiro do ensino pelo método de cifras e o introdutor no Brasil, em fase embrionária, da análise funcional em harmonia

Desde abril daquele ano, Bandeirante e Seus Melódicos tocavam na Rádio Carve e na Confeitaria Ateneo, em Montevidéu, no Uruguai. Consta que eles estavam contratados pela gravadora Sondor, já tendo gravado um disco e em processo de gravação de um segundo (Diário da Noite,05/07/1955, pg 7). Após temporada em Montevidéu, eles se apresentaram na boate King’s Club, em Buenos Aires, Argentina. Nessas apresentações, o grupo contava com a participação do excêntrico Lord Chevalier e da cantora Jandira (O Jornal,30/11/1955,pg 7). Na capital portenha, eles também atuaram em programas de rádio e televisão (Revista do Rádio,24/12/1955, pg 40).  

Pioneiro da cifra e da análise funcional

Ainda em 1955, Bandeirante lançou o livro ABC do Violão que, segundo o Jornal do Brasil, era composto de 2 mil acordes dissonantes cifrados (24/09/1955,pg 22). Esta parece ser a primeira referência sobre o ensino de violão por cifras no Brasil.

Outro livro, ainda mais revolucionário, estava para ser lançado: Teoria, Cifras e Violão, Piano e Acordeão, dedicado ao grande amigo Garoto (Aníbal Augusto Sardinha), fez grande sucesso, ampliando para piano e acordeon os solos e acompanhamentos com harmonias modernas. Nessa obra encontra-se o embrião da análise funcional no país.

No final do livro, o autor cita vários alunos que participaram do processo de elaboração da obra, entre eles Carlos Lyra e Bola Sete, que mais tarde teriam fama internacional. A lista inclui Hamilton Costa (violonista de Waldir Azevedo), Candinho (violonista e compositor, que formou o Trio Penumbra, com Luiz Eça e o baixista Jambeiro), Stelinha Egg (cantora, compositora e atriz) e Tereza Conceição (violonista que foi também aluna de Garoto, Luiz Bonfá e Othon Salleiro).

O arquiteto e fotógrafo Celso Brando (que gravou com Roberto Menescal, a cantora Wanda Sá e o pianista Tenório Jr.) e o médico Carlos Gomide também tiveram aulas com Bandeirante e são citados no livro, mas não seguiram como músicos profissionais, embora jamais tenham abandonado a música. Segundo Gomide, o livro do Bandeirante foi referência para a grande maioria dos violonistas que migraram para a Bossa Nova.

Bandeirante ampliou o leque de publicações, com Harmonilândia e suas revistinhas, ABC do piano, ABC do violão, Be-a-Bá do Violão, Cifrasolo e Ritmolândia (disco), na década de 1960, de tal forma que alguns outros professores anunciavam aulas de violão pelo método do Bandeirante.

Esposa e filhos

Em 10 de dezembro de 1960, Bandeirante se casou com Eny Rocha Lins, com quem teve os filhos Suely. Shirley e Ricardo. Dos três, Shirley foi a única que herdou o talento do pai e, mesmo sem seguir carreira profissional, tocava por lazer dentro de casa e estudava a fundo o instrumento.

Como demonstração de amor que tinha pelos filhos Bandeirante sempre se apresentava com uma chupeta pendurada no braço de seus instrumentos – na altura das tarraxas - fosse cavaquinho, violão ou guitarra. Fazia a mesma coisa no retrovisor do automóvel. O símbolo da chupeta também estava presente nos livros que escrevia, todos eles confeccionados e publicados pelo próprio autor.

Revenda de instrumentos

Além das aulas que ministrava, Bandeirante vendia e trocava instrumentos musicais. Com esse objetivo, costumava viajar de trem ou de vespacar (que nem motocicleta de três rodas) para São Paulo, onde comprava violões na Del Vecchio para revendê-los em sua residência em Botafogo, no Rio.

Na década de 1970, Bandeirante continuou firme dando aulas, em jornadas que começavam por volta das 8 horas da manhã e podiam se estender até tarde da noite. Mas reduziu as apresentações. Ainda assim, tocou por um período no restaurante Bozó, que funcionava na Rua Dias Ferreira, no Leblon, nas terças e quintas. Ele só parou de trabalhar em junho de 1980, quando adoeceu por problemas na próstata e de diabetes. Morreu em 18 de outubro de 1980, no Rio de Janeiro. O reconhecimento de Bandeirante é muito aquém da sua importância. Com ajuda dos filhos do violonista, o Acervo Digital do Violão Brasileiro teve acesso a fotos e a informações complementares para produzir este verbete.

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