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quarta-feira, 24 de março de 2021
O MAIOR E MAIS IMPORTANTE ENCONTRO DE EX-CANGACEIROS DO BANDO DE LAMPIÃO
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O jornalista Humberto Mesquita que, juntamente com a historiadora Maria Christina Russi da Mata Machado, no ano de 1968 reuniu vários ex-cangaceiros do bando de Lampião, entre outros personagens da história cangaceira, conta com riqueza de detalhes toda a trama que culminou no maior e mais importante encontro realizado entre os antigos comandados de Virgolino Ferreira da Silva o célebre Lampião.
Um encontro histórico único que foi de fundamental importância para a construção da história cangaceira e que inspirou toda uma geração de estudiosos do tema cangaço. A partir desse encontro de ex-cangaceiros a história tomou novos rumos e muitas novas informações foram acrescidas a história e outras tantas corrigidas.
Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. INSCREVAM-SE no canal e ATIVEM O SINO para receber todas as nossas atualizações.
Forte abraço... Cabroeira!
Atenciosamente: Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador dos canais Cangaçologia e Arquivo Nordeste.
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LIVROS
Vandilo Brito
Hoje recebi mais duas obras para compor a minha biblioteca sobre o cangaço.
Seguindo nos estudos e pesquisa sobre o tema!
Agradeço ao professor Francisco Pereira Lima pelo envio dos livros! Obrigado, mestre!
Abraço fraterno!
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CLEMENTINO QUELÉ À FRENTE DE PARAMILITARES ACOCHA LAMPIÃO
Por João Costa
Acossado pelos homens da lei de Pernambuco por matar ladrões de animais quando exercia a função de subdelegado, Clementino José Furtado, o Clementino Quelé, à frente de irmãos e outros parentes se associou ao bando de Virgulino Ferreira, tornando-se, entre os anos de 1922 e 23, um chefe de subgrupo por contar com extrema confiança de Lampião em decorrência de sua capacidade de liderar, planejar e combater.
Mas foi por pouco tempo. Por conta de um desentendimento sério com o cangaceiro Meia Noite, outro chefe de subgrupo, que não aceitara no bando a presença de um desafeto seu, chamado Terto Barbosa, bandoleiro intimamente ligado a Quelé e que se apresentaria no bando a convite deste.
- Se esse Terto aparecer por aqui eu mato! Foi o aviso claro de Meia Noite, dado tête-à-tête a Clementino.
Quelé sobe o tom de voz, argumenta que Terto é de sua inteira confiança, disposto e valente e que seria de muita serventia ao bando; ainda assim Meia Noite não cedeu, o clima azedou, a turma do “deixa disso, aquieta e arreda” interveio e os ânimos se acalmaram.
Mas bastou Clementino se ausentar do coito para tratar de outros assuntos, eis que Terto Barbosa e um irmão se apresentam para o ingresso no bando a serviço de Clementino.
Meia Noite entendeu a chegada dos irmãos como desaforo, saca de suas armas para matar os dois irmãos, mas é demovido pelos demais cangaceiros. O clima está nessa tensão momento em que Clementino retorna ao coito e é informado do sucedido, fica uma fera e chama Meia Noite para briga.
Clementino saltou no terreiro já insultando Meia Noite de palavrões.
- E se você for homem puxe das armas, e se você, negro safado, está confiante no seu chefe, pode vir os dois pois não tenho medo de homem nenhum nesse mundo de meu Deus!
De novo o “aquieta e arreda” para acalmar as duas feras. Não há como conciliar mais interesses comuns; Clementino deixa o bando de Lampião e passa a ser tratado como inimigo; nos meses seguintes Quelé sentirá na pele o ônus de ter virado inimigo figadal de Virgulino.
Quelé
A recíproca também seria verdadeira.
Numa manhã de janeiro de 1924 Quelé é despertado com a casa cercada por um bando de sessenta cangaceiros e não demorou muito para o “Tamanduá Vermelho” – este era o apelido de Clementino dado pelo próprio Lampião – reconhecer pela brecha da porta seus agora arqui-inimigos Meia Noite e Virgulino Ferreira, além de outros celerados como Antônio Mariano, Félix, José Paulo e Luiz Pedro.
Em meio ao tiroteio pesado Lampião se faz ouvir.
- Vou colocar a casa abaixo e tudo que estiver de pé, anda ou rasteja, hoje vai morrer sem ter pra quem apelar.
- Não se faça de rogado, Virgulino. Se derrubar e entrar, a gente mata na faca, foi a resposta de Quelé.
Cerca duas horas de tiroteio cerrado, a volante do sargento Higino Belarmino aparece em socorro de Quelé, botando o bando de Lampião em fuga.
Enquanto Lampião escapa em direção ao seu coito seguro no Saco dos Caçulas, em Patos do Irerê(PB), Clementino chora a morte do irmão Pedro Quelé ao tempo em que trata dos feridos e organiza uma força paramilitar formada por irmãos, parentes e agregados, para caçar, combater e dar cabo de Virgulino.
- A vingança é minha e descanso eu não tenho até sangrar esse cego miserável, é o mantra repetido por Quelé por onde passa ao longo da divisa de Pernambuco e Paraíba.
Lampião segue sua jornada de saques e incêndios nas cercanias de Triunfo e Flores(PE) ora transitando pelas regiões de Princesa e Conceição para se esconder no lado paraibano, ora escalando as cercanias da Serra do Catolé, tendo como visão a monumental Pedra Bonita, ou do Reino, em São José do Belmonte.
No seu encalço tropas pernambucanas despachadas pelo major Teófanes Torres em combinação com as volantes paraibanas, incluindo os paramilitares de Quelé não dão sossego.
Nas imediações do sítio Jordão, lado pernambucano próximo a Serra do Catolé, Virgulino se depara com essa coalização de volantes, o tiroteio é infernal e, no calor do combate, um tiro de fuzil atinge Lampião e sua montaria.
Lampião ferido no pé fica preso ao animal no chão, em seu socorro vem o cangaceiro Juriti (o primeiro), que abre uma linha de tiro; descargas de fuzis recrudescem, Virgulino se desvencilha do animal e ganha a caatinga se arrastando.
Na Serra do Catolé Virgulino é amparado em coito seguro de um tal José Menezes à espera de tratamento, que chega pelas mãos do cangaceiro Cícero Costa, espécie de curandeiro e enfermeiro do bando.
Mas Clementino está na área e não dá sossego nas diligências, vasculha moita por moita, sítio por sítio, grota por grota, bota pressão em possíveis coiteiros; o acocho é grande e Lampião localizado, mais uma vez.
Mas a hora de Virgulino não havia chegado. Novo cerco, novo tiroteio, e Lampião escapa inexplicavelmente tendo o ferimento no pé se rompido.
O jeito foi voltar para o Saco dos Casulas, onde Marcolino Diniz providencia tratamento médico adequado.
Sem a mesma sorte de Virgulino, o cangaceiro Lavandeira, que durante os tiroteios esbravejava que só ele valia por dez soldados paraibanos, é capturado e o mesmo calvário enfrenta Cícero Costa.
Clementino Quelé sangrou os dois, impiedosamente.
Acesse: Blogdojoaocosta.com.br
Baseado nos livros; “Lampião na Paraíba – Notas para a História, de Sérgio Augusto de Souza Dantas.
Lampião: a raposa das caatingas, de José Bezerra Lima Irmão
E artigos do historiador José Tavares
Foto1. Serra do Catolé e sua Pedra do Reino. F2. Clementino Quelé. F3. Lampião.
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CHAPÉU DE COURO NA ESTÉTICA DO CANGAÇO PRODUZIDO COM PELE DE SERVIDAE CATINGUEIRO, PELO ARTESÃO QUIRINO LAMPIÃO.
Por Quirino Silva
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NOTA DE PESAR!
Por Relembrando Mossoró
O Relembrando Mossoró vem comunicar o falecimento do radialista Paulo Bertrand Medeiros de Carvalho, que ocorreu no Estado da Paraíba, vítima de infarto.
Paulo Bertrand Medeiros de Carvalho nasceu no dia 16 de abril de 1952, no município de Mossoró-RN; filho de Paulo da Costa Carvalho e Luiza Medeiros de Carvalho. Sendo de uma família de oito filhos, foi criado no bairro Doze Anos, precisamente à Rua Felipe Camarão.
Estudante da Escola Moreira Dias e Colégio Diocesano Santa Luzia, universitário da antiga FURRN, cursando Geografia e Direito, descobriu que tinha talento para ir além. Caiu nas graças do rádio local, dedicando-se à arte da comunicação por anos.
Ele chegou ao rádio primeiramente na Rádio Rural de Mossoró, através de um concurso, admitido em 01 de fevereiro de 1972. Nesta emissora trabalhou no período de 01 de setembro de 1978, logo após o período de serviço militar no Tiro de Guerra. Antes, porém, trabalhava como substituto no cartório distribuidor e contador da Comarca, ao lado do seu irmão Paulo Bertoldo e, do seu pai, na época o titular, sendo chamado para atuar primeiramente como locutor e redator do noticiário, e posteriormente da Rádio Rural, atuou na Rádio Difusora de Mossoró, no início de 1974, quando da nova direção. Assim, como foi contratado também, como jornalista da sucursal da Tribuna do Norte de Natal, juntamente com Rogério Cadengue que veio de Natal para Mossoró em 1977. Voltou ainda a atuar na Rádio Rural em 1978, e em seguida teve atuação no magistério como professor do Colégio Dom Bosco, no ano de 1979.
Inicialmente, começou como locutor do tradicional "Notas e Avisos" até chegar ao destacado programa "Minha Cidade é um Show", onde o ouvinte participava solicitando sua música preferida e comentava alguma coisa, tanto gravado, na época via telefone, ou através de entrevistas pelos bairros, feitas com gravador de fita cassete, selecionando previamente o ouvinte. Era uma espécie de viva-voz, o que causava maior sucesso. Na Rádio Difusora, trabalhou apresentando o programa "Cidade Aflita" e noticiava nos jornais falados.
Naquela época, o rádio atuava grandes radialistas: Emery, Every e Ellery, além de seu Mané, Benício Filho, Renato Severiano, François Paiva e outros. Na Rádio Difusora onde também ele atuava, fazia tabelinha nos noticiários, igualmente com Givanildo Silva, uma das grandes vozes da época, assim como Paulo Bertrand alcançou ainda Zé Maria Madrid, que tinha retornado de sua vivência pelo Ceará; Caby Costa Lima, destacando nos esportes, com Edmundo Torres, Assis Cabral e os grandes locutores esportivos contratados na época para elevar a audiência das transmissões esportivas: os saudosos Paulo José e Aldir Frazão Doudement, depois Roberto Machado, como também Patrício de Oliveira. Para levantar ainda mais a audiência do “Cidade Aflita” foi trazido de Campina Grande, o saudoso Jota Barbosa, assim como de Natal veio Jota Belmont e todo mundo em evidência na sua área, como Edmilson Lucena e outros mais.
Paulo Bertrand depois abandonou o rádio e foi embora para o Estado da Paraíba, num período de férias passou pela Paraíba, particularmente Campina Grande, onde se estabeleceu concluindo o curso de Direito, atuando também no rádio jornalismo, nos Diários Associados, Rádio Borborema e Diário da Borborema, no início de 1981, onde foi diretor artístico, da Rádio Borborema, reencontrando Jota Barbosa e outros destaques da radiofonia, considerada destacada nacionalmente pela força dos Diários Associados que ainda monopolizavam no Nordeste, onde ficou até 1988.
Em seguida prestou concurso e foi aprovado para delegado de Polícia Civil de carreira, na recém-criada polícia de carreira da Paraíba, onde exerceu diversas funções em várias cidades paraibanas. Ele morava e trabalha em Campina Grande-PB, exercendo como titular na 7ª Delegacia Distrital, e desde então se afastou das atividades no rádio jornalismo.
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O GUARDA, A PESTE E O CANTADOR
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de março de 2021
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Essa pandemia faz lembrar o combate à peste, doença transmitida pelo rato. Isso já foi após a campanha da varíola que o povo chamava de “bexiga” e matou muita gente. Havia vários guardas de peste em Santana do Ipanema. Na minha rua morava um deles, na Travessa Benedito Melo morava outro e na Avenida N. S. de Fátima também. Inclusive, estourara o escândalo em que uma criança havia sido estuprada pelo guarda da Avenida. Dirigindo-me ao Grupo Escolar Padre Francisco Correia, encontrei multidão defronte a casa do homem, ou pedindo Justiça ou querendo linchá-lo. Nunca soube no que deu. O chamado guarda de peste deixava uma bandeira na porta ou janela da casa visitada, enquanto procurava colocar medicamento nos potes e em outros depósitos d’água. Muita gente fazia como os que hoje não querem usar máscara, isto é, não deixavam o guarda colocar o remédio. Alegavam que o líquido ficava com gosto estranho.
Os dedicados funcionários saiam também pela zona rural e muitas vezes passavam dias fora de casa. Como todo combate às doenças, em alguns lugares eram bem recebidos, em outros, escorraçados.
Certa feita, o poeta repentista já mencionado aqui em outro trabalho, Joaquim Vitorino, descansava numa rede no alpendre de uma fazenda, quando chegou um daqueles guardas. Joaquim fez uma crítica amarga ao futuro concorrente de um bom almoço na casa do fazendeiro. Sapecou-lhe uma décima:
Aqui no meu Nordeste
Vem gente igual ao senhor
Goza mais do que doutor
Nesse negócio da peste
Andando pelo agreste
Não lhe falta o que comer
E com esse parecer
A profissão tem regalo
Comendo galinha e galo
Botando o pote a perder
Não se brinca com repentistas.
REDE DE DORMIR (FOTO/DIVULGAÇÃO).
ANTÔNIO AMAURY EM HOMENAGEM NA REESTREIA DOS GRANDES ENCONTROS CARIRI CANGAÇO 2021
Por Manoel Severo
Antônio Amaury nos Grandes Encontros Cariri Cangaço 2021
ANIVERSÁRIO DO PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA
Por Conrado Matos
Vou falar na linguagem sertaneja. Hoje é aniversário de Padim Ciço. O Padim, considerado um santo pelos sofredores do sertão nordestino, nasceu no dia 24 de março de 1844. Deixo aqui o meu poema em sua homenagem.
REZAR PRA MEU PADIM CIÇO ROMÃO
Poesia de Conrado Matos
Tanta ingratidão no meu sertão
Vou fazer uma reza
Pra meu Padim Ciço Romão
A enchente vem de vez
Mata plantação
E quando não chove, seca tudo
Arrasa com meu feijão
Não tem jeito não
Quando não chove racha chão
Quando vem trovoada
O raio derruba meu mamão
Que perseguição!
Sertanejo nasceu pra sofrer
Prato vazio sem ter o que comer
E de manhã cedo parte pra roça
Antes do sol nascer
Conrado Matos - Psicanalista, Poeta, Filósofo, Escritor sergipano, residente em Salvador há 39 anos. Autor do livro A RECEITA da FELICIDADE vem de VOCÊ. Sócio Honorário do Programa NAÇÃO NORDESTINA. Especialista em Educação em Gênero e Direitos humanos pela Universidade Federal da Bahia/Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas UFBA.
https://www.facebook.com/permalink.phpstory_fbid=1578349162364962&id=100005696808637¬if_id=1616597076900543¬if_t=tagged_with_story&ref=notif
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GRANDES ENCONTROS CARIRI CANGAÇA
Hoje, quarta-feira, dia 24/03 às
19h30; reestreia de Grandes Encontros Cariri Cangaço. No programa da noite
teremos a Homenagem Especial ao inesquecível ANTONIO AMAURY CORREIA DE ARAUJO.
Manoel Severo, Curador do Cariri Cangaço, recebe os pesquisadores; Leandro
Cardoso e Luiz Ruben além do Psicólogo
; filho de Antônio Amaury; numa noite que promete.
Você é nosso convidado especial.
CANAL DO YOUTUBE DO CARIRI CANGAÇO.
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