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sábado, 9 de maio de 2015

ANTÔNIO AMAURY SENDO ENTREVISTADO POR PAULO GASTÃO

Por Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=jDc0nPpkzUA

TÚNEL DO TEMPO..!....ENTREVISTA FEITA A MAIS DE 20 ANOS, ATRÁS....NELA, O MESTRE AMAURY FALA SOBRE JULGAMENTO SIMULADO DE LAMPIÃO NO SÍTIO PASSAGEM DAS PEDRAS-PE; DO FALSO EZEQUIEL (irmão de Lampião), E DE OUTROS ASSUNTOS...CONFIRA...!
Créditos: Aderbal Nogueira.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

Vídeo do acervo da "Laser Vídeo" de propriedade do cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira

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PROFESSOR HONÓRIO DE MEDEIROS


O prof. Honório de Medeiros, o tive como aluno na UFRN. Brilhante. Depois fomos colegas docentes na Universidade Potiguar. Estudioso do fenômeno do cangaço. Empreendeu uma garimpagem hercúlea para traçar o perfil do bandido Massilon. Que aliás, permeava com suas ações de rapina na Serra de Luiz Gomes e adjacências, oeste Potiguar, terra também do Prof. Honório. Embora tenha participado da invasão da Urbe mossoroense no ano de 1.927. 

Massilon

Não podemos atribuir a ele, a condição de cangaceiro na expressão da palavra. Está mais para um típico matador de aluguel, pistoleiro, que eventualmente participou do bando de Lampião. Tanto é assim definido, que não está na galeria do cangaço potiguar. 


A exemplo do que foi Jesuíno Brilhante, o cangaceiro romântico da Serra do Cajueiro, na jurisdição do Município de Patu (RN), cuja gesta teve evidência no terceiro quartel do Sec. XIX, (l874-l879), e fez história distribuindo cereais na grande seca de l877,l878 e l879, entre os famintos dos sertões potiguares. 

O cangaceiro Sinhô Pereira

A exemplo do que representou Senhor Pereira, da vila de São Francisco, quando foi escolhido pela família para defender a honra dos Pereira, frente aos Carvalhos. Tanto é uma máxima essa referência que faço aos dois últimos, que efetivamente são considerados pela literatura como típicos exemplos de cangaceiros "à lá Robin Hood, ou cangaceiros mansos.

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

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"A VIDA BREVE E VERTIGINOSA DO CANGACEIRO MASSILON"

Por Enéas Athanázio

A existência do célebre cangaceiro Massilon se envolve em mistérios e lendas. Nem sempre é possível separá-los da realidade biográfica. As dificuldades começam pelo nome. Para alguns seria Antônio Massilon Leite, para outros Massilon Leite, Massilon Diógenes, Macilon ou Benevides. O historiador Honório de Medeiros, depois de longas pesquisas e intensa peregrinação no rastro do cangaceiro, chegou à conclusão de que ele, na verdade, se chamava Floriano Gomes de Almeida, conforme certidão do registro de óbito obtido em cartório e na qual constam os nomes corretos de seus país (*). Não obstante, foi como Massilon que fez carreira no cangaço e se tornou conhecido.


Os pesquisadores Hilário Lucetti e Magérbio de Lucena, em livro muito minucioso, descrevem o cangaceiro, integrante do bando de Lampião, como uma figura singular no cangaço. Dizem que Massilon foi um homem sofisticado, sempre bem trajado, que usava bússola para se orientar na caatinga e sabia dirigir automóvel. Segundo eles, depois que se desligou do grupo de Lampião passou a assaltar fazendas, atividade em que se deu bem, e, com o dinheiro, fugiu para o Rio Grande do Sul, onde mudou de nome, alistou-se na polícia e chegou a oficial. Mais tarde, já nos anos 1950, teria sido visto no Ceará, num caminhão novo, de sua propriedade, visitando parentes e amigos. Dizia na ocasião residir em algum recanto remoto do Brasil central. Ao ingressar no bando de Lampião, Massilon, oriundo do Rio Grande do Norte, já teria 26 ou 29 mortes nas costas por ter sido pistoleiro de aluguel. Foi um dos idealizadores do frustrado ataque à cidade de Mossoró (**).

Foto do acervo do blog honoriodemedeiros.blogspot.com

Embora instigante e curiosa, a história de vida do cangaceiro é bem mais singela. No livro mencionado, resultado de criteriosas pesquisas bibliográficas, documentais, entrevistas e intensas visitas aos locais onde o cangaceiro viveu e atuou, Honório de Medeiros chegou a conclusões muito diversas e elencou, com base nos fatos, tudo que está comprovado a respeito dele. Concluiu que a vida bandida de Massilon, embora vertiginosa, durou apenas quatro anos e que todas as mortes que lhe atribuíam não ocorreram, inclusive por falta de tempo, embora tenha cometido inúmeros homicídios, assaltos a vilas, fazendas e sítios, tudo comprovado. Em 1927, Massilon ataca Apodi, Gavião e Itaú, todas no Rio Grande do Norte, Estado onde não havia cangaço. Foi bem-sucedido e o sucesso serviu de estímulo para novas ações. Nesse mesmo ano é apresentado a Lampião, que não o conhecia, e têm início as sugestões para o saque de Mossoró, a segunda cidade do Estado e a mais rica do interior. Lampião reluta. Tinha por norma só invadir cidades com uma só torre de igreja apontando para o céu e Mossoró tinha quatro. Mas acabou cedendo e o bando atacou a cidade. Mas a população, indignada, pegou em armas e se defendeu com unhas e dentes. Fracassada a tentativa, com o orgulho ferido e o rabo entre as pernas, Lampião e sua cabroeira se retiraram para Pernambuco. Na luta morreu o cangaceiro Colchete e Jararaca, ferido e preso, foi executado, havendo notícia de que teria sido sepultado vivo. Massilon se despede de Lampião e ruma para o Maranhão. Em março de 1928, no Sítio Granjeiro, interior do município de Caxias, Massilon morre em consequência de um “sucesso.” Brincava com um amigo negro chamado Vicente, que dizia ter o corpo fechado, e foi baleado de maneira mortal. Tinha presumíveis 30 anos de idade (1898/1928). Media cerca de 1,60m de altura e raríssimas são suas fotos. O autor reproduz apenas uma em que ele posa só, de fuzil em punho, e a célebre fotografia do bando de Lampião, em Limoeiro, onde Massilon aparece. Na foto individual ele está com um dos joelhos no chão, segurando a arma longa, e usa o chapéu de couro típico dos cangaceiros, embora sem abas muito largas e enfeites. Tem o rosto redondo, algo “bolachudo”. Nem de longe parece o sanguinário que foi.

O livro aborda inúmeros outros aspectos, inclusive analisando o fenômeno do cangaço, e contém um delicioso conjunto de crônicas relatando as viagens do autor na incansável busca pelo misterioso Massilon.

(**) “Lampião e o estado-maior do cangaço”, Hilário Lucetti e Magérbio de Lucena, Fortaleza, Gráfica Encaixe, 2ª. ed..;
(*) “Massilon – Nas veredas do cangaço e outros temas afins”, Honório de Medeiros, Sarau de Letras, Natal, 2010.
(Transcrito)
CooJornal nº 856
Enéas Athanázio,
escritor catarinense, cidadão honorário do Piauí
e.atha@terra.com.br
Balneário Camboriú - SC

Fonte: facebook

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PADRE ARISTIDES FERREIRA DA SILVA QUE FOI TRUCIDADO PELA COLUNA PRESTES - PIANCÓ-PB


Compartilho as fotos do Padre Aristides Ferreira da Cruz, que foi trucidado pela Coluna Prestes em 09 de Fevereiro de 1926 (Piancó - PB), sua esposa Maria José, seu filho Aristides Ferreira e sua filha Juanita Ferreira.


ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Biografia

Filho de Jorge Ferreira da Cruz e D. Joana Ferreira da Cruz, padre Aristides foi uma figura marcante da história política dos legalistas da Paraíba, no semi-árido Vale do Piancó. Sua marca registrada na história é fruto não só de sua carreira política mas também de sua trágica morte, sendo ele trucidado por integrantes da Coluna Prestes em um barreiro.

Esse artigo tem base em pesquisa, livros e Literatura de cordel, seus fatos na narração, feita na mesma semana na imprensa Estadual, pelo senhor Sebastião Dantas, testemunha ocular.

Deu início ao primário no Colégio de Antônio Gomes Barbosa. Segundo Padre Otaviano, não era um bom aluno, pois não demonstrava interesse pelo Português e Latin. Sendo ele um pouco abstrato, tinha um vocabulário exíguo, soltando por várias vezes, verdadeiros disparates, durante a conversação. Nunca havia lido uma poesia, e não lhe agradava a literatura.

Recebeu, no dia 1 de Novembro de 1901, das mãos de Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Diocese da Paraíba, a coroa de Sacerdote.

Em 25 de Agosto de 1902 passou a ocupar a função de novo vigário da Freguesia na Vila de Piancó, onde entrou triunfantemente.

Em Julho de 1912 foi afastado do comando da Igreja, por não obedecer ordens emanadas da Diocese da Capital.

Apesar de afastado, não manifestava sentimentos de rebeldia contra a igreja. Amargamente, queixava-se da falsidade de outras figuras políticas de Piancó. Dizia que homem sem liberdade não era homem.

Assim fincando raízes não só em suas coerentes posições, mas também na cidade.

Em 1915, foi eleito Deputado. Agora as rédeas da política piancoense, anteriormente comandada pela Família Leite, estava em suas mãos. Foi reeleito por mais duas legislaturas consecutivas.

Foi homem que comandou os legalistas de Piancó contra os comandados de Luís Carlos Prestes.

O conflitoEditar

Região situada no Oeste do estado brasileiro da Paraíba, o Vale do Piancó foi um dos locais por onde a Coluna Prestesesteve em sua incursão. Para muitos seriam os "Cavaleiros da Esperança", mas para outros, essa corrente de cunho militar, liderada por Prestes e com idéias comunistas, era mais um grupo que abalaria a região com suas idéias mas, quando com o poder em suas mãos, não faria nada para ajudar realmente a população pobre da região [carece de fontes].

É provável que uma certa "rivalidade", que pode ser notada no Brasil, entre Nordestinos e Sulistas tenha também alimentado esse foco de resistência na cidade de Piancó, aos pés da Serra de Santo Antônio [carece de fontes]. Contudo não pode ser explicado a real motivação dos "heróis do Piancó", mas essa batalha esta listada como uma das grandes resistências a Coluna [carece de fontes].

Como supor que essa incursão de revoltosos no território paraibano teria como epílogo uma tragédia na Vila de Piancó[carece de fontes].

Claro na Wikipédia devemos nos conter apenas a imparcialidade, porém a mesma não é observada em vários livros de história, onde a defesa da atitude do grupo de Prestes é diretamente ligada as idéias do escritor e nem de longe contestadas[carece de fontes]. Por esse motivo não está clara a idéia que levou a um padre do interior nordestino, ligado a política local, e identificado por sua população como um grande líder, a organizar um grupo armado, e muito menos os ideais que levaram alguns civis a se juntarem nesta causa [carece de fontes].

De evidente, temos apenas o fato de não discutirmos - pois não há dúvidas - o trucidamento frio e requintado do Padre, chefe da política local, e de mais 16 pessoas, entre as quais estão o Prefeito Municipal, funcionários públicos e pessoas humildes[carece de fontes].

Sendo assim, esta lógica nos leva a crer que nem tudo que lemos sobre Prestes é verdade, e que o fato de sua passagem pelo sertão agrediu a população, pois para muitos nordestinos o nome Coluna Prestes é clara referência a má conduta militar e um tempo de medo e crueldades que por muitas vezes, como é o caso de Piancó, faziam uma cidade inteira fugir, aguardar e retornar para suas casas e lojas, agora saqueadas pelos rebeldes [carece de fontes].

Início dos fatosEditar

A notícia da ocupação de Coremas, que fica a 28 km de Piancó, foi divulgada na tarde de segunda-feira dia 8 de fevereiro de 1926, e durante a noite iniciou a retirada das famílias que, pelo vexame em que saiam, abandonaram residências, muitas roupas e utensílios, ficando a Vila quase despovoada. Permaneceram exclusivamente as famílias de Manoel Cândido, Ten. Antônio Benício e seu destacamento policial composto por 15 praças, o alfaiate Isidoro, Padre Aristides e amigos, civis armados armados do Sr. João Galdino, e outras pessoas que se ofereceram.

9 de fevereiro de 1926Editar

Às 06:30 da manhã chegara a Piancó o Ten. Manuel Marinho, vindo de Patos em um caminhão, conduzindo armas, munição e cinco praças, somando assim um total de 20 soldados.

Quando Sargento Arruda fazia a distribuição do armamento e munição, e Ten. Benício organizava os quatro piquetes a Coluna penetrava na vila pela rua do Conselho Municipal.

Segundo Sr. Dantas os primeiros disparos foram da Coluna, já Pe. Otaviano, em seu livro "Os mártires de Piancó", afirma que o primeiro tiro fora dos piancoenses. Histórias populares dizem que o primeiro oficial vinha montado, vestindo culotes, paletó azul-marinho e portando uma bandeira branca.

Mas não há certeza.

Sargento Arruda e outros resistiram na casa do Juiz Dr. Abdon Assis em frente ao Conselho. A Coluna recuou, retornando vinte minutos depois procurando envolver a Vila pelo nascente e poente. Do lado Sul havia dois piquetes, um comandado pelo alfaiate Isidoro e Francisco Lima, e outro por amigos de Pe. Aristides na casa do Sr. Mario Leite.

Foi possível manter resistência até às 14:00 horas, sendo feita uma retirada dos piancoenses, uma vez verificada a impossibilidade material de prolongar a luta. Entretanto, o pessoal do Padre continuou resistindo ainda por meia hora quando, para facilitar o ataque, os rebeldes jogaram uma granada numa das janelas e tomaram as salas da frente, havendo ainda alguma resistência brevemente cessada, com recuo dos sitiados para o interior da casa onde estava o Padre. Em fuga foram atingidos José Lourenço e João Monteiro. Esse último, embora ferido, conseguiu escapar.

Também escaparam uma criada e duas crianças que se evadiram às 13:00 horas.

Sangue no BarreiroEditar

Havia poucos vestígios de sangue na casa. O padre e seus amigos foram conduzidos ainda com vida para o barreiro. É com comoção que pessoas mais antigas da cidade contam que o barreiro estava completamente tinto de vermelho. Veja agora as palavras de um dos rebeldes, em Santana dos Garrotes, que ajudaram a trucidar o Padre.

"Perdemos um oficial, que todo o Piancó queimado não pagaria, mas, também o chefe, Padre Aristides, foi para a sepultura,num barreiro, com seus próprios pés"

14 de fevereiro 1926Editar

Integrantes do Jornal O Combate, editado em Cajazeiras adentraram na cidade nesse dia e localizaram a mulher que fugiu por ordem do Padre. A mesma narrou o fato: o Padre sentindo-se cercado mandou ao muro Rufino, seu guarda de confiança, a ver o que era possível fazer. Rufino, deparando-se com o ataque, voltou e disse ao Padre que, se saíssem morreriam e se ficassem dentro de casa haviam de morrer. Nesse momento dos enormes estampidos se fizeram ouvir: eram granadas e bombas de gás. O pessoal que brigava sentiu forte dor de cabeça, não havendo remédio o Padre aconselhou o uso de açúcar. Sendo a casa invadida o pessoal resistia no corredor.

Pediu o padre para todos garantia de vida, solicitação que teve o consentimento dos rebeldes sob a condição de deporem armas. Pegado o Padre em às mãos, para logo começarem os ultrajes.

Texto AnexoEditar

Carta de Suspensão do Pe. Aristides

"Ao Remº Padre Aristides Ferreira da Cruz.

Tendo chegado ao nosso conhecimento a falta de obediência as nossas paternas admoestações, feitas pessoalmente a Vosso irmão, para fatos que desabona inteiramente a dignidade sacerdotal e até mesmo do homem de bem, o que infelizmente vemos comprovado e ao domínio de todos, com pesar retiramos de Vosso irmão, o exercício de todas as sagradas ordens, até que tenhamos a obediência que sempre temos recebido do nosso clero.

Prezo ao Sagrado oração de Jesus que o irmão, bem se compenetre da gravíssima responsabilidade que tem diante de Deus, servindo de escândalo a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo."


Paço Episcopal da Paraíba. Em 16 de Julho de 1912. Adauto, Bispo Diocesano.

Fonte: facebook
Página: Angélica Bulhões

http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aristides_Ferreira_da_Cruz
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Jornal “O Globo” – 17/07/1926

Material do acervo do pesquisador Antônio Corrêa Sobrinho

AMIGOS, vejam como Virgulino Ferreira, LAMPIÃO, o maior dos cangaceiros e um dos mais famosos bandoleiros que o mundo conheceu, realmente marcou indelevelmente a sua presença nos anais da humanidade.

Em sessão da Câmera Federal, no ano de 1926, os deputados Francisco Rocha, da Bahia, e Batista Luzardo, do Rio Grande do Sul, debateram de forma acalorada mas cordialmente, a respeito simplesmente a quem Lampião prestava serviços, se à Coluna Prestes, em incursão pelas adustas terras nordestinas, em meados desta década, ou se das forças legalistas.

Francisco Rocha dizia que Lampião houvera servido de vanguarda às forças do revolucionário Carlos Prestes, uma vez que ajudou os tais a transpor o rio Pajeú, em Pernambuco, fulcrado no telegrama do general Mariante, a saber: 

“Em juazeiro, fomos informados de que Lampião e seus sicários estavam servindo de guia às tropas rebeldes, durante a travessia delas no vale Pajeú, onde normalmente aquele bandido estabeleceu o seu centro de operações. Aliás, o estado-maior do S. General João Gomes, recebendo essa informação, nunca fez desmentido posterior. A partir da passagem do São Francisco, na região de jatobá, quando assumi o comando do meu grupo de destacamento, não houve mais notícia da presença de Lampião entre os rebeldes. Podeis fazer o uso que vos convier. Saudações”

Bem como se serviu deste comunicado, segundo ele, do Estado-Maior: “Não só em Juazeiro, como em Salvador e no Rio, tivemos notícias de que Lampião, por si e por sua gente, estava auxiliando os rebeldes na travessia destes, na região do vale do Pajeú, e regiões vizinhas, onde se tem desenvolvido, mais acentuadamente, a atividade daquele bandido, que ali localiza seu habitual esconderijo”.

O deputado gaúcho, por sua vez, desqualificou o sobredito telegrama, bem como o comunicado, alegando tratar-se de documentos que não "são provas irretorquíveis, que são apenas notícias colhidas aqui e acolá, sem o caráter de seriedade e veracidade a que estava obrigado". Para defender o argumento de que, pelo contrário, Lampião havia, sim, prestado o seu concurso às forças legalistas, ou seja, ao Governo Federal, e que havia estado sob a proteção do padre Cicero e sob o amparo do deputado Floro Bartolomeu.

Ao tempo em que fez leitura de trechos da carta publicada pelo “Jornal do Comércio”, de Pernambuco, de 4 de junho daquele ano de 1926, assinada pelo padre Cícero Romão Batista, datada de 30 de abril deste, ao Dr. Simões da Silva.

“Ilustre e distinto amigo Sr. Simões da Silva – Minhas saudações – Acuso nas minhas mãos a sua apreciada carta de felicitações pelo meu aniversário natalício e, bem assim, os jornais em que o meu nobre amigo, dando mais uma prova de sua generosa fidalguia, fez, embora imerecidos, brilhantes comentários em torno da minha modesta pessoa.”

[...]

Existe, aqui no nordeste, um afamado bandoleiro, Virgulino Ferreira, geralmente conhecido por Lampião. 

Ele tem desenvolvido toda sua nefanda atividade, durante longos anos, nos estados de Pernambuco e Paraíba, sem que os respectivos governos, apesar dos esforços empregados , pudessem pôr termo aos seus crimes.

Ultimamente, quando os patriotas de Juazeiro perseguiam os revoltosos, nos sertões pernambucanos, Lampião voluntariamente, entrou em ação com eles e, reunido a um dos seus contingentes, veio a esta cidade, alegando que o fizera de ordem do Dr. Floro e no caráter de soldado da legalidade.

Eu, efetivamente, sabia que o Dr. Floro o mandara chamar para auxiliar a reação contra as hostes revolucionárias. Assim, me pareceu, não devia e nem podia agir contra esse homem, pois que, se o fizesse, cometeria uma traição, pelo menos, a boa-fé que o trouxera à minha terra.

Ademais, não sou autoridade que tenha o dever de prender criminosos.
Preferi, pois, como sempre costumo fazer, agir conselheiralmente e consegui do renomado cangaceiro a formal promessa de retirar-se do Nordeste. Aliás, por este processo, já tenho conseguido livrar este pedaço do território brasileiro de outros bandidos de igual jaez, como foram Luiz Padre, Sinhô Pereira, Joaquim Macie, etc., contra os quais nunca valeram as providências oficiais.

Destes, graças à minha intervenção ficaram livres os nossos laboriosos sertanejos e eles, deslocados do meio onde se viciaram, vivem pacatamente, lá no longínquo Estado para onde os destinei, como bons cidadãos.”

Fonte principal: Jornal “O Globo” – 17/07/1926

Fonte na página do facebook: Antônio Corrêa Sobrinho

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BOM REVER - "JULGAMENTO SIMULADO DE LAMPIÃO"


VÍDEO. JULGAMENTO " SIMULADO " DE LAMPIÃO. VOCÊ, SE FOSSE UM " JURADO " , ABSOLVERIA OU, O CONDENARIA POR SUAS AÇÕES?
Local: Sítio Passagem das Pedras - Pe

Cortesia do cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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EIS RESULTADOS DAS REUNIÕES DA SBEC

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Eis os resultados das reuniões

1 REUNIÃO SBEC E SEBRAE

DIA – 08 DE MAIO DE 2015  - HORA – 09H00

LOCAL – SALA DE REUNIÃO DO SEBRAE -     

PRESENTES;

1 – JOÃO VIDAL FERNANDES SOBRINHO - SEBRAE
2 -  VALDEMAR BEICHIOR -SEBRAE
3 – JOSÉ WELLINGTON BARRETO – AMLERN
4 - JOANA DÁRC FERNANDES COELHO – AFLAM
5 – SUZANA GORETTI LIMA LEITE – AFLAM
6 – CLÓVIS VIEIRA – ALAM
7 – Jorge Mendes

PAUTA DA REUNIÃO

1 – Apresentação ao grupo do SEBRAE sobre todo o processo de
      organização e definição Das atividades do XVIIº Fórum do Cangaço:
 
Elenco de todas as Entidades envolvidas (Academias, UERN/ Departamentos, Secretarias Municipais – de Cultura, de Esporte e Turismo)
Inclusão do XVIIº Fórum do Cangaço no Orçamento do Evento “Cidade Junina”
Explicação sobre a realização do Júri Simulado
Explicação sobre a realização da Caravana Ciclística

2 – Solicitação do Presidente Prof Benedito V. Mendes ao SEBRAE,  para
      realização do XVIIº Fórum do Cangaço a ser realizado  nas datas de 10 a 13 de junho de 2015
    
2.1 - PROPOSTA DA SOLICITAÇÃO DE APOIO A SER VAIBILIZADO PELO
     SEBRAE  

·         DOAÇÃO:
·         Do Painel de Identificação do XVIIº FÓRUM DO CANGAÇO
·         Da Bandeira e do Estandarte
·         De 500 pastas
·         De 500 Camisas

·         APOIO para a Publicação da Revista da SBEC  “ O Polígono”,

RESULTADOS DAS SOLICITAÇÃOES FEITA AO SEBRAE PELA SBEC

1 Sobre as solicitações de apoio ao Evento - a Gerência do SEBRAE ficou de analisar as propostas e entrar em contato com a presidência da SBEC

2ª REUNIÃO
DIA – 08/05/2015
LOCAL – Sala de Reunião do Escritório de Advocacia Drt Marcos Araújo

ASSUNTOS ABORDADOS E DISCUTIDOS

Presentes:

1-     Benedito V. Mendes
2-     José Wellington Barreto
3-     Joana D´Arc Fernandes Coelho
4-     Suzana Goretti Lima Leite
5-     Clóvis Vieira
6-     Jorge Mendes

Tema central da discussão:

1)     CARAVANA CICLÍSITCA

PROVIDÊNCIAS URGENTES:

1)  Elaborar o ROTEIRO/TRILHA da Jornada Ciclística
     Responsável Dr. Paulo Medeiros Gastão
     Solicitar de Paulo Gastão a brevidade nesse Roteiro/Trilha

2)     Definido o ROTEIRO/TRILHA DA CARAVANA – entrar em contato  com os pontos de apoio de cada cidade
     Responsáveis – Benedito V. Mendes e José Wellington

3)     Acionar a presença dos representantes da Secretaria de Esportes  
Secretário Abraão e Polari

4)     Solicitação de Dr. Renato para providenciar:
Chapéus
      Camisetas
      Transportes
       Identificação dos pontos de Apoio nas cidades do percurso
       Batedores da Guarda Municipal
      O ROTEIRO/TRILHA para que ele possa  organizar o percurso dos    
      Ciclistas
OBS. Sobre transporte o Juiz Dr. Renato disponibiliza de dois de sua responsabilidade.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e presidente da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço Benedito Vasconcelos Mendes

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LAMPIÃO ERA DADIVOSO COM OS QUE O SERVIAM

 

AMIGOS,

NA EDIÇÃO DO DIA 29/07/1957, O JORNAL “O GLOBO” PUBLICOU NUMA DE SUAS PÁGINAS O DEPOIMENTO DE FRANCISCO VICENTE DA SILVA CAVALCANTI, O BARBEIRO DE LAMPIÃO QUANDO DA VISITA DESTE TEMIDO CANGACEIRO À CIDADE DO PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA, JUAZEIRO, NO CEARÁ, EM 1926.

LAMPIÃO ERA DADIVOSO COM OS QUE O SERVIAM

- Não tenho dinheiro no momento, mestre. Posso pagar depois? – perguntou Lampião ao Sr. Francisco Vicente da Silva Cavalcanti, estabelecido com salão de barbearia em Juazeiro, o famoso município cearense em que vivia o Padre Cícero Romão Batista.

O “fígaro” conta-nos, hoje, que não teve outra alternativa naquela manhã de abril de 1926, quando Lampião era recebido na cidade com todas as honras de soldado da legalidade, defensor do Governo contra as tropas militares sublevadas: concordou.

RESPEITO PELO PADRE CÍCERO ROMÃO

O Sr. Francisco Vicente da Silva Cavalcanti, como todos os moradores de Juazeiro, é afilhado do Padre Cícero Romão. Ele informa, com orgulho:

- O Capitão Virgulino Ferreira (Lampião) não entrou na cidade sem prévio aviso ao meu padrinho. Só depois que obteve o seu consentimento é que seu grupo penetrou no município. Pouco depois, meu padrinho providenciava aposentos para todos eles, na Rua Boa Vista.

- E Maria Bonita? – inquirimos.

- Maria Bonita – respondeu o entrevistado – ainda não se achava em companhia de Lampião.

TRÊS DIAS DE FESTA

O Sr. Francisco Vicente da Silva Cavalcanti, que ainda é estabelecido em Juazeiro com o mesmo salão de barbearia, Salão Iracema, diz-nos que Lampião chegou ao município numa quinta-feira, permanecendo até domingo. Os cangaceiros andaram livremente pela cidade, foram à feira – sempre desarmados, pois assim o deliberara “o chefe”. O barbeiro relembra:

- Foram três dias de festa e não se criou qualquer incidente. Lampião, de resto, tinha grande respeito pelos seguidores do meu padrinho. Romeiro do Padre Cícero Romão, se cruzasse com o bando de Lampião, podia prosseguir tranquilamente. O próprio Lampião chamava o Padre Cícero Romão de “meu padrinho”.

LAMPIÃO, O DADIVOSO

- Passei praticamente o dia todo cortando o cabelo dos cangaceiros que acompanhavam Lampião – prossegue o entrevistado, informando que o primeiro a ser atendido foi o próprio capitão Virgulino, que usava meia cabeleira. Este, porém, perguntou se podia pagar depois. Revela, agora, o “fígaro”:

- Realmente ele pagou, dias após. Mandou-me pelo seu irmão, João Ferreira, dez mil réis.

- E quanto custava o corte? – indagamos. E o fígaro, com os olhos brilhando, como a atestar que Lampião não era tão ruim como se declara:

- O corte custava, à época, dois mil réis. Ele me deu oito de gratificação.

QUERIAM ACOMPANHAR

Após informar que, ainda hoje, “quando o ‘cabra’ tem precisão apela para o meu padrinho” (Padre Cícero Romão), o Sr. Francisco Vicente da Silva Cavalcanti salienta que, enquanto fazia o cabelo a Lampião, que não demonstrou qualquer temor quando o fio da navalha se encontrou com o seu pescoço, numerosos habitantes de Juazeiro o cercavam. E diz:

- Alguns quiseram acompanhá-lo, em suas andanças pelas caatingas. Mas meu padrinho... o Padre Cicero Romão – não deixou.

E a uma pergunta nossa, arremata o entrevistado:

- Lampião me pareceu um “cabra” pacato. Ele e todo o seu bando...

Fonte: facebook

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