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quarta-feira, 31 de maio de 2023
CANTOR CARLOS ANDRÉ APRESENTA SUA VERSÃO SOBRE PROTESTOS E CONVITE PARA O MCJ 2023
PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO FÓRUM DO CANGAÇO DA SBEC E O CARIRI CANGAÇO NO PAÍS DE MOSSORÓ
Acontece entre os dias 09 e 13 de junho de 2023 o XIX Fórum do Cangaço da SBEC, em Mossoró. Em uma iniciativa inédita o Fórum recebe o Cariri Cangaço para num evento único e que promete muitas emoções a partir de um conjunto qualificado de conferências e debates, visitas técnicas e uma espetacular feira de livros; com lançamentos e muita coisa boa de se ver, aprofundar, discutir e se apaixonar.
Vem com a gente: O Cariri Cangaço em Mossoró no XIX Fórum do Cangaço da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço.
COMO REGISTRAR?
Clerisvaldo B. Chagas, 31 de maio de 2023
Escritor Símbolo do Sertão
Alagoano
Crônica: 2.895
Não havia negócio de celular. As
máquinas de fotografias eram raras e marcas “Kodak”. E na década de 60 tínhamos
somente na cidade os fotógrafos fixos profissionais, “Seu Antônio”, que atuava
no início da calçada alta da Ponte do Padre e “Seu Zezinho”, que residia e
trabalhava também em casa, na Rua Nova. Eram os “Fotos Sport” e o “Foto
Fiel”. Afora esses dois profissionais que depois se mudaram para a
Avenida Coronel Lucena, a mais importante da urbe, só havia os lambe-lambes,
que ficavam na porta da Matriz de Senhora Santana. A rotina de todos era
praticamente a mesma, embora os lambe-lambes atuassem mais em dia de feira, aos
sábados. A rotina era: fotos de casamento, batizado e 3/4 para
documentos. Era uma raridade convite para uma inauguração, uma praça, uma outra
coisa de grande magnitude. Logo, material fotográfico era raro e
caro. E assim muitas cenas e coisas importantes deixaram de ser
registradas através da fotografia.
Quando o padre Delorizano botou
para correr os fotógrafos tipo lambe-lambe da porta da Igreja, eles (eram mais
ou menos meia dúzia), não se adaptaram na feira em outro lugar: migraram,
deixaram a profissão, desapareceram. Não havia mais ninguém para fotografar no
interior da Matriz, casamentos, batizados, 10 Comunhão... O ato do padre,
certo ou errado, representou a morte dessa etapa da fotografia em Santana do
Ipanema. Dos dois fotógrafos fixos, um foi embora e outro morreu. E quantas e
quantas coisas extraordinárias da evolução da terra deixaram de ser
fotografadas para as futuras gerações! Também nunca vimos nenhum artista
pintando a óleo cenas do cotidiano santanense. Escritor era coisa rara e se
havia morava fora.
Falar nisso, recebi mensagem de pesquisador de uma cidade pernambucana perguntando se eu tinha foto do padre Francisco Correia, um dos fundadores de Santana do Ipanema e que foi homenageado na escola mais tradicional da cidade, antigo Grupo Escolar Padre Francisco Correia. Nada de foto, nada de retrato a óleo o que era mais evidente no tempo do padre. Portanto, vamo-nos contentando com cerca de uma dúzia ou um pouco mais, de fotografia antigas da nossa terra e que são raras e domínio público. E quando falo antigas, são da época de 1920 a 1950, mais ou menos em torno disso.
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O EX-COMPONENTE DO TRIO MOSSORÓ, CARLOS ANDRÉ, QUE É DE MOSSORÓ, MAIS UMA VEZ FICOU DE FORA DO MOSSORÓ CIDADE JUNINA.
Por José Mendes Pereira
Tomei conhecimento hoje através do Relembrando Mossoró que, mais uma vez, a Prefeitura Municipal de Mossoró despreza o seu filho Oséas Lopes (Carlos André), nascido e criado neste querido chão mossoroense, e para que ele fosse incluídos na programação musical do "MOSSORÓ CIDADE
JUNINA", foi exigido a ele, apresentar aos organizadores das festividades, cartas da crítica especializada e da opinião
pública, totalmente com firma reconhecida em cartório, informando que ele é um cantor consagrado. Veja
o esclarecimento do nosso conterrâneo Oséas Lopes (Carlos André) em mensagem
endereçada ao blogueiro Ismael Souza.
Todos nós mossoroenses sabemos que, o nome Mossoró foi levado a todos os Estados brasileiros, através do Trio Mossoró, época em que ele fazia sucesso por todas regiões do Brasil.
Como cantor, fica de fora das comemorações juninas em Mossoró. É um desrespeito não só a Carlos André, como também ao seu irmão João Mossoró. Quem primeiro deveria ter sido convidado, era o Carlos André, que nasceu aqui, aqui se criou. Lamentável!
Mossoró é uma boa madrasta. Quem vem de fora, aqui cresce e enrica, mas os daqui, se são pobres, mais pobres ficam, porque os órgãos públicos não valorizam os daqui.
Lamentável!
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O ACENDEDOR DE LAMPIÕES.
Por Geraldo Maia do Nascimento
O acendedor de
lampiões – por Geraldo Maia do Nascimento – gemaia1@gmail.com -
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Last
updated 19 de maio de 2023
O acendedor de
lampiões
A ideia foi do
intendente Aderaldo Zózimo de Freitas, mas toda a assembleia aprovou: as ruas
de Mossoró precisavam ser iluminadas. E em 1896 foram instalados postes
nas esquinas da cidade e nos pontos mais centrais, pelas ruas e pelas praças,
onde ficavam pendurados os lampiões de querosene. Era o progresso que chegava
ao interior, dando mais segurança e ares de modernidade.
Na realidade,
o projeto de iluminação tinha sido apresentado no ano anterior, quando o
município era administrado pelo comerciante Romualdo Lopes Galvão, que havia
tomado posse a 5 de outubro de 1892. Romualdo Galvão já havia
administrado o município no período de 1883 a 86, sendo que no primeiro ano do
seu primeiro período administrativo, 1883, ocorreu em Mossoró o movimento
pela libertação antecipada dos escravos, movimento esse que é lembrado e
comemorado até os dias atuais. E Romualdo Galvão foi uma das figuras de maior
destaque na campanha que teve seu início em 6 de janeiro daquele ano com a
fundação da Sociedade Libertadora Mossoroense e culminou em 30 de setembro do
mesmo ano, quando foi declarado oficialmente que Mossoró estava livre da mancha
negra da escravidão.
Aderaldo
Zózimo de Freitas, o autor do projeto, também era comerciante e tinha seu nome
ligado ao movimento abolicionista. Tinha, portanto, alguns pontos em comum com
o Presidente da Intendência e o respeito da Edilidade, cargos esses que
correspondem hoje ao de Prefeito e de Vereadores.
O ano de 1895
estava sendo um ano de bom inverno, o que na linguagem do sertanejo era uma
grande riqueza. O município contava com um rebanho de 15.000 cabeças de gado
vacum, 2.000 cavalar, 1.000 muares, 10.000 caprinos, 8.000 lanígeros e 1.000
suínos.
A cidade vivia
um período de desenvolvimento, onde já existiam 5 escolas criadas e mantidas
pela Edilidade. Existia também, em 1895, uma preocupação muito grande com a
saúde pública, tanto assim que nesse ano começou a funcionar o serviço de
remoção do lixo e limpeza das ruas e praças da cidade.
Para isso,
contratou-se com Antônio Pompílio de Albuquerque o referido serviço, pela
quantia de 2.400$ por ano. A limpeza seria feita quatro vezes por ano, em
março, junho, setembro e dezembro, a começar do córrego do Canecão à baixa do
Caetaninho, inclusive o caminho do Cemitério. Não só varrimento e remoção
do lixo das ruas, praças, becos e travessas, como também a limpeza dos matos,
nivelamento dos buracos, deixando apenas capim e relva. Duas vezes por semana
as carroças percorriam determinadas ruas, fazendo-se anunciar pelas campainhas,
recolhendo o lixo e cisco das casas e edifícios da cidade acomodados em
vasilhas próprias.
Mas as ruas da
cidade eram iluminadas apenas pela lua.
Sendo aprovado
por unanimidade o projeto de iluminação pública da cidade, que contava com uma
verba de 600$ no orçamento público, foi providenciada a compra dos lampiões
(sessenta e três lampiões), dos postes de madeira, etc. Na sessão de 14 de
fevereiro de 1896 foi criado o cargo Zelador da Iluminação. Ao Zelador da
Iluminação, ou Acendedor de lampiões, como ficou conhecido. A esse funcionário,
cabia abastecer de querosene os lampiões, acender e apagar, enfim, manter os
mesmos funcionando.
E assim,
quando vinha chegando a hora do escurecer, aparecia o Acendedor de lampiões com
uma escada nas costas e uma caixa de fósforo nas mãos. De poste em poste
escorava sua escada, subia por ela, tirava a manga de vidro do lampião e
acendia o pavio.
Ao amanhecer
do outro dia, voltava o Acendedor de lampiões com sua escada, fazendo o mesmo
giro, de poste em poste, para abastecer e limpar os vidros das mangas dos
lampiões com um pano úmido. E a rotina se repetia dia após dia, menos nas
noites claras, pois nestas noites, era a lua que cobria de luz as ruas e praças
da cidade.
Pesquisador e
Escritor: Geraldo Maia do Nascimento – gemaia1@gmail.com
https://www.omossoroense.com.br/por-geraldo-maia-do-nascimento/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com