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domingo, 25 de junho de 2017

A IDEIA DAS CASAS DE FARINHA ENQUANTO HERANÇA DOS INDÍGENAS E AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS IMPLEMENTADAS PELO COLONIZADOR PORTUGUÊS

Por Rita de Cássia Rocha (1) - José Romero Araújo Cardoso (2)

Herdamos a ideia da casa de farinha dos índios tapuias, os quais haviam introduzido o produto na alimentação há mais de quatro mil anos antes da chegada do colonizador português.
       
Faz-se necessário ressaltar que o processo de fabricação da farinha de mandioca que nós ainda usamos hoje é bem diferente do que os indígenas usavam, pois era caracterizado pelo primitivismo de sua elaboração.
        
Por exemplo, os povos pré-cabralinos não tinham o ralador, ou catitiu, tendo em vista que não conheciam o ferro, beneficiado através de técnicas metalúrgicas. Os nativos pegavam a mandioca, colocavam dentro d’ água para pubar, depois quando a mandioca estava amolecida eles passavam em uma arupemba, depois colocavam para secar e espremiam aquela massa em um tipiti, pois também não tinham a prensa.
        
Duas inovações tecnológicas os colonizadores portugueses introduziram no processo de produção de farinha. A primeira foi o ralador e o outro foi a prensa. Desenvolveram a prensa para secar a massa da mandioca, tendo em vista que necessitavam de máquina que compactasse de forma mais intensa a manipueira para fazer escorrer todo, ou quase todo, o ácido cianídrico contido na massa de mandioca ralada no catitu.

Rita de Cássia Rocha (1) – Discente do Curso de Licenciatura em Geografia do Campus Central da UERN.

José Romero Araújo Cardoso (2) - Geógrafo (UFPB). Escritor. Professor-adjunto do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Especialista em Geografia e Gestão Territorial (UFPB) e em Organização de Arquivos (UFPB). Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (UERN). Membro do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP), da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC) e da Associação dos Escritores Mossoroenses (ASCRIM)

 Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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SABINO CANGACEIRO: QUEM FOI O HOMEM QUE ATACOU CAJAZEIRAS

Por Cajazeiras de Amor

Sabino Gomes de Góis, alusivamente conhecido com “Sabino das Abóboras” nasceu na Fazenda Abóbora, localizada na zona rural do município de Serra Talhada/PE, próximo a fronteira com a Paraíba pertencente ao respeitado coronel Marçal Florentino Diniz pai de Marcolino Pereira Diniz. No local eram criadas grandes quantidades de cabeças de gado, havia vastas plantações de algodão, engenho de rapadura e se produziam muitas outras coisas que geravam recursos. Também existem dois riachos, denominados Abóbora e da Lage, que abastecem de forma positiva a gleba.

Sabino era filho da união não oficial entre o coronel Marçal Florentino Diniz e uma cozinheira da propriedade. Consta que ele trabalhou primeiramente como tangedor de gado, o que certamente lhe valeu um bom conhecimento geográfico da região. Valente, Sabino foi designado comissário (uma espécie de representante da lei) na circunvizinhança da fazenda Abóbora.

Para alguns estudiosos do cangaço teria sido Sabino que coordenou a vinda do debilitado Lampião para ser tratado pelos médicos José Lúcio Cordeiro de Lima e Severino Diniz. E que amizade entre o “Lampião” e o filho bastardo de Maçal Diniz, teria nascida na Fazenda Abóbora e se consolidado a ponto deste último se juntar ao “Rei do Cangaço” e seu bando, em uma posição de destaque, no famoso ataque de cinco dias ao Rio Grande do Norte, ocorrido em junho de 1927. Asseguram também que a inserção de Sabino no cangaço se deu em razão do assassinato de um primo legitimo seu de nome Josino Paulo surdo-mudo, morto por Clementino Quelé – conhecido por tamanduá vermelho, nas pilhérias do cangaço.

Entre 1921 e 1922, acompanhou seu meio irmão Marcolino para Cajazeiras. Marcolino Pereira Diniz desfrutava de muito prestígio político. Era presidente de clube social, dono de uma casa comercial e do jornal “O Rebate”. Tinha franca convivência com a elite cajazeirense. Sabino por sua vez era guarda costas de Marcolino e andava ostensivamente armado. Nesta época Sabino passou a realizar nas horas vagas, com um pequeno grupo de homens, pilhagens nas propriedades da região.

Foi através do Cel. Marcolino, que Sabino trouxe para residir na cidade sua mãe Maria Paula – carinhosamente chamada pelas pessoas de Vó e suas quatros filhas: Maria, Geni, Alaíde – Nazinha e Maria de Lourdes – Delouza.

Poucos cangaceiros foram tão cultivados, fora o chefe Lampião, do que Sabino Gomes, cuja presença no cangaço a cultura popular se encarregou de perpetuar, a exemplo da trova divulgada pelas banda do sertão, a qual dizia: “lá vem Sabino mais Lampião, Chapéu quebrado, fuzil na mão”.



https://coisasdecajazeiras.com.br/sabino-cangaceiro-quem-foi-o-homem-que-atacou-cajazeiras/

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INVASÃO E RESISTÊNCIA - OS 90 ANOS DA DERROTA DE LAMPIÃO NO CONFRONTO COM O POVO DE MOSSORÓ –"FRUSTRAÇÃO EM APODI E ATAQUE A GOVERNADOR DIX-SEPT ROSADO"- PARTE VI

Por José de Paiva Rebouças

Concomitante à prisão do coronel Antônio Gurgel, o bando se dividiu em duas facções para correr a região. Uma delas, chefiada por Massilon, foi a Apodi para nova tentativa  de saque, mas dessa vez a história foi diferente. 

Coronel Antônio Gurgel do Amaral - Fonte da imagem: http://honoriodemedeiros.blogspot.com.br/2012/10/os-misterios-do-ataque-de-lampiao_24.html

O bando nem entrou na cidade. O tenente Juventino Cabral montou uma força para a defesa do lugar. Ao perceber os bandidos, policiais e paisanos dispararam uma violenta sequência de tiros. Massilon ficou em desatino e não teve como prosseguir a emboscada. Voltou desapontado com a incursão desastrosa.

Massilon, Lampião e Sabino Gomes - Fonte da imagem: http://blogdocarlossantos.com.br/a-resistencia-de-mossoro-ao-bando-de-lampiao/

A segunda facção tinha duas colunas. A primeira com Jararaca e a segunda. mais atrasada, com Lampião. Ao todo, cerca de 40 homens, além dos reféns. Seguiam em direção ao povoado de São Sebastião.

José Leite de Santana o cangaceiro Jararaca - Fonte da imagem:  
https://br.pinterest.com/pin/483925922444503576/

Passaram em Riacho Preto. Tabuleiro Grande, Ramadinha e Gangorrinha. No sítio Carnaubinha, chegaram à casa de Manoel Pregmácio, parada obrigatória para viajantes e comboios. 

Encontraram um carregamento pertencente a Manoel Alves de Medeiros, desafeto de Sabino. A carga foi queimada. Os bandidos dançaram e beberam aguardente ao redor do fogo.

A estação em 2002. Do livro Lampião e a Maria Fumaça, de A. A. Araújo e L .R. Bonfim - http://www.estacoesferroviarias.com.br/rgn/dixsept.htm

Entraram em São Sebastião por volta de onze horas da noite, sem dificuldade Na estação ferroviária, os funcionários se mantinha apostos conforme combinado com João Câmara poucas horas antes.

Aristides de Freitas ligou para o coronel Vicente Sabóia, superintendente da estrada de ferro em Mossoró, e avisou do ataque. Depois fugiu em um trole de ferro sob fogo dos bandidos. 

Deficiente físico, Manoel Pereira não conseguiu escapar, mas foi poupado pelos cangaceiros. De acordo com Sérgio Dantas, Vicente Sabóia retornou o telegrama querendo mais detalhes. Um cangaceiro atendeu com ameças: 

"Vocês vão ver o estrago que nós vamos fazer em Mossoró", teria dito.

Embriagados, os homens não pouparam nem os casebres. Invadiram e depredaram tudo. Saquearam os comércios  de José Ludgero Costa, João de Freitas Oliveira. Adauto Dias Fernandes e Eleutério Mendes. Puseram fogo em um automóvel e em um caminhão estacionados próximos à estrada de ferro.

A destruição só parou quando Massilon se juntou ao grupo. Reclamou com Jararaca e os dois se desentenderam. Coube a Lampião acalmar os ânimos. Partiram em seguida, fazendo parada no sítio Cigana, de Francisco Chagas Lopes. Virgolino mandou um grupo na frente para saber nas redondezas se tinha notícia de alguma volante. Depois seguiu para Passagem de Oiticica, onde iria acampar.

Lampião. Foto pouca usada pelos escritores - http://www.jeansouza.com.br/nordeste/em-4-de-junho-de-1898-nascia-virgulino-ferreira-da-silva-o-cangaceiro-lampiao/

O FIM DA FESTA EM MOSSORÓ

Quando Vicente Sabóia recebeu o aviso do ataque a São Sebastião, o povo de Mossoró estava na residência de Humberto de Aragão Mendes comemorando a vitória do Humaitá Foor-Ball Clube sobre o Ipiranga.

Residência do empresário Humberto de Aragão Mendes - Fonte da foto: https://www.youtube.com/watch?v=7hlk2kvJ_oQ

Ao receberem a notícia, os moradores entraram em pânico. Alguém ponderou que deveria ser boato de gente do Ipiranga para acabar com a festa. Ninguém deu ouvidos.

Os remanescentes do escotismo na cidade de Mossoró, fundaram a 14 de outubro de 1919, no Sítio Cantos, na residência do dr. Pedro Ciarline, pelas 19 horas, à luz de lamparinas, o Humaitá Foor-Ball Clube. - Fonte: futebol em família, de Olismar Medeiros Lima - http://jotamaria-futebolmossoro.blogspot.com.br/2012/04/humaita-mossoro.html

Os sinos das igrejas começaram a tocar e para ampliar o aviso, foram acionadas as sirenas da usina de força e luz e de outras firmas comerciais.

Muitos se dirigiram à sede da Intendência para saber mais informações. Na mesma noite começou a retirada da cidade. A ordem, segundo Sérgio Dantas era fugir. 

Pesquisadores Aderbal Nogueira, Manoel Severo e Sérgio Dantas - Fonte da imagem: http://cariricangaco.blogspot.com.br

AS PRIMEIRAS HORAS DO DIA 13 DE JUNHO DE 1927

Por volta das cinco horas da manhã, Jararaca, Moreno, Colchete e meia dúzia de cangaceiros chegaram em Passagem de Pedras de Oiticica, visivelmente embriagados.  

http://www.revistaencontro.com.br

Sem sinal de volantes, saquearam todas as casas. De lá, foram até o sítio Bom Jesus, hoje bairro de Mossoró, para ver se tinha residência. Nem sinal.

No retorno, prenderam Amadeu Lopes e o prestador de serviços de dedetização Luiz Joaquim Siqueira, o Formiga que seguiam a cavalo para Passagem de  Oiticica. 

No sítio Cigana, o bando comandado por Lampião assaltou Francisco Rosendo. Mas à frente, fez José da Silveira de refém por três contos de réis.

Assaltaram a choupana de Cícero Secundino e tomaram dinheiro de Pedro Lopes e José Flor. Em Ipueira, invadiram a mercearia de Antônio Vasco, no sítio Canudos, e sequestraram Anacleto de Oliveira Freitas por 500 mil réis. O refém mandou recado ao pai que lhe alcançou pouco adiante com o dinheiro do resgate.

Parte do bando se afastou do grupo maior e seguiu até outros lugares próximos. Em Lagoa de Paus, entraram na casa de João Abdias. Adiante, prenderam os sertanejos Joaquim Germano e Júlio Soares por um conto de réis cada.

Azarias Januário, da fazenda Picada, foi preso por quinhentos mil réis. O agricultor José Geraldo de Oliveira e seu filho também foram presos. Os sertanejos Adolfo Guilherme, Sancho Amaro e Belarmino de Morais foram levados para servirem de escudo humano se houvesse necessidade.

Por volta de sete e meia da manhã, o bando se reunia em Passagem de Oiticica.

Continuaremos amanhã com o título:
"ESTRATÉGIA PARA O ATAQUE"

Fonte: Jornal De Fato
Revista: Contexto Especial
Nº: 8
Páginas: 24 E 25
Ano: 6
Cidade: Mossoró-RN
Editor: José de Paiva Rebouças
E-mail: josedepaivareboucas@gmail.com
Ilustrado por: José Mendes Pereira

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RECORDANDO: I CIRCUITO DE MÚSICA ANTIGA, SETEMBRO DE 1985 (UFA! HÁ QUANTO TEMPO!!!).


Série de concertos-espetáculos envolvendo canto coral, música instrumental, poesia e dança, de 13 a 19 de setembro de 1985, nos vários auditórios do Campus I da UFPB, culminando com apresentações no Teatro Santa Roza em João pessoa, na Catedral de Campina Grande (27/09/1985) e no Teatro Deodoro em Maceió (28/09/1985). Protagonizado pelo Coral Universitário da Paraíba “Gazzi de Sá” (reduzido para atender as especificidades do repertório renascentista), Grupo Anima (oportunamente postarei sobre esse grupo) e Ballet Espaço, contou com a direção geral de Sandra Albano, minha regência e direção musical, e coreografia da saudosa Rosa Cagliani. No ano seguinte, o espetáculo foi apresentado integralmente em Fortaleza (25/07/1986), e parte dele seguiu com o Coral Universitário em turnê por Maceió, Aracaju, São Paulo e Porto Alegre (setembro/1986). As imagens mostram a apresentação no Auditório do CT, o programa das apresentações em Campina Grande e em Maceió, e uma matéria de jornal local. Pena não ter mais fotos deste espetáculo, totalmente inédito na época...

GRUPO ANIMA (Flautas Doces)

CORAL UNIVERSITÁRIO DA PARAÍBA

Sopranos: Edna do Nascimento, Fabiana Feitosa, Fabiola Medeiros, Lindalva Bandin, Lucia Helena Luna, Ruth Ferreira

Contraltos: Fatima DominguesJaira Lucena, Leonor Maia, Soraia Bandeira

Tenores: Dema CamazzoElton Veloso, Marcos Carvalho

Baixos: Maurício Carneiro, Roberto Oliveira, Tião Cordeiro Braga

Regente: Eli-Eri Moura

BALLET ESPAÇO

Ana Cristina S. Silva, Guilherme SchulzeMadeleine De Vasconcelos BragaMauricio Germano, Ricardo Jorge G. Pereira, Rosa Cagliani.





Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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DIREITO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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