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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

O RAPOSA DAS CAATINGAS É SUCESSO NACIONAL


Se você ainda não comprou este fantástico trabalho do escritor José Bezerra Lima Irmão, só restam poucos livros. Então procura adquiri-lo o quanto antes, pois os colecionadores poderão comprar os poucos que restam. Seja mais um conhecedor das histórias sobre cangaço, para ter firmeza em determinadas reuniões quando o assunto é "cangaço". 

São 736 páginas.
29 centímetros de tamanho. 
19,5 de largura. 
4 centímetros de altura.
Foram 11 anos de pesquisas feitas pelo autor 

É o maior livro escrito até hoje sobre "Cangaço". Fala desde a juventude  e namoro dos pais de Lampião. Quem comprou, sabe muito bem a razão do "Sucesso a nível nacional do Raposa das Caatingas". 

O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:

Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O MONUMENTO HISTÓRICO DA POLÍCIA MILITAR DE PERNAMBUCO

Fotos do pesquisador do cangaço Narciso Dias

José João Souza - O monumento histórico da Polícia Militar de Pernambuco, está localizado às margens da BR-232, no Sítio Pitombeira, município de Custódia, foi feito em homenagem aos policiais militares pernambucanos que morreram em cumprimento do dever no dia 14 de fevereiro de 1926, emboscados por componentes da Coluna-Prestes.

HISTÓRIA DA BATALHA

O combate em si, foi uma grande armadilha urdida pelos oficiais da Coluna Miguel Costa-Prestes, seu nome correto, tenentes-coronéis Djalma Dutra e João Alberto. (Livros: A coluna prestes, de Neill Macaulay, página 205, e o Cavaleiro da esperança, de Jorge Amado, página 149). Assim, os rebeldes dessa Coluna (que estavam na área esperando uma ligação com o tenente Cleto Campelo, que acabou falecendo em Gravatá), haviam interceptado nos fios do telégrafo, uma mensagem sobre o deslocamento de Custódia para Vila Bela (Serra Talhada) de uma tropa da Força Pública de Pernambuco, de 137 homens, transportada em cinco caminhões dos efetivos dos 1º, 2º, 3º Batalhões, Regimento da Cavalaria e Companhia de Bombeiros, (Boletim Geral da Força Pública, de 12 de fevereiro de 1926), sob o comando do coronel João Nunes, comandante Geral. No terceiro caminhão, vinham o tenente da PM José Coutinho da Costa Pereira, no quinto, o tenente da PM Olímpio Augusto de Oliveira e o capitão Luiz Sabino de Azevedo e, na retaguarda, o comandante João Nunes, em automóvel.

Na localidade Umburanas/Imburanas ou Pitombeiras, os rebeldes arquitetam uma emboscada, colocando na estrada um chapéu de tipo engenheiro, de cortiça, como isca! Por volta das 9h de 14/02/1926, (domingo de Carnaval), um soldado mandou parar o veículo para apanhá-lo. Em seguida, todo o comboio parou. O coronel João Nunes, vinha à retaguarda, em companhia, do seu secretário, tenente Sidrak de Oliveira Correia e outros oficiais. Imediatamente, dos serrotes laterais, surgiram os fogos cruzados das metralhadoras inimigas, ceifando a vida de inúmeros soldados.

Após seis horas de combate, o coronel João Nunes, ao escurecer, conseguiu romper o cerco dos rebeldes, (em número quase cinco vezes superior, e entocados) rumo à Custódia, perdendo quatro dos cinco caminhões, que foram queimados. No dia seguinte, em Custódia, a tropa, reorganizou-se e partiu ao encalce da força rebelde (História da PMPE – major da PM Roberto Monteiro, página 78, e revista APMP 1985 – página 10). A munição que se achava no quinto caminhão, que regressou a Custódia com o capitão Luiz Sabino de Azevedo, não foi perdida (Jornal A Província, de 27/02/1926, e Diário de Pernambuco de 27/02/1926).

De acordo com o Boletim Geral da Força Pública, de 12 de março de 1926, morreram oito soldados: Isídio José de Oliveira, (2º Batalhão), Castor Pereira da Costa, Ercias Petronillo Fonseca e Manoel Bernardino Fonseca (Regimento de Cavalaria), José Sebastião Bezerra, Pedro Cosme Alexandrino, Antônio Cassemiro Ferreira e Luiz José Lima Mendes, (Companhia de Bombeiros). (Livro: Epopeia de bravos guerreiros – Jorge Luiz de Moura e Carlos Bezerra Cavalcanti). Os feridos foram três soldados, Amaro do Espírito Santo e Benevenuto Cardoso Silva, (do 2º Batalhão) e Severino Lino dos Santos, (do Regimento de Cavalaria). No mencionado Boletim, o comandante João Nunes enaltece suas bravuras e sacrifícios no campo de luta, em defesa da legalidade.

Aqueles soldados foram sepultados no local, numa cova única, à beira da estrada, de acordo com o major da PM João Rodrigues da Silva, em artigo publicado na Revista Guararapes, em janeiro de 1950, – Os mortos do Riacho do Mulungu, onde assinala que pela voz do povo, o número de mortos se eleva a mais de 40 praças. Esse monumento foi construído durante o Comando Geral do Coronel Manoel Expedito Sampaio, em 1961 (Informação do coronel Cícero Laurindo de Sá).

Na fria placa de mármore, ficou o registro da reação daqueles heróis, que precisam ser lembrados e nominados todos os anos, àquele 14 de fevereiro de 1926, pois, transpuseram os umbrais da glória e precisam ser inseridos nos anais da grande história da PM e de Pernambuco.

Publicado no Jornal do Comércio em 05 de Maio de 2008, escrito por Jorge Luiz de Moura (Comandante Geral da PMPE, a época).

Fonte: facebook
Página: Narciso Dias

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FELIZ ANO NOVO!

 

São os sinceros votos dedicados aos seus leitores pela família de blogs administrados por José Mendes Pereira. 

http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com
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ADENDO SOBRE A DEGOLA E A MORTE DE MARIA BONITA.

Por Sabino Bassetti

O então soldado Antonio Vieira, disse a mim e a outras pessoas, que ao chegar no local Zé Panta estava cortando a cabeça de Maria, que isso aconteceu bem próximo a ele. Não havia como Maria pedir pela vida, pois, ela já havia levado um tiro de fuzil na barriga e outro nas costas.

José Sabino Bassetti (Escritor e Pesquisador do cangaço)

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)
Grupo: O Cangaço

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DECLARAÇÕES DO EX-CANGACEIRO “VILA NOVA“... afilhado de Luiz Pedro, em 14-11-1938

Fonte do texto e da foto:  Jornal A Noite - Acervo: Volta Seca

IZIANO FERREIRA LIMA. Alto, moreno, cabelos quase escarapinhados, o verdadeiro tipo de cangaceiro, austero, parecendo mesmo que, quando no cangaço, não brincava. Responde, porém, a todas as perguntas com solicitude. Conta com três anos no cangaço, já tendo passado por inúmeros combates, tendo, as vezes, até cinco encontros por dia com as polícias de diversos Estados.

Sempre fez parte do Grupo de Lampião e Luiz Pedro, sendo afilhado desse último. É natural da cidade de Piranhas, onde ainda, mora sua família, sendo filho de Francelino Ferreira Lima.

--“ Gostava – disse - da vida do cangaço . Mas, depois da desgraceira de LAMPIÃO, fiquei com vontade de me entregar à polícia. Depois da morte de Lampião, ninguém mais tem sossego ou alegria. O Capitão fez uma falta medonha a gente. Senti muito a sua morte, como a de LUIZ PEDRO e de D. Maria Bonita, que Deus os tenha. 

VILA NOVA esteve no combate de Angico. –“Escapei pela misericórdia de Deus , afirma. Vi quando o CHEFE caiu se estrebuchando pelas forças do tenente Ferreira (Bezerra). Meu padrinho Luiz Pedro caiu ferido nos meus pés. Pediu que o matasse, logo. O que fiz, foi apanhar o seu mosquetão e fugir para as bandas do riacho onde o fogo era menor. Depois da fuga fui me esconder na Fazenda Cuiabá, onde me encontrei com ZÉ SERENO, e outros que puderam fugir do cerco. Ali soubemos que junto com o Capitão tinha morrido mais 11 cabras, inclusive D. Maria Bonita. 

Declarou está muito satisfeito, apesar de se encontrar preso. Pois se não morre o “Capitão“, nunca deixaria a vida do cangaço, só quando não mais servisse para nada. Achava a vida boa, porque sempre tinha muito dinheiro e podia andar enfeitado de ouro. Finalizou.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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JUNTAS SUSI RIBEIRO NORA DOS CANGACEIROS SILA E ZÉ SERENO E LILIANE PEREIRA SOBRINHA DA EX-CANGACEIRA LÍDIA PEREIRA

Por Susi Ribeiro 
Susi Ribeiro é nora dos cangaceiros Sila e Zé Sereno - Foto do acervo da Susi Ribeiro

Boa noite, amigo José Mendes Pereira:

Venho com muita alegria, deixar registrado aqui, um dia muito feliz em minha vida.

Em Janeiro deste ano, eu e meu esposo Ivan Antunes de Campos, em nossa viagem pelo interior da Bahia, visitamos muitos lugares de grande valor histórico e cultural nas regiões de Paulo Afonso/BA, Alagoas e Sergipe.

Os cangaceiros Sila e Zé Sereno estão circulados

Finalmente eu, nora do ex-casal de cangaceiros Sila e Zé Sereno (pais de meu primeiro e já falecido esposo Wilson Ribeiro de Souza) iria conhecer o palco dos relatos da vida de meus sogros, os locais onde Lampião e seu grupo viveram, lutaram, sofreram, enfim, conferir registros históricos e conhecer pessoas que conviveram com eles na época do Cangaço.

Após conhecer Angico, seguimos com um guia turístico para o sertão de Paulo Afonso, onde visitamos vários Povoados e casas, trilhas e estradas por onde o Subgrupo de meu sogro Zé Sereno teria passado, inclusive quando este ainda era apenas um integrante do subgrupo de seu primo, o temível cangaceiro Zé Baiano, que ficou conhecido por sua crueldade ao assassinar sua companheira Lídia, a mais bela cangaceira e por após esse acontecimento ter se tornado o ferrador de mulheres.

Susi Ribeiro e Wilson Ribeiro - Foto do acervo da Susi Ribeiro

Entre os vários povoados, chegamos ao Povoado Salgadinho, que me despertou muita atenção. Lá estava a casa, já em ruínas, da famosa ex-cangaceira Lídia de Zé Baiano.

Ao lado desta, a casa de seus descendentes, Sr. Terto e Sr. Manoel com a esposa Sra. Atení e os filhos Tânia e Marcos. Fomos recebidos alegremente por Tânia, com quem fiz muita amizade.

Ali, a sombra de uma árvore, ficamos conversando por horas. Eu ouvia com atenção, parecia que os relatos de meus sogros sobre a vida no sertão, ganhavam vida, cor, forma diante de meus olhos.

O cangaceiro Zé Baiano companheiro da cangaceira Lídia Pereira

Sr. Terto, o sobrinho mais velho de Lídia, ainda se lembra dela, pois quando criança, sentiu muito a entrada da tia para o Grupo de Cangaceiros.

Segundo ele, Lídia era uma moça de 15 anos quando entrou para o Cangaço ao lado de Zé Baiano. Era alta, esbelta, cabelos à cintura, muito negros, que lhe " serviam de esteira" e uma personalidade forte, decidida.

Nos emocionamos com essa Família, pessoas simples, humildes, trabalhadores incansáveis do sertão: plantando, colhendo, esperando chuva, cuidando da criação, da casa, da lavoura.

Povoado Salgadinho/sertão de Paulo Afonso/Bahia - Janeiro de 2015: Tânia, Ivan, Eu e Sr. Manoel, sobrinho da cangaceira Lídia. - Foto do acervo da Susi Ribeiro

Pessoas religiosas, respeitadoras, com uma formação moral e ética que há muito não mais é vista nas grandes cidades, principalmente do Sudeste do Brasil.

Encanto, alegria, um sentimento de amizade muito grande tomou conta de meu coração.

Em Março, voltei à casa deles, onde tive a oportunidade de permanecer por vários dias! pude então sentir como é a vida do sertanejo no nordeste.

Foto da casa da cangaceira Lídia - Foto da Susi Ribeiro

Me encantei, me identifiquei muito com os costumes, com a comida, com a religiosidade. Tudo no sertão é maravilhoso: as pessoas são ricas em sentimentos, são solidárias, unidas, em uma palavra: São humanas! Ao voltar para minha casa no interior de São Paulo, nunca mais deixamos de nos comunicar por telefone.

Povoado Salgadinho/sertão de Paulo Afonso/Bahia - Março de 2015: Marcos, Tânia e eu. - Foto do acervo da Susi Ribeiro

Aqui, só faltava uma coisa, conhecer a sobrinha de Sr. Terto, a sobrinha neta da cangaceira Lídia, Liliane Pereira, nascida no povoado e que com seus pais, tinha se mudado para Jacareí, também interior de São Paulo.

Foi então, depois de muito conversarmos pela internet, que no último dia 21 de Dezembro, fomos à sua casa, em Jacareí, onde ela mora com seus dois sobrinhos, Vítor e Nathan, respectivamente de 3 e 8 anos de idade, lindos, filhos de sua falecida irmã Cristiane Pereira.

Eu e Liliane Pereira em sua casa em Jacareí-SP, Dezembro de 2015 - Foto do acervo de Susi Ribeiro

Passamos horas conversando, almoçamos com ela, brinquei muito com as crianças, muito alegres, muito queridas. Pude sentir novamente o coração simples, honesto, puro, das pessoas que vivem a vida com simplicidade e alegria.

Liliane é uma moça muito bonita, mas a maior beleza que sinto nela é, sem dúvida seu coração, sua luz! Uma pessoa muito querida, meiga, corajosa, de muita fé, que cuida dos sobrinhos como se fossem seus próprios filhos, que não se preocupou com mais nada ao abraçar a missão de se tornar, além de tia, também a mãe deles. Mesmo ainda muito jovem, Liliane Pereira traz a maturidade e a confiança na Providência Divina.

Eu e meu esposo Ivan com Liliane Pereira e seus sobrinhos, Vítor e Nathan em sua casa em Dezembro de 2015 - Foto do acervo da Susi Ribeiro

Sem dúvida, uma pessoa, que veio confirmar em minha mente e coração, a integridade e os valores de sua família. Liliane Pereira é, sem sombra de dúvidas, a descendente direta da Cangaceira Lídia, que traz geneticamente seus traços de beleza.

Esperamos, que algum dia, os historiadores e pesquisadores do tema Cangaço ainda encontrem alguma foto de Lídia, pois até o momento ninguém a tem.

Família Pereira, meus mais queridos amigos! Obrigada por tudo, por toda doçura, por todo o carinho, pela hospitalidade, pela atenção, pela alegria com que vocês nos receberam, desde o primeiro momento em que nos viram, no sertão de Paulo Afonso/Bahia!

Observação: - Amigo Mendes, segundo Francimary Oliveira mencionou no grupo Ofício das Espingardas dizendo o que segue:  “Eu sou nora do irmão do homem que matou sua tia avó Lídia”. 

Até Breve!
Obrigada pela oportunidade, amigo José Mendes Pereira!

Enviado para postagem neste blog por Susi Ribeiro nora dos cangaceiros Sila e Zé Sereno.

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