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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

ASCRIM/PRESIDENCIA – BLOCO “OS INTELECTUAIS” – OFICIO Nº 005/2018.


MOSSORÓ(RN), 14.02.2018
RECEBES ESTE EXPEDIENTE PORQUE A ASCRIM O(A)VALORIZA E RESPEITA, PELO ALTO NÍVEL DE QUEM TEM O PRESTÍGIO DE SER ASSIM CONSIDERADO(a).’ 
   
MOSSORÓ(RN), 14.02.2018
  REFERINDO-NOS AO EXPEDIENTE ASCRIM/PRESIDENCIA – BLOCO “OS INTELECTUAIS” – OFICIO Nº 003/2018, DE 13.02.2018, CONFORME ESTABELECE A ASCRIM/RESOLUÇÃO Nº 001/2018, DE 09.02.2018, COMUNICAMOS:
1º) A PROGRAMAÇÃO PREVISTA PARA HOJE AS 16HS – VISITA AO LOCAL DE CONCENTRAÇÃO DA TROÇA “O PIADO DA CORUJA” (ORGANIZADA PELO SINDICATO DOS PROFESSORES DE MOSSORÓ), EM FRENTE A CONVENIÊNCIA "PÃO NOSSO", NO ABOLIÇAO I, COM POSSIBILIDADE DE ACOMPANHAR O CORTEJO, FOI ADIADO PARA O PRÓXIMO SÁBADO.
2º) OS INTERESSADOS EM INGRESSAR NO BLOCO "OS INTELECTUAIS", TÊM PRAZO ATÉ HOJE.
3º) O PRESIDENTE DA ASCRIM SERÁ ENTREVISTADO HOJE NA TCM AS 15HS. NA OPORTUNIDADE FARÁ, OFICIALMENTE, O LANÇAMENTO DO BLOCO "OS INTELECTUAIS" FA ASCRIM. 
                              SAUDAÇÕES ASCRIMIANAS
                          FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
                              - PRESIDENTE DA ASCRIM -

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Gardoso
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ASCRIM/PRESIDENCIA – ASCRIM/PRESIDENCIA - CONVITE ACJUS – RETRANSMISSÃO DE CONFIRMAÇÃO AO CONVITE SOB AUTORIZAÇÃO - OF. 004/2018



ASCRIM/PRESIDENCIA – ATO PRESIDENCIAL Nº 01/2018
MOSSORÓ(RN), 10 DE FEVEREIRO DE 2018,
A ESPECIAL ATENÇÃO DOS SENHORES DIRETORES EXECUTIVOS:   
1 - PRESIDENTE EXECUTIVO: FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO.
2 - 1ª SECRETÁRIA: LUDIMILLA CARVALHO SERAFIM DE OLIVEIRA
3 - 2ª SECRETÁRIA: VANDA MARIA JACINTO.
4 – 1ª TESOUREIRA: MARTA NOBERTO DE SOUSA AQUINO DE MEDEIROS
5 – 2ª TESOUREIRA: (vago)
6- DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS: ELDER HERONILDES DA SILVA
7 - DIRETOR DE ACERVOS: JOSÉ ROMERO DE ARAÚJO CARDOSO.
8 - DIRETORA DE ASSUNTOS ARTÍSTICOS: MARIA GORETTI ALVES DE ARAÚJO
9 - DIRETORA DE CERIMONIAL E DE EVENTOS: SUSANA GORETTI LIMA LEITE.
10 - DIRETORA DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS: MARIA CONCEIÇÃO MACIEL FILGUEIRA.


  ASCRIM/ATO PRESIDENCIAL Nº 001/2018
 I. Na qualidade de Presidente da ASCRIM, conforme me faculta a alínea “a”, do § único do Art. 36, Albergado no Art. 35: item 1, inciso I, item 2 inciso II, item 1 da alínea “d” do inciso III , item 7 da alínea “e” do inciso III, combinados com o parágrafo único, todos do Estatuto, INDICO, CONFORME AASCRIM/PRESIDÊNCIA-RESOLUÇÃO BLOCO "OS INTELECTUAIS", DE 09.02.2018, OS ASSOCIADOS REGULARES INSCRITOS, ABAIXO RELACIONADOS, PARA COMISSÃO DO BLOCO “OS INTELECTUAIS”:
FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
JHÉSSICA LUARA ALVES DE LIMA
MARIA GORETTI ALVES DE ARAÚJO
TANIAMÁ VIEIRA BARRETO DA SILVA
II. Desta forma, amparado no mesmo supedâneo, caput do item I deste, por ser norma conceituada no estatuto, convoco o especial pronunciamento da DIRETORIA EXECUTIVA para “AD REFERENDUM”, EM CARÁTER URGENTISSIMO, NO PRAZO DE TRÊS(3) DIAS CORRIDOS, A CONTAR DESTA DATA, MANIFESTANDO-SE ATRAVÉS DE VOTO FAVORÁVEL OU DE VETO, através de email, OBSERVANDO-SE QUE OS EFEITOS DAS DECISÕES REFERENTE O PRESENTE ATO, RETROAGEM NA FORMA ESTATUTÁRIA, À DATA DA PUBLICAÇÃO DESTE, CASO NÃO HAJA MANIFESTAÇÃO CONSENTÂNEA LEGAL.
NESTES TERMOS, REGISTRE-SE, DETERMINE-SE E CUMPRA-SE
MOSSORÓ(RN  10 DE FEVEREIRO DE 2018
FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
PRESIDENTE DA ASCRIM
C/CÓPIA PARA TODOS DIRETORES EXECUTIVOS DA ASCRIM
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Gardoso
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POR ESSAS MÃES QUE TODOS OS DIAS CHORAM SEUS FILHOS ENSANGUENTADOS

*Rangel Alves da Costa

Há uma frase rotineiramente expressada em momentos de dor pela perda de filhos: Os pais nunca deveriam enterrar seus filhos! E assim por que, presume-se, seria da normalidade da vida que os mais jovens se despedissem pela partida dos mais envelhecidos. Os filhos é que deveriam levar seus pais à última moradia terrena.
No mesmo sentido, diz outra frase entrecortada de angústia: Uma mãe não merece enterrar um filho! E não merece por que na perda há também o perecimento de uma parte que é sua, de seu ventre, de sua vida. Além da aflição pela despedida, certamente a dor pela perda daquilo que é seu e que foi ceifado pelo destino. E por isso mesmo que muitas vezes, em prantos, as mães pedem que a levem e não os seus.
Essa dor dos pais pela perda dos seus vem desde o surgimento do mundo e causando o mesmo sofrimento a cada passo da evolução. Quem não se lembra daquela Maria chorando seu filho crucificado numa cruz? A dor de uma mãe, as lágrimas de uma mãe, o sofrimento indescritivelmente profundo de uma mãe. Mas nada do que demonstrado na face é mais forte e mais terrivelmente mortificante do que o abismo interior que é aberto.
Sim, os pais igualmente sofrem, mas por que a dor da mãe é sempre mais alentada, mais contundente, mais visivelmente exposta? Pelo fato de que a mãe nunca gesta totalmente o seu. Por que a mãe nunca desprende de seu útero totalmente um filho. Por que a mãe nunca desaparta de suas entranhas a sua cria. Um filho que nasce continua eternamente no útero da mãe. E após nascer, além de sua raiz primeira continuar, outras raízes começam a surgir no amor, no cuidado, na criação, nas preocupações do dia a dia. E assim pela vida inteira.
E é por isso mesmo que o sofrimento é tanto na ocorrência da perda de um filho. As mães sofrem quando filhos não vingam ao nascerem, as mães padecem quando os filhos não se sustentam por muito tempo depois de nascidos, as mães se mortificam todas as vezes que um filho se vai ainda na juventude ou em qualquer idade. Contudo, situações existem em que a dor se torna se torna ainda mais lancinante: perder um filho ainda jovem e pela violência e desumanidade de outros seres humanos.


Sim, muitas vezes os filhos procuram caminhos obscuros, violentos, verdadeiros chamarizes para fatalidades. Muitas vezes os filhos passam a se envolver com drogas, com quadrilhas, com todos os tipos de ilicitudes. E passam a ter uma vida vulnerável demais. Os acontecidos demonstram os tristes finais para os que trilharam por tais labirintos. Contudo, ainda assim, mesmo já continuamente padecentes pelos difíceis caminhos tomados pelos filhos, todas as mães sofrem a dor maior quando os seus são ensanguentados pela violência.
Infelizmente, há de se reconhecer que os sofrimentos das mães estão cada vez mais acentuados. O mundo está violento demais, a vida está difícil demais de ser vivida. Toda vez que um filho sai, sua mãe logo se enche de medos, de preocupações, de temores. Sabe que seu filho é um menino bom, pacato, pacífico, que não gosta de malandragem, de desordem ou de meios ruins. Mas não há jeito, pois sempre haverá o medo do que possa acontecer da porta da frente em diante. Ora, a bandidagem está por todo lugar, a violência está em cada esquina e em cada canto, ninguém possui segurança em lugar algum.
O mais difícil é saber que as preces, os rogos e as orações, os pedidos e os alertas, as palavras repetidas mais uma vez, de nada surtiram efeito. Então chega a notícia mais terrível do mundo. Então alguém chega correndo para avisar sobre um triste acontecido. O seu filho esvai-se em sangue, o seu filho corre perigo, o seu filho está à beira da morte, o seu filho foi levado ao hospital, o seu filho foi morto! E então, o espanto surdo, a descrença. Não, não pode ser verdade, nada disso pode ter acontecido, o seu filho está bem. Mas não. O seu filho foi violado pela violência do homem. O seu filho foi vitimado pela insanidade sanguinária dos dias de hoje. E então o grito!
Por essas mães que todos os dias choram seus filhos ensanguentados, por essas mães que todos os dias desabam em prantos pelos forçosos adeuses que são dados, por essas mães que sempre pedem para serem enterradas em lugar dos seus, digo apenas: Por mais que o conforto divino tenha a força de amenizar a dor de uma perda, por mais que os prantos derramados aliviem os sofrimentos, por mais que a força interior encontrada vá conseguindo levar a vida adiante, jamais deixe silenciar a cruz do seu.
E não deixar silenciar a cruz do seu significa denunciar, gritar, bradar contra a violência. Significa ainda orar para que a mesma dor não acometa outras mães. Significa pedir a Deus que nunca desampare a vida e derrame a paz aonde escorrem os rios de sangue.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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AINDA PISAREI NOS DORMENTES DA PORTE FÉRREA DE MOSSORÓ


Amigo José Mendesestive em sua cidade por 2 oportunidades, conheci alguns lugares que foram palcos da invasão em 13 de junho de 1927, inclusive, a famosa ponte da linha férrea, 

José Mendes Pereira e seu primo Júlio Batista Pereira

que eu chamo, de ponte de Jararaca, cujo motivo o professor sabe, só que não segui nela, como os amigos da postagem fizeram, eu a fotografei de longe..., mas pretendo voltar em julho, e juntamente com o Chagas...resolver esta pendência 


e outros mais, como por exemplo, adentrar à Igreja de São Vicente de Paulo, a antiga cadeia em que Jararaca ficou, e outros pontos não visitados.

https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=459032454511224&id=100012134200185&comment_id=459078807839922&notif_id=1518640746749276&notif_t=comment_mention&ref=notif

Geziel Moura

137 anos do prédio da Cadeia Pública de Mossoró – Geraldo Maia - Ana Paula Cardoso 9 de abril de 2017 

http://www.omossoroense.com.br/137-anos-do-predio-da-cadeia-publica-de-mossoro-geraldo-maia/

O ano de 1877 ficou marcado na história do Nordeste brasileiro como “o ano da seca dos dois setes”.  Foi uma das piores já registradas e seus efeitos foram devastadores. Milhares de sertanejos foram obrigados a abandonar suas terras, fugindo da fome e da seca em busca de salvação. As veredas do sertão se encheram de farrapos humanos que penosamente se arrastavam em busca de centros maiores. Muitos não resistiam à jornada e morriam nas estradas. O carrascal ficou pontilhado de toscas cruzes

Por esse período Mossoró figurava como a mais próspera cidade do interior do Rio Grande do Norte, com vasto comércio, que atendia não apenas o Oeste potiguar, mas também parte da Paraíba e do Ceará. Por tudo isso era a cidade mais procurada pelos retirantes.

E de repente a cidade se encheu de uma estranha gente, maltrapilha e esfomeada, implorando migalhas de comida. Já não existia dignidade para aquela gente, que de tudo era capaz para conseguir alimento; até roubar.

Para manter a integridade e a segurança dos cidadãos mossoroenses, e ao mesmo tempo amenizar a fome daquela pobre gente, foi criada a Comissão de Socorros Públicos, que tinha como presidente o Juiz Municipal Manuel Hemetério Raposo de Melo. Essa Comissão tinha por objetivo  organizar frentes de trabalho que participariam da construção de algumas obras públicas, tendo como único pagamento uma mísera ração de rapadura, farinha e bolacha seca. Mas foi a salvação de muitos.

Uma das obras realizadas por esses trabalhadores foi o prédio da Cadeia Pública, prédio esse que abrigaria também a Câmara Municipal. Esse prédio teve a sua construção iniciada em 1878, sendo inaugurado em 8 de abril de 1880, quando o administrador de obras Astério de Souza Pinto, fez a entrega do prédio ao Coronel  Francisco  Gurgel de Oliveira, Presidente da Intendência.

O prédio foi construído em dois andares: no andar térreo tinha porões, celas e alojamentos para o Corpo de Guarda; no andar superior, foi instalada a Câmara Municipal, que inaugurou as novas instalações a 14 de abril do mesmo ano, data essa em que foi realizada a sua primeira sessão.

O professor Lauro da Escóssia, em seu livro “Cronologias Mossoroenses”, narra um fato curioso acontecido com o Dr. Manuel Hemetério. O Dr. Hemetério, “tinha por hábito fiscalizar diariamente o andamento da construção, demorando-se por horas no interior do prédio. Certa tarde, entrara o magistrado numa dependência interna, sem que ninguém percebesse a sua presença. E ao encerrar o horário de trabalho, pedreiros e serventes fecharam o prédio e se recolheram às suas residências. Já noite, um carreiro (tangedor de carros de boi), vindo do porto de Santo Antônio, ao passar defronte a construção, ouviu gritos que dali partia e ao se aproximar percebeu tratar-se de alguma pessoa. Grande foi a sua surpresa ao reconhecer o Dr. Manuel Hemetério, o Juiz construtor do prédio, que por esquecimento dos operários ficou ali fazendo às vezes de primeiro detento da Cadeia Pública de Mossoró. Foram procurar o administrador da obra que outra alternativa não teve senão deslocar até o prédio em construção para soltar o Dr. Manuel Hemetério”.

O prédio ficou famoso por ter sido em suas dependências que se realizou dois dos principais acontecimentos de Mossoró. O primeiro foi quando em 30 de setembro de 1883, a Câmara Municipal realizou a sessão magna da Libertadora Mossoroense, declarando que a partir daquela data o município se achava livre de escravos. O segundo se deu quando nas eleições de abril de 1928, dona Celina Guimarães Viana votou pela primeira vez, constituindo-se na primeira mulher na América do sul a solicitar sua inscrição no Registro Eleitoral, pedido deferido pelo Dr. Israel Ferreira Nunes, em 25 de novembro de 1927. Foi também nesse prédio que foi detido o cangaceiro Jararaca, em 1927, quando do ataque de Lampião à Mossoró.

Atualmente o antigo prédio da Cadeia Pública abriga o Museu Histórico “Lauro da Escóssia”.  O referido Museu abriga o mais rico acervo da região nos campos da Mineralogia, Paleontologia, História e Arqueologia Indígena, além de variada coleção de peças avulsas que fizeram a história da cidade desde a sua fundação.

Para conhecer mais sobre a História de Mossoró visite o blog: www.blogdogemaia.com.

Geraldo Maia do Nascimento. Contato: gemaia1@gmail.com

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CABEÇAS DOS CANGACEIROS CHEGAM A MACEIÓ EM 1938

Publicado em 20 de junho de 2015 por Ticianeli
Cabeças de cangaceiros expostas ao público

Com a morte de Lampião e seu bando na madrugada do dia 28 de julho de 1938, na grota de Angico, em Sergipe, os cangaceiros foram decapitados e suas cabeças transportadas para Maceió, onde foram necropsiadas.

Exposição-das-cabeças-em-Santana-do-Ipanema (1)


Antes de chegar à capital o cortejo macabro fez exposição das cabeças numa verdadeira via sacra por cidades e vilarejos do trajeto até a capital. Em Santana do Ipanema, por exemplo, as cabeças foram expostas na calçada da igreja.

Praça da Cadeia, local onde as cabeças ficaram expostas em Maceió

Segundo o perito criminal Ailton Vilanova o guardião das cabeças foi um militar conhecido como Azogado. Foi ele quem pôs sal nas cabeças para mantê-las conservadas durante todo tempo em que foram exibidas como troféus em Alagoas, Sergipe e Bahia.

Em Maceió, as cabeças receberam a visitação pública na praça da Cadeia, em frente ao Quartel da Polícia Militar. Uma verdadeira multidão ocorreu ao local nos dias 30 e 31 de julho, e milhares de pessoas de todas as classes sociais viram o espetáculo grotesco de cabeças de cangaceiros em decomposição.

Multidão tenta invadir a Santa Casa de Misericórdia de Maceió para ver as cabeças dos cangaceiros

Multidão tenta invadir a Santa Casa de Misericórdia de Maceió para ver as cabeças dos cangaceiros

Mesmo quando as cabeças foram levadas para o necrotério da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, às 22 horas do dia 31 de julho, a multidão insistiu em acompanhar de perto os trabalhos dos legistas. Toda a área teve que ser isolada pela polícia diante das ameaças de invasão.

A necropsia ficou a encargo do médico-legista da Polícia, Dr. José Lages Filho, que foi auxiliado por José Aristeu, que acumulava a função de necropsista com a de motorista do veiculo que transportava cadáveres, segundo informações de Ailton Vilanova. Devido ao péssimo estado de conservação após cinco dias de exposições, somente a cabeça de Lampião pôde ser aproveitada para os estudos científicos.


Professor Ezechias da Rocha, chefe da Clínica da Santa Casa, jornalista Melchiades da Rocha e Dr. Lages Filho

Sobre a cabeça do Rei do Cangaço o Dr. José Lages Filho informou que ela havia perdido toda a massa encefálica em virtude das extensas e múltiplas perda de material ósseo. Isso impossibilitava os estudos sobre possíveis anomalias cerebrais do cangaceiro.

Sobre o estudo antropológico, necessário para identificar o criminoso nato segundo as teorias de Lombroso – muito em voga na época –, o legista disse que os únicos sinais de degenerescência eram a assimetria das orelhas, microdontia e a forma ogival da abóbada palatina.

Para Lampião ser um criminoso nato faltavam, ainda segundo o legista, os indícios de pragmatismo maxilar, deformações cranianas e outras características do perfil da Escola Lombrosiana.

A conclusão do laudo é: “Todavia, nem por isso os dados anatômicos e antropométricos assinalados perdem sua valia pelas sugestões que oferecem na apreciação da natureza delinquencial do famoso cangaceiro nordestino. – (a.) Dr. José Lages Filho, médico-legista da Polícia”.

Estes estudos eram tão importantes na época, que o governo de Alagoas recebeu um pedido do professor F. A. Nóbrega, de Curitiba, que pretendia enviar as cabeças dos cangaceiros para estudos no Instituto Guilherme II em Berlim. O governo negou.

Depois dos estudos em Maceió os restos mortais dos cangaceiros foram levados para Salvador, onde ficaram expostos do Museu Antropológico Estácio de Lima, localizado no prédio do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues.

Foi a luta de Dadá, companheira de Corisco – que passou a viver em Salvador -, que exigiu o cumprimento da legislação que assegura o respeito aos mortos.

Só no dia 06 de fevereiro de 1969, no governo Luiz Viana Filho, foi que os restos mortais dos cangaceiros puderam ser inumados definitivamente – tendo, porém, o museu feito moldes para expor, em substituição.

Fonte: Livro Bandoleiros das Catingas, de Melchiades da Rocha.

http://www.historiadealagoas.com.br/cabecas-dos-cangaceiros-chegam-a-maceio-em-1938.html

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A CABEÇA DE MARIA BONITA



UMA IMAGEM MACABRA QUE NOS REMETE AOS LIMITES DA PERVERSIDADE E INSANIDADE HUMANA.

Fotografia estampada no Jornal A NOITE ILLUSTRADA de 09 de agosto de 1938, cuja matéria/reportagem adicional foi produzida pelo Jornalista Melchíades da Rocha, primeiro repórter em Angico.


Local em que foram mortos Lampião, Maria Bonita, nove cangaceiros e um soldado da Força Policial Volante alagoana, no dia 28 de julho de 1938.


Uma imagem macabra mas que retrata fidedignamente a violência da época. Violência essa incansavelmente utilizada tanto por cangaceiros, quanto por soldados Volantes ou não.

Em um sertão onde matar ou morrer era apenas uma questão de escolha.

Geraldo Antônio de Souza Júnior


https://cangacologia.blogspot.com.br/2018/02/a-cabeca-de-maria-bonita.html

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JOSÉ PANTA DE GODOY.


Fotografia gentilmente cedida pelo Professor Antonio Vilela(Garanhuns/PE).

Ex-Soldado Volante membro da Força Policial Volante alagoana, comandada pelo então Tenente João Bezerra, que no dia 28 de julho de 1938 atacou o bando de Lampião que se encontrava acoitado na Grota do Angico em Sergipe. Ocasião em que foram mortos Lampião, Maria Bonita, nove cangaceiros e um Soldado.

Panta de Godoy foi o autor dos tiros e da degola de Maria Bonita.


https://www.facebook.com/photo.php?fbid=904760373021193&set=a.703792683117964.1073741835.100004617153542&type=3&theater

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ASCRIM/PRESIDENCIA – BLOCO “OS INTELECTUAIS” – OFICIO Nº 003/2018.


MOSSORÓ(RN), 13.02.2018
RECEBES ESTE EXPEDIENTE PORQUE A ASCRIM O(A)VALORIZA E RESPEITA, PELO ALTO NÍVEL DE QUEM TEM O PRESTÍGIO DE SER ASSIM CONSIDERADO(a).’ 
   ESCLARECENDO QUE POR MOTIVOS DE ORDEM SUPERIOR, NESTA FASE DE ESTRUTURAÇÃO DO BLOCO “OS INTELECTUAIS”, CONSIDERAMOS DE BOM ALVITRE PONDERAR EM QUAIS EVENTOS PODEREMOS PARTICIPAR, NESTA FASE FINAL DO CARNAVAL, QUE MELHOR SE COADUNEM COM OS OBJETIVOS SOCIAIS DA ASCRIM.
   DESTA FORMA, ANTE O DISPOSTO, DESDE QUE AINDA AGUARDAMOS OS TRÂMITES CONCLUSIVOS DA ASCRIM/RESOLUÇÃO Nº 001/2018, DE 09.02.2018, CONCATENAMOS, APÓS REEXAME DA MATÉRIA, OBEDECENDO O RIGOR ESTATUTÁRIO DA ASCRIM, AUTORIZAR O SEGUINTE AGENDAMENTO DE ATIVIDADES:
DIA 14.02.2018
08 AS 10HS - VISITA AOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO E AO SINDICATOS DOS PROFESSORES DE MOSSORÓ, PARA DIVULGAÇÃO OFICIAL, JUNTO A COORDENAÇÃO DA TROÇA  “O PIADO DA CORUJA”, DA CRIAÇÃO DO BLOCO “OS INTELECTUAIS” E DEMOMSTRAÇÃO DOS SEUS OBJETIVOS SOCIAIS.
TARDE: 16HS – VISITA AO LOCAL DE CONCENTRAÇÃO DA TROÇA “O PIADO DA CORUJA”(ORGANIZADA PELO SINDICATO DOS PROFESSORES DE MOSSORÓ) COM POSSIBILIDADE DE ACOMPANHAR O CORTEJO.
SAUDAÇÕES ASCRIMIANAS

FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO 
- PRESIDENTE DA ASCRIM –

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Gardoso
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PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA


Material do acervo do pesquisador José Romero de Araújo Cardoso

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=458662527881550&set=a.118349275246212.1073741828.100012134200185&type=3&theater

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A IMPONENTE BORDA DA MATA E SEU COMANDANTE,ANTÔNIO CAIXEIRO

Por Manoel Severo
Fazenda Borda da Mata em Canhoba, Sergipe

Todas as andanças por entre os territórios pisados e vividos pelos reis das caatingas são preciosos. Cada cenário e; uns mais que outros; dependendo de seu peso e sua memória e o quanto contribuiu para o momento histórico se tornam emblemáticos. Chegamos em Sergipe, uma das "capitanias hereditárias" do rei do cangaço, Virgulino Ferreira da Silva em seu segundo reinado.

Era o dia 20 de janeiro de 2018, um sábado ensolarado e quente, partimos de Aracaju ainda pela manha, ao lado dos pesquisadores Archimedes e Elane Marques rumo ao município de Canhoba, a 125 km da capital sergipana, terra do enigmático e poderoso coronel Antônio Ferreira de Carvalho, ou: Antônio Caixeiro.

 Sob as bençãos do Cruzeiro da Borda da Mata, a imensidão das terras que um dia foram o feudo de Antônio Caixeiro
Manoel Severo e Archimedes Marques na Borda da Mata

Quem estuda cangaço e se debruça sobre a historiografia desse fenômeno no estado de Sergipe, terá em Antônio Caixeiro e seu filho Eronildes Carvalho, dois de seus mais destacados personagens. A partir de 1929 quando Lampião atravessou o rio São Francisco iniciando um novo ciclo em sua vida fora da lei, os contatos com a família e o poder dos Carvalho, de Canhoba, tendo a frente o patriarca Antônio Caixeiro vieram a ser determinantes para os novos rumos tomados pelo rei cego.

Não raramente vamos encontrar episódios marcantes acontecidos em terras abençoadas pelo potentado sergipano de Canhoba. Suas propriedades, notadamente as famosas fazendas, “Borda da Mata” e "Jaramataia" eram pouso comum dos vários grupos cangaceiros comandados por Virgulino Ferreira da Silva. Eram perto das 10 da manha quando enfim chegamos ao centro do município de Canhoba, dali mais quinze minutos em estrada de terra batida, aportaríamos na lendária e imponente fazenda Borda da Mata.

Coronel sergipano Antônio Caixeiro em foto do acervo de Lauro Rocha
No vilarejo defronte a fazenda Borda da Mata, a praia fluvial no São Francisco
 Ingrid Rebouças e a vista do rio São Francisco a partir de um dos cômodos da fazenda Borda da Mata

Vamos recorrer ao Mestre Alcino Alves Costa para entender a ligação de Virgulino Ferreira com Sergipe e seus coronéis: " Foi em Sergipe que Lampião alcançou o maior apogeu de sua vida bandoleira. Foi o coronel dos coronéis; foi soberano, temido, respeitado por todas as autoridades; amigo dos homens mais influentes do Estado. Poderosos senhores, tais como os coronéis Hercílio Britto; Antônio Caixeiro, que era o pai de governador de Sergipe, Eronildes de Carvalho; era amigo dos famosos fazendeiros da Serra Negra, Pinduca e João Maria, ambos eram irmãos do temido tenente Liberato de Carvalho, famoso militar do exército brasileiro que caçava tenazmente os grupos bandoleiros e fez parte do histórico “Fogo da Maranduba”, em janeiro de 1932; e muitos outros homens de enorme importância e influência na terra sergipana."

E continua Alcino:"O poder de Lampião era tão grande que ele teve a ousadia de dividir partes do Estado de Sergipe nos moldes das antigas sesmarias, colocando seus principais homens, como se fossem sesmeiros, à frente de vastas glebas de terras, por exemplo: na região que compreende os municípios de Frei Paulo, Carira, em Sergipe, e Paripiranga, na Bahia, o domínio de Zé Baiano; em Porto da Folha, Gararu e N. S. da Glória, o senhor daquelas terras era o cangaceiro Mariano, em Poço Redondo e Monte Alegre de Sergipe, o domínio era de Zé Sereno e em Canindé, o poder estava nas mãos de Juriti."

A imensidão das terras da Borda da Mata em Canhoba
 Nos detalhe da Borda da Mata o registro de uma época e sua gente...

Logo que se chega ao vilarejo do distrito, sendo acompanhado pelas margens do São Francisco se avista de longe a imponente "Borda da Mata" que se agiganta sobre uma pequena e estratégica elevação, de onde certamente seu mandatário mantinha as terras e os homens sob sua vigilância inconteste. A atmosfera do lugar é simplesmente espetacular, sob o testemunho do grande rio e a brisa forte típica da caatinga, estávamos pisando um solo sagrado da historia nordestina.

A edificação hoje em ruínas ainda mantém seu glamour e sua força. A Casa Grande reflete o poderio econômico dos Carvalho, os cômodos se sucedem cheios de detalhes de decoração nas antigas paredes, arcos e fachadas principais, permitindo-nos viajar no tempo e voltar aos idos dos anos 20 e 30 quando de Canhoba a dinastia Carvalho, de Antônio Caixeiro e seu filho, Capitão de Exercito, médico e depois interventor do estado, Eronildes de Carvalho, mandavam em Sergipe.  

Eronildes Ferreira de Carvalho é um dos filhos mais de ilustres de Canhoba.Nasceu na Borda da Mata em abril de 1897. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia em 20 de dezembro de 1917, filho de Antônio Caixeiro e interventor de Sergipe.


De pé: Ezequiel, irmão de Lampião, Calais, Fortaleza, Mourão e o menino Volta Seca. Sentados : Lampião, Moderno, Zé Baiano e Arvoredo.

O pesquisador Kiko Monteiro nos auxilia e traz o escritor cearense Nertan Macedo que entrevistou o interventor Eronildes de Carvalho justamente quando da primeira passagem de Virgulino ainda em 1929 na Borda da Mata ao lado de 20 homens e foram "anfitrionados" pelo poderoso coronel. "Lampião conhecia “os Carvalho” desde a sua juventude. Quando percorreu a maioria dos caminhos que viria a fazer mais tarde como bandoleiro. Revendendo nas fronteiras de Alagoas e Sergipe, como simples almocreve conheceu a família. E agora já como poderoso chefe cangaceiro, aproveitou para visitar o Coronel. Sabendo do poder do grande comerciante Lampião pediu abrigo e comida, sendo prontamente atendido, onde lhe foi autorizado o abate de rezes etc, mas que seus moradores e contratados não fossem molestados por seus homens."
E continua Kiko Monteiro "Eronildes foi apresentado a Lampião em agosto de 1929, durante os dias em que se restabelecia de uma enfermidade na fazenda Jaramataia propriedade de seu pai no município de Gararu. Algumas biografias dão conta de que esse encontro se deu “antes” de ele estar com Caixeiro. Outras que foi numa visita do interventor até a Borda da Mata. A ordem dos fatores… Em ambas há um mesmo parágrafo: Trocam cumprimentos e o Dr. faz a Lampião uma indagação que entrou para galeria das “máximas cangaceiras: – “Então, como devo chamá-lo, capitão ou coronel? Porque eu também sou capitão e deve haver aqui uma hierarquia – como oficial do exército não posso ser comandado pelo senhor”. Lampião compreendeu a malícia e replicou– “Pois desde já o senhor está promovido a coronel”.
Uma das fotos clássica do Rei dos Cangaceiros, usada muitas vezes como "salvo conduto" foi feita na fazenda Jaramataia pelas lentes de Eronildes Carvalho.
 Neste chão pisaram os poderosos de Sergipe e suas sombras...cangaceiros 
Imagens de uma das partes internas da Casa
A visita à fazenda Borda da Mata ciceronizado por uma das maiores autoridades sobre a historiografia do cangaço em Sergipe; o pesquisador e escritor Archimedes Marques; foi um grande presente para mim, havia muito tempo que desejava conhecer as famosas terras de Antônio Caixeiro e seu filho Capitão Eronildes, fato me proporcionado pelo querido casal Archimedes e Elane. 
Sem dúvidas quando somos privilegiados com momentos como esse não se pode negar o tamanho da emoção e de todas as sensações que nos invadem. Sergipe o menor estados do Brasil em território foi sem dúvidas um dos territórios onde o Rei do Cangaço mais se sentia em casa, perpetuando a partir dali mais 9 anos de vida cangaceira. Para entender melhor a presença do cangaço em Sergipe, teremos no próximo Cariri Cangaço a se realizar em Fortaleza no mês de abril, o lançamento do segundo volume da obra de Archimedes Marques, o magistral "Lampião e o Cangaço na Historiografia de Sergipe". 
Manoel Severo, 20 de Janeiro de 2018 Canhoba-SE
https://cariricangaco.blogspot.com.br/2018/02/a-imponente-borda-da-mata-e-seu.html