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segunda-feira, 24 de abril de 2023

MARTELOS DE CONFISSÃO

Autor: José Di Rosa Maria


1

Verso bom não é flor, mas tem essência

Que penetra na alma como flecha,

Poesia ruim não acha brecha

Na muralha da minha consciência;

Até hoje não tive paciência,

Pra soneto, poema, nem canção,

De poeta que a metrificação

Não faz parte das obras que ele cria,

Não consigo gostar de poesia

Que não tem métrica, rima e oração.

2

Pelos meus dois ouvidos cautelados

Não desliza poética nota zero,

Ser melhor do que todos eu não quero,

Mas só gosto de versos requintados.

Sem encantos e descadenciados

Há poemas que infelizmente são...

Contemplados por quem não tem noção

Do que seja compor com maestria,

Não consigo gostar de poesia

Que não tem métrica, rima e oração.

3

Exagero na criatividade

Eterniza o renome do poeta,

Toda obra de gênio se completa

Com desejo, ilusão, dor e saudade.

Poesia de boa qualidade

Declamada na voz do coração,

De acordo com minha opinião

Não é beijo de moça, mais vicia,

Não consigo gostar de poesia

Que não tem métrica, rima e oração.


Enviado pelo o autor

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SÓ COMO ARQUIVO EM NOSSO BLOG - ISSO É INCRÍVEL, MAS É VERDADE.

 Por Sílvio Cruz.

Quem matou o Abel?
- O irmão dele.

Quem vendeu o José?
- Os irmãos dele.

Quem expulsou Jefté?
- Os irmãos dele.

Quem tinha inveja do David?
- Os irmãos dele.

Quem não ficou feliz com o retorno do filho pródigo?
- O irmão dele.

Entre tantos exemplos na Bíblia, percebemos que todos aqueles que foram traídos e maltratados pela própria família, também foram muito abençoados por Deus. E mesmo que doa dizer, às vezes o maior inimigo que você pode ter na vida, corre-lhe nas veias o mesmo sangue seu. Triste, mas verdadeiro.

https://www.facebook.com/joseaugusto.bezerramoura/posts/pfbid0EtnNMG5kVYyCUXn89e8ZPU6b8TfioGVNJpYnip6gijCWnEb5teMP7NdgW5EaeiHgl?notif_id=1682369103293780&notif_t=close_friend_activity&ref=notif

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O CANTO DO ACAUÃ, DE MARILOURDES FERRAZ

 Por Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=ZqAsSmRM-rM

Ângelo Osmiro Barreto, pesquisador e escritor das histórias do cangaço possui uma das maiores, senão a maior, biblioteca com o tema Cangaço, no Brasil.

Já foi presidente da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço e hoje é presidente do GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará.

Fique com a Dica de Leitura do Prof. Ângelo Osmiro.
Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @aderbalnogueirac...   Link desse vídeo:    • O canto do acauã,..

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MORRE O DECLAMADOR SANTANENSE PATROCÍNIO VAZ AVILA, A MAIOR VOZ DA POESIA GAÚCHA

Redação AP

No dia 09 de dezembro de 2019 os sites anunciavam a morte da maior voz da poesia gaúcha Patrocínio Vaz Ávila

Morreu no início da manhã desta segunda-feira (9) no Hospital de Caridade e Beneficência (HCB), de Cachoeira do Sul, Patrocínio Vaz Avila, 80 anos, um dos mais premiados declamadores do Rio Grande do Sul. Deixa um legado histórico voltado para a poesia.

Patrocínio, natural de Santana do Livramento, mas há muitos anos residindo em Cachoeira do Sul, militar da reserva, foi o único declamador agraciado com o troféu “Hours Concours” concedido pelo Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore. Foram várias conquistas como a do Festival Gaúcho de Arte e Tradição (Fegart).

A voz e a dedicação de Patrocínio à poesia gaúcha tinha reconhecimento por todos os cantos do Rio Grande. Especialista em declamar poesias de Aparício da Silva Rillo e também de Guilherme Collares, como a poesia Romance do Tio Abel, trilhou um caminho que expressou o sentimento em suas apresentações.

Na sua trajetória, além de Cachoeira do Sul, Patrocínio também recebeu homenagens e uma delas aconteceu na Sesmaria da Poesia Gaúcha de Osório. Foi duas vezes campeão do Rodeio de Vacaria, várias vezes campeão em festivais de poesia e, grande vencedor da Sesmaria da Poesia Gaúcha de Osório. Foi bicampeão do “Bivaque” de Campo Bom. Possui mais de dez poemas gravados em festivais de poesia, com um CD gravado em homenagem a Aparício Silva Rillo.

Morador do Bairro São José em Cachoeira, Patrocínio deixa filhos, netos e demais familiares. O corpo está sendo velado na Capela da Funerária Madre Teresa, na Rua Aparício Borges, 528. O sepultamento ocorrerá nesta terça-feira (10), às 8h30min, no Cemitério Municipal.

Fonte –  https://www.ocorreio.com.br/2019/12/48235/

https://www.aplateia.com.br/2019/12/09/morre-o-declamador-santanense-patrocinio-vaz-avila-a-maior-voz-da-poesia-gaucha/

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UM CABRA DE ANTÔNIO SILVINO

Por Dr. Epitácio de Andrade Filho

 Um Cabra de Antônio Silvino Foi Preso em Goianinha

No mês de fevereiro de 1906, chegou à pequena cidade de Goianinha, no Agreste Potiguar, um casal desconhecido. Era formado por um adulto negro e uma moça branca, aparentando 18 anos. A cidadela provinciana começou a questionar a identidade e desconfiar da procedência do par.

O homem procurou emprego nos engenhos e conseguiu num deles, mas começaram a acontecer assaltos nas fazendas da circunvizinhança. O delegado Manoel Otoni Araújo Lima, que já havia contatado aquele homem, quando este procurava emprego, voltou a entrevistá-lo despretensiosamente, e, para sua surpresa, o desconhecido lhe revelou a identidade. Tratava-se do temível cangaceiro Rio Preto, cabra do bando do famigerado Antônio Silvino. Revelada a identidade, Manoel Otoni programou a prisão e restava esclarecer quem era a moça acompanhante. No dia 19 de fevereiro daquele ano, o delegado Otoni prendeu Rio Preto sem resistência, e o embarcou na Estação ferroviária de Goianinha para a capital do Rio Grande do Norte. A moça foi conduzida à delegacia, onde foi interrogada e afirmou ser Ana Maria da Conceição, que foi raptada, desvirginada pelo cangaceiro e depois decidiu segui-lo espontaneamente. De Natal, Rio Preto foi enviado para Recife, onde permaneceu preso na antiga Casa de Detenção da capital pernambucana e morreu de uma “ferida”, dois anos após.








FONTES: Baú de Goianinha e Tok de História.

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O CRACK DO OIAPOQUE AO CHUÍ

 Por Dr.  Archimedes Marques

Disseminada por todo o país a mais avassaladora das drogas, o crack, já causa problemas no sistema de saúde de 64% das cidades brasileiras, conforme atesta a Confederação Nacional de Municípios. O crack invadiu grandes e pequenas cidades, periferias e lugares de baixa a alta classe social, municípios, povoados, zona rural e já chegou até às aldeias indígenas transformando os seus tristes usuários em espécie de zumbis ou mortos-vivos.

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De poder devastador e parecendo sobrenatural, o crack sempre vicia a pessoa quando do seu primeiro experimento e o que vem depois é tragédia certa. Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas. O crack é a verdadeira degradação humana.

A fórmula oficial do crack divulgada pelos Estados Unidos da América é bem menos agressiva do que a falsificada no nosso país, ou seja, tal produto é formado por meio de uma mistura da pasta base da folha da coca ou cloridrato de cocaína com bicarbonato de sódio, entretanto no Brasil, fornecedores e traficantes para obterem maiores lucros financeiros recriaram o mal para pior. São adicionados para recompor a fórmula maligna e cruel do crack a cal virgem, a amônia, o ácido sulfúrico ou soda caustica que é para deixar a pedra meio tenra e o querosene ou gasolina para dar a combustão ao preparado químico final. O crack é fumado através do cachimbo, latinha ou outra parafernália parecida. Assim, a fumaça altamente tóxica do crack que mais se assemelha a cheiro de pneu queimado ao ser aspirada por si só já demonstra o extremo malefício que causa ao organismo do seu usuário.

Segundo estudos realizados recentemente o Brasil que já beira os três milhões de usuários consome até uma tonelada de crack por dia, trazendo conseqüências drásticas, não somente para o viciado e seus familiares, mas também para a sociedade em geral, vez que em decorrência dessa mortal droga todos os índices de delinqüência aumentaram estupidamente, com destaque para a prostituição, os pequenos e grandes furtos, roubos e até latrocínios, pois pelo crack e para o crack se matam e se morrem.

A expansão do crack reclama principalmente ações urgentes em duas frentes, a do abastecimento e a do consumo, vez que a educativa ou preventiva vem sendo razoavelmente aplicada. Ambas têm indicadores alarmantes. O Brasil, que já se consolidou na triste posição de rota preferencial do tráfico internacional de cocaína, parece caminhar para também ocupar um lugar de ponta no mercado mundial dessa terrível droga.

Como o Brasil sempre está nas primeiras colocações dos absurdos somos o segundo no mundo no ranking dos maiores consumidores dessa droga, perdendo apenas para os Estados Unidos da América que consome o crack não falsificado. Com o consumo interno aquecido e as rotas que asseguram o movimento de exportação e importação do crack e das outras drogas, o momento é deveras preocupante, tanto é que a ONU já demonstra inquestionável sinal de que a situação pode descambar para o descontrole.

No lado do provimento do mercado, deve-se recorrer a ações integradas das três instâncias do poder público, com ênfase na repressão aos grupos de traficantes e à rede criminosa que garante a circulação da droga. Leis mais rígidas urgem por modificações para penalidades exemplares a tais criminosos, além da formação de um maior efetivo policial em todas as camadas possíveis, principalmente no âmbito federal não só para combater mais veementemente o tráfico, mas principalmente no sentido de melhor vigiar as nossas fronteiras para que não entre o produto base dessa droga, ou seja, a cocaína.

Já no outro lado do problema, o das consequências, as ações envolvem questões mais complexas, principalmente no âmbito curativo a ser dispensado aos usuários que continua precário. Em primeiro plano necessário se faz a contratação estatal de uma boa gama de psicólogos ou profissionais equivalentes para conscientizar o debilitado usuário do crack ao real tratamento médico. No segundo plano vem a questão dos Hospitais ou Clínicas de recuperação que em números proporcionais à imensa legião dos zumbis do crack, estão muito aquém da triste e deprimente realidade apresentada, principalmente para aqueles usuários que dependem do poder público.

https://gibanet.com/o-crack-do-oiapoque-ao-chui/

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A TRAJETÓRIA E O HORROR DO CRACK

 Por: Dr. Archimedes Marques


Archimedes Marques é Delegado de Polícia no estado de Sergipe.  Tem Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela Universidade Federal de Sergipe)
archimedes-marques@bol.com.br

Os fatos criminosos, as consequências horripilantes na área social e familiar e o sortilégio causado ao usuário do crack, comprovam que essa droga, sem sombras de dúvidas, é mais perigosa do que todas as outras juntas.

De poder avassalador e sobrenatural, o crack sempre vicia o usuário quando do seu primeiro experimento e o que vem depois é a tragédia certa. Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas. O crack é a verdadeira degradação humana.

Há alguns anos atrás, quando o crack foi introduzido no Brasil, em especial em São Paulo, seu uso estava praticamente restrito a classe paupérrima da nossa sociedade devido ao seu baixo custo de venda, começando assim a sua trajetória com os moradores de rua que eram viciados em álcool, maconha ou em cheirar cola e que assim viam naquela nova e poderosa droga mais barata e acessível, a pretensa solução para resolver ou para esquecer dos seus problemas.

Na época as autoridades constituídas viviam as ilusões de que esse subproduto da cocaína não sairia do consumo dos mendigos, dos pobres, dos desafortunados e dos desgraçados, por isso pouco se importavam com a problemática, contudo, o seu consumo rompeu esse quadrilátero, conquistou as demais classes sociais, expandindo-se rapidamente, virando uma epidemia nacional e aí, diante do clamor público, o Estado passou a correr atrás do prejuízo.

A dimensão da tragédia é difundida nos diversos Estados da Nação através de reportagens jornalísticas que comprovam o retrato devastador em todos os lugares possíveis e imagináveis aonde chegou o filho mortal da cocaína. O crack invadiu grandes e pequenas cidades, periferias e lugares de baixa a alta classe social, municípios, povoados, zona rural e já chegou até às aldeias indígenas.

O fracasso da política antidrogas do governo federal é estampado nos quatro cantos do Brasil. A cada reportagem televisiva assistimos atônitos pessoas adultas, jovens, adolescentes e crianças consumindo o crack, deitados no chão das praças, das calçadas, debaixo dos viadutos, das marquises, sem se incomodarem com nada ou mesmo correndo em desespero, vivendo aquele mundo imaginário, sem perspectiva de vida alguma.

Meninos e meninas na flor da idade se prostituem até por 1 real e praticam qualquer ato ou tipo de crime possível em busca do crack. Famílias inteiras se desesperam vendo os seus entes queridos buscando o fundo do poço pelo crack.

O crack trás a morte em vida do seu usuário, arruína a vida dos seus familiares e vai deixando rastros de lágrimas, sangue e crimes de toda espécie na sua trajetória maligna. Assistimos recentemente com imensa tristeza e pesar uma reportagem mostrada na TV Record em que crianças recém nascidas de mães viciadas em crack, são também barbaramente atingidas pelos efeitos nefastos da droga.

Nascem como se viciadas fossem, com crises de abstinências, com compulsão à droga, tremores, calafrios e com problemas físicos diversos, principalmente com lesões no cérebro que provavelmente os levarão às demências ou a outros tipos de problemas inerentes, ou seja, uma nova geração de vítimas do crack sem sequer ter consumido a droga por vontade própria. A maioria das mães drogadas também perdem o instinto materno e terminam doando os seus filhos debilitados.

Ao contrário da maioria das drogas, o crack não tem origem ligada a fins medicinais, muito pelo contrário, ele nasceu para alterar o estado mental do usuário, para viciá-lo de maneira sobrenatural e para aniquilar todos os seus órgãos, levando-o a uma morte breve, mas sofrível para si e para todos que o cercam.

A cocaína gerou o crack para terminar de arrasar as diversas gerações que dele buscam sensações diferentes, mas que não imaginam que na verdade caminham para a desgraça absoluta. Achando pouco os efeitos insanos da droga mãe, o homem adicionou ao lixo do processo da sua fabricação, alguns produtos químicos altamente nocivos e perigosíssimos para a saúde humana para depois repassá-la ao seu semelhante como passaporte para a morte.

Absurdamente são adicionados à borra da cocaína para compor uma fórmula maligna e cruel, a amônia que é usada em produtos de limpeza, o ácido sulfúrico que é altamente corrosivo e usado em baterias automotivas, querosene, gasolina ou outro tipo de solvente que é para dar a combustão ao produto e, para render aumentando a sua lucratividade, a cal virgem, ou cal viva que também é tóxica e usada em construções ou plantações, que ao serem misturados e manipulados se transformam numa pasta endurecida de cor branca caramelizada onde se concentra mais ou menos 40% a 50% de cocaína. Assim nasceu o crack para o bem do traficante, para o mal da sociedade e para o horror da humanidade.

A fumaça altamente tóxica do crack é rapidamente absorvida pela mucosa pulmonar excitando o sistema nervoso, causando euforia e aumento de energia ao usuário, com isso advém, a diminuição do sono e do apetite com a consequente perda de peso bastante expressiva. Logo o usuário sente a aceleração ou diminuição do ritmo cardíaco, dilação da pupila e a elevação ou diminuição da pressão sanguínea, ou seja, uma transformação total da sua normalidade física.

Com o tempo o crack causa destruição de neurônios e provoca ao seu usuário a degeneração dos músculos do seu corpo, conhecida na medicina como rabdomiólise, o que dá aquela aparência esquelética ao indivíduo, ou seja, ossos da face salientes, pernas e braços finos e costelas aparentes.

O usuário do crack pode ter convulsão e como consequência desse fato, pode levá-lo a uma parada respiratória, coma ou parada cardíaca e enfim, a morte. Além disso, para o debilitado e esquelético sobrevivente seu declínio físico é assolador, como infarto, dano cerebral, doença hepática e pulmonar, hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC), câncer de garganta e traquéia, além da perda dos seus dentes, pois o ácido sulfúrico que faz parte da composição química do crack assim trata de furar, corroer e destruir a sua dentição.

O crack vai destruindo o seu usuário em vida ao ponto dele perder o contato com o mundo externo, se tornando uma espécie de zumbi, ou morto-vivo, movido pela compulsão à droga que é intensa e intermitente. Como os efeitos alucinógenos têm curta duração, o usuário dela faz uso com muita frequência e a sua vida passa a ser somente em função da droga.

Ainda não existem estatísticas oficiais nos Estados brasileiros que venham a comprovar o rastro da devassidão e desgraça causada pelo crack, entretanto já se comentam que as vítimas fatais mensais superam em dobro as vítimas de acidentes de trânsito, e em assim sendo, considerando que o Brasil sempre está nas primeiras colocações em mortes de transito no contexto mundial, conclui-se, portanto, que estamos caminhando para o caos absoluto por conta dessa droga.

Pelas matérias jornalísticas observa-se que o Estado do Rio Grande do Sul é o mais atingido pela tragédia do crack. Segundo o Jornal Zero Hora, há cinco usuários de crack para cada grupo de mil gaúchos, enquanto que é previsto para até o final do ano de 2012, apesar da grande taxa de mortalidade, que essa população de zumbis alcance o número de 300 mil componentes.

Já aqui no nordeste, mais de perto em Salvador, capital da Bahia, é fato em notícia que 80% das pessoas com idade entre 12 a 25 anos que vem a óbito são egressos do crack e morrem do crack ou pelo crack.

A dificuldade que o dependente do crack tem ao querer deixar o seu consumo também é imensa e requer uma força de vontade fora do comum, diferente do que acontece com os usuários das outras drogas.

A Universidade Federal de São Paulo atestou uma pesquisa que acompanhou a trajetória de 131 usuários de crack após 12 anos da saída dos mesmos de um hospital de tratamento, chegando a seguinte conclusão: Apenas 33% se recuperaram e venceram a droga, enquanto que 67% foram derrotados, e desse número, 17% continuavam dependentes, 20% desapareceram, 10% estavam presos e 20% foram mortos em decorrência do mal da droga ou assassinados por conta dela.

Conclui-se assim que estamos caminhando para uma espécie de genocídio, ou seja, morte em massa decorrente de ações de uma causa só, conforme previu o traficante colombiano Carlos Lehder Rivas, preso e condenado nos Estados Unidos da América em 1985, ao afirmar naquela data que o crack seria a terceira bomba atômica a ser lançada contra a humanidade e que iriam morrer mais pessoas do que todas as guerras mundiais juntas.

Correndo contra o tempo o Ministério da Saúde lançou um Programa emergencial em junho de 2009 que prevê investimentos na ordem de 118 milhões de reais até o fim de 2010, com proposta de aumentar o número de leitos e de profissionais dedicados à saúde mental, assim como, de instalações de novos núcleos de apoio à saúde da família e centros de atenção psicossocial, entretanto, essa verba, mostra-se pequena para a extensão da gravidade do problema.

Enquanto isso, milhares de pessoas no Brasil ingressam na Justiça com ações contra o Estado pleiteando direito à indenização ou ao tratamento adequado em clínicas particulares para os seus familiares viciados que estão vivendo o drama do crack. Nesse sentido o Estado de Sergipe é exemplo nacional através do Juiz de Direito da Comarca de São Cristóvão, Manoel Costa Neto, que além de desenvolver um trabalho de conscientização contra os riscos do uso dessa droga.

Vem decidindo em sentenças justas e humanitárias, através das ações individuais apoiadas pelo Ministério Público e posteriormente por conta de uma Ação Civil Pública ingressada pela Defensoria Pública, que todo aquele dependente químico, principalmente do crack, que reside dentro da circunscrição daquele município, já pode ter do Governo a compensação no seu tratamento, ou seja, o Estado está sendo obrigado a arcar com as despesas dos drogados em clínicas particulares.

O crime organizado continua investindo pesado do tráfico de drogas. Muita cumplicidade perversa promove e mantém o crack no seio da nossa sociedade. Tudo prolifera e floresce com muito arranjo sinistro. A política de repressão ao tráfico não esta sendo suficiente para conter o avanço do crack. A Polícia, apesar de todos os esforços empreendidos, com prisões e apreensões diariamente de muitos traficantes e de grandes quantidades de crack, não é forte o bastante para vencer essa batalha.

Assistimos também desolados, jovens e crianças abandonando as escolas e recrutados pelo tráfico em troca do crack e algumas migalhas em dinheiro. O documentário apresentado pela Rede Globo no programa Fantástico no ano de 2006 denominado “Falcão - meninos de tráfico” comprovou essa triste realidade brasileira. Durante as gravações, 16 dos 17 meninos “falcões” entrevistados morreram, sendo 14 em apenas três meses, vítimas da violência na qual estavam inseridos.

Por sua vez, apesar de tudo isso, apesar dessa realidade brutal e com perspectivas de piorar ainda mais a sua problemática, sentimos o poder público ainda meio tímido, sem verdadeira vontade política para debelar tal situação.

O Estado tem a obrigação de investir em massa não só na área curativa do mal, mas também na repressão e principalmente na prevenção que é a raiz da problemática, elaborando projetos que efetivamente influenciem os nossos jovens a nunca experimentar droga alguma, em especial o crack, ou então teremos taxas de mortalidade inaceitáveis com o suposto genocídio em ação, tragédias familiares e sociais no extremo, além do aumento geométrico da criminalidade, destarte para os crimes de furto, roubo, homicídio e latrocínio por conta dessa droga avassaladora.

Aliados a tais medidas governamentais é preciso também da conscientização popular principalmente na área da educação. Dentre as formas de prevenir está a questão de se oferecer atividades escolares extracurriculares que despertem mais atenção dos estudantes, além de um convívio mais profundo e dialogado entre alunos com professores, psicólogos e especialistas, assim como, entre pais e filhos, para enfim, lutarmos com todas as forças possíveis contra essa epidemia.

Não podemos achar que a polícia e a medicina resolverão os problemas, que, muitas vezes, se iniciam nos lares, escolas, festas, shoppings center e outros lugares de convivência social, principalmente dos jovens, mais expostos, por vários motivos, à atração do mundo das drogas.

Archimedes Marques, Delegado de Policia, tem Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe) archimedes-marques@bol.com.br

Enviado para este blog pelo  autor:
Dr. Archimedes Marques.

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PROGRAMAÇÃO OFICIAL - SIMPÓSIO SERRA DA BORBOREMA "O CANGAÇO E A SAGA DE ANTÔNIO SILVINO, O RIFLE DE OURO"

Por Manoel Severo

CARIRI CANGAÇO
SIMPÓSIO SERRA DA BORBOREMA
"O Cangaço e a Saga de Antônio Silvino"
Campina Grande, Paraíba - Nordeste do Brasil

27 de abril de 2023- Quinta-Feira

NOITE

18h30 Abertura Solene
Museu de Arte Popular da Paraíba - Museu dos Três Pandeiros
Rua Doutor Severino Cruz s/n Centro - Campina Grande - PB

Formação da Mesa Solene de Abertura
JOSÉ PEREIRA DA SILVA - Museu de Arte Popular da Paraíba e UEPB
MANOEL SEVERO BARBOSA- Curador Cariri Cangaço
JULIERME WANDERLEY - Comissão Cariri Cangaço Serra da Borborema
WELLIMAR DE OLIVEIRA SILVA - Esc. Poetisa Vicentina F. Vital do Rego 
NARCISO DIAS - GPEC - Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço
BISMARCK OLIVEIRA - Conselho Alcino Alves Costa
FRANCISCO NÓBREGA - Instituto Histórico de Campina Grande 

19h Hino Nacional

19h10 - Apresentação Artística
CAPITÃO QUIRINO e CÉLIA MARIA João Pessoa PB

19h30 - Apresentação Dança Regional
GRUPO CABRÔAR Campina Grande PB

19h50 - Apresentação do Cariri Cangaço
Conselheiro BISMARCK OLIVEIRA Pocinhos PB

20h – Cumprimentos aos Convidados
MANOEL SEVERO BARBOSA - Curador do Cariri Cangaço
JULIERME WANDERLEY - Comissão Cariri Cangaço Serra da Borborema
PROFESSOR JOSÉ PEREIRA  - Museu de Arte Popular da Paraíba

20h30 – Entrega de Diplomas "Mérito Cultural Cariri Cangaço"

 1.Universidade Estadual da Paraíba 
Entrega de Diploma por Conselheiro JOÃO DE SOUSA LIMA  Paulo Afonso BA
 2.Museu de Arte Popular da Paraíba 
Entrega de Diploma por Conselheiro NARCISO DIAS - João Pessoa PB
3. Instituto Histórico de Campina Grande 
Entrega de Diploma por Conselheiro LUIZ FERRAZ FILHO Serra Talhada PE
4. 3ª Regional de Educação - Campina Grande
Entrega de Diploma por Pesquisadora SULAMITA BURITY Campina Grande PB
5. Escola Poetisa Vicentina Figueiredo Vital do Rego 
Entrega de Diploma por Pesquisador THONNY GOMES Campina Grande PB

28 de abril de 2023- Sexta-Feira

MANHA

8h Simpósio 
Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Estadual da Paraíba
Rua Cel Salvino Figueiredo s/n Centro - Campina Grande - PB

 8h30 Conferências

1. Cangaço, Surgimento e Aspectos Gerais
DR BISMARCK MARTINS DE OLIVEIRA Pocinhos PB

2. O Espaço Geográfico de Atuação do Rifle de Ouro
"Antônio Silvino"
PROF JULIERME DO NASCIMENTO WANDERLEY Campina Grande PB

3. As Forças Públicas da Paraíba e o Combate a Antônio Silvino
TENENTE NARCISO DIAS João Pessoa PB

MESA:

JOÃO COSTA João Pessoa PB
LUIZ FERRAZ FILHO Serra Talhada PE
EMMANUEL ARRUDA Princesa Isabel PB

12h30 Almoço

TARDE

14h Simpósio 
Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Estadual da Paraíba
Rua Cel Salvino Figueiredo s/n Centro - Campina Grande - PB

 14h15 Conferências

3. Sentidos e Representações Sobre o Conceito do Cangaço
PROFESSOR DOUTOR WESCLEY RODRIGUES Cajazeiras PB

4. A História do Cangaço no Município de Ingá
Lançamento do Livro "Surrão-Cangaceiros e Coronéis no Império do Bacamarte"
PROFESSOR ALEXANDRE FEREIRA Ingá PB

5. Nos Caminhos do Cagaço - A Força do Tema para o Turismo Local
Lançamento do Livro "Maria Bonita - A Rainha do Cangaço - Sua Biografia"
ESCRITOR JOÃO DE SOUSA LIMA Paulo Afonso BA

6. A Psicologia do Cangaço
PROFESSOR DOUTOR JOSÉ PEREIRA DA SILVA Campina Grande PB

MESA

PESQUISADOR KYDELMIR DANTAS Nova Floresta PB
PROFESSOR FRANCISCO PEREIRA LIMA Cajazeiras PB
PESQUISADOR FRANCISCO NÓBREGA Campina Grande PB

29 de abril de 2023- Sábado

MANHA

8h Simpósio 
Museu de Arte Popular da Paraíba - Museu dos Três Pandeiros
Rua Doutor Severino Cruz s/n Centro - Campina Grande - PB

 8h30 Conferências

1. Cangaço e seus Lugares de Memória
PROFESSORA LUMA HOLANDA João Pessoa PB

MESA

PROFESSORA RAFAELLA DE SOUSA TELES Campina Grande PB
ESCRITORA CÉLIA MARIA João Pessoa PB
PROFESSORA SIMONE SCHEREINER Fox do Iguaçu PR

 9h30 Visitas Técnicas

 Cenários de Antônio Silvino

Casa de Dona Teodulina Cavalcante - Local da Morte
Rua Arrojado Lisboa - Monte Santo , Campina Grande PB

Cemitério Nossa Senhora do Carmo - Local do Sepultamento
Av. Min. Alcides Carneiro - Monte Santo, Campina Grande - PB

"Esse Simpósio promovido pelo Cariri Cangaço e pela Escola de Ensino Fundamental e Médio Poetisa Vicentina Figueiredo Vital do Rego e pelo GPEC; com o importante e vital apoio do Museu de Arte Popular da Paraíba - UEPB, do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Estadual da Paraíba e do Instituto Histórico de Campina Grande - IHGC; voltado para o público acadêmico e secundarista da região da Borborema tem o objetivo de aprofundar as bases de discussão e estudo sobre o Cangaço e um de seus principais protagonistas, pouco estudado; Antônio Silvino. Trata-se de um Simpósio que procurou reunir destacados pesquisadores da temática, num espetacular preparativo para o Grande 
Cariri Cangaço Serra da Borborema, que acontecerá em nos dias 29 e 30 de novembro e 01 de dezembro de 2023"

Manoel Severo - Curador do Cariri Cangaço 


CARIRI CANGAÇO
SIMPÓSIO SERRA DA BORBOREMA
"O Cangaço e a Saga de Antônio Silvino"
Campina Grande, Paraíba - Nordeste do Brasil

Realização

Conselho Alcino Alves Costa
Escola de Ensino Fundamental e Médio Poetisa
Vicentina Figueiredo Vital do Rego

Apoio
Museu da Arte Popular da Paraíba - UEPB
Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Estadual da Paraíba
Instituto Histórico de Campina Grande - IHGC

Institucional

SBEC - ABLAC - GECC - GPEC - CPDOC - IHGP

https://cariricangaco.blogspot.com/2023/04/programacao-oficial-simposio-serra-da.html

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