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sábado, 13 de dezembro de 2014

SEU JANUÁRIO E DONA SANTANA TOCANDO PARA LUIZ GONZAGA DANÇAR


Uma família feliz! Se Luiz Gonzaga do Nascimento, o rei do baião estivesse vivo, hoje estaria completando 102 anos de vida. Mas assim é que é a vida. Quem nascer terá que morrer um dia. Não há diferença, tanto faz o rico como o pobre, todos irão um dia para um lugar que ninguém sabe onde fica. Eu acredito que estas pessoas que aparecem na foto dançando, todos eram da família de seu Januário.

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ANIVERSÁRIO DE LUIZ GONZAGA REI DO BAIÃO


Luiz Gonzaga do Nascimento, conhecido como o Rei do Baião, (Exu13 de dezembro de 1912 — Recife2 de agosto de 1989) foi um importante compositor e cantor popular brasileiro.2 Foi uma das mais completas, importantes e inventivas figuras damúsica popular brasileira. Cantando acompanhado de suasanfonazabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o Sertão Nordestino, ao resto do país, numa época em que a maioria desconhecia o baião, o xotee o xaxado.


Admirado por grandes músicos, como Dorival CaymmiGilberto GilRaul SeixasCaetano Veloso, entre outros, o genial instrumentista e sofisticado inventor de melodia e harmonias,3ganhou notoriedade com as antológicas canções "Baião" (1946), "Asa Branca" (1947), "Siridó" (1948), "Juazeiro" (1948), "Qui Nem Jiló" (1949) e "Baião de Dois" (1950).2

Luiz Gonzaga do Nascimento, nasceu numa sexta-feira no dia 13 de dezembro de 1912, numa casa de barro batido na Fazenda Caiçara, povoado do Araripe, a 12 km de Exu (extremo oeste do terreiro de Pernambuco, a 610 km do Recife, a 69 km de Crato (Ceará) e a 80 km de Juazeiro do Norte, Ceará), segundo filho de Ana Batista de Jesus (‘Mãe Santana’) e oitavo de Januário José dos Santos. O padre José Fernandes de Medeiros o batizou na matriz de Exu em 5 de janeiro de 19204 5.

Deveria ter o mesmo nome do pai, mas na madrugada em que nasceu, seu pai foi para o terreiro da casa, viu uma estrela cadente e mudou de ideia. Era o dia de Santa Luzia e também mês do Natal, o que explica a adoção do sobrenome "Nascimento"5.

O lugar natal é no sopé da Serra do Araripe, e inspiraria uma de suas primeiras composições, "Pé de Serra". Seu pai trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão; também consertava o instrumento. Foi com ele que Luiz aprendeu a tocá-lo. Não era adolescente ainda quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sudeste do Brasil.3 O gênero musical que o consagrou foi o baião.2 A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, composta em 1947 em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.

Antes dos dezoito anos Luiz teve sua primeira paixão: Nazarena, uma moça da região. Foi rejeitado pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, que não o queria para genro e ameaçou-o de morte. Mesmo assim Luiz e Nazaré namoraram algum tempo escondidos e planejavam o futuro. Januário e Santana lhe deram uma surra ao descobrirem que ele se envolveu com a moça. Revoltado por não poder casar-se com a moça, e por não querer morrer nas mãos do pai dela, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército no Crato (Ceará). Durante nove anos viajou por vários estados brasileiros, como soldado, sem dar notícias à família. Não teve mais nenhuma namorada.

Antes de ser o rei do Baião, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. A partir daí começou a se interessar pela área musical.

Em 1939, deu baixa do exército na cidade do Rio de Janeiro: Estava decidido a se dedicar à música. Na então capital do Brasil, começou por tocar nas áreas de prostituição da cidade. No início da carreira, apenas solava acordeão em chorossambasfoxtrotes e outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. 

Apresentava-se com o típico figurino do músico profissional: paletó e gravata. Até que, em 1941, no programa de Ary Barroso, foi aplaudido executando Vira e Mexe, com sabor regional, de sua autoria.6 O sucesso lhe valeu um contrato com a gravadora Victor, pela qual lançou mais de 50 músicas instrumentais. Vira e mexe foi a primeira música que gravou em disco.


Veio depois sua primeira contratação, pela Rádio Nacional. Lá conheceu o acordeonista gaúcho Pedro Raimundo, que usava os trajes típicos da sua região. Daí surgiu a ideia de apresentar-se vestido de vaqueiro, figurino que o consagrou como artista.

Em 11 de abril de 1945, gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira.

Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia ‘Léia’ Guedes dos Santos deu à luz um menino, no Rio. Luiz Gonzaga mantinha um caso havia meses com a moça, iniciado quando já estava grávida. Sabendo que sua amante seria mãe solteira, assumiu a paternidade da criança, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior.

Odaléia, que além de cantora de coro era sambista, foi expulsa de casa por ter engravidado do namorado, que não assumiu a criança. Foi parar nas ruas, até ser ajudada, descobrindo-se seu talento para cantar e dançar, passando a se apresentar em casas de samba no Rio, quando conheceu Luiz.2 A relação com Luiz era conflituosa e, após o nascimento do menino, piorou, com muitos ciúmes. Separaram‐se com menos de 2 anos de convivência. Léia criou o filho, e Luiz os visitava.

Em 1946 voltou pela primeira vez a Exu (Pernambuco), e reencontroou seus pais, Januário e Santana, que havia anos não sabiam nada sobre o filho e sofreram muito esse tempo todo. O reencontro com seu pai é narrado em sua composição Respeita Januário, em parceria com Humberto Teixeira.

Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que se tornara sua secretária particular, e por quem se apaixonou. O casal permaneceu até o fim da vida de Luiz. Não tiveram filhos biológicos, por Helena não poder engravidar, mas adotaram uma menina, a quem batizaram de Rosa.7


Nesse mesmo ano Léia morreu de tuberculose, para desespero de Luiz. O filho deles, apelidado de Gonzaguinha, ficou órfão com 2 anos e meio. Luiz queria levar o menino para morar com ele e Helena, e pediu para a mulher criá-lo como se fosse dela, mas Helena não aceitou, juntamente com sua mãe, Marieta, que achava aquilo um absurdo, já que nem filho verdadeiro de Luiz era. Luiz não viu saída: entregou o filho para os padrinhos da criança, Leopoldina e Henrique Xavier Pinheiro, criarem-no no Morro do São Carlos. Luiz sempre visitava a criança e a sustentava financeiramente. Xavier o considerava filho de verdade e lhe ensinava viola, e o menino teve em Dina uma mãe.7

Luiz não se dava bem com o filho, apelidado de Gonzaguinha. Passou a não ver mais o filho em sua infância, e sempre que o via brigavam. Achava que ele não teria um bom futuro, imaginando que se tornaria um malandro ao crescer, já que o menino tinha amizades ruins no morro, vivendo com malandros tocando viola pelos becos da favela. Dina tentava unir pai e filho, mas Helena não gostava da proximidade deles, e passou a espalhar para todos que Luiz era estéril e não era o pai de Luisinho2. Luiz sempre desmentia, já que não queria que ninguém soubesse que o menino era seu filho somente no registro civil. Amava o menino de fato, independente de não ser seu filho de sangue.7
Na adolescência, o jovem se tornou rebelde: não aceitava ir morar com o pai, já que amava os padrinhos e odiava ser órfão de mãe, e dizia sempre que Luiz não era seu pai biológico, o que o entristecia. Helena detestava o menino e vivia implicando com ele, humilhando-o, e por isso Gonzaguinha também não gostava da madastra, o que os afastou e causou mais brigas entre pai e filho, já que Luiz dava razão à esposa. Não vendo medidas, internou o jovem em um colégio interno, para desespero de Dina e Xavier.3 Gonzaguinha contraiu tuberculose aos 14 anos e quase morreu. Aos 16, Luiz pegou-o para criar e o levou a força para a Ilha do Governador, onde morava, mas por ser muito autoritário e a esposa destratar o garoto, o que gerava brigas entre Luiz e Helena, Gonzaga mandou o filho de volta ao internato.

Ao crescer, a relação ficou mais tumultuada, pois o filho se tornou um malandro, viciado em bebidas alcoólicas. Gonzaguinha resolveu se tratar e concluiu a universidade, tornando‐se músico como o pai. Pai e filho ficaram mais unidos quando, em 1979, viajaram o Brasil juntos, compondo juntos. Tornaram‐se, enfim, amigos.


Era maçom e compôs "Acácia Amarela" com Orlando Silveira. Foi iniciado na Loja Paranapuan, Ilha do Governador, em 3 de abril de 1971.8

Luiz Gonzaga sofreu de osteoporose por anos. Morreu vítima de parada cardiorrespiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana.3 Foi velado em Juazeiro do Norte (a contragosto de Gonzaguinha, que pediu que o corpo fosse levado o mais rápido possível para Exu, irritando várias pessoas que iriam ao velório e tornando Gonzaguinha persona non grata em Juazeiro do Norte) e posteriormente sepultado em seu município natal.7

Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga é uma homenagem ao cantor.9

Em 2012, foi tema do carnaval da GRES Unidos da Tijuca, com o enredo "O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão", fazendo com que a escola ganhasse o carnaval carioca deste respectivo ano.10

Ana Krepp da Revista da Cultura escreveu: "O rei do baião pode ser também considerado o primeiro rei do pop no Brasil. Pop, aqui, empregado em seu sentido original: o de popular. De 1946 a 1955, foi o artista que mais vendeu discos no Brasil, somando quase 200 gravados e mais de 30 milhões de cópias vendidas. 'Comparo Gonzagão a Michael Jackson. Ele desenhava as próprias roupas e inventava os passos que fazia no palco com os músicos', ilustra [o cineasta] Breno [Silveira, diretor de Gonzaga — De pai para filho]. Foi o cantor e músico também o primeiro a fazer uma turnê pelo Brasil. Antes dele, os artistas não saíam do eixo Rio-SP. Gonzagão gostava mesmo era do showbizz: viajar, fazer shows e tocar para plateias do interior."11

Em 2012, o filme de Breno Silveira Gonzaga, De Pai Pra Filho, narrando a relação conturbada de Luiz com o filho Gonzaguinha, em três semanas de exibição já alcançara a marca de 1 milhão de espectadores.12


Em 13 de dezembro de 2012 o Correio Brasileiro, seguindo uma tradição filatélica, emitiu um selo postal em homenagem ao centenário de nascimento de Luiz Gonzaga.13

http://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Gonzaga

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DIA DE SANTA LUZIA Conheça a história da santa protetora dos olhos


Santa Luzia (ou Santa Lúcia), cujo nome deriva do latim, é muito amada e invocada como a protetora dos olhos, janela da alma, canal de luz.

Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe queria vê-la casada com um jovem de distinta família, porém pagão. Ao pedir um tempo para o discernimento foi para uma romaria ao túmulo da mártir Santa Águeda, de onde voltou com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimento por que passaria, como Santa Águeda.

Vendeu tudo, deu aos pobres e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Santa Luzia, não querendo oferecer sacrifício aos deuses e nem quebrar o seu santo voto, teve que enfrentar as autoridades perseguidoras e até a decapitação em 303, para assim testemunhar com a vida, ou morte o que disse: 

“- Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade”.

Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV.

Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão (“Luzia” deriva de “luz”), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.

Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra “A Divina Comédia”, que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje.

Luzia pertencia a uma rica família de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo.

Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304.

Para proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também.

http://noticias.cancaonova.com/conheca-a-historia-da-santa-protetora-dos-olhos/

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SAQUEARAM O MUSEU NINA RODRIGUES ( Estácio de Lima ) - Salvador.


Há cerca de uns 40 anos atrás, esse MUSEU guardava relíquias de OBJETOS CANGACEIROS obtidos em combates, na Bahia... Fuzis, punhais, cartucheiras, chapéus c/ medalhas em ouro, etc.


Há informações, não oficiais, de que muitos desses OBJETOS, foram desviados, e, vendidos. Hoje, quase nada mais existe.


Obs.: Esse museu encontra-se fechado, há mais de 4 anos...

ADENDO: 
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Ele aberto para o público desapareceram objetos, imagine agora com ele fechado. Que coisa, hein!


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AS PESSOAS

Por Rangel Alves da Costa*

As pessoas e vão e vêm, retornam, depois seguem adiante, viram nas esquinas, se perdem na multidão, vão se tornando como sombras nos caminhos, e somem.

As pessoas caminham lentamente pelas calçadas, mais apressadas pelas ruas, quase correndo em determinadas ocasiões. Algumas sem qualquer pressa, outras passando por cima de tudo.

As pessoas passam com ar de preocupação, entristecidas, cabisbaixas, com feições angustiadas, parecendo querer chorar. E talvez estejam mesmo chorando em qualquer lugar da alma.

As pessoas são avistadas contentes, com aspectos joviais, transparecendo felicidade, cheias de vida e esperanças. Assim demonstram os olhares e as bocas prontas ao sorriso ou cumprimento.

As pessoas cumprimentam ao passar, olham nos olhos e sorriem, se mostram satisfeitas por reencontrar. Mas outras sequer dão atenção a quem esteja ao redor ou à sua frente, e tanto fez como tanto faz que existam.

As pessoas ora jogam papéis em lixeiras ora evitam sujar as ruas, mostram-se educadas e respeitosas com as ruas, cidades e pessoas. Nem todas assim, pois lixeiros são revirados, muros pichados, jardins estraçalhados, uma baderna em cada passo.

Uma está de óculos, outra vem de chapéu. Uma com saia rodada, outra de roupa de chita. Uma toda elegante, outra apenas ela mesma. Todas iguais como pessoas e tão diferentes no jeito de ser. Mas assim no homem e na mulher.


Um de celular ao ouvido, outro cuspindo ao chão. Um passando de bicicleta e outro parado na esquina. Um sentado no banco da praça e outro caminhando solitário pelos arredores do jardim de outono.

Os sentimentos seguindo com todos. Quem passa triste logo demonstra seu estado quase sem retoques. As alegrias são poucas pelos rostos. Mas dentro, no íntimo, a alegria ou tristeza, a angústia ou o contentamento, os sonhos ou as desistências, as esperanças e os tormentos.

Contudo, nada disso desperta mais interesse do que imaginar o que cada uma dessas pessoas vai levando nas suas mentes, vai tecendo em seus pensamentos, vai ajuizando e refletindo enquanto passa, enquanto caminha.

Ora, a mente humana é uma nuvem carregada de tudo e de nada, de calmarias e tempestades. Apenas se imagina o que poderá estar levando no seu formato, mas de repente e tudo some ou enegrece para se derramar em rios.

Ora, a mente humana é o baú de tudo, com seus diários, recordações, segredos e mistérios. A aparência nunca tem o poder de sequer fazer imaginar o que guarda no seu interior, nas suas entranhas.

A mocinha vai passando e leva consigo uma mente atormentada pelas dores de amor, pelas indecisões, pelas dúvidas da idade. Mas tudo talvez, pois muitas vezes nem sempre a própria pessoa consegue delimitar bem o que está pensando em determinado instante.

O velho, com passo lento, cabisbaixo, certamente segue com ar de preocupação. Já conhece tudo da vida, já foi experimentado pelas curvas e labirintos, mas o que será que leva agora na sua imaginação?

Alguém passa alheio à realidade e conversando sozinho, baixinho. Fala e responde a si mesmo. Interessante esse diálogo que só cabe à própria pessoa desvendar suas motivações. E por isso mesmo aguça ainda mais a imaginação de quem apenas o vê passar.

Um moço entristecido num banco de praça. Uma mulher que parece querer gritar enquanto segue apressada. Uma pessoa que vai e decide retornar da esquina. Por que assim, quais as motivações, o que se passa nas suas mentes?

Mistérios, apenas. No misterioso mundo da mente humana.

Poeta e cronista
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BOM VAQUEIRO NORDESTINO


A MORTE DO VAQUEIRO
Canta Luiz Gonzaga


 Em       A7  Em    G    A7     B Em B7  Em
Ei..gado oi  ei...ê ô ei ô ei...ô              
                        B7 
Numa tarde bem tristonha 
Em                 B                
  Gado muge sem parar 
Em                   A7
  Lamentando seu vaqueiro 
         G           B
Que não vem mais aboiar 
         B7      Em
Não vem mais aboiar 
       D          Em  D  Em D 
Tão valente a cantar 
Em             D
Tengo, lengo, tengo, lengo, 
  Em           D           (2x)
tengo, lengo, tengo 
Em         A7
Ei, gado, oi 
Em                        B7
  Bom vaqueiro nordestino 
Em                     B
  Morre sem deixar tostão 
Em                   A7    
  O seu nome é esquecido 
         G           B   
Nas quebradas do sertão 
       B7       Em
Nunca mais ouvirão 
        D          Em  D Em D 
Seu cantar, meu irmão 
 Em            D
Tengo, lengo, tengo, lengo, 
 Em            D           (2x)
tengo, lengo, tengo 
 Em        A7
Ei, gado, oi 
                  Em  B7   
  Sacudido numa cova 
Em                 B
  Desprezado do Senhor 
Em                   A7  
  Só lembrado do cachorro 
           G
Que inda chora 
       B
A sua dor 
      B7         Em 
É demais, tanta dor 
      D         Em D  Em D
A chorar, com amor 
 Em            D  
Tengo, lengo, tengo, lengo, 
 Em            D          
tengo, lengo, tengo 
 Em            D  
Tengo, lengo, tengo, lengo, 
 Em             D
tengo, lengo, tengo 
 Em        A7
Ei, gado, oi 
Em    G           A7       B
E... Ei..Ei..Ei..Ei...Ei..ô
  
Fonte: facebook

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“O GLOBO” – 13/09/1927 A PSICOLOGIA DO CANGACEIRO II

Por Antônio Corrêa Sobrinho

Amigos verifiquei agora que a matéria de "O Globo" sobre o banditismo nordestino, publicada em 1927, e que eu prometi compartilhar com vocês, por equívoco meu, deixou de exibir o texto por mim digitalizado. O que faço agora, com minhas desculpas.

“O GLOBO” – 13/09/1927
A PSICOLOGIA DO CANGACEIRO
O BANDITISMO NOS SERTÕES DO NORDESTE BRASILEIRO
UM ENSAIO POLÍTICO-SOCIAL
(Especial para o GLOBO)

CAPÍTULO II

A vingança, como disse o Dr. Raul Azedo, em um dos seus artigos – “não constitui para o índio americano, como para o homem civilizado, um defeito moral, uma paixão condenável; representa o “dever” por excelência da solidariedade tribal”.

Essa mesma concepção passou para os nossos sertanejos, e ainda hoje perdura, por dois motivos: 1º) porque os sertões se acham tão afastados da civilização do litoral quanto dezenas de vezes a distância que os separa das capitais dos respectivos Estados, sendo, talvez, de 90% a proporção de analfabetos; 2º) pelo fato, que deixamos assinalado no artigo anterior, da parcialidade na aplicação da justiça por parte das autoridades enviadas pelos governos para aquelas paragens as quais (“exceptis excipiendis”), nomeadas de acordo com os chefes políticos locais, se sujeitam às ordens destes para oprimir os partidários adversos e a gente humilde que os acompanha.

Não há nada que mais provoque o desejo de vingança do que a “injustiça”, principalmente em um meio inculto e povoado por uma raça indômita e soberba da sua bravura.

Daí o ódio do sertanejo pelas autoridades incumbidas de distribuir justiça, por causa exatamente das injustiças que praticam em proveito próprio ou da sua política; e, como consequência desse ódio, a proteção dispensada a todos quantos se rebelam contra as leis tão mal aplicadas, e contra os representantes legais: juízes, delegados, oficiais e soldados.
O sertanejo ignorante e pobre habituou-se assim, durante muitos anos decorridos, a desagravar-se por si, ou com auxílio dos seus, de ofensas recebidas, mesmo que elas partam dos potentados da terra, desde que não confia na justiça das autoridades, por ele consideradas seus maiores inimigos; e, assim sendo, tem imenso prazer em desorienta-las, desviando-lhes a perseguição contra os criminosos por meio de falsas informações, e avisando estes da aproximação da tropa, quando os não acoitam em sua própria casa.

Por seu lado, os cangaceiros, astuciosos e previdentes, certos de que só podem fugir à perseguição com o concurso da gente humilde, exploram habilmente aquela animosidade, repartindo com os necessitados uma parte dos roubos que praticam. Atacam de súbito, ou mesmo com prévio aviso, uma cidade, vila, povoado ou fazenda, que sabem desguarnecida de tropa ou com um contingente que lhes não pode resistir, e impõem aos negociantes e fazendeiros abastados uma espécie de contribuição de guerra, composta de dinheiro, fazendas e gêneros alimentícios. Retirada a parte do leão, que é dividida entre eles, distribuem o restante pela gente pobre, granjeando-lhe, destarte, a simpatia.

Às vezes, o chefe do bando arvora-se também em árbitro supremo de contendas, que julga a seu modo, conforme as queixas que recebo, ou em protetor da honra de mulheres, sob pena de morte para o contendor ou sedutor que não obedecer ao seu julgamento, tornando-se, assim, querido e respeitado ao mesmo tempo, pela aplicação da “sua” justiça, à moda sertaneja.

Do exposto verifica-se que a política, invadindo os sertões sem cuidar da educação moral e da instrução do sertanejo ignorante, antes mantendo-lhe os instintos atávicos das três raças que o formaram, para que os potentados pudessem tirar proveito de sua ignorância e das suas paixões – foi e continua a ser, a causa principal da anarquia latente ainda hoje, e que só por um grande e continuado esforço dos governos bem intencionados poderá ser modificada.

Lutas tremendas, provocadas quase sempre ou pela falta de garantias individuais ou por injustiças das autoridades contra os direitos dos oprimidos, sacrificados à vontade de chefes políticos, têm consanguentado, desde tempos imemoriais, aquele pedaço do solo brasileiro. Famílias inteiras se veem dizimado mutuamente, numa vingança feroz, ininterrupta, eliminados sumariamente ora um indivíduo de uma delas, ora outro do lado oposto, até se defrontarem os dois últimos sobreviventes, dos quais um será o assassino do seu último adversário, e, daí por diante, um “cangaceiro” a fugir da perseguição legal.

A história dos sertões nordestinos está cheia desses episódios sangrentos, narrados por João Brígido, Alfredo de Carvalho, Alberto Rangel, Dr. Xavier de Oliveira, e outros historiadores, aos quais o doutor Raul Azedo tem ajuntado outros, verificados por ele pessoalmente, e tão interessantes e elucidativos da psicologia dos nossos sertanejos, que pedimos vênia ao ilustre cientista para transcrever aqui alguns deles.

João Brígido, narrando a luta das famílias “Pataca” e “Cunha Pereira”, nos sertões de Coará, diz que a terra cobriu-se de assassinos, e adianta o seguinte: “Ninguém se ofenda; mas todos que têm bisavô nos sertões do Ceará, hão de ter na sua ascendência nomes que podiam ter ficado inscritos no pé da forca”.

A luta entre estas duas famílias só terminou com o aniquilamento do chefe Pereira, um filho, amigos e serviçais que o acompanhavam, os quais foram mortos e queimados pelos Patacas, que assaltaram e incendiaram a sua casa.

Por uma questão de posse de terras, travou-se luta sanguinolenta entre as poderosas famílias dos Monte e dos Feitosa, luta que ocasionou centenas de mortes de lado a lado, e foi tão longe, obstinada e sangrenta, “que dela se originaram (como afirma o Dr. Raul Azedo) os nomes de muitas localidades onde se feriram os mais terríveis combates”, tais como: “Riacho do Sangue”, “Batalha”, “Emboscadas”, “Defuntos”, “Cruzes”, “Trincheiras” e outros.

A coisa tomou tal aspecto, que o Ouvidor José Mendes Machado, sentindo-se impotente para intervir na luta entre essas duas famílias, pela diminuta força de que dispunha a colônia, embarcou para Portugal, a fim de pedir o apoio do rei, que lhe concedeu. De volta, começou ele então a perseguir os dois bandos criminosos; mas, ainda assim, os Monte e os Feitosa reagiram durante bastante tempo, lutando entre si e contra as tropas reais. Por fim, batido Geraldo Monte, chefe dessa família, e dada ordem de prisão contra o chefe Feitosa, este internou-se no centro do Piauí, de onde conseguiu mandar matar, sucessivamente, dois irmãos de Geraldo Monte e mais sete partidários deste. E esse terrível criminoso nada sofreu. Passados anos, voltou ele para sua fazenda Cococy, onde morreu tranquilamente, legando aos seus descendentes, como um troféu glorioso, a sua espingarda, que denominava “Lagartixa”, com a qual cometera tão grande número de mortes.

As lutas entre as famílias dos Cavalcante e dos André, entre as dos Araújo e dos Maciel, foram outras tantas que ensanguentaram os sertões do Nordeste, constando-nos que o célebre Antônio Conselheiro, que tanto trabalho deu ao governo da União, em Canudos, e por causa de quem morreriam milhares de pessoas, era o último sobrevivente da família Maciel, que, depois de matar o último dos Araújo, fez-se beato e fanático.

Essas rixas entre famílias, ambas poderosas, ou mesmo entre uma poderosa e outra inferior, mas que levava muitas vezes vantagens sobre a primeira, pela valentia dos indivíduos que a compunham, atualmente são muito menos frequentes; mas ainda existe essa solidariedade de família, na qual o sertanejo nortista confia mito mais do que na Justiça Pública.

O Dr. Raul Azedo narra um caso, de que foi testemunha, demonstrativo dessa solidariedade: o de um sertanejo, da família Carvalho, em cuja fazenda ele e um companheiro de viagem se hospedaram, tendo sido recebidos e tratados com a maior urbanidade, e onde se demoraram dois dias, por insistentes pedidos do seu hospedeiro. Para dar uma ideia do caráter do sertanejo, conta que ele casara-se com a viúva de um seu amigo dedicado, mãe de sete ou oito filhos, por pena de vê-la desamparada, amando extremosamente a mulher, muito mais velha do que ele, bem como as crianças que não eram suas. No dia seguinte ao de sua chegada, recebe o sertanejo uma carta de um seu irmão, também fazendeiro, na qual lhe comunicava ter sido atacada e incendiada a casa de um seu parente pelos “Pereiras”, inimigos dos “Carvalhos”. Imediatamente ele despede-se dos seus hóspedes, insistindo para que permaneçam em sua casa o tempo que entenderem, mas que o “dever” o impele a abandonar tudo para correr em defesa dos seus.

- Mas não seria preferível – lhe observa o Dr. Raul – que o senhor apelasse para a Justiça e desse queixa contra esses “Pereiras”?

- A Justiça? – replicou o sertanejo – aí é que iam parar na cadeia e ficar arrasados todos os “Carvalhos”. Os “Pereiras” andam metidos com os chefes políticos; estão sempre com o governo e são, por isso, ricos e prepotentes. Este seria o pior recurso.

E abalou, montando em veloz cavalo, para a vingança, em socorro dos seus parentes.

O caso deste sertanejo é típico, para se avaliar de que modo um homem bom, trabalhador e honesto, possuidor até de virtudes raras, se pode transformar, de repente, num cangaceiro.

O instinto da “vingança”, vindo dos seus antepassados, se acha latente no seu organismo, bastando uma faísca para fazê-lo explodir e sobrepor-se a todas as virtudes. De então por diante, criminoso e perseguido, o sertanejo pacato da véspera torna-se um tigre; cerca-se de facínoras da pior espécie em defesa própria e constitui um perigo social que é preciso extinguir a todo custo.

E a Justiça Pública, que deveria servir para refrear aquele instinto, afastando-se por completo da política, garantindo o direito individual e sendo inflexível contra a opressão dos humildes pelos poderosos – é, muitas vezes, a responsável daquele funesto resultado, pela parcialidade dos seus representantes, obrigando o sertanejo a fugir dela para desagravar-se, por suas próprias mãos, de ofensas recebidas.
O caso de Jesuíno Brilhante, vaqueiro trabalhador e honrado, transformado em temível cangaceiro, por ter “vingado” a morte de um seu cunhado, matando por sua vez o assassino deste; o de Casimiro Honório, que durante longo tempo foi o terror da zona do Riacho do Navio, em Pernambuco; o da família Quintino versos família Pinheiro, se despedaçando mutuamente; o de Antônio Silvino, que foi preso depois de um longo tirocínio no crime e se encontra na Casa de Detenção do Recife, são outros tantos exemplos de atavismo, dessa tendência incoercível do sertanejo pela vingança particular, exercida por ele próprio, com manifesta ojeriza pela intervenção da Justiça Pública, por ter perdido nela a confiança, que ela, desde o começo, lhe deveria ter inspirado.

Justiniano de Alencar

Fonte: facebook
Página: Antônio Corrêa Sobrinho

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BOA TARDE AMIGOS!!! VAMOS QUE VAMOS...


A QUESTÃO, PERGUNTA SEGUINTE, É UM TANTO DIFERENTE DAS DEMAIS QUE FIZEMOS, ATÉ ENTÃO.

No dia 4 de agosto de 1926 o jornal ‘Diário de Pernambuco’, em sua página quatro, trás uma nota relatando:

“O BANDITISMO NO INTERIOR”

“O Delegado de Polícia do município de Vila Bella, comunicou hontem, por offÍcio, ao Sr. desembargador chefe de polícia, que no dia 30 de julho último, cerca de 13 horas, houve o encontro de uma força da polícia com um grupo de bandidos, nas proximidades da fazenda “Abóbaras” , ali situada, resultando, após demorado tiroteio a morte do bandido Vicente da Penha e de um outro conhecido por ..... .

Este último foi o chefe de um grupo que atacou e praticou depredações no município de ........”.

OBS.: NO LUGAR DOS PONTINHOS(.....) HÁ UM NOME DE UM CANGACEIRO E DE UMA CIDADE, ESCRITOS PELO JORNAL ‘DIÁRIO DE PERNAMBUCO’, O QUAL VOCÊ DEVERÁ DIZER QUEM SÃO.

PERGUNTA-SE: QUEM É O PERSONAGEM ‘CITADO NA NOTA’, PELO REFERIDO JORNAL, E , SE REALMENTE FOI ELE MORTO NO COMBATE NA FAZENDA CITADA, TENDO SIDO TAMBÉM, O COMANDANTE DO GRUPO DE CANGACEIROS QUE ATACOU A CIDADE?

PS: Acima foto da referida cidade, mais especificamente a loja comercial, onde os 'cabras' fizeram a depredação. Foto do livro 'Pajeú das Flores'

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

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ANIVERSÁRIO DO REI

Por José Gonçalves do Nascimento*

Luís Gonzaga do Nascimento, conhecido também como o Rei do Baião, foi um dos mais completos protagonistas da música popular brasileira.

Nascido em 13 de dezembro de 1912, no município de Exu, interior de Pernambuco, era filho do sanfoneiro Januário, de quem herdou a aptidão para a música. Partiu para o Sul do país em 1939, após ingressar no Exército brasileiro e percorrer grande parte do território nacional. No Rio de Janeiro, largou as armas e passou a ganhar a vida tocando nos prostíbulos da zona do Mangue.

Em 1941, foi contratado no programa de calouros de Ari Barroso, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, gravando música instrumental e tentando encontrar um novo estilo que pudesse definir sua carreira musical. Em 1946, em parceria com Humberto Teixeira, lançou a música “Baião”, que logo ganharia a simpatia do público brasileiro. A canção era um convite ao novo ritmo de dança que então se inaugurava: "Eu vou mostrar pra vocês/Como se dança o baião/E quem quiser aprender/É favor prestar atenção/Morena chegue pra cá/Bem junto ao meu coração/Agora é só seguir/Pois eu vou dançar o baião".


Talento raro e inimitável, Luís Gonzaga cantou a dor e as alegrias do povo nordestino, em músicas antológicas como Triste Partida, Asa Branca, Assum Preto, Qui Nem Jiló, Mandacaru, Juazeiro, dentre outras. Detentor de expressiva plêiade de fãs e admiradores, sua música e seu estilo continuam a influenciar as gerações contemporâneas.

Ao todo, Luiz Gonzaga gravou 56 discos que reúnem mais de 500 canções de grande sucesso nacional. Recebeu no ano de 1984 o primeiro disco de ouro, com a música “Danado de Bom”, outro grande clássico do seu consagrado repertório.

Em mais de cinquenta anos de trajetória, o Velho Lua, como também era conhecido, percorreu o Brasil de ponta a ponta, levando sua poesia aonde quer que passasse. Mas foi ao nordeste, “seu berço, seu lar” que ele dedicou a maior parte da sua vida musical.

No ano de 1989, no dia dois de agosto, às cinco e quinze da manhã, morreu o Rei do Baião, depois de 42 dias internado no Hospital Santa Joana na cidade de Recife. No seu sepultamento, compareceram mais de vinte mil pessoas, que cantaram a Asa Branca, enquanto o caixão descia à fria sepultura.

*Poeta e cronista
jotagoncalves_66@yahoo.com.br

Fonte: facebook
Página: José Gonçalves

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